Quinta, 17 Maio 2018 10:42

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 

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Prezados Docentes,

Boa Tarde,
 

Ontem, após nossa assembleia, alguns docentes me solicitaram verbalmente que encaminhasse esclarecimentos no Espaço Aberto sobre os levantamentos do Conselho Fiscal em relação a gestão 2015-2017, no que tange as contas do fundo de greve (CEF, ag 0686, cc 0005171-6) e de aplicação (SICOOB, ag 4241-2, cc 4805-4).
 
Acolhendo estas solicitações e contribuindo um pouco mais referente a minha fala na assembleia, envio aos colegas algumas informações:
 
Em março de 2015, Prof Sanches deixa a gestão com prestação de contas aprovada e saldo na conta Fundo de Greve de R$ 299.904,38 e conta Aplicação de R$ 226.783,28.
 
Após a greve, em 31/12/2015, restavam nessas contas, respectivamente, as quantias de R$ 125.957,18 e R$ 892,03. O custo total da greve de 2015 foi de R$ 404.274,47, ou seja, boa parte dos recursos dos fundos foi usada para o seu custeio.  
 
Em junho de 2015, no início da greve, institui-se a cobrança de mais 0,25% para recompor os fundos da Adufmat. Cobrança esta que se estendeu até maio de 2017 (quando protestei), sendo arrecadado nesta rubrica a quantia total de R$ 612.473,12, a qual não retornou aos respectivos fundos.  
 
Pois bem, vamos a alguns esclarecimentos:
1° Durante uma assembleia na Adufmat em meados de 2017, com poucos sindicalizados, se votou pelo não envio do relatório final do CF referente a gestão 2015-2017 à categoria;
2° Em seguida, na assembleia de prestação de contas da gestão 2015-2017, após o CF apresentar o relatório final, não houve contestação satisfatória da Diretoria sobre muitos apontamentos, a qual optou por constituir uma Comissão que posteriormente prestaria as devidas respostas.
FATO: até a presente data não houve prestação de contas da gestão 2015-2017.
 
Conforme último demonstrativo contábil no site da Adufmat (fev/2018) da atual gestão, a conta de Fundo de Greve continua sem reposição (R$ 147.762,82), recebendo somente os rendimentos mensais (desde dez/2015). Enquanto que a conta de Aplicação, simplesmente não existe mais.
 
Outro problema sobre a gestão financeira que citei durante a assembleia de ontem foi a rubrica de 1% provenientes de 10% do contrato dos 28,86% com os advogados (nos demonstrativos da Adufmat é denominada de receita 10% sobre 28%). Trata-se de uma “receita extraordinária”, bem como a arrecadação dos 0,25%, a qual deveria ser encaminhada para conta específica (em separado) e sua utilização ser regida expressamente por deliberação de assembleia. No entanto, essa conta em separado não existe e vem sendo usada como se fosse receita ordinária para custeio de despesas correntes da entidade. O valor total arrecadado de jun/16 a fev/18 foi de R$ 359.723,85.
 
Tenho plena consciência que tais receitas foram utilizadas no custeio corrente da seção sindical, porém para provisionamento de possíveis futuras greves e outras demandas não deveríamos nos preocupar mais com isso? Essa quantidade volumosa de recursos (0.25% e 1% d 10%) não deveria estar em contas específicas à disposição da categoria para eventualidades ou deliberações em prol da maioria?    
 
