Segunda, 28 Abril 2025 10:37

 

ANDES-SN também convoca categoria a participar de atos do 1º de maio

 

Na próxima terça-feira (29), trabalhadoras e trabalhadores de todo o país se reúnem na capital federal para a Marcha da Classe trabalhadora. O ato partirá do estacionamento do Teatro Nacional, às 8 horas, em marcha até o Congresso Nacional.

Entre as reivindicações que serão levadas às ruas em Brasília estão o fim do confisco das aposentadorias, a manutenção do Regime Jurídico Único, a regulamentação da Negociação Coletiva, o cumprimento dos acordos de greve com o funcionalismo federal, a defesa dos serviços públicos e a rejeição às propostas de Reformas Administrativas em curso. Docentes cobraram ainda a garantia e ampliação dos orçamentos das instituições de ensino superior públicas, institutos federais e cefets.

Conforme indicação da última reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN, e em continuidade às ações unitárias com as categorias do serviço público e demais entidades representativas de trabalhadoras e trabalhadores, o Sindicato Nacional reforçou, na circular 188/2025 a importância da participação das seções sindicais na agenda. A secretaria solicita a confirmação de presença no ato até o dia 28 de abril, por meio do formulário enviado às secretarias, para organização de suporte às delegações.

A mesma circular 188/25 também convoca a categoria docente a participar dos atos de 1º de maio, Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, em seus estados e municípios, em articulação unitária com as demais entidades dos movimentos sindicais, populares e de juventude. É solicitado que as seções sindicais enviem registros da participação da categoria nesse dia de luta para podermos alimentar as redes nacionais do ANDES-SN e ampliar a divulgação das mobilizações do nosso sindicato. Cada seção sindical deve criar sua própria pasta no drive disponibilizado para depositar os arquivos.
  
Confira a íntegra da Circular 188/25.

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 24 Abril 2025 09:03

 

As e os docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizaram mobilização, no último dia 14 de abril, em conjunto com servidoras e servidores públicos de outras categorias e reivindicaram o cumprimento integral do acordo firmado no ano passado e demais pautas da carreira. O protesto ocorreu durante aula magna da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, no Auditório Professor Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão), do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ.

“No primeiro momento da aula magna, fizemos uma aglomeração na entrada do CCS, para chamar estudantes, professoras e professores para a aula magna e colocar nossa pauta, principalmente relacionada ao cumprimento dos acordos da greve, cobrando da ministra a parte que lhe cabe e também colocando as mazelas da UFRJ. Colocamos a pauta da recomposição salarial histórica, que não se concretizou, e a revogação da reforma da previdência”, informou a 1ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, Cláudia Piccinini.

Uma carta à ministra foi entregue em mãos por representantes dos sindicatos, entre eles o ANDES-SN. O documento destaca que o Arcabouço Fiscal mantém o privilégio do sistema da Dívida Pública, que leva metade do orçamento público para o capital financeiro. “Não bastasse não conseguirmos pagar as contas e evitar o desmoronamento dos prédios públicos, os(as) servidores(as) federais também enfrentam as escolhas políticas do atual governo Lula, que se nega a cumprir integralmente os acordos firmados com várias categorias, pois está amarrado pela própria defesa do Novo Arcabouço Fiscal, “teto de gastos” que  afeta principalmente as áreas sociais - educação, saúde, moradia, aposentadorias e assistência social -, mas não afeta o lucro dos bancos. Esta política econômica visa diminuir gastos com os serviços à população e também ataca diretamente os(as) servidores(as) ao diminuir vagas dos concursos públicos, represando o crescimento das universidades”, diz a carta.

 

 Fotos: Renan Silva/Sintufrj

 

A ministra ouviu as reivindicações das professoras e dos professores, de estudantes e demais categorias presentes, em especial, aquelas relacionadas às questões orçamentárias e estruturais. “Vários docentes e estudantes se manifestaram colocando questões que não avançam, como a recomposição do orçamento e do prédio do Colégio de Aplicação (CAP). Uma professora convidou a ministra a proferir a aula magna na quadra do CAP, cuja parede está caindo. Neste momento, a água do telhado escorreu no palco, a ministra parou e se emocionou, dizendo que se formou na universidade e que tem uma longa trajetória como docente”, avaliou Piccinini.

De acordo com a diretora do ANDES-SN, na fala da ministra Dweck ficou explícito que o projeto do governo não atende às reivindicações do movimento docente, dos técnicos administrativos e tampouco dos estudantes.

