Sexta, 02 Setembro 2016 16:24

 

JUACY DA SILVA*
 

Depois  de quase nove meses de muita discussão, muitas manobras de ambos os lados, tanto os que queriam o afastamento/deposição  de Dilma da Presidência da República, quanto  seus defensores, que acabaram  ficando isolados praticamente nos Deputados Federais e Senadores, do PT, PDT e PCdoB e uns gatos pingados de outros partidos, finalmente no último dia de Agosto Dilma foi afastada definitivamente do poder,  pondo  fim ao que muitos chegam a denominar de projeto criminoso de poder, pois estava baseado no aparelhamento do Estado, da administração pública direta e indireta  e nas estatais e na corrupção.

O chamado presidencialismo de coalização, “modernizado” com a chegada de Lula ao poder e em continuidade com sua criatura a ex-presidente Dilma, as  chamadas forças  de esquerda, mesmo tendo uma linguagem populista e vociferando slogans marxistas, socialistas, sindicalistas  acabaram se aliando `as forças mais conservadoras, retrógradas  e corruptas  que o pais jamais imaginava pudessem exercer  o mando na politica nacional.

Lula e Dilma, esqueceram dos trabalhadores e aliaram-se  ao  capital, ao mundo dos negócios,  esqueceram  da reforma agrária e aliaram-se a latifundiários, barões do agronegócio, esqueceram os interesses do povo e aliaram-se  aos banqueiros, agiotas nacionais e internacionais, esqueceram da ética na politica e aliaram-se a políticos, gestores e empresários corruptos e  cada vez mais o povo foi sendo alijado do processo politico. Aos poucos o desencanto substitui a esperança no governo capitaneado pelo PT e seus aliados ideológicos.

Mais dia,  menos dias  todo mundo sabia que esta aliança entre galinha  e raposa, entre vampiro e doadores de sangue  não daria certo e este pacto diabólico para chegar e permanecer no poder seria rompido  e o projeto de longo prazo do lulo-petismo seria destrocado pelos seus aliados conservadores, o que acabou nesta data  fatídica para o governo Dilma que chegou ao fim.

"Coitada" da Dilma, dançou miúdo! Deve estar muito triste ter que deixar o poder, as mordomias e as bajulações. Pior em tudo isso, e ver que diversos senadores que foram ministros nos governos Lula e Dilma, depois de mamarem bastante em seus cargos e também indicarem seus asseclas para outros cargos, deram uma enorme rasteira nela.
 
Assim é a politica brasileira, os políticos estão sempre com quem tem ou está no poder, quando percebem que quem tem poder esta caindo em desgraça, pulam do barco como ratos ao perceberem que o navio está indo a pique.
 
Com certeza Temer também vai ter que barganhar cargos e outras benesses para atender o apetite do fisiologismo instalado na politica brasileira, vai ter que instalar o balcão de negócios, trocar cargos e favores por votos no Congresso.
 
Quando não puder mais fazer isso, aí começa seu calvário e seus dias também serão tensos. Políticos de vários partidos e não apenas do PT acusados de corrupção apoiaram Lula e Dilma e agora, com exceção dos integrantes do PT, PCdoB e PDT, estão todos com Temer, incluindo a turma de parlamentares que constam da famosa LISTA DO JANOT e gozam de imunidade/foro especial, que faz parte da LAVA JATO que está  sob a responsabilidade direta da Procuradoria Geral da República e do STF, mas continua "andando" a passos de tartaruga, em um ritmo muito mais lento do que a parte da LAVA JATO a cargo do Juiz Sérgio Moro em Curitiba.
 
Enfim, engana-se quem imagina que a perda do cargo/mandato de Presidente da Republica de Dilma, aprovado no último dia de agosto, mês fatídico para a política brasileira, todos os problemas do Brasil serão resolvidos.
 
