Terça, 06 Julho 2021 17:10

 

Pouco a pouco as mobilizações contra as políticas e os escândalos que envolvem o Governo Bolsonaro ganham força. No último sábado, três de julho, as ruas de mais de 400 municípios dentro de fora do país foram novamente ocupadas por manifestantes. Com pouquíssimo tempo para organização, a quantidade de pessoas que responderam ao chamado de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos chegou a superar expectativas.

 

Em Cuiabá a concentração foi, mais uma vez, na Praça Alencastro, região central. Por volta das 10h30, os manifestantes começaram a percorrer algumas das principais avenidas da capital – Getúlio Vargas, Isaac Póvoas e Tenente Coronel Duarte-, provocando o debate sobre a conjuntura entre a população, que filmava tudo e, vez por outra, manifestava concordância ou discordância.

 

Mais de 23 entidades locais e nacionais fizeram falas sobre os motivos do ato, que envolveram desde a falta de ações do Governo Federal para combater a pandemia, até às imposições de políticas neoliberais que pioram as condições de vida da população, como a privatização da Eletrobrás e dos Correios, o Marco Temporal e a PL 490 contra os povos indígenas, e os ataques sistemáticos à Educação, ao SUS, à Previdência e aos direitos trabalhistas, especialmente por meio da proposta de Reforma Administrativa (PEC 32). As denúncias de corrupção na compra das vacinas, num dos piores momentos para a população, também marcaram o tom de repúdio do ato.

 

“Estamos aqui, em unidade, todas as forças progressistas, de esquerda, comunistas, socialistas, em defesa do nosso protagonismo na derrubada desse governo. Temos que tomar as rédeas dos rumos dos acontecimentos e defender que esse Governo não fique nem mais um minuto no poder. Não devemos nos contentar com impeachment ou processo eleitoral burguês como fim último do nosso processo de construção popular. O poder popular se faz nas ruas, com a juventude, com as entidades sindicais, movimentos sociais, partidos políticos, e este aqui é um movimento por essa construção. Quero cumprimentar a todos, desejar uma marcha belíssima, chamar os trabalhadores e as trabalhadoras do centro de Cuiabá e da cidade inteira para somar ao esforço de derrubar esse processo de morte, desse governo genocida, e desse partido fardado. Saudações, companheiros. Fora Bolsonaro!”, disse o diretor da VPR Pantanal, Vice-presidência do ANDES-Sindicato Nacional no Centro Oeste, Bruno Santos.

 

Com a participação da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind), foram realizados também atos em Sinop e Barra do Garças.   

 

Novos atos já estão oficialmente convocados para o dia 24 de julho.

 

Confira as fotos na GALERIA DE IMAGENS.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 30 Junho 2021 14:48

 

 

 

Novas manifestações contra o governo de Jair Bolsonaro e Mourão acontecem no próximo sábado, 3 de julho, em todo o país. As suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal, levantadas na CPI da Covid, fizeram com que entidades que integram a Campanha Fora Bolsonaro adicionassem mais uma data ao calendário de luta. No Brasil, já são mais de 514 mil pessoas mortas em decorrência da Covid-19. O dia 24 de julho ainda segue como um dia de lutas e mobilizações em todo o país.

Além da saída de Jair Bolsonaro e Mourão, as e os manifestantes exigem celeridade na vacinação, auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600 até o controle efetivo da pandemia, mais investimentos em Educação e Saúde, além da defesa dos povos indígenas e pela não aprovação da reforma Administrativa. Este é o terceiro ato contra o governo, os primeiros ocorreram em 29 de maio e 19 de junho.

Na quarta-feira (30), um “superpedido” de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro será protocolado em Brasília (DF). A iniciativa organizada pela Campanha Fora Bolsonaro reúne partidos políticos, movimentos sindicais e sociais, reunindo os 122 pedidos já encaminhados à Câmara dos Deputados. A ação pretende pressionar o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que abra imediatamente o processo.

Vacinas
Na última sexta-feira (25), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, foram levantadas suspeitas sobre um esquema de fraude na negociação para a compra de doses do imunizante Covaxin entre o Ministério da Saúde (MS) e a empresa Precisa Medicamentos, responsável pela venda no Brasil do imunizante produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o nome citado pelo presidente Bolsonaro (sem partido), como responsável pelo esquema da compra da vacina indiana Covaxin, com preço superfaturado, é o do deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele e o seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, que é servidor concursado do MS disseram que “o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)”. A suspeita é de superfaturamento e corrupção. Após as novas denúncias, Jair Bolsonaro foi recebido com manifestações em Santa Catarina.

Mais recente veio à tona que a negociação para a compra de outro imunizante, a vacina Convidencia, produzida pelo laboratório chinês CanSino, também está na mira da CPI da Covid. A comissão vai investigar a tentativa do governo em comprar 60 milhões de doses da vacina, através de mais uma empresa intermediária, a Becher Farmacêutica do Brasil, que também é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por fraude. O valor da dose sairia por 17 dólares, ainda mais caro que a Covaxin, que até então era a de maior valor (US$ 15, valor 1.000% acima dos demais imunizantes).

ANDES-SN na luta
O Sindicato Nacional convoca todas e todos a participarem dos atos nos estados respeitando as medidas de segurança sanitária, com máscaras PFF2 e álcool em gel para higienizar as mãos com frequência, e manter o distanciamento mínimo de 2 metros.

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da CSP-Conlutas e Agência Senado)