Confira a carta entregue à ministra na íntegra.

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 31 Janeiro 2025 14:15

 

Manifestantes fizeram um percurso dentro do campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) até a Reitoria e depois seguiram para o Teatro Universitário, onde acontecem as plenárias do Congresso

Fotos: Eline Luz / Imprensa ANDES-SN

 

A tarde da quarta-feira (29), no 43º Congresso do ANDES-SN, foi marcada por uma manifestação organizada pelo Coletivo de Negras e Negros do Sindicato Nacional, que trouxe, além da pauta antirracista, a luta pela Visibilidade Trans e pelos direitos das populações indígenas. Com participação do Coletivo LGBTI+ do ANDES-SN, as e os manifestantes reivindicaram uma universidade e uma sociedade livres de racismo e transfobia e com respeito aos povos originários.

Dezenas de manifestantes se concentraram na tenda do Congresso e fizeram um percurso, dentro do campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), até a Reitoria, onde protestaram contra o racismo nas instituições públicas de ensino superior. A diretora do ANDES-SN, Jacyara Paiva, salientou que as pessoas negras têm trabalho redobrado para desenvolver suas atividades dentro da universidade.

 

 

"Nós queremos garantia de que possamos ser como qualquer outro pesquisador ou outra pesquisadora, que não tenha que se preocupar com nada, senão a pesquisa e construir o conhecimento. Mas, infelizmente, quando nós entramos nas nossas universidades, nós descobrimos que nós temos que nos preocupar também com a nossa sobrevivência. Nós vivemos o epistemicídio, nós vivemos o apagamento quando nós ousamos lutar. E eu digo para vocês, ainda que tenhamos vitória, as vitórias não apagam as nossas dores. As vitórias não apagam a violência sofrida. A vitória não fecha as nossas cicatrizes”, afirmou.

A professora lembrou a perseguição que sofreu no final de 2023 e início de 2024, quando ficou sob ameaça de exoneração, o que não se concretizou graças à mobilização do ANDES-SN e suas seções sindicais, em especial a Associação de Docentes da Ufes (Adufes SSind) - onde Jacyara é base - e dos movimentos sociais em torno da campanha #JacyFica, além da atuação jurídica das entidades sindicais. “Eu digo com muita tristeza no coração que esse espaço aqui já foi usado e já foi lotado por pessoas, várias vezes. Especialmente, por conta do racismo. Eu já estive aqui junto com as companheiras e os companheiras de luta porque eu era o alvo”, disse.

Além disso, a diretora do ANDES-SN salientou que a Ufes descumpriu, por nove anos, a Lei 12.990/2014, que prevê cotas raciais para concursos docentes nas universidades. Ela cobrou da instituição a reparação das vagas que não foram ofertadas durante este período e que deixaram de ser ocupadas por docentes negras e negros.

Jacyara Paiva lembrou, ainda, que a Adufes SSind sofre perseguição por conta da greve realizada em 2024. “Eu preciso denunciar também que nós fizemos uma greve aqui e agora o sindicato está sendo cobrado, por meio de boletos, por ações de greve. E nós, docentes dessa universidade, já anunciamos: nós não vamos pagar nada! E o reitor não apareceu na abertura do nosso congresso, demonstrando toda a ‘valorização’ que ele dá à categoria”, acrescentou.

 

 

Visibilidade trans

A vice-presidenta da Adufes SSind – seção anfitriã do Congresso - Jeffa Santana também falou durante o ato na Reitoria e chamou a atenção para o fato de a manifestação estar acontecendo no Dia da Visibilidade Trans (29 de janeiro). “Estamos falando de uma população que é a que mais morre no Brasil e que tem os seus direitos retirados de diversas formas. Mais de 20 universidades hoje no Brasil possuem cotas trans para docentes. Dentro dessa universidade [Ufes], desde 2016, tem sido feita essa luta pelas cotas trans. E queremos uma resposta dessa Reitoria”, reivindicou.

Ainda na Reitoria, a diretora de Relações Sindicais da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Aduems SSind), Adma Cristhina Salles de Oliveira, destacou que o espaço da universidade não é privado, mas mantido pelos impostos, defendendo a existência de ouvidoria em todas as universidades, voltada a essa questão.