Os problemas econômicos, fiscais, tributários, de gestão pública, a corrupção, o caos na saúde, na educação, na segurança pública, na infraestrutura, no meio ambiente, saneamento básico, o desemprego de doze milhões de trabalhadores, o analfabetismo que voltou a crescer, o analfabetismo funcional, a queda  da arrecadação, o endividamento público da União, dos Estados e municípios e o déficit orçamentário que estrangulam as finanças públicas, deste ano e o previsto para 2017, a recessão ou recuperação muito lenta da economia, não serão resolvidos em curto prazo.
 
Em meio a tudo isso, a insatisfação popular vai aumentar e novos protestos e conflitos surgirão, greves  vão pipocar  em todos os setores,  tanto na administração pública quanto na iniciativa privada.
 
É neste contexto ou cenário que Michel Temer irá governar pelos próximos dois anos e quatro meses. Pior ainda, a largada para a sucessão presidencial começou com sua posse e ai será questão de tempo para que também sua base politica e parlamentar comece a erodir e a crise volte a ter as dimensões que chegou com o afastamento de Dilma! Dias  sombrios ainda pairam sobre nosso país!
 
*JUACY DA SILVA, professor universitário,  titular  aposentado UFMT,  mestre em  sociologia, articulista do Jornal A Gazeta, há mais de 23  anos. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blogwww.professorjuacy.blogspot.com
 

Sexta, 20 Maio 2016 11:50

 

 


JUACY DA SILVA*

 

Foram quase três anos de lutas populares, desde meados de 2013, quando e durante todos esses longos 22 meses, milhões de pessoas foram `as ruas, praças e avenidas deste país, bateram panelas, gritaram, exigindo a saída de Dilma, pelo fim de seu governo e do projeto de poder do PT e seus aliados mais diretos, PCdoB , PDT e alguns  outros setores, inclusive os movimentos sociais e sindical que pelegaram durante a permanência de Lula e Dilma no poder


Slogans  como FORA DILMA , FORA LULA, FORA PT, FORA CORRUPTOS  demonstravam  a indignação popular contra um governo e um partido que, principalmente  nos últimos três anos, afundaram o Brasil na maior crise moral, onde a corrupção passou a ser o símbolo das ações de governo; uma crise política que esfacelou uma ponderosa base política, parlamentar e partidária, onde a oposição mal chegava a 20% dos integrantes da chamada classe política;  uma crise econômica, financeira e orçamentária, com destaque para crescimento econômico pífio seguido de recessão por praticamente três anos; um descontrole total nas contas púbicas, aumento do endividamento público que já ultrapassa a quatro trilhões, exigindo gastos de quase um trilhão de reais por ano do  OGU com pagamento de juros, encargos, rolagem e administração desta divida enorme que já representa mais de 75% do PIB, desemprego que afeta mais de onze milhões de pessoas, inadimplência que sufoca mais de 58 milhões de brasileiros, fechamento de mais de 300 mil empresas, um déficit publico que em breve deverá ultrapassar a 100 bilhões de reais.


Além da crise econômica, o governo Dilma, foi um fracasso retumbante nas áreas sociais ,como destaque para o  caos na saúde pública, o sucateamento das universidades federais, a incompetência na área da segurança publica, empobrecimento da população e queda da  renda média da classe  trabalhadora.


As  denúncias constantes do processo de impeachment aceito, analisado e aprovado na Câmara Federal por maioria esmagadora de votos , mais de dois terços dos deputados e, posteriormente, aprovado pela Comissão Especial do Senado por 75% dos seus integrantes,  acabou chegando a  sua etapa decisiva para afastar “temporariamente”, por até seis meses a Presidente Dilma.


Em longa e histórica sessão iniciada na manhã da última quarta feira e concluída apenas na manhã  desta quinta feira, dia 12 de maio de 2016, culminou com uma votação mais do que convincente de que o Senado chancelou a derrota de Dilma de forma acachapante, foram 55 votos pela aceitação da admissibilidade do Impeachment conta apenas 22 votos em defesa de um governo moribundo e paralisado quando bastavam 39 votos para a sua aprovação.


