Quarta, 03 Maio 2017 14:41

 

dia 28 de abril será lembrado nas próximas décadas pela amplitude da adesão à Greve Geral, que parou o Brasil contra as reformas da Previdência e Trabalhista, e também das grandes manifestações, que ocorreram em diversos estados do país. Na avaliação de Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, o dia 28 foi uma grande conquista da classe trabalhadora. “A Greve Geral demonstrou que nós temos a capacidade de parar esse país, se construirmos ações unitárias. Demonstrou também que temos o desafio de dar continuidade à ações contundentes e coletivas contra as retiradas de direito em curso”, avaliou. 

No entanto, não foram apenas a expressividade do movimento grevista e a força de mobilização dos trabalhadores que se destacaram na última sexta-feira. Infelizmente, a violência e repressão praticadas pelas forças policiais também marcaram a data. Protestos realizados nessa segunda, 1 de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, também foram reprimidos. 

A presidente do ANDES-SN ressalta que, sem grandes surpresas, a polícia mais uma vez agiu como braço armado do Estado, de forma violenta, de acordo com seu histórico de ação, com o intuito de ferir manifestantes para impor medo àqueles que estão nas ruas lutando, legitimamente, por seus direitos. “Infelizmente, a polícia age como braço armado do Estado, cumprindo seu papel repressor, com truculência. Nosso papel é repudiar a ação da polícia e de quem a ordena - o Estado e os governos que impõem esse ritmo opressor. Em todas as manifestações, fica evidente uma perseguição aos movimentos”, reforçou.  

“No caso do Rio de Janeiro, a polícia teve o objetivo explícito de não deixar as pessoas chegarem ao ato, que foi dispersado na concentração. Foi um absurdo total, pois o Rio de Janeiro estava parado desde as 4 da manhã, eles não queriam deixar que as pessoas se juntassem. A violência explícita no caso do Mateus, estudante da UFG, em quem, com um cassetete, o policial provocou afundamento craniano, deixando-o entre a vida e a morte. Isso é algo impensável. Um aspecto é que todas as pessoas foram feridas em lugares, que demonstram que o objetivo, de fato, da polícia é machucar os manifestantes", afirmou . 

“Em relação aos ativistas do MTST, a prisão configura a arbitrariedade da ação policial e da justiça. Uma das acusações é causa de incêndio, sendo que não havia fogo no local onde eles estavam. Arbitrariedade em cima de arbitrariedade”, completou, lembrando que o ANDES-SN já tem deliberação congressual, desde 2015, de atuar em conjunto com outros movimentos sociais e sindicais pela desmilitarização da polícia.


MTST

Em São Paulo, a polícia militar reprimiu com bombas de gás, jatos d’água e spray de pimenta o ato que saiu do Largo do Batata rumo à residência do presidente Michel Temer. Além da repressão à manifestação, em outro ato três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que participaram o ato do dia 28 contra as reformas da Previdência e Trabalhista, foram presos - sem provas, apenas a partir do testemunho de policias militares -, acusados de cometer incêndio criminoso, explosão e incitação ao crime. No dia 30 de abril, a juíza Marcela Filus Coelho rejeitou o pedido dos advogados do movimento, e manteve os militantes detidos em "nome da ordem pública". Desde então, Juraci Alves dos Santos, Luciano Antonio Firmino e Ricardo Rodrigues dos Santos estão presos. Na manhã dessa terça-feira (2), Juracy, Luciano e Ricardo, foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória Vila Independência, na Vila Prudente. O MTST realizou também na manhã dessa terça um protesto em frente ao 63º Distrito Policial de São Paulo, na Zona Leste da capital, onde os três manifestantes estavam detidos.

Em nota, o MTST criticou as prisões, afirmando não haver provas contra os manifestantes, além do relato dos policiais militares que os prenderam. O movimento também disse que as prisões configuram uma "tentativa de se criminalizar os movimentos sociais no país". Segundo o MTST, os três são os únicos dos 39 manifestantes detidos em todo o estado paulista que permanecem presos.