A gestão anterior e a atual vem tratando essas rubricas como “receita sindical” o que, ao meu ver, é, no mínimo, um despropósito com os nossos recursos. Tudo é receita sindical, porém se dividem em receitas ordinárias e extraordinárias. O que seria uma receita ordinária?  A receita ordinária advém do pagamento das contribuições mensais e é permanente. E as receitas extraordinárias? São decorrentes de fontes não-perenes. Acho que qualquer leigo sabe disso e que esse objeto não se mistura.  Tratar tudo como “receita sindical” foi alternativa vulgar para mascarar uma condição contábil e usada para se continuar com a gastança ou justificá-la. Temos atualmente uma arrecadação mensal por contribuição sindical que não chega a 200 mil/mês, mas os gastos são superiores a isso, conforme demonstrativos contábeis da atual gestão disponíveis no site da Adufmat. O déficit vem ocorrendo desde a gestão anterior, fechando as contas da Adufmat no vermelho. Não é justo e nem correto que nossos recursos continuem sendo tratados dessa maneira. Se o Conselho Fiscal permitir a falta de orientação adequada das receitas, será um “Conselho de Amigos”.  
 
Durante a assembleia, um professor do Araguaia ponderou sobre minha fala e relatou que os recursos da greve de 2015 foram usados com viagens e que de 2 a 3 ônibus saiam lotados. Contribuo com a informação que para além destes custos tivemos muitos outros nessa greve. Todavia, referente aos ônibus citados, nem todos foram lotados como foi dito e, em algumas vezes, chegaram depois da finalização dos atos. Entretanto, o mais grave foi a contratação desses ônibus sem nota fiscal, sem guia da ANTT e sem seguro das pessoas destas caravanas, o que foi apresentado no dia do relatório final por mim como “viagens clandestinas” pela falta de oficialidade do ato.  
 
Existem muitos outros fatos documentados e extraídos dos extratos bancários no relatório final do CF gestão 2015-2017, mas tenho certeza que um dia a verdade, o justo e o belo prevalecerão. Professor Reginaldo indagou ontem sobre até quando  falarei disso? Falarei sobre as coisas que julgo improcedentes no sindicado ou na UFMT até quando for preciso, como foi o caso da arrecadação dos 0,25% e muitos outros!
 
Sobre as contas da subseção do Araguaia, pude observar nos demonstrativos no site da Adufmat que a Conta Poupança 99-8, entre set a out/17, teve uma retirada expressiva de recursos (R$ 31.070,20). Solicitei em assembleia esclarecimentos da Diretoria, mas até agora não os recebi. Existe um custeio para investigações nesse mesmo período de R$ 3.497,94. A Diretoria atual poderia, por gentileza, nos esclarecer melhor sobre isso?
 
Por fim, gostaria de aproveitar o ensejo para solicitar à Diretoria anterior da Adufmat uma finalização de sua prestação de contas do biênio 2015-2017 e ficarei muito agradecido caso a Diretoria atual possa também nos esclarecer melhor sobre os recursos e fundos citados.    
 
Saudações sindicais,

Prof Dr Alexandre Paulo Machado

Departamento de Ciências Básicas em Saúde

Faculdade de Medicina/UFMT

 

Segunda, 17 Abril 2017 08:58

 

Ao que tudo indica, as crises política e econômica do país estão longe de serem resolvidas. Nesses tempos sem representatividade, o modelo político se superou per se. O que se vê agora é um Estado dissolvido e uma nação dividida com seu mercado da desUnião se fortalecendo. A desconexão das instituições de seus indivíduos e, consequentemente, a quebra do ordenamento social projeta um futuro de desesperança, sentido especialmente pelos jovens.
 
A falta de governabilidade e perspectivas impacta diretamente a vida das pessoas de forma negativa, arrastando-nos para mais uma cilada futura. De um lado, tem-se uma agenda da falsa promessa da terra de Canaã e, de outro, o populismo reencarnado - a volta do salvador. Qual propositura será vitoriosa em 2018? Entre elas, há também uma agenda paralela que cruza o caminho das duas, a qual segue sem trégua sobre os donos dessas cartilhas capitalistas que se apoderaram do Estado. No entanto, o que se apresenta bem definido na arena política são as duas agendas que já degustamos e praticamente não se diferem, a não ser pelos seus interlocutores. 
 
