Quinta, 11 Abril 2019 20:50

 

É sempre no período de maior dificuldade que as relações solidárias entre os trabalhadores ficam mais evidentes. Essa afirmação tem sido muito utilizada nos movimentos sociais, diante do cenário de ampla retirada de direitos e ameaça à livre organização sindical e popular.

 

A frase é verdadeira e, muito embora o exercício da solidariedade fique mais explícito a partir de tragédias ou crimes sociais, por mais que tentem abafar e impor a competitividade entre os trabalhadores, o espírito da solidariedade se sobrepõe e prevalece em muitos momentos.

 

Essa semana, por exemplo, a solidariedade de classe, um dos elementos mais essenciais à unidade dos trabalhadores, se mostrou evidente também num momento de festividade, durante a troca de gestão da Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN.

 

Depois de dois anos de muito trabalho, os diretores da Adufmat-Ssind, gestão “Adufmat de Luta, Autônoma e Democrática” (2017-2019), concluíram o mandato à frente de um dos sindicatos mais importantes de Mato Grosso, e uma nova etapa começa com a gestão “Luto Pela Universidade Pública” (2019-2021).

 

A posse, realizada na última terça-feira, 09/04, durante assembleia geral dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso, foi marcada por discursos que apontaram para a atenção à conjuntura, para a responsabilidade política da Adufmat-Ssind, e também para a prática necessária e real da solidariedade.

 

Além da presença na posse, diversas entidades manifestaram, por escrito, o reconhecimento das parcerias dos últimos anos, e desejaram força e sucesso aos novos coordenadores da entidade.

 

A Consulta Popular Brasileira registrou a importante contribuição da Adufmat-Ssind para “a construção da justiça social, a organização da classe trabalhadora e a formação da consciência do nosso povo”, além de declarar apoio à nova diretoria na luta por uma “universidade comprometida com o povo para, com ele, acumular forças para a construção de um projeto popular de transformação da sociedade”.

 

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) destacou que, neste momento, é “fundamental estarmos alinhados e juntos para os enfrentamentos de desmonte do Estado, promovendo formações para o embasamento teórico dos cidadãos e cidadãs”, e encerrou o documento com a afirmação: “ninguém solta a mão de ninguém”.

 

Já o Levante Popular da Juventude apontou que, diante dos desafios apresentados, a Adufmat-Ssind esteve sempre “ciente de seu papel na luta por uma universidade pública de qualidade”, e à disposição dos trabalhadores e também do Movimento Estudantil para o fortalecimento da unidade popular.

 

O Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) afirmou que a entidade tem sido “reconhecidamente um espaço da democracia e da pluralidade, tendo sido palco de discussões de altíssimo nível e gabarito” nos últimos anos. O Formad destacou ainda a parceria nas lutas em defesa das causas socioambientais, de gênero, raciais, entre tantas outras que tem como fundo a crítica a um modelo perverso de sociedade, causador de desigualdades.

 

A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat-Seção Sindical do ANDES-SN) reconheceu o compromisso da Adufmat-Ssind com a luta dos trabalhadores em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade e, aos novos coordenadores, ofereceu um abraço fraterno e a disposição de continuar junto nessa luta.

 

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) agradeceu o companheirismo e a solidariedade do sindicato, afirmando a relevância da entidade para o fortalecimento da luta dos Povos da Terra, das Águas e das Florestas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por sua vez, também agradeceu a solidariedade do sindicato para com os lutadores sociais do campo, e se colocou à disposição para “somar nas trincheiras da organização popular e das lutas em defesa da universidade pública, da democracia e por nenhum direito a menos.”

 

Gratos pela atenção, respeito e solidariedade, as diretorias do sindicato - tanto a que se despede quanto a que assume a entidade - disponibilizam a íntegra dos documentos abaixo, como símbolo do compromisso com a construção da unidade da classe trabalhadora:

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

Luana Soutos

Adufmat-Ssind

Quinta, 28 Julho 2016 20:17

 

 

Circular nº 220/16

Brasília, 28 de julho de 2016

 

 

 

 

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

 

 

Companheiros,

 

 

Encaminhamos, abaixo, Nota da Diretoria do ANDES-SN sobre a necessidade de avançarmos na unidade na luta.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

 

Profª Eblin Farage

Presidente

 

 

 

 

 

 


NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN

A NECESSIDADE DE AVANÇARMOS NA UNIDADE NA LUTA

Fora Temer! Contra a política de conciliação de classe e os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras! Unidade para construir a Greve Geral!

Vivemos um momento de intensificação da retirada de direitos dos trabalhadores/as e de ataques aos serviços públicos e sociais. Nossos desafios aumentam, na mesma medida em que a resistência a esses ataques, em especial os relacionados à educação, saúde e previdência exigem, da classe trabalhadora, um nível acentuado de organização.

No último congresso do ANDES-SN, aprovamos como centralidade da nossa luta a “Defesa do caráter público, democrático, gratuito, laico e de qualidade da educação, da valorização do trabalho docente, dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores com a intensificação do trabalho de base e fortalecimento da unidade classista com os movimentos sindical, estudantil e popular na construção do projeto da classe trabalhadora.” e em nosso 61º CONAD, atualizamos o Plano de Lutas, aprovando a consigna “Fora Temer, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e corte nas políticas sociais. Pela auditoria da dívida pública. Contra a política de conciliação de classe. Rumo à greve geral”.