 

 

Carta

A manifestação seguiu para o Teatro Universitário, onde tomou os espaços com cartazes e palavras de ordem para depois lerem coletivamente uma carta do Coletivo de Negras e Negros do ANDES-SN. No documento, o grupo reafirma seu compromisso com a luta antirracista e destaca avanços obtidos dentro do sindicato e da academia, como a mobilização que garantiu a permanência de Jacyara Paiva como docente da Ufes.

O documento também denuncia o descumprimento da Lei 12.990/2014, que estabelece cotas para negras e negros em concursos docentes, e defende a necessidade de reparação por meio da disponibilização das vagas não preenchidas devido aos anos que diversas instituições deixaram de fazer a reserva como manda a legislação. O documento defende, ainda, maior proporcionalidade racial na composição das chapas concorrentes nas eleições internas do Sindicato Nacional.

 

 

Ataque aos povos indígenas

A pauta indígena também foi destaque na manifestação. Joselene Mota, diretora-geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa SSind.), falou sobre os ataques do governo de Helder Barbalho (MDB) aos povos indígenas no seu estado. “Estou aqui em nome da comunidade indígena, em nome da educação escolar indígena que hoje sofre um grande ataque do governo de Helder Barbalho que acabou com o Estatuto do Magistério do Pará e a Educação Escolar Indígena. Ele quer substituir professor por televisor. Quer retirar o direito que historicamente foi legado aos povos originários, às etnias indígenas do Pará, para colocar televisores em aldeias, em comunidades tradicionais, ribeirinhas, extrativistas e quilombolas onde não há o mínimo de condições sequer de internet”, contou.

Ela lembrou que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025 e que o governador que recebe o evento é o mesmo que coloca em risco aqueles povos que mais defendem a floresta, que mais defendem a vida.

“Helder Barbalho não quer que os povos indígenas possam fazer a luta. Não quer que os povos indígenas se tornem professores para ocupar esse espaço da universidade. Em nome dessa luta, da resistência e da greve, uma greve grande que está acontecendo no Pará, estamos pedindo apoio, solidariedade e, sobretudo, uma nacionalização e internacionalização da denúncia sobre os ataques à educação paraense. Se não revogar a Lei 10.820/2024, não vai ter COP!”, conclamou, seguida de gritos de “Não vai ter COP, vai ter luta!” vindos das e dos participantes do Congresso.

 

 

Direitos para pessoas Trans

Gabrielle Weber Martins, diretora do ANDES-SN e vice-presidenta da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp SSind), lembrou do simbolismo do dia 29 de janeiro (Dia da Visibilidade Trans), lembrando que nessa data, há mais de 20 anos, um grupo de travestis chegou ao Congresso Nacional para levar a campanha Travesti e Respeito e foi a partir desse dia que a luta travesti/trans começou a ter alguns primeiros ganhos. “Ganhos como o nosso direito de ir no cartório e reivindicar o nosso nome. Vocês sabem o que é não ter direito ao próprio nome? Conseguimos despatologizar a transgeneridade. E com isso a gente provocou a ira da cis-heteronormatividade branca, racista, transfóbica, LGBTQIAPN+fóbica, que não quer corpos diversos, que não quer que os alicerces que sustentam o patriarcado cis-hétero branco sejam corroídos pelas nossas existências”, destacou.

Gabrielle completou dizendo que os corpos trans mostram que gênero não é destino. “A gente faz o nosso destino. É por isso que temos sido atacadas num projeto genocida e num processo de legalização do genocídio trans. E é aqui que a gente se junta para lutar pelas nossas vidas, pelo nosso direito de existir. E a gente tem muita luta pela frente, a começar pelas cotas trans para concursos de docentes”, disse.

 

 

Jeffa Santanna, vice-presidenta da Adufes, acrescentou que a luta se dá junto às traviarcas - travestis que iniciaram a organização política do movimento no estado do Espírito Santo, comparadas às matriarcas da comunidade. A dirigente convocou as e os presentes para entoar o grito do coletivo e foi atendida. “As gays, as bi, as trans e as sapatão, tão tudo organizada pra fazer revolução!”, clamaram, encerrando o ato.

 

Fonte: Andes-SN 

Quinta, 14 Novembro 2024 11:01

 

A luta pela redução da jornada de trabalho é uma bandeira histórica dos trabalhadores em todo o mundo. Reduzir a carga horária significa garantir que os trabalhadores tenham tempo para estudar, se divertir, praticar esportes, estar com a família, para que a vida seja mais do que apenas trabalhar.