 

Goiás

Em Goiânia (GO), a violência contra o estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, chocou o país. Imagens do estudante sendo covardemente agredido por um policial militar circularam nas redes sociais. O estudante segue hospitalizado, com sua saúde em risco. No dia seguinte a agressão, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) publicou uma nota em  repúdio aos atos de violência policial praticados contra o estudante Mateus Ferreira da Silva, durante manifestação contra as reformas trabalhista e previdenciária no dia 28 de abril de 2017 no centro de Goiânia. “A violência policial acaba por invalidar o sistema democrático constitucional e impede a plena e a livre convivência social. Atropela a promessa da cidadania, causando sérios danos no seio da sociedade”, diz a nota.

A Universidade Federal de Goiás (UFG), onde o estudante cursa Ciências Sociais, soltou uma nota repudiando a violência sofrida por Mateus. “A UFG reitera que defende a legitimidade de manifestações pacíficas como um direito irrestrito de toda a população e, sobretudo, da comunidade universitária, na luta por uma sociedade mais justa e democrática”, diz um trecho. 

Nota divulgada pelo Hospital de Urgência de Goiás (HUGO), às 11h41 dessa terça (2), informa que “que Mateus Ferreira da Silva, nascido em 6 de abril de 1984, está evoluindo com melhora clínica, estável na parte respiratória e com pressão normal. [...] Neste momento, paciente encontra-se em estado estável, porém ainda grave, intubado e permanece internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mateus Ferreira não corre risco de morte. Paciente deu entrada no Hugo dia 28 de abril e foi submetido a uma única cirurgia no último sábado, 29 de abril, com as equipes da Neurocirurgia e Maxilofacial.”

 

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas foram às ruas no dia 28 de abril para protestar contra reformas do governo. Manifestantes foram atacados por brutal repressão da polícia militar, no centro da capital fluminense. A ação violenta da PM dispersou manifestantes e instalou clima de terror no centro do Rio.  Na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), milhares de pessoas se concentraram para sair em passeata até a Candelária e, depois, caminhar até a Cinelândia, onde aconteceria o ato unificado das centrais sindicais. Os trabalhadores e estudantes que estavam na Alerj mal começaram a se deslocar, rumo à Candelária, quando as primeiras bombas foram lançadas pela PM nas costas dos manifestantes. Mais à frente, quando a multidão já entrava na av. Rio Branco, a Tropa de Choque outra vez investiu de forma generalizada contra os manifestantes. Houve correria. Muita gente passou mal ao inalar o gás lacrimogêneo.



 

Por fim, quando o ato unificado acontecia na Cinelândia, reunindo dezenas de milhares de pessoas, a PM outra vez avançou contra os manifestantes – apesar da fala dos organizadores da atividade que, do palco montado na Cinelândia, apelavam pelo fim da violência. Bombas também foram lançadas contra os carros de som e contra o palco forçando a dispersão.

Mesmo com toda repressão, a PM não conseguiu impedir gritos de “Fora Temer” e de resistência no maior ato contra as reformas já realizado no Rio de Janeiro. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro anunciou, no dia seguinte (29), que irá apurar os atos de violência praticados em manifestação no Centro do Rio. 

 ANDES-SN repudia violência 
A diretoria do ANDES-SN divulgou nota repudiando a violência policial e todas e quaisquer formas de repressão às manifestações do dia 28 de abril. Além da repressão ocorrida nesta data, o Sindicato Nacional criticou a condenação de Rafael Braga, morador de rua que foi preso nas jornadas de junho de 2013 como símbolo da reafirmação do caráter racista e do preconceito de classe do poder judiciário brasileiro. 

“Estes atos revelam a truculência, a arbitrariedade e o caráter autoritário deste governo ilegítimo, que intensificou a escalada da violência e da criminalização contra os movimentos sociais que já estava em curso nos últimos anos no país”, diz um trecho da nota. Veja aqui a íntegra do documento.