Avaliamos, que mais uma vez, estamos em momento de forte mobilização de diferentes segmentos organizados da classe trabalhadora. Nesse sentido, a partir de nossas deliberações, entendemos que nossa tarefa enquanto sindicato classista é estar nas ruas com todos/as aqueles/as que levantam bandeiras contra a retirada de direitos.

Por isso, indicamos às seções sindicais do ANDES-SN que envidem esforços na efetiva construção da unidade na luta. No entanto, para estarmos juntos nas ruas é preciso que a pauta de convocação seja construída coletivamente entre todas as organizações e movimentos, que respeite nossas deliberações e que permita a autonomia das entidades com suas consignas específicas. 

Nesse sentido, solicitamos especial atenção para que todos os esforços sejam realizados, na perspectiva de garantir a construção de pautas conjuntas para o próximo período de lutas. No Rio de Janeiro conseguimos avançar na unidade e estamos construindo, junto com CSP-Conlutas, ANDES-SN, Frente Povo Sem Medo, SOS Empregos, CUT, Petroleiros, MUSP, FIP e muitas outras organizações, um ato conjunto para o dia 5 de agosto com a seguinte chamada “Fora Temer! Nenhum Direito a menos! Contra a calamidade olímpica!".

E, assim como no Rio, pode (e devemos fazer) acontecer em outras regiões os atos que estão sendo convocados para o dia 31 de julho; o dia nacional de luta pela educação pública no dia 11 de agosto, conforme deliberado no II Encontro Nacional de Educação e o dia 16 de agosto (Dia Nacional de Mobilização - convocado pelas centrais sindicais). Da mesma maneira, construir coletivamente o calendário da CSP-Conlutas, o calendário do Fórum dos Servidores Públicos Federais e os calendários dos estados é uma tarefa fundamental para avançarmos rumo à construção da greve geral.

Por fim, é imprescindível estarmos atentos para as atividades contra a aprovação do PLP 257, cujo início da tramitação na Câmara se dará no dia 1º de agosto, em regime de urgência.

Fazemos esta convocatória na certeza de que só nas ruas conseguiremos barrar a retirada de direitos e a destruição da educação pública, gratuita e de qualidade.

 

Diretoria do ANDES-SN

Segunda, 09 Maio 2016 19:19

 

Nessa terça e quarta-feira, 10 e 11/05, docentes de todo o país elegem a nova diretoria do ANDES-Sindicato Nacional para o biênio 2016-2018. Única inscrita do pleito, a chapa Unidade na Luta tem três docentes da UFMT em sua composição. As representantes do grupo em Cuiabá, Vanessa Furtado e Maria Luzinete Vanzeler, junto ao atual diretor do ANDES, Alexandre Carvalho (Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB), que também está entre os membros da chapa, participaram de uma roda de conversas na tarde dessa segunda-feira (09), na sede da Adufmat-Ssind.

 

Mato Grosso estará no centro de um dos momentos mais importantes do Sindicato Nacional nos próximos meses: o 36º Congresso do ANDES, que será realizado na capital mato-grossense em 2017. O evento exigirá importantes posicionamentos da categoria diante da conjuntura. A avaliação é de que os próximos dois anos serão de duros ataques aos servidores públicos, independente do governo ou partido que esteja no poder.  

 

O grande desafio da categoria, de acordo com o docente da UESB, será barrar o PLP 257/16. “Esse projeto é uma aberração que está para além do governo do PT. Ele traz um conjunto de ataques que está dentro da lógica neoliberal da Reforma do Estado de 1998, cujo objetivo é destruir o serviço público”, afirmou Carvalho.

 

O docente debateu cada um dos pontos do Projeto de Lei e reafirmou que seu objetivo é, como parte do Reajuste Fiscal, cortar os investimentos nos setores públicos federal, estadual e municipal. Isso incluiu significativa redução de concursos para servidores efetivos, retirada de benefícios salariais como Retribuição por Titulação (RT) e abono permanência, enfraquecimento da Previdência Social em benefício de instituição privadas (Funpresp), e planos de demissão voluntária.

 

Para os participantes do diálogo, esses ataques em todos os âmbitos do funcionalismo público tendem a fortalecer a união entre os servidores, possibilitando, inclusive, a construção de uma greve geral. Esse cenário traz, na avaliação de Alexandre Carvalho, mais uma grande responsabilidade à futura diretoria do Sindicato Nacional. “Nós temos esse desafio de continuar desempenhando um papel fundamental do ANDES de articulação com outros segmentos do serviço público e também dos movimentos sociais, inclusive os que têm divergências conosco. O ANDES tem avançado na construção de uma pauta mínima em comum, que unifique as categorias e fortaleça a classe trabalhadora. É uma tarefa muito difícil, mas é fundamental”, disse o diretor do Sindicato Nacional.

 

Como obstáculo à organização dos trabalhadores, Carvalho citou o processo de “apassivamento” aos movimentos sociais organizados, provocado pelo governo petista, e afirmou que o ANDES-SN sofre retaliações por ter mantido sua posição independente e a defesa de seus princípios. “O ANDES criticou o governo e saiu da CUT. É uma posição política complicada. Os ataques vêm por dentro e por fora. O que foi o Proifes? Uma tentativa de minar, quebrar a espinha dorsal do Sindicato por dentro”, explicou.

 

A urna de votação para diretoria do ANDES-SN ficará à disposição dos docentes sindicalizados (até o dia 12/02/16) na sede da Adufmat-Ssind, em Cuiabá, entre 08h e 21h dos dias 10 e 11/05.                 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind