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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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JUACY DA SILVA*
Antes de mais nada, precisamos aclarar e buscar entender o que significa conhecimento e sabedoria, como instrumentos para atingirmos a verdade e garantirmos a liberdade, não apenas como conceitos, mas sim, como experiência de vida e organização da sociedade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Coaching, IBC, O conhecimento é o conjunto de informações que o indivíduo adquire por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores e insights sobre algo no decorrer da sua trajetória. A pessoa que detêm o conhecimento é capaz de saber alguma informação ou instrução e a mesma pode mudar comportamentos e auxiliar na tomada de decisões. O conhecimento é capaz de transformar vidas e, se utilizado devidamente, contribui significativamente para a construção de um mundo melhor. Trata-se de um processamento complexo e subjetivo da informação absorvida por um indivíduo e, digo eu, pela coletividade, pois o conhecimento individual só tem significado se estiver a serviço da sociedade.
Conforme o portal “somos todos um” o conceito de “SABEDORIA, consiste em saber o que fazer com qualquer conhecimento, como utilizá-lo de forma prudente, moderada, profícua e útil. Somos o resultado das nossas escolhas e elas estão baseadas no nível de conhecimento a respeito de determinado assunto. Passamos a adquirir sabedoria quando enfrentamos o erro e o acerto do que escolhemos”. Neste sentido o conhecimento embasa nossa visão de mundo ou nossa cosmovisão.
Portanto, sabedoria pode ser entendida como a capacidade que temos para utilizar corretamente, altruisticamente, socialmente, politicamente e humanamente nossos conhecimentos. Exemplo, ao utilizar o conhecimento científico e tecnológico para a fabricação de armas de destruição em massa, certamente que esta utilização de um conhecimento de grau elevado e refinado, nada tem de sabedoria.
Ao contrário, ao utilizarmos o conhecimento da dinâmica da energia nuclear, não para fazer bombas atômicas, mas sim, para o progresso da medicina, dos transportes, para a produção de energia, eletricidade ou para as transformações na agropecuária, certamente este conhecimento estará embasado na sabedoria.
Ao longo da história o ser humano empreende uma jornada que leva ao progresso material, às invenções, na busca contínua por condições melhores de vida. Todavia, nesta caminhada surgem e se desenvolvem as forças do mal, a indústria da morte, do obscurantismo, da ignorância, quase sempre travestidas do espirito do bem, embasando determinadas causas que acabam destruindo muita gente.
A inquisição, por exemplo, que por séculos fez parte do cristianismo, da hierarquia da Igreja da Católica, através de uma visão deturpada da verdade, levou ao sofrimento, à prisão e à morte centenas de milhares pessoas, inclusive queimadas vivas, por que ousaram pensar de forma diferente ou em confronto com o que, décadas ou séculos eram “verdades consagradas” pela igreja e pela fé cristã, mas há muito tempo até a atualidade a inquisição é considerado uma prática cruel e, em certo sentido, demoníaca, apesar de ter sido praticada em nome da fé católica e cristã, quando Cristo tanto enfatizava que deveríamos pregar apenas o amor, jamais o ódio, o rancor, a vingança e a injustiça como foram as práticas da inquisição por mais de cinco séculos. A inquisição é o mais claro exemplo de obscurantismo e, em certo sentido, ainda hoje está presente na forma de agir de algumas pessoas e até mesmo como práticas e ações de governo, como podem ser observadas, principalmente na violência institucionalizada pelo Estado.
Por isso, a liberdade de pensamento, de pesquisa, de diálogo, de organização, de manifestação, de veiculação dos frutos do conhecimento devem ser um apanágio não apenas da racionalidade individual, mas a base para a construção de uma sociedade justa, humana, sustentável e desenvolvida.
O obscurantismo faz parte do arcabouço de regimes e governos medíocres que não suportam nem a liberdade e muito menos a verdade, razão pela qual deve ser combatido de forma efetiva para que os países e as sociedades não se enveredem para regimes totalitários e ditatoriais.
Todas as pessoas, tanto crianças, quanto jovens, adultos e mesmo idosos, que já estão no processo de ocaso da existência, devem ter a capacidade de refletir, pensar criticamente e a coragem de demonstrar seu inconformismo perante todas as formas de obscurantismos e de censura.
Em sociedades dominadas pelo obscurantismo não tem lugar para uma educação de fundamentação crítica, libertadora e muito menos práticas pedagógicas que estimulam as pessoas a pensarem criticamente e exercitarem a plena liberdade para pensar, sentir e agir, único caminho que leva ao conhecimento e à sabedoria.
Devemos saber viver plenamente, buscando sempre estudar e aprender coisas úteis e proveitosas a nós mesmos e ao próximo. Quando paramos de aprender ou perdemos a curiosidade que nos leva a novas descobertas e ao progresso, começamos de fato a morrer aos poucos, isto também acontece com as sociedades governadas por dirigentes medíocres que temem o conhecimento, a sabedoria e a coragem de encarar a verdade, principalmente quando isto esta na base das manifestações populares.
Precisamos aprender o mais que pudermos, não devemos perder tempo com futilidade, que é sinônimo de uma vida vazia e sem objetivos, sem rumo. Busquemos conhecer assuntos novos em todos os ramos do conhecimento, que despertam a curiosidade que existe dentro de nós, isto nos ajudará e também ajudará ao próximo a iluminar mais o espirito da verdade.
Só a curiosidade, a vontade de conhecer não apenas o mundo em nossa volta, mas nosso mundo interior pode nos conduzir na jornada em busca da felicidade e da eternidade.
Por isso a Bíblia, texto sagrado e regra de fé para bilhões de cristãos e os diversos livros sagrados das demais religiões tanto enfatizam a busca da verdade como apanágio da liberdade. No Evangelho de São João , capítulo 8, versículo 32 é o próprio Cristo quem diz, de forma bem clara “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Esta é a resposta a todas as “fakes news” ou, em português “noticias falsas”, que existem desde tempos imemoriais e não apenas na atualidade marcada pela difusão instantânea da internet e das redes sociais, que “tanta preocupação” tem despertado em nossas autoridades, muitas das quais também, com frequência, mentem para a população, inclusive quanto não usam da transparência para que o povo possa saber, ver e enxergar o que acontece realmente nos porões governamentais.