Historicamente, qualquer avanço que beneficia os trabalhadores foi tratado como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Um exemplo disso foi a redução da jornada de 14 horas diárias em 1917 e a proibição do trabalho infantil nas fábricas e minas da Inglaterra. No entanto, sabemos que o mundo não entrou em colapso. As empresas não fecharam. Pelo contrário: o desenvolvimento produtivo e tecnológico expandiu, e os frutos desse progresso devem ser revertidos em benefício dos trabalhadores, e não em um aumento da exploração.

Por isso, apoiamos a PEC proposta pelo Movimento VAT, que propõe a redução da carga horária de trabalho pela Constituição, além de defender a revogação da Reforma Trabalhista e da Reforma da Previdência. Para isso acontecer, é preciso uma forte mobilização dos trabalhadores e de todos os setores da sociedade!

Venha construir esse grandioso ato em Cuiabá!

 

DIA 15/11 (SEXTA-FEIRA)

LOCAL: PRAÇA IPIRANGA

HORÁRIO: 9H

 

Sexta, 04 Outubro 2024 07:55

 

Mais de um milhão de pessoas foram às ruas na Argentina nessa quarta-feira (2), em protestos massivos em defesa da universidade pública. A Marcha Federal Universitária foi convocada pela Frente Sindical das Universidades Nacionais, em unidade com o movimento estudantil e Conselho Interuniversitário Nacional (CIN). 

Manifestação tomou as ruas de Buenos Aires. Foto: CTA Autónoma

Com atos massivos na capital Buenos Aires e em outras cidades como Córdoba, Mar del Plata, Santa Fe e Mendoza, além de manifestações em todas as províncias, as argentinas e os argentinos se mobilizaram em todo o país em defesa da Lei de Financiamento Universitário, que recompõe os recursos destinados às universidades, gravemente afetadas pelas restrições orçamentárias do governo. Recentemente, o presidente argentino de extrema direita, Javier Milei, anunciou que vetará totalmente a lei.

Também se somaram à pauta do protesto as reivindicações salariais, uma vez que docentes acumulam uma perda de mais de 50% desde o início da gestão Milei. 
Além do arrocho salarial de docentes, técnicas e técnicos, e dos cortes orçamentários, a comunidade acadêmica também sofre com ataques a estudantes que estão com as bolsas e auxílios permanência também defasados.

Foto: Conadu Histórica

“Nosso conflito não foi resolvido, apesar das mentiras que o governo divulga nos meios de comunicação. A Lei de Financiamento Universitário é tão importante porque nos garante um piso salarial e orçamentário. Dizemos ao presidente Milei: Não vete a lei. E ao Congresso, se houver veto, queremos que a lei seja aprovada porque é justa, porque é equitativa e porque representará uma vitória para nossa nação. Universidade pública, sempre!”, afirmou Francisca Staiti, secretária-geral da Federação de Docentes e Pesquisadores Universitários da Argentina (Conadu Histórica), durante a manifestação na capital argentina. “Eles buscam uma universidade reduzida, para grupos de elite, pequena, privada e mercantilizada”, acrescentou Staiti.

Diante das barreiras e do cerco policial que tentou impedir o protesto, Francisca Staiti destacou a vontade de luta da categoria docente, que saiu às ruas mais uma vez "apesar da ameaça repressiva da ministra Bullrich". A dirigente da Conadu Histórica voltou a alertar sobre os ataques permanentes do governo contra a Universidade Pública, seus trabalhadores, trabalhadoras e estudantes. “Por isso, hoje, com mais força do que nunca, estamos aqui reunidos com muita alegria, com muito espírito de luta, chegando à praça, subindo ao palco e dizendo a Milei que assim não, basta!", disse. “Temos que estar nas ruas dizendo não a esse modelo de país", reforçou, destacando outros setores públicos que estão sendo atacados pelo governo.

A manifestação mobilizou a comunidade universitária e obteve a adesão de movimentos sindicais, políticos e sociais, tornando-se um catalisador das demandas populares em um contexto de forte crescimento dos índices de pobreza, queda da produção e do emprego. A luta em defesa da educação pública se uniu a outras pautas, como a defesa das Aerolíneas Argentinas e contra a privatização de empresas e serviços públicos, o rechaço aos ataques às aposentadorias e à saúde pública, entre outros ataques do governo de Javier Milei.