*Fotos:
01 - Militantes do MTST sendo transferidos para a casa de dentenção. Crédito: Ray Rodrigues / Mídia Ninja

02 - Sequência de imagens mostra o estudante Mateus Ferreria sendo brutalmente atingido pelo PM. Crédito: arquivo pessoal / Luiz Luz

03 - Bomba disparada em direção ao palco durante repressão no Rio de Janeiro. Crédito: Reprodução de Vídeo de Ronald Parra

04 - Políciais atacam manifestação no Rio de Janeiro. Crédito: Luiz Fernando Nabuco / Aduff SSind.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Terça, 02 Maio 2017 22:50

 

 

Na última sexta-feira, 28/04, trabalhadores de todo o Brasil realizaram uma Greve Geral como há anos não se via. O ato histórico é mais uma resposta às propostas de Reforma da Previdência e Trabalhista do Governo Federal, que tramitam com agilidade no Congresso Nacional. Em Mato Grosso, mais de 20 mil pessoas foram às ruas da capital e do interior, demonstrando que as reformas não têm aprovação da população.

 

Assim como outros estados brasileiros, Mato Grosso atendeu a convocação das Centrais Sindicais e realmente parou. Na capital, nenhum ônibus saiu das garagens, deixando claro para empresários do transporte coletivo e gestores municipais quem realmente é capaz de fazer o sistema funcionar: o trabalhador. O patronato e seus aliados tentaram desarticular a greve, informando que o transporte funcionaria normalmente, mas os trabalhadores resistiram e a dependência ficou ainda mais evidente; sem trabalhador, nenhuma empresa funciona.

 

Todos os outros serviços da cidade ficaram comprometidos a partir da paralisação do transporte coletivo. Os bancários também fecharam as portas, as lojas da região central ficaram totalmente vazias e encerraram as atividades mais cedo. As escolas não funcionaram. Órgãos públicos atenderam somente demandas de urgência.  

 

Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), docentes, estudantes e técnicos administrativos se uniram em diversas ações ao longo do dia. Até os cursos de pós-graduação reorganizaram suas agendas. Exceto o Hospital Veterinário, nada mais funcionou.

 

Em Cuiabá, logo no início da tarde, a comunidade acadêmica da UFMT saiu em carreata pela cidade, chamando a população para o grande ato no centro. No trajeto, diretores da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat - Seção Sindical do ANDES), do Sindicato dos Técnicos Administrativos (Sintuf/MT) e de organizações estudantis falaram sobre os direitos retirados pelas reformas.

 

Às 16h, cerca de 12 mil trabalhadores saíram da Praça Ipiranga e percorreram algumas das principais avenidas da capital mato-grossense, como a Prainha, Getúlio Vargas e a Isaac Póvoas, que ficaram completamente tomadas.

 

Em Sinop, docentes fizeram intervenções na Feira de Ciências realizada na Praça pública P25, em frente à igreja São Francisco. Além da luta contra as reformas, os professores também repudiaram a chacina de trabalhadores rurais em Colniza.

 

No Araguaia, a Adufmat-Ssind também participou de atividades durante a manhã e tarde, distribuindo panfletos informativos para a população.

 

Os movimentos sociais que construíram a Greve Geral no estado registraram manifestações em pelo menos 18 municípios de Mato Grosso.         

 

Para o vice-presidente da Seção Sindical do ANDES, Maelison Neves, a Greve Geral do dia 28 de abril foi um sucesso, e demonstrou a força da população como um todo. “Muitas pessoas participaram do ato independente de sindicatos, e outras sinalizaram apoio aos manifestantes em diversos momentos. A Greve Geral foi uma vitória da classe trabalhadora, e uma derrota para o governo, porque foi maior do que eles esperavam. Quebrou a teoria de que a população não está acompanhando a questão. Está, sim”, afirmou o docente.

 

Neves destacou, ainda, as reações do governo, e os próximos desafios dos trabalhadores para barrar as reformas. “Embora eles tentem esconder a preocupação, a força da Greve Geral deve refletir nas próximas ações do Congresso Nacional. Até mesmo porque a população nas ruas fortaleceu as recentes pesquisas que apontam a rejeição do governo Temer e às reformas. Nesse sentido, o nosso desafio será manter o grau de organização e mobilização, para responder às próximas investidas à altura”, concluiu.

 

Em todo o país, estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas tenham participado da Greve Geral de 28 de abril de 2017, causando um impacto negativo de pelo menos R$ 5 bilhões no faturamento do comércio brasileiro.