O obscurantismo é mantido não apenas pela censura e as vezes pela tortura, mas também na medida que atos governamentais, feitos em nome do povo, acabam ficando em caráter secreto, impossibilitando que a população, cidadãos e contribuintes que, com seus impostos, pagam para que o governo exista e funcione para o bem-comum, tome conhecimento da realidade.
Em sentido oposto da verdade, a mentira, a dissimulação, a calúnia, a difamação, a injúria e a demagogia destroem a verdade e aprisionam o ser humano no cárcere da ignorância, da maldade e impossibilita relações humanas saudáveis. Com certeza, se a verdade é obra do bem, a mentiras só pode ser obra do mal, gerando conflitos, animosidades e decepções até mesmo entre pessoas que se querem bem.
Conhecer é um ato de verdadeira libertação, que produz transformações nas pessoas e na sociedade. Censura é irmão gêmeo da mentira e uma afronta `a verdade e a liberdade plena, valores muito caros para uma vida melhor, pelas quais tanta gente já deu até mesmo suas próprias vidas!
*JUACY DA SILVA, professor titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Twitter@profjuacy Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Sempre que posso, fujo do tema religião como o diabo foge da cruz. Motivo: em tempo de tantas desavenças, a maioria – cristãos ou não – vive sem qualquer feixe de luz; logo, socialmente, é perigosa.
Alguns – mais evoluídos na perversidade do que outros – sequer deixam suas práticas provarem a pequenez de suas almas, desmentindo-os. Seus próprios discursos fazem isso. É a falência do Verbo. Nesse abundante grupo, encontra-se o atual presidente da República, que, no rol de seus desconhecimentos, sequer sabe o porquê de ter se tornado presidente, embora, paradoxalmente, já fale em reeleição!!!
Mas como vejo só maldade naquela apequenada alma, que faz tanta questão de invocar a todo instante o nome de Deus?
No plano das aparências, vejo maldade e amargor em seu sorriso amarrado, sem graça. A criatura parece estar sempre alerta para impor algum tipo de vingança aos seres que não comungam das mesmas ideias suas.
O ódio presidencial ao diferente é tão intenso que o faz esquecer que o outro (o diferente), querendo ou não, é um seu semelhante, um seu igual, pois na tese cristã são todos feitos à imagem de Deus.
Nesse sentido, um de seus semelhantes mais semelhantes é exatamente o conjunto dos trabalhadores sem terra, sem eira, sem beira, sem nada. A quem duvidar, aproxime-se deles. Ao se aproximar, verão que o MST não inicia ação alguma sem antes vivenciar, em grupo, suas místicas. Em outras palavras, referenciar o mesmo Deus presidencial. Que ironia!
Mas por que tanto ódio presidencial contra seres humanos que nada mais têm a perder, a não ser os grilhões que os prendem à miséria dessa existência cheia de malícias e milícias?
Porque não têm propriedades. Porque são pobres. Portanto, o ódio presidencial é de classe. Ele sabe a quem está a serviço. A proposta de Previdência é a prova de sua extrema maldade.
Outro grupo que perturba a alma pequena do presidente da República é formado pela maioria dos que experimentam a vida acadêmica.
Por que esse ódio específico?
Porque em espaços tais, mesmo que muitos cultivem suas religiosidades, a verdade é que poucos são os acreditam no criacionismo. Para a maioria, o evolucionismo tem mais sentido. Todavia, para se aceitar a vigência da ciência é preciso, humanamente, evoluir do sentir para o pensar. Da experimentação do ato de pensar vem a certeza do existir: “penso, logo existo”.
No mais, a existência de muitos que frequentam a vida acadêmica está mais livre de amarras socialmente construídas. A Filosofia, a Sociologia, a Antropologia e todos os “logos” que possam ser abarcados nas universidades parecem ajudar, potencialmente, os seres humanos a serem mais humanos de fato.
Infelizmente, nosso presidente tem demonstrado dificuldades de compreender isso. Imerso em suas limitações, tem atacado as universidades; e de todas as formas. Ataca no plano das questões subjetivas e na objetividade; ou seja, no corte de verbas federais para manutenção das atividades que, aliás, são indispensáveis à sociedade.
Por que as universidades são indispensáveis?
Porque é delas que vêm os médicos, os advogados, os engenheiros... mas acima de todos, os professores, inclusive os de Filosofia, de Antropologia, de Sociologia... E se cada profissional sair das universidades humanizado, tanto melhor para todos.
Mas o presidente não pensa assim. Aliás, penso que ele sequer pensa. Apenas sente; e sente muito ódio de quem pensa, de quem é pobre, de quem é gay, de quem é preto, de quem é indígena, de quem é mulher...
A CIVILIZAÇÃO DO AMOR - Juacy da Silva
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JUACY DA SILVA*
Ao escrever sobre alguns temas de natureza transcendental ou o que algumas pessoas denominam de espirituais, de vez em quando recebo mensagens, pelos diversos meios de comunicação virtual indagando-me do que se trata ou será que isto não fica apenas no plano íntimo de cada um ou cada uma e pouco efeito prático acaba provocando.
Em minhas respostas costumo dizer que tudo o que existe de concreto, as invenções, as obras de arte, as músicas, as cidades, os sistemas produtivos, tem suas origens no cérebro humano e no coração de pessoas, muitas das quais chamamos de gênios ou iluminadas, mas que, na verdade, todo mundo, com algumas exceções de quem tem certas doenças que limitam essas capacidades, enfim, todos nós temos uma capacidade inata, isto é, está presente desde a concepção, ao Nascimento e desenvolvimento pela herança genética e que será moldada ao longo da vida, ou o que chamamos de caminhada ou jornada terrena.
Em havendo igualdade de oportunidades e os estímulos necessários todas as pessoas podem desenvolver seus talentos e seus carismas, diferente de quando as oportunidades são definidas pelas estruturas politicas, sociais e seus agentes, que acabam excluindo a grande maioria da população em benefício das minorias que conquistam e exercem o poder em todas as sociedades. Esta é a gênese de todas as desigualdades: sociais, raciais, de gênero, culturais, econômicas, regionais, setoriais ou politicas, que acabam gerando exclusão, pobreza e miséria.