Esta votação também demonstra que já existem votos suficientes para o afastamento definitivo de Dilma, ponde fim ao seu segundo mandato, conquistado através da reeleição, onde o marketing, a propaganda e a mentira induziram milhões de brasileiros a dar a Dilma um  segundo mandato, quando todos os demais candidatos alertavam a nação e os eleitores de que o Brasil, sob o comando de Dilma, do PT  e de seus aliados mais se parecia a um navio sem rumo,  navegando em um mar tenebroso, com ondas imensas, mas que a comandante do navio se recusava a enxergar a realidade, estava se enganando e engando o povo brasileiro e chegamos ao ponto, situação em que nos encontramos.


Os alertas vinham diariamente de todos os lados, da mídia, dos partidos  e políticos de oposição, de instituições de pesquisas nacionais e internacionais, do Mercado e das agências internacionais de classificação de risco, que rebaixaram a nota do Brasil para grau especulativo.  Mas  mesmo assim, à semelhança de um doente mental que está alienado da realidade e cria um mundo e fantasias, fictício, nossa Presidente continuava  com seus equívocos, sua  falta de senso crítico e sua incompetência técnica e política, praticamente tutelada pelo seu criador, o ex-presidente Lula, a quem Dilma num ato de desespero para salvar seu   governo e a pele de Lula chegou até  a nomeá-lo  ministro chefe da  casa  civil, espécie de primeiro ministro, dando-lhe foro privilegiado para escapar das garras do Juiz Sérgio Moro e da força tarefa da LAVA JATO. Nada disso foi suficiente para evitar o naufrágio de um governo medíocre, sem rumo, sem ética e sem competência técnica.


A partir de agora o Senado, sob o comando do Presidente do STF tem a missão de acelerar a análise final e votar o processo de impeachment para cassar Dilma de forma definitiva  por crimes de responsabilidade e pelo conjunto de suas obras/desgoverno e por todos os males que este  governo fez ao  Brasil e ao povo brasileiro.


Lula, Dilma, o PT, PCdoB e  o PDT  devem retornar `a oposição, lugar de onde jamais deveriam ter ido. Costuma-se dizer que esta turma é ótima na oposição mas péssima como governo.


Tchau Querida, fora Dilma e toda a sua turma, o jogo acabou, vocês  dançaram! Agora começa  um novo tempo, muito difícil, com certeza, onde o grande desafio  será recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento, do crescimento econômico,  da ética na política, da eficiência e da esperança! Resumindo, este desafio significa superar a herança maldita de Dilma e sua turma!


*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog  www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

Segunda, 09 Maio 2016 10:42

 

 

JUACY DA SILVA*

 
Dentro de poucos dias, entre 11 e 13 de MAIO, o Senado Federal deverá, com certeza, aprovar o afastamento temporário da Presidente Dilma por seis meses, abrindo caminho para o seu afastamento definitivo e com isto pondo um fim, ao que como alguns analistas denominam de um projeto criminoso de poder, engendrado pelo PT e outros partidos aliados, que facilitou o surgimento de verdadeiras quadrilhas na gestão pública nacional, praticamente  um governo paralelo, que tantos males tem feito ao Brasil, `as suas instituições, ao seu povo e a imagem de nosso país internamente e no exterior.


Confesso que não me entusiasmo muito com um possível GOVERNO TEMER, pois diversos partidos e políticos corruptos que ajudaram a eleger e reeleger Lula e Dilma e  ao longo dos últimos 13  anos e alguns meses  estiveram mancomunados e mamando nas tetas do governo , simplesmente, iguais a ratos que pulam do navio quando o mesmo está prestes a naufragar,  abandonaram DILMA  e estão agora abraçados com TEMER, incluindo  diversos deputados federais, senadores e outros que fazem parte da LISTA DO JANOT ou da lista da Odebrecht, que recentemente o STF autorizou o Procurador Geral da República a iniciar investigações por corrupção dentro da operação lava  jato.