 

 

GALERIA DE IMAGENS DA GREVE GERAL EM CUIABÁ

GALERIA DE IMAGENS DA GREVE GERAL EM SINOP

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 02 Maio 2017 13:54

 

Estimativa é que 40 milhões de trabalhadores tenham cruzado os braços nessa sexta (28) contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Manifestações foram reprimidas com violência em alguns estados

O Brasil amanheceu parado nessa sexta-feira (28). Por todo o país, piquetes e barricadas trancaram rodovias, acessos à entrada das cidades, de fábricas, montadoras, siderúrgicas, metalúrgicas, prédios de serviço público, bancos, universidades, escolas, garagem de ônibus, empresas, comércios, portos, aeroportos, paralisando diversos ramos econômicos. Metrôs, ônibus e trens de uma série de cidades não circularam por 24h.

Docentes de diversas instituições federais, estaduais e municipais de ensino superior se uniram a servidores públicos de diversas áreas, inclusive do Judiciário, aos bancários, metalúrgicos, comerciários, eletricitários, químicos, petroleiros, portuários, jornalistas, radialistas, trabalhadores da saúde, de saneamento básico e dos Correios, entre tantas categorias, ao que está sendo considerada a maior greve geral país.

Dezenas de universidades amanheceram com as portas trancadas. Várias seções sindicais realizaram manifestações em frente aos campi, com panfletagens e aulas públicas, também integraram outros atos como trancamento de rodovias, garagens de ônibus e comércios. Além disso, os docentes ainda participaram das grandes manifestações unificadas, em todos os estados do Brasil.

A estimativa das centrais sindicais é de que cerca de 40 milhões de trabalhadores aderiram à greve geral e cruzaram os braços. Alguns veículos de imprensa divulgaram que a greve teve impacto aproximado de R$ 5 bilhões na economia brasileira.

A paralisação foi convocada pelas Centrais Sindicais, de forma unificada, como protesto para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista e contra a Lei de Terceirizações aprovada recentemente. Os ataques promovidos pelo governo federal, com apoio de representantes do legislativo, sem diálogo com a população /brasileira, destroem direitos sociais e trabalhistas históricos. 

Confira abaixo alguns dos locais onde ocorreram atos. Veja também mapa interativo feito pela CSP Conlutas com as manifestações pelo país.

São Paulo
Durante todo o dia, tanto na capital quanto nas cidades do interior paulista, trabalhadores realizaram piquetes e trancamentos de vias. As principais rodovias do estado, como a Via Dutra e Airton Senna foram paradas, limitando o acesso aos polos industriais da região metropolitana. Milhares foram às ruas em diversas cidades. Na capital paulista, a tarde trabalhadores de diversas categoriais se concentraram no vão do Masp, na avenida Paulista. No início da noite foi realizada uma grande manifestação, que reuniu cerca de 70 mil pessoas, no Largo da Batata, segundo as entidades organizadoras. O ato marchou sentido a casa de Michel Temer. A polícia militar fez uso de bombas de gás, spray de pimenta e jatos d’água para expulsar as pessoas do local.

Rio de Janeiro
Em adesão à greve geral convocada para esta sexta-feira, aeroviários paralisam atividades nos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro. No Galeão, a maior parte dos cancelamentos de voos foram de companhias aéreas internacionais.

A greve geral teve impacto em várias regiões do Rio. A ponte Rio Niterói foi bloqueada por manifestantes. Houve também bloqueios na Av. Brasil, Radial Oeste, Linha Vermelha, Rodovia Niterói-Manilha e nos acessos às barcas e ao terminal rodoviário Nova Alvorada, um dos maiores da cidade. Esses são importantes pontos de circulação da cidade e região metropolitana, por onde passam milhares de trabalhadores todos os dias. Saiba mais sobre o dia de Greve Geral no Rio de Janeiro.

No final da tarde, dezenas de milhares protestaram no centro da capital fluminense e enfrentaram brutal repressão da polícia militar. A ação violenta da PM dispersou manifestantes, instalou clima de terror no centro do Rio, mas não conseguiu impedir gritos de “Fora Temer” e de resistência no maior ato contra as reformas já realizado no Rio de Janeiro.