 

Multidão também saiu em defesa da educação pública em Córdoba. Foto: CTA Autónoma

 

Abaixo da linha da pobreza

Mais da metade da população argentina (52,9%) se encontra abaixo da linha da pobreza, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país, na última semana de setembro. O dado é referente ao primeiro semestre de 2024 e representa aumento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2023.

Na primeira metade deste ano, que coincidiu com os primeiros meses da forte política de cortes e ataques do presidente de extrema direita, a indigência também aumentou 6,2 pontos, figurando em torno de 18,1% no país de 47 milhões de habitantes.

O Indec calcula a pobreza comparando a renda dos lares com o custo de uma cesta básica completa, que inclui alimentos e outros bens e serviços, como roupas e transporte. No primeiro semestre de 2024, a cesta custava cerca de US$ 240 (R$ 1.306). Sob forte a recessão econômica, o país tem uma das inflações mais altas do mundo, de 236,7% em 12 meses até agosto.

 

Fonte: Andes-SN (com informações da CTA Autónoma, Conadu Histórica e Brasil de Fato)

Quarta, 04 Setembro 2024 16:45

 

Com objetivo de reivindicar o cumprimento dos termos do acordo estabelecido na greve da Educação Federal e diante do bloqueio orçamentário por parte do governo federal, as entidades nacionais da Educação Federal, ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra realizarão um ato unificado em Brasília, na quinta-feira (5). A manifestação ocorrerá em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na Esplanada dos Ministérios (Bloco C), a partir das 8h30. 

As entidades da educação resolveram construir essa ação unitária para dar continuidade à luta, que não se encerrou com a greve, para cobrar o compromisso do governo federal com cumprimento dos termos dos acordos assinados, exigindo a retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e denunciando os bloqueios no orçamento da Educação.

A proposta de construção de um dia nacional de mobilização e luta em 5 de setembro, com ato unificado na capital federal e nos estados, nas bases das seções sindicais partiu da reunião do Setor das das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN, realizada entre 17 e 18 de agosto. “Diante disso, convocamos as seções sindicais para construirem o ato nos seus estados, a fim de fortalecer essa luta localmente e enviarem representantes das regões próximas a Brasília, se for possivel, para a participação no Ato do dia 5/9”, convoca a diretoria do Sindicato Nacional, através da circular 369/2024.

 

 

 

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 24 Agosto 2023 11:05

 

Como forma de protesto e denúncia, no próximo dia 24 de agosto, Movimentos Negros e entidades parceiras realizarão uma Jornada Nacional contra a violência policial, em todo o Brasil. Entre fim de julho e início de agosto, chacinas policiais mataram ao menos 32 pessoas na Bahia - estado que tem a polícia mais letal do país, matando ao ano, mais do que todas as forças policiais estadunidenses -, 18 em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro. Soma-se à iniciativa, o grito de justiça pelo assassinato da liderança quilombola Bernardete Pacífico, executada em sua residência na cidade de Simões Filho (BA), o que mostra não ser apenas a polícia a operar o genocídio que recai secularmente contra a população negra no país, sendo também praticado pelo capital e pelo latifúndio no atentado às condições de vida de negras e negros.

 

 

O ANDES-SN está engajado na construção dessa jornada. O Sindicato Nacional convoca as seções sindicais a se integrarem na organização dos atos, mobilizando a categoria para participação dessa agenda importante na luta antirracista e na defesa da vida.

“Os recentes episódios relativos às ações das polícias militares, sobretudo nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, caracterizam-se como violações dos direitos humanos, abusos e ilegalidades, resultando na execução sumária de crianças e jovens negras e negros”, afirma a diretoria do Sindicato Nacional, na circular 276/2023 (acesse AQUI).

A orientação é que, além de atos nas ruas e nas universidades, institutos federais e cefets, as Seções Sindicais também promovam ações nas redes sociais, denunciando o racismo e seus efeitos perversos sobre o povo negro.

“Ocupar às ruas no dia 24 de agosto! Basta de violência policial! O povo negro quer viver!”, conclama a diretoria do ANDES-SN.
 

Atos nos estados

Estão previstos protestos em pelo menos 15 estados brasileiros. Definido em uma plenária online feita no último dia 10, com cerca de 250 organizações, o dia de luta ocorrerá em 24 de agosto por ser a data que marca a morte de Luiz Gama, advogado e ativista abolicionista.