Em havendo justiça e igualdade de oportunidades, assim acontece com todos os pensamentos considerados nobres, que constroem, que edificam não apenas a própria pessoa quanto interfere e contribui para a vida coletiva. Assim, se temos em nosso interior pensamentos e sentimentos bons, nobres como o amor, a solidariedade, a fraternidade, a compreensão, a empatia, a gratidão, a caridade, a fé pura e verdadeira em Deus ou em alguma divindade que nutre nossa esperança de uma vida futura após a morte, com certeza deixaremos de lado pensamentos ruins e sentimentos negativos, como o ódio, o apego aos bens materiais, a ganância, a inveja, as futilidades da vida, a discriminação, o racismo, a violência, a opressão, a mentira, a esperteza e a corrupção. Essas últimas, são coisas, pensamentos ou ações incompatíveis com a civilização do amor.
Por isso, todos os livros sagrados, de todas as religiões e filosofias que embasam a visão de mundo de cada pessoa, tanto enfatizam a importância do amor, da compreensão, da partilha, da caridade, fraternidade, solidariedade e nutrem também a busca continua por uma sociedade, um país, enfim, uma comunidade internacional onde a paz seja o valor maior, onde as guerras, os conflitos armados sejam abolidos, onde a segurança das pessoas não esteja em armar-se, ter mais armas, algumas de destruição em massa, que provocam massacres, na maior parte das vezes destruição material e milhões de vidas humanas sacrificadas ou dilaceradas.
Em uma civilização do amor, os governantes, que supostamente devem representar e defender os interesses coletivos, não podem ser adeptos da violência, não devem fazer apologia das ações bélicas, não devem ser defensores da politica de quanto mais armas mais segurança, não devem ser defensores/lobistas da indústria das armas e dos interesses dos poderosos.
Em uma civilização do amor, o princípio de que todas as pessoas são iguais perante as leis deve ser algo de concreto e não belas palavras, belas mentiras; a justiça deve ser magnanima e realmente justa para todos; onde não há justiça social, onde não há justiça fiscal, com certeza o fosso que separa ricos de pobres, brancos e negros ou pessoas de qualquer outra cor da pele ou origem racial; entre homens e mulheres, entre pessoas de diferentes idades e características físicas; pois se as sociedades continuarem divididas tendo essas características, com certeza vamos conviver com a pobreza, com a miséria, com a injustiça, com a opressão, com a violência, com a epidemia das drogas, com o crime organizado, com a ganância e opulência de uns poucos em detrimento de uma vida decente e digna para todas as pessoas.
Muitos dos problemas que enfrentamos ao longo da vida, não apenas na dimensão individual, mas, fundamentalmente no plano coletivo, como o caos na saúde, a violência de toda ordem, a miséria, a fome, o desemprego, o subemprego, o trabalho escravo ou semiescravo, o tráfico humano, e talvez o maior subproduto desta civilização materialista, egoísta e opressora que é o problema das drogas, lícitas ou ilícitas, pouco importa, pois esta divisão é apenas uma invenção de governantes e legisladores que teimam em ver a realidade por uma ótica distorcida.
Com certeza, a adição ou o que antigamente era chamado de vícios, incluindo ai os jogadores e comedores compulsivos, o tabagismo, o alcoolismo, a prostituição e, claro, também o uso e abuso de drogas ilícitas, bem como a depressão, o pânico, a ansiedade, além dos aspectos fisiológicos e patológicos, para muitos estudiosos também são, na verdade, problemas de ordem transcendental ou espiritual e para a sua cura, exigem uma abordagem holística, ou multiprofissional.
Se conseguirmos levar a essas pessoas uma palavra de carinho, um pouco mais de atenção, consolação e compreensão, em lugar do abandono ou do encarceramento, bem como ações concretas que reduzam o sofrimento das mesmas, com certeza estaremos praticando alguns princípios da civilização do amor.
Em uma sociedade fundada no amor não existe lugar para a opressão, para as injustiças, nem para as prisões, a tortura, os campos de concentração, muito menos para as “limpezas étnicas”, onde as guerras poderão ser abolidas, afinal, as guerras e todas as formas de violência são a essência da estupidez humana ou o que podemos denominar de a bestialisação da obra-prima da criação de Deus, que é o ser humano.
Há mais de dois mil anos um jovem, Homem/Deus, pregava aos seguidores, do que adianta dizer a quem tem fome, segue em frente, prossiga sua caminhada e se não lhe der um prato de comida ou um simples pedaço de pão? Ou dizer a outra pessoa que esta gemendo de dor, fique em paz, que o Senhor vai te ajudar e não lutar para que todos tenham uma saúde de qualidade e acessível para todos indistintamente e não como hoje acontece no Brasil e em tantos países, onde as pessoas sofrem e até morrem em corredores ou portas de unidade de saúde.
Se atualmente existem mais de 2,2 bilhões de cristãos espalhados pelo mundo todo e mais de 4,5 bilhões de adeptos de tantas crenças e religiões, não é compreensível que tantos males praticados pelo ser humano continuem degradando a existência das pessoas.
Um exemplo da civilização do amor pode ser encontrado na forma como na igreja primitiva, os apóstolos e discípulos de Cristo viviam logo após o pentecostes. Conforme relato do Livro dos Atos dos Apóstolos capítulo 2:44-45, podemos ler e imaginar como era a vida comunitária entre os primeiros cristãos. “Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.” Esta é a essência da civilização do amor ou como ainda hoje acontece com a vida comunitária da grande maioria dos povos primitivos (indígenas) em diversos países, inclusive no Brasil.
Será que nossos empresários e governantes, a maioria dos quais se dizem cristãos, homens e mulheres de Deus, mas que ao fecharem os olhos para esta realidade que tanto massacra e explora impiedosamente a grande maioria da população, enquanto eles/elas, empresários e governantes, dos três poderes e nos diferentes estados da federação continuam com seus privilégios e vida nababesca `as custas dos impostos e contribuições dessa mesma população que sofre, na maior parte das vezes calada e sem qualquer esperança de uma vida digna? Será que convivem em paz com suas próprias consciências? E o que dizer de líderes religiosos que fazem coro com tais práticas injustas e degradadoras de seres humanos?