Na Assembleia legislativa do estado (Alerj), milhares de pessoas se concentraram para sair em passeata até a Candelária e, depois, caminhar até a Cinelândia, onde aconteceria o ato unificado das centrais sindicais. 

Os trabalhadores e estudantes que estavam na Alerj mal começaram a se deslocar, rumo à Candelária, quando as primeiras bombas foram lançadas pela PM nas costas dos manifestantes, já que o ataque abordou a manifestação por tás. Mais à frente, quando a multidão já entrava na av. Rio Branco, a Tropa de Choque outra vez investiu de forma generalizada contra os manifestantes. Houve correria. Muita gente passou mal ao inalar o gás lacrimogêneo.

Por fim, quando o ato unificado acontecia na Cinelândia, reunindo dezenas de milhares de pessoas, a PM outra vez avançou contra os manifestantes – apesar do apelo dos organizadores da atividade que, do palco montado na Cinelândia, apelavam pelo fim da violência. Bombas também foram lançadas contra os carros de som e contra o palco forçando a dispersão.

Paraná
Mais de 90 categorias de trabalhadores do Paraná aderiram à paralisação contra as reformas trabalhista e previdenciária nessa sexta-feira (28). Cerca de 200 mil pessoas participaram de mobilizações e pelo menos 400mil aderiram à greve em todo o estado, de acordo com estimativas das centrais sindicais.

Em Curitiba, terminais de transporte público, ruas e praças estavam completamente vazias no início da manhã, devido à adesão dos trabalhadores do transporte coletivo à greve geral. Apenas carros transitavam pela cidade. Enquanto isso, em pontos diversos da capital, movimentos sociais e entidades sindicais promoviam atos e protestos localizados. Segundo a organização, 30 mil pessoas participaram da marcha que partiu do Centro Cívico, passou pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e seguiu até a Praça Tiradentes, onde houve o encerramento, perto das 14h. Protestos também ocorreram em várias cidades do interior do estado.

Pernambuco
Nas garagens de ônibus, braços cruzados ou mãos em punho e cartazes com anúncio da Greve Geral. Em vias importantes do estado e da cidade do Recife, bloqueios feitos por militantes de movimentos populares. Foi assim que esta sexta-feira (28) começou em Pernambuco.

Trabalhadores (as) das empresas de ônibus e integrantes de movimentos populares e sindicatos, se reuniram na frente das garagens de ônibus do Recife já na madrugada, com o objetivo de garantir que nenhum ônibus circulasse na capital pernambucana. Os principais terminais integrados de passageiros estavam vazios. A cidade de Petrolina, assim como diversas outras no estado, também foi palco de manifestação.

Rio Grande do Sul
O centro de Porto Alegre (RS) amanheceu vazio devido a grande adesão à greve geral de diversas categorias, como bancos, escolas e universidades, comércios e justiça do trabalho. Além disso, em todo o estado, foram bloqueadas diversas estradas. 

Na madrugada desta sexta-feira, a BR 290 nos sentidos interior-capital, próximo a Ponte do Guaíba em Porto Alegre , e capital-interior, em Eldorado do Sul foram trancadas por integrantes do MST, Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Desempregados (MTD), e centrais sindicais. As rodovias foram liberadas após ação truculenta do Batalhão do Choque da Brigada Militar, que lançou bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes.

Ainda em Porto Alegre, foram realizadas mobilizações em diversos pontos da cidade, entre elas, as empresas de ônibus, a rodoviária, a prefeitura, os terminais de ônibus e o Centro Administrativo do Estado. Manifestante também realizaram protestos e piquetes em cidades do interior como em Uruguaiana e Jaguarão, com o fechamento da fronteira, Pelotas e Santa Maria.

Pará
Diversas cidades do estado do Pará aderiram à greve geral desta sexta-feira (28). Em Belém (PA), as ações começaram ainda de madrugada. Cerca de 50 mil pessoas participaram da marcha convocada por vários movimentos e sindicatos. Vários pontos estratégicos da capital paraense foram fechados, como o trecho da Alça Viária, a BR 316, e as avenidas Almirante Barroso (próximo ao bairro de São Braz), Augusto Montenegro e Presidente Vargas.