Além dos protestos na próxima quinta-feira (24), as organizações construíram um calendário de lutas, com mobilizações mensais até o dia 20 de novembro, data em que se recorda a Consciência Negra no Brasil. O objetivo é pressionar por reivindicações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), aos Ministérios Públicos Estaduais e Federal e ao Congresso Nacional. Entre as exigências, estão o pedido ao STF de proibir operações policiais com caráter reativo em comunidades e favelas e a criação de uma lei federal que exija câmeras de segurança nos uniformes dos agentes de segurança, entre outras demandas.

Justiça por Mãe Bernadete

Além de protestar contra a violência policial, os atos pedem justiça por Mãe Bernadete Pacífico, líder da comunidade Quilombola de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA), que foi brutalmente assassinada dentro do seu terreiro. A líder religiosa ocupava o cargo de Coordenadora Nacional da Articulação dos Quilombos (Conaq).

“O ANDES-SN exige uma apuração rigorosa deste e de todos os assassinatos de líderes religiosos do povo negro. Continuaremos nossa luta incansável e nosso empenho na defesa das expressões religiosas de matriz afro-brasileira-indígena”, afirmou o Sindicato Nacional em nota. Leia a nota na íntegra AQUI.

Atos confirmados (segundo levantamento do site Alma Preta)
- Aracaju (SE), 15h, Praça Camerino
- Belo Horizonte (MG), 17h30, Praça 7
- Brasília (DF), 15h, Museu Nacional da República
- Curitiba (PR), 18h, Praça Santos Andrade
- Florianópolis (SC), 18h, em frente ao Morro do Mocotó

- Goiânia (GO), 18h30, na Praça do Bandeirante
- Teresina (PI), 16h, Parque da Cidadania
- Juiz de Fora (MG), 18h, Câmara Municipal
- Macapá (AP), 16h, Mercado Central
- Recife (PE), 16h30, Praça UR11 Ibura
- Rio Branco (AC), 8h, Assembleia Legislativa
- Rio de Janeiro (RJ), 16h, Candelária
- São José do Rio Preto (SP), 12h, Defensoria Pública
- São Paulo (SP), 18h, MASP
- Vitória (ES), 16h, Praça de Itararé

Protestos também estão confirmados no Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e Bahia. Os locais ainda serão divulgados. 

Fonte: Andes-SN (com informações do site Alma Preta)

 

Sexta, 17 Março 2023 16:00

 

 

Estudantes, professores e demais trabalhadores da Educação Pública, bem como usuários deste direito social, se reuniram no centro de Cuiabá nesta quarta-feira, 15/03, para exigir do Governo Federal a revogação do Novo Ensino Médio (Lei 13.415/17). O ato fez parte de uma agenda nacional de lutas com a mesma reivindicação.

 

O projeto, enviado ao Congresso Nacional pelo então presidente Michel Temer, em setembro de 2016 (MP 746) enfrentou críticas desde então, pela forma antidemocrática e unilateral com a qual foi elaborado. Sem ouvir ao menos educadores e estudantes, a proposta retirou a obrigatoriedade de matérias fundamentais para a formação dos jovens - seja qual for a área profissional que escolham seguir -, e precariza sobremaneira o trabalho dos professores, permitindo a atuação em grandes áreas e não apenas nas quais foram habilitados para trabalhar. Mesmo com as críticas, o Congresso Nacional aprovou a proposta em 2017. 

 

“Esse é um ato nacional das entidades da Educação para dizer alto e de forma nítida que nós somos contra essa Reforma do Ensino Médio, que vem no bojo de várias contrarreformas para retirar direitos e a dignidade do povo brasileiro. Reforma do Ensino Médio, Reforma Previdenciária, Reforma Trabalhista, todas elas precisam ser revogadas imediatamente. Nós estaremos nas ruas exigindo isso, dizendo para o Governo que a Reforma do Ensino Médio já deveria, inclusive, ter sido derrubada. Então, até a sua queda, estaremos aqui lutando por uma Educação Pública, gratuita, de qualidade e pensada pelos trabalhadores, professores e estudantes. Que nós apresentemos uma proposta para o Ensino Médio que de conta dos anseios da juventude da classe trabalhadora”, disse o diretor geral da Adufmat-Ssind, Leonardo Santos.    

 

O professor Breno dos Santos, diretor da Regional Pantanal do Andes-Sindicato Nacional, acrescentou que o Novo Ensino Médio (NEM), uma das mais cruéis iniciativas do capitalismo contra os trabalhadores, faz parte de um pacote de intervenção e agressão neoliberal.   