Alguns aspectos importantes tem sido mencionados ou enfatizados ao longo de décadas, principalmente ante as consequências dos horrores das guerras, dos conflitos armados ou de tantos atos terroristas, sempre, cada lado tentando demonstrar e convencer a opinião pública que tantos massacres foram e estão sendo perpetrados em nome de alguma “boa causa” ou ideologia, o que sabemos é que esses atos tresloucados produziram mais de 100 milhões de vitimas inocentes, principalmente crianças, idosos e idosas tem sido vitimas desta insanidade.
Com certeza, todos acreditam que a paz seja fruto da justiça, ou seja, onde a injustiça e a opressão vicejam jamais haverá paz verdadeira; todavia, tanto a justiça quanto a paz, são frutos do amor verdadeiro. Só assim vamos transformar a realidade que nos cerca e construirmos uma sociedade justa, sustentável e realmente humana!
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado Universidade Federal de Mato Grosso/Cuiabá, sociólogo, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação social. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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JUACY DA SILVA*
Em artigo anterior, escrito há poucos dias, ficou esclarecido que a obesidade é uma doença grave e muito séria e que tem preocupado não apenas as pessoas que sofrem com este mal, mas também autoridades e profissionais da área da saúde na maioria dos países e, inclusive organismos internacionais como OMS e outros de âmbito regional.
Muita gente imagina que o problema é a balança e ficam até com medo de subir neste instrumento de medida ou até mesmo voltam suas frustrações contra a balança como operários no inicio da idade industrial que quebravam as máquinas como se assim pudessem retardar o processo histórico e as transformações tecnológicas.
Apesar da obesidade ter diversas causas, que veremos logo mais, a maioria dos especialistas nesta área concordam que na verdade a causa principal, para a grande maioria das pessoas que sofrem com a obesidade, a mesma é causada ou definida como uma concentração elevada ou muito elevada, dependendo do índice individual, de gordura no organismo, por isso é que popularmente as vezes as pessoas obesas são chamadas de gordas, que tem muita gordura no corpo.
Assim este acúmulo de gordura é decorrente do desequilíbrio entre calorias ingeridas por uma pessoa e quantidade de calorias queimadas ou gastas pelo organismo e pode ser o resultado tanto de uma dieta nada saudável quanto pelo sedentarismo/falta de exercícios físicos. Ora, se a pessoa come uma determinada quantidade de alimentos, principalmente ricos em gorduras e açucares, enfim, de calorias e fica sentado o dia todo, com certeza este acúmulo diário irá resultar em sobrepeso e, finalmente, nos diferentes níveis de obesidade, podendo chegar até à obesidade mórbida.
No entretanto, como já mencionado anteriormente, as pessoas que sofrem com a obesidade ou o sobrepeso não devem simplesmente se autodiagnosticarem e muito menos procurarem amadores ou oportunistas que se aproveitam do desespero de quem esteja doente e embarcar em programas malucos de emagrecimento, ou tomarem remédios sem prescrição correta, sem orientação professional. Isto pode ser perigoso, agravar o problema e levar até à morte.
A primeira coisa que deve fazer é procurar diagnosticar corretamente o problema, que é o ganho de peso, paulatino e sistemático, afinal ninguém que esteja muito abaixo ou abaixo dos índices considerados normais, se torna obeso ou com sobrepeso do dia para a noite, a obesidade é um processo, as vezes quase imperceptível, de acúmulo de gordura no corpo, não tem nada de “charme” como algumas pessoas imaginam. É uma doença e como tal deve se encarada.
Só profissionais preparados para diagnosticar e oferecer alternativas de tratamento são indicados a “trabalharem” com este tipo de doença, que é a obesidade, destacando ou lembrando sempre que em sendo a obesidade complexa e cujas origens/causas são variadas, como, além do acúmulo de gordura já destacado anteriormente, distúrbios orgânicos, situações de estresse e ansiedade, ou seja, causas psicológicas, ou hábitos alimentares culturalmente arraigados, aspectos genéticos , enfim, diversas causas; o ideal é que tanto o diagnóstico quanto o tratamento devam ser feitos por equipes multiprofissionais, com apoio de diversos tipos de exame como de sangue e outros mais, além de um complete “inventário” do sistema de alimentação que a pessoa obesa costuma fazer.
De forma resumida, podemos identificar ou destacar pelo menos sete causas/origens da obesidade, conforme diversos estudos em diversos países: 1) sedentarismo; 2) comportamento alimentar inadequado; 3) dietas alimentares nada saudáveis, com elevados teores de açucares e gorduras; 4) meio ambiente que estimula o consumo de alimentos “enlatados”, cujo maior vilão é o “fast food”; 5) fatores genéticos e distúrbios glandulares/endócrinos; 6) Status socioeconômico, hábitos que favorecem a fartura de comida, nada saudável, como festas, banquetes, comemorações, onde o excesso de fritura e refrigerantes são servidos 7) psicológicas, como ansiedade, depressão, incluindo depressão pós-parto (muitas mulheres engordam muito após os partos) e compulsão alimentar, onde estão incluídos os “comedores compulsivos”, aquelas pessoas que comem o dia todo, desregradamente, conhecidas como quem “assalta a geladeira”, inclusive durante a noite. Parece que essas pessoas tem um apetite incontrolável.
Se o problema da obesidade fosse apenas o estético, a doença não seria tão grave. Mas o problema é que a obesidade agrava outras doenças também graves, algumas até crônicas e representa a redução significa da expectativa de vida.
As consequências da obesidade, são varias, com destaque para: 1) doenças cardiovasculares; 2) diabetes tipo II; 3) doenças músculo/esqueléticas como artrite e problemas nas juntas; 4) diversos tipos de câncer; 5) apneia do sono; 6) infertilidade e também disfunção erétil no homem; 7) problemas no trabalho, nos transportes coletivos; 8) discriminação e, no caso, de crianças e adolescentes o “bullying”; 9) aumento dos níveis de colesterol, de triglicerídeos e glicose no sangue; 10) mobilidade reduzida, quando mais obeso maior a dificuldade que a pessoa tem para se movimentar;11) acúmulo de gordura no fígado; 12) problemas respiratórios/asma etc; 13) problemas psicológicos como baixa autoestima; ansiedade, frustração, não aceitação do próprio corpo, estigma social e isolamento social; 14) hipertensão arterial e diversas outras consequências que tornam a vida da pessoa obesa ou com sobrepeso, uma verdadeira carga pesada, retirando da mesma a possibilidade de uma vida saudável e mais feliz.