Minas Gerais
De acordo com as entidades sindicais, milhares de pessoas participaram do ato em Belo Horizonte. A mobilização contou com presença de entidades sindicais, movimentos sociais, como trabalhadores sem-terra, estudantes e também indígenas da etnia Xakriabá.

Em várias cidades também ocorram atos e trancamentos de via. Em Uberlândia, a chuva não atrapalhou os protestos e cerca de 15 mil pessoas foram às ruas em marcha. Em Juiz de Fora, a Greve Geral reuniu na Zona da Mata mineira, cerca de 30 mil manifestantes. Também houve fechamento da BR 116, em Itaobim. Em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH, manifestantes bloquearam a rodovia BR 040. Em Ouro Preto, a população foi às ruas em protesto e às 12h os sinos de todas as igrejas da cidade histórica badalaram juntos contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Alagoas
Em Maceió, o ato saiu da Praça Centenário, no bairro Farol, e seguiu até a Praça dos Martírios, no Centro da cidade, onde fica o Palácio do Governo. A organização da manifestação contabilizou mais de 30 mil pessoas no percurso. Os manifestantes, independentes e reunidos em mais de 100 entidades sindicais, organizações políticas e movimentos sociais de luta pela terra e teto, tomaram conta da praça central da capital alagoana.

Espírito Santo
As duas principais vias de acesso à capital capixaba foram fechadas no início da manhã, impedindo a entrada na cidade. Durante o dia, diversas categorias realizaram protestos localizados e depois se uniram em manifestação pela

Bahia
Em Salvador, os trabalhadores também trancaram várias rodovias e realizaram manifestação pelas ruas da capital. Em cidades como Vitória da Conquista, Feira de Santana e Santa Cruz, houve piquetes e atos públicos.

Distrito Federal
Em várias cidades do entorno de Brasília como Ceilândia, Taguatinga e Estrutural, foram realizados piquetes e atos de rua. Na capital federal, houve trancamento das principais rodovias de acesso como as BR 020 e 040. Ônibus, metrôs não funcionaram e as ruas centrais estavam vazias. Diversas categorias realizaram protesto na Esplanada dos Ministérios, que foi cercada para limitar a área de manifestação. 

Além dos estados citados acima, os docentes também participaram de manifestações no Amazonas, Amapá, Roraima, São Luís, Piauí, Fortaleza, Tocantis, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraíba e Sergipe. Confira álbum na página do ANDES-SN no facebook, com imagens de algumas das manifestações.

Fonte: ANDES-SN (com informações do Brasil de Fato, CSP-Conlutas e Aduff SSind. Foto: Ponte Rio-Niterói, Luiz Fernando Nabuco/Aduff-Ssind)

 

Quarta, 12 Abril 2017 17:58
 *Atualizada às 12h46 do dia 13/04/17  (correção da data da assembleia, 12/04/17)

 

A assembleia geral realizada pelos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso nessa quarta-feira, 12/04, deliberou a adesão da categoria à paralisação do dia 28/04. A orientação vem das centrais sindicais de trabalhadores, na tentativa de construir uma Greve Geral para barrar as reformas da Previdência e Trabalhista, a terceirização, entre outras medidas de austeridade.

 

Junto a outros movimentos sociais organizados, o sindicato construirá uma agenda de atividades que serão realizadas no dia da paralisação. Além disso, a plenária aprovou a elaboração de material explicativo sobre o que é a Greve Geral e sua importância, como vídeo e panfletos, bem como a confecção de faixas e a organização de uma carreata entre a universidade e o centro da cidade de Cuiabá no dia 28/04.   

 

Diversos docentes contribuíram com a discussão sobre a conjuntura nessa quarta-feira. Todas as intervenções reconheceram a necessidade do movimento de construção da Greve Geral, e do fortalecimento da luta contra os ataques aos direitos representados pelas reformas. A ideia é de que a Greve Geral alcance a expressividade das realizadas no Brasil durante a década de 1980, que chegaram a ter adesão de 70% da população economicamente ativa na época.