Quem ajudou a destruir o país e levou o Brasil à situação em que se encontra não tem condições e nem merece confiança do povo para reconstruí-lo, isto seria como imaginarmos que o vampiro pudesse devolver o sangue que sugou de suas vítimas ou a raposa pudesse dar vida às galinhas que matou quando estava cuidando dos galinheiros.


Imagino que o povo brasileiro não saiu às ruas para que apenas Dilma, Lula e seus  aliados deixem o poder, mas sim, para que todos os corruptos sejam banidos da vida política e  administrativa de nosso pais. Se os corruptos permanecerem impunes e passarem a fazer parte de um novo governo, mesmo que chamem a isto governo de transição ou de salvação nacional, estaremos apenas TROCANDO SEIS POR MEIA DÚZIA. Inúmeras pesquisas de opinião públicas tem indicado que o maior problema que afeta o Brasil é a corrupção, mãe de todos os males que estão destruindo o país e infelicitando a população.


A limpeza ética da política brasileira vai muito além do mero impeachment de Dilma, por isso a luta contra a corrupção, a incompetência, o descaso, a mentira, a demagogia e o aparelhamento do Estado brasileiro deve continuar com o mesmo afinco de antes. O impeachment/afastamento de Dilma é apenas o primeiro passo nesta luta por ética, eficiência e decência na politica e não um fim em si mesmo. Por isso, devemos continuar vigilantes para que o Brasil reencontre seu verdadeiro destino e o povo possa ser tratado com  mais respeito e dignidade pelos governantes.


*JUACY DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT,  mestre em sociologia, articulista e colaborador de jornais,  sites, blogs e outros veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blogwww.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
 
 

Segunda, 25 Abril 2016 12:59

 

 

Por Juacy da Silva*

 

Quando Dilma foi reeleita para a presidência da República, há pouco mais de um ano e meio, pouca gente imaginava que o fim de um projeto de poder construído por Lula, o PT e seus aliados, na época   uma ampla maioria de partidos, chegaria ao fim de forma tão rápida e tão trágica.

Diversas foram ou são as razões que explicam este fracasso politico, econômico e de gestão pública. A principal razão foi a corrupção que minou profundamente a gestão petista, onde o petrolão foi como  a continuidade do MENSALÃO, em proporções gigantescas, envolvendo a cúpula empresarial, altos dirigentes de Estatais e diversos setores da administração pública federal, aparelhada pelo PT e demais partidos aliados, incluindo o PMDB, PP, PR e outros que faziam parte da “base” do governo no Congresso Nacional.


Em segundo lugar foi a falta de planejamento, substituído pelo voluntarismo, pelo populismo demagógico e um fisiologismo desmedido. O Palácio do Planalto mais se parecia com um grande Mercado persa, onde cargos nos diversos escalões da administração federal e a liberação de ementas parlamentares e outros “favores” passaram a ser as moedas de troca para  um governo corrupto, medíocre, sem rumo e incompetente.


O desastre econômico, financeiro, orçamentário e fiscal desde o período da campanha de 2014 já  era denunciado por diversos candidatos de oposição ante  as mentiras douradas por um “marketing” de fachada, onde a mentira e as ameaças  eram as armas prediletas do núcleo de agitação e propaganda petista,  conduzido por uma dupla de marketeiros, que atualmente encontra-se  presa em Curitiba por uso de dinheiro oriundo da corrupção, conforme a operação lava jato vem a cada dia demonstrando de forma mais clara.


Costuma-se dizer que no crime organizado, muitas vezes as brigas de quadrilhas é que possibilitam que o submundo da criminalidade venha a tona. Assim também aconteceu e continua a acontecer na operação lava jato, que a cada dia mais se aproxima do núcleo central do poder, chegando mais perto de Dilma, de Lula, do PT e de outros partidos que até  há poucas semanas dividiam o botim da corrupção em que se  transformou nosso país.