 

“É um prazer estar com vocês aqui fazendo essa luta fundamental em defesa da Educação Pública, pela revogação daquela que é uma das mais cruéis reformas que a educação brasileira já passou. Cruel para os estudantes, para os professores, essa reforma desmonta a Educação Pública mais do que já havia sido desmontada em governos anteriores. É importante lembrar que ela é parte de um pacote de intervenção e agressão neoliberal, nos espaços públicos, no fundo público. É uma intervenção do capital para precarizar ainda mais a Educação, para gerar força de trabalho barata, para casar com os resultados da PEC [Proposta de Emenda Constitucional] de Teto de Gastos, das reformas Administrativa, Trabalhista, Previdenciária, e de todas as reformas que vieram agredir a sociedade brasileira nos últimos anos. O Andes-Sindicato Nacional, a partir da Regional Pantanal, mas nacionalmente também, tem se colocado a favor dos estudantes, contra essa reforma, pela derrubada e revogação de todas as reformas anti classe trabalhadora que foram aprovadas nos últimos anos. Vamos derrubar essa reforma, vamos pressionar o Governo, vamos garantir que dialogue com os estudantes, ouça sua demanda e não fique protelando, criando comissão. A decisão tem de ser revogar agora essa reforma nefasta”, disse o diretor do Andes-SN.

 

A professora Luciane de Almeida Gomes, base da Adufmat-Ssind e do Andes-SN, e representante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, apresentou cinco pontos pelos quais o setor diz não ao NEM: “primeiro, porque ele aprofunda as desigualdades educacionais e sociais, ele expulsa da escola o sujeito trabalhador, distancia o abismo entre as escolas privadas e públicas, e nós não vamos aceitar nada a menos para os estudantes das escolas públicas do nosso país; segundo, ele amplia a carga horária sem as garantias estruturais básicas de infraestrutura, de valorização profissional, que são muito necessárias para ampliar o direito à Educação; terceiro, está a serviço de um projeto utilitarista, mercadológico, de formação de uma classe trabalhadora de mão de obra barata e, para isso, eles querem uma educação barata - nós não aceitaremos esse modelo de Ensino Médio no Brasil; quarto, ele despreza o modelo de Ensino Médio que deu certo para nós, que são os nossos Institutos Federais - nós queremos uma Educação que amplie o acesso ao Ensino, Pesquisa e Extensão para todos os estudantes do Ensino Médio do Brasil; e, por fim, precariza os currículos, esvazia as propostas de formação. Não é na escola que temos que discutir os projetos de vida, nós queremos que os jovens pensem e definam seu projeto de vida. Nós dizemos não à Reforma do Ensino Médio, nós queremos a revogação e não aceitaremos nenhum remendo dessa lei. Nós não queremos audiência pública nem qualquer coisa que não seja a revogação”.

 

O ato em Cuiabá teve início às 16h, na Praça Ipiranga, seguido de caminhada pela Avenida da Prainha, e foi finalizado na Praça Alencastro, em frente ao prédio da Prefeitura.   

 

Confira aqui a Galeria de Imagens do Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio em Cuiabá

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Fotos: Sérvulo Neuberger

Segunda, 12 Dezembro 2022 14:44

 

Na manhã desta quarta-feira (7), docentes se reuniram na Ponte Internacional da Amizade, que liga o Brasil e o Paraguai, para realizar um ato em defesa da Educação Pública e pela integração Latino-americana. 

O ato fez parte da programação do evento do ANDES-SN, na região da tríplice fronteira, composto pelo II Seminário Internacional Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização do(a)s Trabalhadore(a)s, o I Seminário Multicampia e Fronteira e o I Festival de Arte e Cultura: Sem fronteiras, a arte respira lucha (arte respira luta. Luta respira arte), que acontece na cidade de Foz do Iguaçu (PR) até a próxima sexta-feira (9). 

Para Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, a realização do ato reforça que a luta e a resistência fazem parte da história do Sindicato Nacional, reafirmando a necessidade de combater todos ataques  aos direitos básicos da população. “Não podemos dormir tranquilos e tranquilas enquanto soubermos que o futuro das nossas crianças e jovens têm sido roubado todos os dias. Tem sido estabelecido, no nosso país, e nos demais países da América Latina, um sistema que privatiza nossos sonhos, privatiza a educação, privatiza a saúde ao dizer que a educação e saúde de qualidade são só para quem pode pagar”, sintetizou a presidenta.  