 

Negociação com a Unimed e participação no Consepe

 

A assembleia dessa quarta-feira teve duas inclusões de pauta: designação de uma comissão para discutir o reajuste do convênio com a Unimed; e participação da diretora do sindicato Alair Silveira no Consepe até a conclusão do debate sobre a Resolução 158/10. A inclusão de ponto de pauta referente aos 28,86% chegou a ser aprovada, mas foi retirada pelo proponente no decorrer da assembleia.

 

Com relação à comissão para debater o reajuste da Unimed, após longo debate, ficou decidido que os docentes Irineu Neves, Sônia Lima, Fernando Nogueira, Carlos Emílio, José Airton e Maurília Amaral, além da advogada Vânia Carvalho, formarão a comissão responsável por elaborar e apresentar em assembleia uma proposta de negociação com a Unimed.

 

Em seguida, a plenária discutiu e aprovou uma autorização excepcional para a permanência no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFMT da diretora do sindicato, Alair Silveira, até o final da discussão sobre a nova resolução que dispõe sobre a distribuição dos encargos docentes, que deve substituir a atual Resolução 158/10. A professora foi eleita para representar o ICHS no Conselho, mas de acordo com determinações da categoria, não poderá exercer as duas funções simultaneamente.

 

No entanto, a categoria entendeu que Silveira tem acúmulo das várias discussões realizadas pela Adufmat ao longo de 2016 para elaboração de proposta alternativa à apresentada pela Comissão do Consepe, além de estar desenvolvendo um importante trabalho nesse sentido como membro do Conselho. Assim, foi autorizada a permanecer até a aprovação da nova resolução.     

 

Durante os informes, a diretoria da Adufmat-Ssind falou sobre a participação na Consulta Nacional realizada pela Auditoria Cidadã da Dívida em parceria com outras entidades (saiba mais aqui) e sobre o convite da universidade para uma reunião para organizar a recepção dos calouros, realizada na tarde dessa quarta-feira.     

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

 

 

Quinta, 28 Abril 2016 15:30

 

 

Mais de 313 milhões de trabalhadores em todo o mundo sofrem acidentes de trabalho anualmente, resultando em 2,3 milhões de mortes por ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho. No Brasil, em média, 722,5 mil de acidentes de trabalho ocorreram no ano de 2014 - último dado disponível pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social - sendo 2.783 mil óbitos.

 

Diante desses números, o Setorial de Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas, central sindical à qual o ANDES-SN é filiado, orienta a todas as entidades que compõem a Central a realizarem debates, atos e atividades em alusão à data e impulsionar o 28 de abril como um importante dia de luta. O Setorial elaborou um material para ser trabalhado com as bases e entidades filiadas com o intuito de conscientizar o trabalhador para a importância de debater este tema. São eixos de luta: a defesa da saúde do trabalhador, a batalha contra a terceirização, na forma do PLC 30/2015 (antigo PL 4330), que legaliza a terceirização de todas as áreas de trabalho na iniciativa privada, tanto para atividade meio quanto fim; contra a privatização e a Reforma da Previdência; a defesa da organização de base, entre outros.

 

Neste ano, algumas atividades foram realizadas com o intuito de publicizar o tema, como o II Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador(a) da CSP-Conlutas, em Divinópolis (MG) ; e recentemente o Fórum Sindical e Popular de Minas Gerais, que realiza uma audiência pública - iniciada na terça-feira(26) e que termina nesta quinta (28) -, sobre odesastre sócio-ambiental em Mariana (MG), que levou a morte centenas de trabalhadores.  

 

Durante o 35º Congresso do ANDES-SN, realizado no início do ano em Curitiba (PR), os docentes deliberaram pela realização do Encontro Nacional de Saúde Docente, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de maio, em Salvador (BA). O ANDES-SN também realizou duas Oficinas Interregionais De Pesquisa Sobre Saúde e Adoecimento Docente, uma em Feira de Santana (BA) em abril de 2016 e outra em Curitiba (PR) em novembro de 2015.

 

 Fonte: ANDES-SN (com informações de CSP-Conlutas)