A ideia do reformismo será reimplantada na mente das pessoas no sentido que o país precisa avançar e vencer um arcabouço de legislações ultrapassadas para se ter mais emprego e renda. Isto é, chegaríamos a terra prometida graças às reformas. No entanto, o verdadeiro avanço que se pretende é a precariedade do público e dos direitos trabalhistas, sem tratar o que realmente é necessário para estruturar a nação.
 
De outro lado, aquele velho discurso proselitista da seita vermelha, mas ainda bastante efetivo numa democracia em transição, pregando serem contra as reformas e seus males, ou seja, seriam os “contrarreformistas”. Todavia, sem fazer menção que o reformismo foi vigoroso durante a sua tirania. O medo e o saudosismo serão novamente emblemáticos, sendo inclusive encabeçados por instituições ditas classistas ou marcados pelo ativismo destas.
 
Portanto, a disputa de 2018 já está posta e o cardápio será o pauperismo! De um lado, o reformismo como meta, o qual vem colocando a sociedade a serviço de um mercado atrelado a especulação da incerteza. De outro, o devaneio populista que se proclamará outra vez como a imaculada salvação, embora totalmente prostituído desde a sua concepção. Uma agenda usará o reformismo da outra para se reerguer, enquanto a outra, se reafirmará contra algo da outra que já lhe foi próprio num passado não muito longínquo. Então, mesmo que se coloquem como lados opostos, o reformismo será o lema na campanha de 2018 e o projeto para a nação de ambas as agendas.  Não teremos opção, será uma disputa ambivalente pelo poder, ilegítima.
 
Isto é, ambos os lados estão postos, mas o caminho não mudará. O fruto continuará apodrecido em seu cerne, porém mais endurecido. Infelizmente, a sociedade não se preparou para essa sinuca-de-bico! Mais uma vez, estará acéfala e pronta para cair na mesma armadilha de outrora. Nas urnas, em 2018, seremos derrotados de novo pela mesma agenda de terror “anti o social” que vem pairando no ar, todavia mais intensa. Que fique a lição, cidadão pleno e consciente depende de professor que cumpre o seu dever!

 
 
Prof Alexandre Paulo Machado
DCBS - Faculdade de Medicina, Campus Cuiabá. 
 

Segunda, 20 Fevereiro 2017 18:10

Caros Professores,

Bom dia,

Gostaria de compartilhar com toda a categoria docente meu posicionamento sobre o Edital para o aproveitamento de diploma de graduados voltado ao preenchimento de vagas ociosas na UFMT.

Tenho certeza que a PROEG vai responder ao recurso anexo da melhor forma possível, mas acredito que não podemos perder a nossa capacidade de nos indignar frente aquilo que consideramos injusto, estranho ou incoerente. Procurei ser bem sucinto e objetivo no recurso, sendo o meu interesse apenas o de provocar uma discussão institucional sobre o edital entre os colegas, inclusive por parte de quem está a frente dele. Sei que temos muitas opiniões divergentes, mas tenho acompanhado tal edital e ainda não consegui me convencer e entender porquê o aproveitamento de título tem que ser obrigatoriamente vinculado ao currículo do candidato/instituição.  E pior como os estudantes e as instituições com tantas disparidades no processo formativo, já detectadas pelo MEC, possam ter seus currículos igualados na classificação por critérios injustos de afinidade e notas. Por mais que não tenha sido a intenção das pessoas que elaboraram o certame, denunciei também no recurso a discriminação profissional no Anexo II do edital, algo que jamais poderia ocorrer dentro de nossa instituição. Ao final, cito no recurso, como exemplo, o caso do Curso de Medicina, onde os critérios de afinidade caem por terra diante do currículo PBL, pois os alunos, independente das disciplinas cursadas em outros cursos internos ou externos, uma vez que, os aprovados no edital se matricularão no primeiro semestre, o que bastaria para isso somente o aproveitamento do TÍTULO para o preenchimento da vaga. Isto é, pode ser formado em qualquer profissão para concorrer a vaga do Curso de Medicina porque isso não faz a menor diferença já que terão que iniciar o curso do ponto zero e seguir cumprindo todos os módulos de tutoria. Na minha visão, o edital não faz sentido e o aproveitamento da vaga deveria ser para todos os candidatos tão somente por aproveitamento de título e processo seletivo único. Vejo que ainda há tempo e precisamos mudar as orientações deste edital e dos próximos, bem como garantir a ampla divulgação e um pouco mais de tempo para as inscrições. 

Saudações a todos e boa semana

Prof Dr Alexandre Paulo Machado

Departamento de Ciências Básicas da Saúde

Faculdade de Medicina

Universidade Federal de Mato Grosso

 

Endereço do link do edital: http://www.ufmt.br/ingresso/index.php?option=com_k2&view=item&id=29:edital-admissao-graduado-20162&Itemid=328

A Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT, por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação/PROEG divulga vagas para Admissão de Graduado (portador de...

 

Terça, 29 Março 2016 09:23

 

 

"ALERTA : Resolução 158/2010"

 

 

 *Texto enviado pelo Prof. Dr. Alexandre Paulo Machado.

 

            Caros Professores,

 

         Às vésperas da mudança de mandato na UFMT, fomos surpreendidos na semana passada sobre a notícia de que a resolução 158/2010 entraria na pauta do CONSEPE, já com comissão constituída e proposta pronta para ser votada (anexa).

 

           Felizmente, a proposta foi retirada da pauta no dia 28/03/16 e, talvez, seja reinserida no dia 11/04/16.

 

 

          Como de outras vezes, há uma certa “urgência” no ar para que a proposta anexada seja apreciada e votada.  

 

           Ontem (28/03/16) verifiquei que muitos docentes não sabiam ou sabem sobre esse remendo ao trapo velho 158, embora vestirá a todos, sem exceção, num modelito que talvez seja pior do que o atual.  

 

            Por isso, encaminho a proposta em anexo para que todos os docentes da UFMT tenham acesso, compartilhem, participem e opinem sobre os rumos dessa resolução, o que envolve nossas vidas e destinos.

 

          Em 2012, as categorias dos docentes, técnicos e estudantes propuseram a necessidade de mudanças na 158, reafirmando essa vontade na pauta interna de 2015 (anexo). Nós acreditamos que a mudança nesta resolução impacta a vida futura da academia e, por isso, deveriam ter ampla participação através de consultas democratizadas nos departamentos, faculdades e institutos (ver item democracia interna de nossa pauta 2015).

 

       Elementos importantes que envolvem nossa carreira, trabalho e direitos, além de direcionar a vida institucional quanto à pesquisa, ensino e extensão podem ser inseridos para construir ou destruir um projeto de universidade, o que dependerá exclusivamente de nossa vontade, capacidade de reflexão e racionalização frente ao que se engendra.

 

         Por mais que seja utópico, seria bom buscarmos por uma norma que produzisse efeitos sinérgicos entre os indivíduos e benéficos para o coletivo na sua integralidade ou, ao menos, para a sua maioria.  No entanto, uma regra ruim, além de não contemplar a maioria, desagrada e desmotiva, causando-nos ainda mais problemas cumulativamente. Embora alguns acreditem que foram realizados avanços na 158, há necessidade reafirmada de mudança pela categoria docente, mas que estas cheguem de forma democrática, cautelosa, sem atropelos, ressignificando diuturnamente nossas esperanças e a dignidade de nosso trabalho, tendo segurança jurídica e, principalmente, sendo eficiente em revelar dias melhores a esta instituição e ao povo deste Estado.

 

         Um grande abraço, boa semana e na certeza que juntos venceremos as cascas de bananas espalhadas no caminho!

         

       Prof Dr Alexandre Paulo Machado

                Departamento de Ciências Básicas em Saúde

Faculdade de Medicina

Membro do Conselho Fiscal da Adufmat