Um último alerta, estudos demonstram que as pessoas obesas em comparação com quem não sofre de obesidade, tem maior propensão para alguns tipos de doenças: a) 25% a mais de sofrerem de depressão e ansiedade; b) 30% a mais dos casos de demência; c) 104% a mais de sofrerem com problemas cardiovasculares; d) 33% a mais dos casos de asma e outros problemas respiratórios; e) 150% a mais de casos de hipertensão arterial; f) 50% maior de casos de diabetes tipo 2; g) no caso de obesidade infantil e de jovens, 200% a mais de probabilidade de apresentarem quadro de múltipla esclerose.
É por isso que a OMS – Organização Mundial da Saúde já considera a obesidade, como a segunda causa de morte no mundo, direta ou indiretamente, já que a mesma potencializa a morbidade e mortalidade de outras doenças, também consideradas graves e sérias.
Costuma-se dizer que criança, adolescente e jovem obeso se chegar à idade avança, ao envelhecimento, com certeza serão idosos/idosas obesos ou obesas, o que agravará ainda mais esta última etapa da vida das pessoas.
Portanto, se você, caro leitor, prezada leitora sofre de obesidade ou está com sobrepeso ou conhece alguém nesta condição, não titubeie, procure diagnosticar o problema o quanto antes, mesmo sendo grave e séria, a obesidade tem cura, desde que a pessoa tenha vontade e procure os cuidados profissionais necessários enquanto é tempo, se deixar até chegar `a obesidade mórbida o tratamento é bem mais complicado, mais caro, de maior risco e os resultados nem sempre os melhores.
Com toda certeza, se você é obeso ou obesa, vai ouvir alguns “conselhos” como: movimente-se, faça exercícios diários, combata o sedentarismo; ou então “feche a boca um pouco mais”, coma menos essas porcarias que você está ingerindo, ou seja, alimente-se corretamente, comendo alimentos saudáveis; isto faz parte do que é denominado reeducação alimentar; e, finalmente, não “brigue” e nem culpe a balança ela é sua aliada para acompanhar seu progresso no combate `a obesidade e ter uma vida melhor.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
DE SEGUIR A PERSEGUIR - Roberto Boaventura
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Querendo ou não, vivemos uma “enxurrada” de novidades tecnológicas; por isso, a cada instante, vamos incorporando palavras até então inexistentes.
Nesse contexto, independentemente da razão ou não de Platão, no diálogo “Crátilo”, sobre o fato de os nomes espelharem a natureza das coisas, obviamente contestado pelo linguista Saussure, para o qual o signo é arbitrário, temos de nomear as novidades que vão surgindo.
Diante dessa demanda, um exemplo bem comum talvez seja o verbo “deletar”, ou seja, apagar.
Esse verbo não é dicionarizado, por ex., nem mesmo pelo Novo Dicionário Aurélio, 1ª ed., 12ª impressão. Ali, o termo mais próximo disso é “deleitar”, que corresponde a “causar prazer”; ou seja, em geral, situação bem diferente daquilo que se quer anular ao olhar do outro.
Dessa forma, vamos nos cercando de muitos termos novos. Todavia, nem todas as palavras que estão “na moda” são novas. O verbo “seguir” é um exemplo.
Hoje, “seguir” é tão utilizado que, suponho, ele possa ter mais vigência e força do que o velho verbo “amar”, que, para Mário de Andrade, era o “verbo intransitivo” por excelência.
Aliás, neste momento de divisão política entre nós, brasileiros, o verbo “seguir”, em muitos casos, tem sido acionado pelo que catalisa a semântica de “odiar”. Há muita gente seguindo os passos em espaços alheios – principalmente nos virtuais – movida por ódio.
Logo, quando o verbo “seguir” atinge o patamar do “odiar”, ele pode passar ao grau semântico do verbo “perseguir”, que parece estar degraus acima do ato de “seguir”, que, em geral, é salutar entre os seres, afinal, “seguir alguém” pode até pontencializar experiências democráticas no campo dos debates sadios entre os humanos.
Mas por que estou tratando disso?
Por conta do quarto e-mail (todos arquivados) que recebi da leitora LMA. Cada correspondência, essa leitora exala ódio contra minha pessoa. Motivo: as opiniões que exponho em meus artigos. Seu ódio é tamanho que, às vezes, exala esse sentimento menor até contra pessoas que, por um motivo ou outro, elogio publicamente.
Isso acabou de ocorrer, pois, no recente artigo “Assim nasce um escritor”, parabenizo o jovem Márcio Felipe Holloway, que foi anunciado como vencedor do prêmio nacional Sesc/Literatura, com o romance “O legado de nossa miséria”. Holloway foi um brilhante estudante dos quadros de estudantes de Letras da UFMT; agora, ele cursa o mestrado conosco.
Pois bem. Sob o título “O novo comuna no pedaço”, a leitora LMA, em seu último e-mail a mim dirigido, diz:
“Para receber tantos afagos o tal Marcio Felipe Holloway, (sic.) deve ser um COMUNISTA DE CARTEIRINHA. Como professor deverá exercer a tarefa de doutrinação ideológica do partido e repassar aos seus alunos fazer lavagem cerebral (sic.) a que foi submetido no meio dos comunas na UFMT...”.
O ódio de LMA é tamanho que, sem a certeza de nada do que diz, odeia por tabela; logo, por suposição. Assim, supõe que Holloway seja “um comunista de carteirinha”. Supõe que, “como professor”, ele deverá ser um doutrinador. Antes, erradamente, supõe que eu seja um comunista; que eu seja um petista. Bizarramente, a criatura supõe a existência de “comunas na UFMT”.
Enfim, os seres que se movem pelo ódio, como LMA, são incapazes de enfrentar debates democráticos; são entulhos do autoritarismo; são perigosos, socialmente falando; são parecidos com aquela drummondiana “pedra no meio do caminho”, que em nada contribui para a edificação dos seres humanos, como verdadeiramente humanos.
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JUACY DA SILVA*
A cada dia, parece que estamos viajando em uma espaçonave sem rumo, com tripulantes tresloucados e passageiros alienados e inconsequentes, nesta viagem planetária o grande desastre será apenas uma questão de tempo e o tempo urge.