Quando partidos de oposição denunciaram práticas nada éticas e nada democráticas  e muito menos republicanas utilizadas na campanha de reeleição de Dilma,  pouca gente poderia imaginar que um dia a  verdade poderia vir a tona  e isto levaria ao desastre do que muitos denominam de um “projeto criminoso de poder”.


As  denúncias de corrupção pipocam a cada dia e envolvem figuras ilustres e importantes da República, incluindo ministros, ex-ministros, dirigentes de estatais em associação com empresários que na verdade são muito mais criminosos de colarinho branco do que realmente Esse esquema corrupto e criminoso envolvem inclusive os Presidentes da Câmara  Federal e senado Federal, cujos presidentes  também estão sendo denunciados junto ao STF, juntamente com dezenas de senadores, deputados federais e outras autoridades, conforme consta da LISTA DO JANOT.


Empresários que sistematicamente fraudaram licitações, super faturaram obras de baixa qualidade  ou até mesmo obras e serviços fantasmas, cujo fim ultimo sempre foi a formação de um governo paralelo dirigido por criminosos de colarinho branco também fazem parte deste projeto criminoso de poder.


Mesmo que Dilma, o PT  e seus aliados sempre tenham tentado judicializar as investigações que foram tentadas no Congresso Nacional através de CPIs,  as tentativas de impeachment  aos poucos foram ganhando corpo, até que  um “racha” na base politica parlamentar colocou em campos opostos o PMDB, dirigido pelo Vice  Presidente Michel Temer e de outro o PT e seus aliados mais próximos como o PCdoB, PDT, PSOL provocando o STF como forma de impedir que um processo de impeachment pudesse seguir em frente.


Apesar de todas as manobras do Governo, o impeachment foi aprovado, há poucos dias, por ampla maioria dos integrantes da Câmara  Federal e agora segue de forma célere no Senado Federal e, tudo levar a crer que, dentro de no máximo duas semanas, talvez entre dos dias 12 e 13 de maio, que será  uma sexta feira, Dilma deverá ser   afastada por no máximo seis meses e ai poderá perder definitivamente o mandato.


Com isto haverá  o desmonte dos esquemas de corrupção e do aparelhamento que o PT e seus aliados fizeram da administração federal. Com  certeza muita gente, até  agora acima de qualquer suspeita, poderá ir parar na prisão e o povo poderá  saber o que realmente ocorria no submundo do poder e do governo petista. Muita coisa ainda está para ser revelada!


Em tempo, mesmo com o processo de impeachment  seguindo as normas constitucionais, os procedimentos legais e regimentais da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e o rito estabelecido pelo STF, tanto Dilma quanto Lula , o PT, O PCdoB, PDT e outros setores ligados ao Governo insistem em chamar o referido processo de GOLPE.


Coube a vários ministros do STF, diversos juristas e dirigentes dos partidos de oposição e também a OAB demonstrarem que nem o Brasil e muito menos o Governo Dilma estão na iminência de sofrer  um GOLPE de Estado. Caso Dilma seja afastada por seis meses, o que é muito provável ou de forma definitiva, dependendo do andamento do processo, com certeza  vai haver  um grande desmonte de todos os esquemas de corrupção, de aparelhamento da administração  federal por parte do PT e seus aliados e ai, sim, muita coisa podre poderá vir a tona e ninguém duvida que sérias consequências deverão afetar inclusive o rumo das eleições municipais e o futuro da política brasileira.

 


*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia,  articulista de A Gazeta. 

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Quinta, 07 Abril 2016 10:06

 

 

Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. Jornalismo/USP; Prof. Literatura/UFMT

 

Em clima de divisão social, o “nós” do título refere-se à cúpula do governo federal, com destaque à Sra. Rousseff e ao Sr. Lula, aos que compõem o staff do governo e aos demais séquitos, destacando seus agentes nas universidades federais.

 

Desse importante contingente de brasileiros, para conversar sobre “democracia”, dirijo-me ao último grupo, com ênfase a alguns colegas de vida acadêmica.

 

Começo esse diálogo resgatando uma chamada jornalística que esteve no site da UFMT no dia 28/03/16. Na essência, o texto – em sintonia com as manifestações em prol de algo como “Fica Dilma” e “Lula é nosso senhor todo poderoso” – convidava a comunidade universitária para participar do “Manifesto em Defesa da Democracia” e outros itens mais.

 

Conforme os organizadores do ato, o evento tinha como propósito “...discutir e manifestar-se sobre as ameaças ao Estado Democrático de Direito vividas atualmente pela sociedade brasileira”.

 

Para encorpar o evento, a chamada enfatizava quem lá estaria: além da reitora da UFMT e da presidente da União Nacional dos Estudantes, outros quatro colegas citados nominalmente – todos defensores orgânicos/partidários do governo federal – já haviam confirmado presença.

 

Portanto, com aqueles destaques, qualquer manifestação/aclamação do mantra “Não vai ter golpe” estaria garantida. Em contrapartida, nenhuma discussão que resguardasse o contraditório seria sequer possível em um ambiente ocupado por defensores dos agentes do status quo, que aprenderam a usar a palavra “democracia” para tentar disfarçar a defesa que fazem do governo federal. 

 

Mas o que significa essa defesa?

 

Significa defender e ampliar as políticas neoliberais em curso, que atacam principalmente os mais pobres, bem como aceitar suas práticas políticas, comprovadamente parceiras da criminalidade.

 

Sem desconhecer que transito nos perigosos espaços da moralidade, estou falando de corruptos na política, sim, e sem ignorar que do lado dos “eles” a corrupção também tem moradia garantida. E, é claro, a moradia destes está mais para o estilo “tríplex” do Guarujá daqueles do que para o “Minha Casa Minha Vida” da maioria iludida dos impiedosamente massificados.

 

Pois bem. Para minha surpresa, o referido “Manifesto”, desmembrado em dois documentos, passou a constar da pauta de uma reunião de um dos conselhos superiores da UFMT. Para que aquilo não fosse apreciado naquele momento, ponderei que nenhum dos membros tinha realizado qualquer reunião com seus pares para que pudessem, democraticamente, apresentar voto de representação. Em vão. A democracia interna na UFMT não é valor cultivado há muito tempo.

 

Derrotado nesse apelo, mas insistindo pela democracia interna daquele espaço institucional, só me restava pedir vistas de um dos processos. Outro colega já havia lançado mão desse dispositivo legal, pedindo vistas do primeiro processo.

 

Assim, se naquele momento nos livramos de atropelar pontualmente a democracia na UFMT, repito: a prática de nossa democracia interna tem sido pisoteada sistematicamente. Dentre outras, foi assim que ocorreu com a aprovação de algumas imposições do governo petistas, como o ReUNI (Reestruturação e Expansão das Universidades) e o ENEM.

 

Logo, sempre enquadrados pelo governo, cada aprovação feita dessa forma tem significado um tapa na cara não só da democracia, mas um murro na autonomia de nossa universidade.

 

Definitivamente, a defesa da democracia não pode ser abstrata. Ela requer lastro. E o lastro é sua prática diária, que vai além das palavras, sempre voando ao vento.

 

 

Terça, 23 Fevereiro 2016 11:30

Educação foi a terceira pasta mais afetada, com um corte de R$ 1,3 bilhão.

 

O governo federal anunciou na última sexta-feira (19), um corte de R$ 23,4 bilhões nos gastos públicos do Orçamento Federal de 2016. A medida tem o intuito de garantir o superávit primário - saldo usado para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública ao sistema financeiro - atingindo diretamente o serviço público e programas sociais. Novamente o governo escolhe cortar direitos sociais como a saída para a crise econômica, mantendo intacta a dívida pública, que consome quase metade do orçamento.

 

Com a medida, o limite para gastos com despesas discricionárias (não obrigatórias) caiu de R$ 256,8 bilhões para R$ 233,4 bilhões neste ano. O valor foi anunciado durante a apresentação da programação orçamentária e financeira do Poder Executivo para este ano e contou com a presença dos ministros Nelson Barbosa, da Fazenda, e Valdir Simão, do Planejamento, Orçamento e Gestão. Antes, a equipe econômica já havia limitado os gastos dos ministérios e secretarias especiais com despesas discricionárias a 1/18 avos por mês até março. Saiba mais

 

O Ministério da Educação foi o terceiro mais afetado, com um corte de R$ 1,3 bilhão, com a autorização para empenho passando de R$ 32,8 bilhões para R$ 31,5 bilhões. Os ministérios de Minas e Energia e da Saúde lideram os cortes com R$ 3,14 bilhões e R$ 2,5 bilhões, respectivamente. Com os cortes, o governo pretende atingir a meta de superávit primário de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais).

 

Ainda no anúncio, Nelson Barbosa defendeu a necessidade de uma reforma fiscal, em longo prazo, com destaque para a Reforma da Previdência. Segundo ele, é preciso controlar “o item de maior gasto do governo” – Previdência Social, para equilibrar as contas públicas do país. O governo pretende enviar a proposta de reforma ao Congresso Nacional até o final de abril. Saiba mais

 

O ministro ainda citou medidas que retiram mais direitos sociais como formas de combater a crise, tal qual a suspensão de aumento real das despesas de custeio, de aumento real das demais despesas discricionárias, da realização de concursos, de contratação e criação de cargos, de aumento real de salários dos servidores públicos e, inclusive, de aumento do salário mínimo.

 

Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente do ANDES-SN, critica o governo, que, mais uma vez, diante da crise econômica, anuncia cortes que aprofundam o desmonte dos serviços públicos e ameaçam direitos dos trabalhadores. “A lógica do governo é a mesma do grande capital, que deseja trabalhadores cada vez mais precarizados e sem direitos. Além de serviços públicos sem qualidade, retirando da população o direito a vida e a educação, para usar o argumento falacioso da ‘ineficiência do serviço público’ em prol da privatização. As universidades já estão funcionando de forma precária com os cortes de 2015 e, com mais cortes em 2016, a situação ficará insustentável. Por outro lado, em todos os decretos governamentais sobre cortes, nenhum corta ou reduz o pagamento dos juros da dívida pública”, explica.

 

Durante o 35º Congresso do ANDES-SN, realizado em Curitiba (PR), em janeiro deste ano, os docentes deliberaram por intensificar a luta contra o Funpresp – fundo de previdência complementar para os servidores públicos, pela anulação da Reforma da Previdência e também contra a nova proposta de mudança nos direitos de aposentadoria dos trabalhadores.

 

Meta Fiscal e gasto público

 

Outra medida defendida, foi o envio de um projeto de lei ao Congresso nos próximos dias para alterar a meta fiscal de 2016. O Orçamento de 2016 poderá encerrar o ano com déficit de R$ 60,2 bilhões, caso a arrecadação federal diminua, conforme as projeções mais pessimistas do governo. Barbosa também antecipou que o governo estuda enviar ao Congresso um projeto de lei complementar que limite o crescimento do gasto público nos próximos anos. Segundo ele, haverá um teto para vários anos, que seria incorporado ao Plano Plurianual (PPA).

 

Enfrentamento à retirada de direitos

 

Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente do ANDES-SN, ressalta que “os cortes anunciados destroem direitos e vidas, e que a luta para barrar a Contrarreforma da Previdência e o desmonte do serviço público será uma das pautas centrais das ações dos Servidores Públicos Federais (SPF) no ano de 2016”. Nos dias 27 e 28 de fevereiro o Fórum dos SPF se reunirá em Brasília (DF) para discutir a agenda de lutas e a Campanha Unificada para 2016. Saiba mais

 

Fonte: ANDES-SN (com informações de Agência Brasil)