Ela reforça a educação é um direito fundamental. "A educação precisa ser garantida para nossas crianças e jovens de forma pública e gratuita. Nós seremos o tormento daqueles e daquelas e tentam, todos os dias, roubar os nossos sonhos”, finalizou. 

Já segundo Francieli Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN, a maior parte dos estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila), onde acontece o evento, são paraguaias e paraguaios, que cruzam a fronteira em busca de educação superior gratuita. Segundo ela, é preciso lutar para uma integração e força entre os países vizinhos.

“Grande parte dos filhos e filhas da classe trabalhadora do Paraguai não têm acesso a universidade pública e gratuita e, por isso, têm cruzado essa fronteira (entre o Brasil e o Paraguai) para buscar construir os seus sonhos, a partir da educação. É importante que possamos sair daqui com o comprometimento de que nós temos que reforçar nossa luta internacionalista”, conclamou.

Além disso, Francieli relembrou que a integração internacionalista precisa acontecer em todas as universidades públicas e não somente na Unila. “Não é possível estarmos apartados dessa perspectiva de uma educação internacionalista, e não pode só a Unila a fazer isso. Tem que ser um compromisso de todas as universidades brasileiras e também do ANDES-SN, que, com muita responsabilidade tem assumido essa tarefa de avançar na integração, não só das lutas povos latino-americanos, mas da nossa na luta sindical, dos movimentos sociais e reorganização da juventude”, alertou. 

O ato contou com a presença de mais de 130 docentes, do Brasil e de outros países latinoamericanos, participantes do evento do ANDES-SN,  que acontece na cidade até sexta-feira (9). 

Confira a programação completa do II Seminário Internacional Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização do(a)s Trabalhadore(a)s, o I Seminário Multicampia e Fronteira e o I Festival de Arte e Cultura: Sem fronteiras, a arte respira lucha (arte respira luta. Luta respira arte).

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 10 Dezembro 2021 16:53

 

 

Foto: Reprodução/Adufcg SSind.

Seguranças privados contratados para garantir o patrimônio da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) impediram a realização de um protesto de estudantes, professores, professoras, técnicos e técnicas no último dia 2, durante a visita do ministro da Educação, Milton Ribeiro, ao campus de Campina Grande (PB), para inaugurar o Centro de Eventos da instituição.

As funcionárias e os funcionários da Guarda Patrimonial foram deslocados ao local a pedido do reitor e do vice-reitor, os interventores Antônio Fernandes e Mário Eduardo, nomeados em fevereiro deste ano pelo governo Bolsonaro, para impedir o acesso das e dos manifestantes ao Centro de Eventos. Questionados sobre o bloqueio, uma das funcionárias respondeu que a solenidade exigia credenciamento prévio para o acesso.

Por sua vez, a comunidade argumentou que a informação não foi divulgada pela gestão da UFCG nos dias anteriores e já que se tratava de uma atividade pública, realizada em um órgão público, deveria ser aberta ao público. O bloqueio foi mantido e o uso da força foi feito para impedir a entrada das e dos manifestantes ao prédio.

Manifestação
A manifestação teve início por volta das 15h, na entrada principal da universidade, com a presença de representantes da Associação dos Docentes da UFCG (Adufcg- Seção Sindical do ANDES-SN), do ANDES-SN e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e, ainda, de técnicos e técnicas.  Segundo relatos, já na entrada principal do campus era visível um grande número de seguranças e os veículos eram parados e as e os ocupantes questionados em relação ao destino dentro da instituição. Por volta das 16h, as e os manifestantes entraram no campus e foram até a entrada do Centro de Eventos quando foram barrados por seguranças privados.

Em nota publicada na quarta-feira (7), o ANDES-SN repudiou a repressão por parte da universidade, que violou a autonomia universitária e o legítimo e democrático direito à manifestação. O Sindicato ainda conclamou os movimentos sindical, popular e estudantil a prestar solidariedade à comunidade universitário da UFCG.

"Esse fato, embora não seja isolado, é particularmente grave e como tal precisa ser amplamente conhecido e denunciado pelo movimento docente e a sociedade brasileira. É preciso que a comunidade universitária dê uma resposta contundente ao ocorrido, em termos políticos, jurídicos e administrativos, sob pena de, assim não procedendo, contribuir para naturalizar o arbítrio", disse.

Acesse aqui a nota do ANDES-SN

Fonte: ANDES-SN (com informações de Adufcg SSind.)