Parece que estamos fadados a apressar o término do ciclo da vida no planeta terra pelas ações que realizamos ao longo de nossa caminhada, onde a falta de cuidado com a “casa comum”, com a mãe natureza tem sido muito mais de desrespeito, de destruição e de degradação do que o cuidado necessário para que o equilíbrio entre seres humanos, demais animais e a natureza como um todo seja uma referência para a vida no planeta ou o novo paradigma de desenvolvimento.
Neste sentido, a educação ambiental deve ser cultivada em todos os lugares, em todos os países, abrangendo todas as faixas etárias e grupos sociais, vivemos em um mundo interconectado, tudo o que fazemos aqui, vai provocar consequência em outros locais.
Não basta cuidarmos de nossa casa, de nosso quintal, isto é apenas nosso dever individual, imediato e impostergável; precisamos alertar nossos vizinhos, nossos contemporâneos que todos e não apenas alguns, somos responsáveis por tudo que é bom ou ruim para a convivência humana, para a saúde do planeta e das pessoas.
Esta é uma verdade que se aplica tanto no plano individual em relação a cada sociedade e também no que diz respeito `as relações internacionais, onde todos os países e não apenas alguns devem mudar o rumo de como as questões ambientais são tratadas, de forma responsável ou em completo descaso.
Não podemos aceitar governos e governantes irresponsáveis que imaginam que desenvolvimento e soberania nacional sejam sinônimos de desrespeito ao meio ambiente.
Não destrua e nem contribua para a degradação da natureza, dos oceanos e demais cursos d’água, não desperdice, pois o desperdício aumenta a produção de lixo que acaba provocando o aquecimento global e as terríveis mudanças climáticas, que acabarão destruindo todo tipo de vida no planeta, inclusive e principalmente a vida humana.
Respeite os ecossistemas, combata o exagero dos agrotóxicos, a desertificação, o desmatamento e as queimadas, urbanas ou rurais, pois tudo isso só vai aumentar a poluição do ar e todos os demais tipos de poluição e reverterá negativamente para a vida de cada um de nós e a vida no planeta.
Pratique a reciclagem e fortaleça a economia circular, lembre-se devemos reduzir o consumismo, através do consumo consciente e práticas sustentáveis; reutilizar tudo o que podemos e reciclarmos tudo o que é possível, aumentando a vida útil dos bens produzidos.
Cultive hábitos de consumo saudáveis, diga também ao sistema produtivo, com seu “marketing”/propaganda enganosa, para que também seja mais ambientalmente responsável, que aumente a produtividade, que busque mais inovação, que utilize energias limpas, como a energia solar, a energia eólica e da biomassa, em lugar de energia suja advinda dos combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural. Lute para que cada país, inclusive o nosso, transforme sua matriz energética suja em uma nova matriz energética limpa, renovável e menos poluidora. Este deve ser o grande e novo paradígma a nos guiar no que concerne `a consciencia ambiental e cósmica.
Diga aos nossos governantes que precisamos de politicas públicas voltadas para o transporte coletivo moderno, eficiente e de massa, em substituição ao sistema de transporte individual que é uma das grandes fontes de poluição urbana, acidentes e mortes todos os anos em todos os países e ao redor do mundo.
Reduza ou substitua o consumo de carnes e derivados de animais por produtos vegetais, frutas e hortaliças produzidas organicamente, com adubação natural, sem agrotóxicos, dê o troco para esta indústria da morte.
A construção da SOCIEDADE DO BEM VIVER passa, necessariamente, por uma melhor convivência e respeito do ser humano com a natureza, incluindo o mundo vegetal e animal, a natureza deve seguir sua dinâmica, a ação humana não pode destruir o que Deus criou para o bem comum, o bem de todos e não como um objeto a ser explorado, na busca efêmera de um lucro fácil, por uma pequena minoria insaciável, deixando um passivo ambiental impagável para as próximas gerações.
Lembre-se, toda a natureza é uma harmonia divina, sinfonia maravilhosa que convida todas as criaturas a que acompanhem e respeitem sua evolução e progresso. Seja, em sua vida, um instrumento apto a sentir e promover as vibrações da paz e da serenidade da natureza e sua saúde física, mental, emocional e espiritual encontrará o perfeito equilíbrio necessário para prosperar cada vez mais. Só assim vamos reduzir as doenças, o sofrimento humano e a falta de esperança que tanto destroem a humanidade.
Não importa qual a sua religião ou sua crença, você precisa refletir e perceber que a natureza tem uma história de milhões ou bilhões de anos e não podemos em poucas décadas ou em apenas um século destruir impiedosamente tudo isso, promovendo uma relação de terra arrasada, depois de nossa geração, muitas outras hão de vir e não é justo que encontrem um planeta todo destruído que vai impor uma tremenda carga para que possam continuar vivendo de forma saudável.
Pense nisso e junte-se a tantas outras pessoas, no Brasil e mundo afora que estão realmente preocupados ante o desastre iminente caso medidas concretas que revertam esta corrida maluca não sejam tomadas urgentemente e passamos evitar desgraças maiores e piores a cada dia e a cada ano, como as que presenciamos com frequência pelo noticiário em todos os veículos de comunicação.
Não destrua e nem permita que outras pessoas destruam impiedosamente a natureza, esta é a sua missão de vida ou morte em relação ao meio ambiente.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, sociólogo, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Twitter@profjuacy Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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JUACY DA SILVA*
Até recentemente, pouco mais de uma década a questão da obesidade era considerada tanto pelas pessoas em geral quanto e inclusive pela comunidade médica, hospitalar e de saúde pública muito mais como apenas um problema estético, principalmente quando se tratava de pessoas do sexo feminino, do que propriamente uma doença que deveria ser prevenida e tratada adequadamente.
Já em 2008, uma clinica médica de Cleveland, nos EUA, através de estudos, passou a classificar a obesidade como uma doença, no que acabou sendo seguida por uma decisão de 2013 da Sociedade Médica Americana e logo depois também pela OMS, Organização Mundial da Saúde e por sistemas de saúde pública de diversos países.
A partir deste período, os estudos, pesquisas, fóruns de debates foram intensificados e, atualmente, na maioria dos países os Sistema públicos e privados de saúde já classificam a obesidade como doença. Para conscientizar a população em geral e a comunidade de saúde em particular diversas campanhas de conscientização tem sido realizadas ao redor do mundo.
O passo seguinte, que já foi ou está sendo dado em vários países é a necessidade de definir políticas públicas que possam contribuir para o alerta do problema da obesidade e, também, demonstrar que a obesidade tem causas multivariadas e que isto exige muito mais do que intervenções estéticas, recomendável, em princípio para quem sofre de obesidade mórbida, o mais importante é que cada pessoa procure ajuda especializada, através de equipes interdisciplinares tendo em vista que na questão da obesidade estão presentes fatores hereditários, distúrbios hormonais e psicológicos, estilo de vida, hábitos alimentares arraigados, errados e reforçados por aspectos culturais, através de sucessivas gerações.
Portanto, da mesma forma que a causa da obesidade não é apenas um problema estético, mas também de autoestima e de hábitos alimentares arraigados ao longo de gerações, segundo padrões de comportamento, é fundamental não epenas programas quase “milagrosos” de dietas e regimes que acabam fracassando para a maior parte das pessoas. O efeito sanfona é bem conhecido por milhares de pessoas que tentam embarcar nesses programas e acabam em frustração.
A ênfase atualmente, reforçada por diversas organizações de saúde , com o estímulo de universidades, centros médicos especializados e entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, como a OMS, é no sentido de que o caminho para mudar hábitos alimentares arraigados culturalmente deva ser a RE-EDUCAÇÃO ALIMENTAR, exemplo do que vem sendo feito pela Coach/técnica em nutrição Keilla Oliveira em SP, através de sua “FÁBRICA DA JUVENTUDE”, cujos resultados tem sido observados através de mudanças significativas nesta área, com casos comprovados de redução definitiva de índices de massa corporal (IMC).
Além dos aspectos da saúde das pessoas, a obesidade já é considerada a segunda causa de mortalidade no mundo, de forma direta ou indireta, neste último aspecto devido ao fato de que a obesidade maximiza e contribui para o agravamento do outras doenças graves, crônicas e degenerativas como diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, diabetes tipo 2 e outras mais.
De acordo com dados da OMS – Organização Mundial da Saúde de outubro de 2017, relativos ao ano de 2016, a obesidade foi responsável naquele ano pela mortalidade de 2,8 milhões de pessoas e os custos da obesidade só nos EUA chegam a aproximadamente a US$150 bilhões de dólares por ano e no mundo esses custos diretos e indiretos são superiores a mais de R$650 bilhões de dólares por ano, maior do que o PIB de mais de 170 países.
Segundo ainda esses dados e os resultados de diversos outros estudos, até recentemente imaginava-se que a obesidade era um problema apenas dos países desenvolvidos, Europa, EUA, Canadá, Japão. Todavia, ultimamente constatou-se que o aumento da obesidade é um problema sério que também está afetando países emergentes, como Brasil, China, Índia, Rússia e até mesmo países de média renda e outros subdesenvolvidos. Ou seja, a obesidade além de uma doença séria e grave pode se transformar, se não for tratada, em uma pandemia nas próximas décadas e estrangular os sistemas de saúde públicos e privados de diversos países.
Existem diversas informações e resultados de pesquisas sobre este problema/desafio que facilita, o entendimento do mesmo, inclusive a presença perigosa e avassaladora da obesidade infantil e entre jovens, grupo populacional que serão os adultos e idosos dentro de poucos anos ou décadas.
Crianças e jovens obesos de hoje, serão os adultos e idosos que sofrerão com a obesidade dentro de poucos anos ou décadas, a não ser que procurem tratamento enquanto é tempo.
Em reflexões posteriores, pretendo destacar mais alguns aspectos da obesidade como doença e como desafio para milhões de pessoas que sofrem com esta terrível doença e que lutam desesperadamente para mudarem o curso de suas vidas.
Só existem três alternativas para se combater a obesidade: prevenção, reeducação alimentar e tratamento de acordo com cada caso, através, sempre de orientações de profissionais multidiscisplinares, que estudam e realmente entendam a obesidade em todas as suas dimensões.
Este é um tema da mais alta relevância e que devemos nos preocupar, afinal, em sendo a obesidade uma doença séria e grave, não tem sentido continuar sendo tratada com tanta negligência, em comparação com tantas outras doenças cujos índices de mortalidade e morbidade afetam muito menos as pessoas e os países do que a obesidade.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Das licenciaturas brasileiras, Letras objetiva formar professores de Língua Portuguesa e literaturas afins; isso não significa que não possa auxiliar na formação de outros profissionais, como, p. ex., na de escritores.
Isso acaba de ocorrer. Na edição 2019, Márcio Felipe Holloway – na categoria romance – foi anunciado, via mídia nacional, em 12/06, como vencedor do Prêmio SESC de Literatura, um dos mais relevantes e disputados do país.
Felipe cursou Letras (Português/Literatura) no Instituto de Linguagens (IL) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT. No momento, é pós-graduando em Estudo de Linguagem no mesmo local. Recentemente, foi um dos aprovados no concurso público para professor da Secretaria de Estado de Educação de MT.
Mas tudo isso é pouco; é preciso destacar que Felipe foi um acadêmico brilhante na graduação. Tive o privilégio de lecionar disciplinas à sua turma. Durante todas as aulas, a impressão que eu tinha era a de que eu já conversava com um profissional. Era impressionante vê-lo transitar com tanta desenvoltura pelo universo literário, sempre trabalhado como diálogo de determinado contexto histórico.
Essa condição de Felipe foi adquirida pelo seu hábito de leitura; por isso, ele também apresentava excelente domínio dos códigos formais de nossa língua. Lembro-me de quando o encontrei como revisor da Editora da UFMT. Disse a ele que sua presença, naquele ambiente, era a certeza da melhor revisão possível que alguém poderia receber.
Por conta de seu alto nível acadêmico, em certa ocasião, perguntei-lhe sobre seu percurso escolar até aquele instante. Para minha surpresa, descobri que Felipe – dono de aguçado senso crítico, driblando adversidades – é rico “legado” do ensino público.
Assim, Felipe, hoje, com 30 anos, adquiriu, nesse curso tempo de existência, as condições para escrever O legado de nossa miséria, título do romance com o qual venceu o prêmio SESC, que o insere, a partir de agora, em seleto circuito nacional de escritores.
Nessa condição, Felipe já surge superando as fronteiras do regionalismo, que pode, via de regras, aprisionar ao local até mesmo bons escritores.
Conforme foi registrado nas matérias da mídia, “o livro de Felipe conta a história de um crítico literário e professor convidado para um evento, onde conhece um escritor, cuja obra sempre admirou, e com quem faz um balanço de sua vida”.
Seja como for, de chofre, o leitor percebe, pelo título dado ao romance, que ali já se estabelece intertexto com o epílogo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”.
O referido romance machadiano foi inaugural do nosso Realismo, uma das estéticas artísticas do séc. XIX. O Legado de nossa miséria, no início do sec. XXI, é inaugural na carreira do escritor Felipe Holloway.
Diante dessa conquista, resgato Drummond, que, em A rosa do povo, diz serem as palavras insuficientes para atestar nossos sentimentos. Por isso, se temos agora dificuldades de manifestar a dimensão de nossa felicidade, não temos dúvidas do privilégio de pertencer ao IL, local onde podemos ter contado com esse novo escritor nacional; estamos flutuando...
PARABÉNS, meu caro Holloway! Em geral, é pelo sobrenome que os grandes escritores são mais (re)conhecidos. Que venham outros legados seus. Nossa miséria precisa ser sempre tensionada para ser superada. A literatura é arma possível nesse processo que demanda tantas frentes de luta.
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JUACY DA SILVA*
O futuro não é fruto do acaso ou de forcas divinas ou diabólicas, mas sim, de nossas ações no dia-a-dia ou de nossas omissões e comodismo ante os desafios que nos cercam ou seja da falta de compromisso de cada pessoa perante as mazelas que afligem milhões ou bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Não deseje aquilo que não lhe pertence. Não queria enriquecer, ter a glória e status às custas das outras pessoas. Não explore e nem pisoteia sobre os mais humildes e excluídos, eles também são filhos e filhas de Deus, da mesma forma que você que goza de privilégios, os humildes, os excluídos, os injustiçados também merecem respeito e dignidade.
Tudo o que é seu, por direito divino ou temporal, lhe há de chegar às suas mãos, no momento certo e na hora oportuna, nem mais cedo, nem mais tarde, desde que você respeito a dinâmica social e da na mãe natureza, não tente apressar o tempo, ele tem seu curso natural desde a origem do universo. Na hora exata voce receberá o que almeja ou espera receber por merecimento.
Portanto, trabalhe, ame a Deus, ame o próximo como a ti mesmo e confie no Pai, pois, conforme as Escrituras Sagradas (Bíblia) não cai um fio de cabelos de sua cabeça, sem a vontade d’Ele.
Nossas vidas estão fundadas no pilar: FÉ, Esperança e Caridade, dessas três, a última (a caridade/fraternidade) é a mais importante. Sempre que puder procure fazer o bem, não importa a quem, procure tornar a vida das pessoas em sua volta ou com as quais você mantém relações pessoais ou virtuais a melhor possível.
Respeite a natureza, não destrua a biodiversidade, não contribua para que a degradação ambiental e as mudanças climáticas coloquem em risco a vida no planeta e a sobrevivência da humanidade. Não desperdice, respeite os ecossistemas, seja ambientalmente mais responsável.
Só assim, viveremos em PAZ E ALEGRIA VERDADEIRAS, bases para construirmos a civilização do amor e a SOCIEDADE DO BEM VIVER, onde o egoísmo, o desperdício, a injustiça, a CORRUPÇÃO, o sofrimento, a violência e a ganância não irão florescer jamais!
Pense um pouco mais, reflita sobre seu papel, sua missão neste planeta e como juntos poderemos transformar o mundo, a partir de nossos lares, nossas comunidades, nossos locais de trabalho, nossas igrejas, nossas cidades e nossos países!
O futuro é uma construção coletiva, jamais fruto de semideuses, salvadores da pátria ou iluminados, muito menos por quem vive de privilégios `as custas do trabalho de milhões que praticamente só vegetam ou meramente conseguem sobreviver na miséria e na pobreza.
*JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veículos de comunicação. Twitter@profjuacy Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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Roberto Boaventura da Silva Sá
Prof. de Literatura/UFMT; Dr. em Jornalismo/USP
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Para as reflexões de hoje, trago a transcrição, quase ipsis litteris, do discurso de Claudio Lorenzo, pronunciado em 07/06, na Sessão Solene em Defesa da Universidade de Brasília e do Instituto Federal de Brasília. Lorenzo é professor e diretor sindical na UnB.
O título que dei a essas reflexões, extraído do Hino Nacional, é para deixar claro que o real patriotismo pertence aos progressistas de nosso país.
Partindo desse campo discursivo, Lorenzo disse que falaria “em nome de sociais democratas, socialistas reformistas, anarquistas, comunistas modernos e ortodoxos, e liberais que acreditam ser possível um Estado liberal socialmente responsável, democrático e de direito”;que também falaria “em nome dos que não se definem politicamente e que não acham que isso importa”; só não falaria “em nome dos que flertam com o fascismo, pois quem fala em nome deles é o atual governo”.
Lorenzo afirma que representa os acima listados por conta da partilha de “sentimentos e emoções que só a carreira de professor oferece e que estabelece em nós marcas de identidade, como o amor pelo conhecimento, a excitação de seguir o rastro de uma ideia, conforme dizia Teobaldo (penso que seria Riobaldo de Grande Sertão: veredas) de Guimarães Rosa.
Assim, Lorenzo elenca coisas que só, nós, professores, vivenciamos, como:
- “a partilha do orgulho em poder sentir tão próximo de nós a potência do saber para o crescimento humano, a satisfação em perceber que a sala de aula pode se tornar um novo espaço de respeito e acolhimento a uma transexual, que só teve, até então, uma vida marcada pelo sofrimento da culpa e da recusa;
- a excitação intelectual em ver um doutorando, encontrar, sob sua orientação, solução para um antigo problema;
- a ternura que vem do abraço de uma mãe em dia de formatura, quando te agradece e te conta que sua filha é a primeira da família a alcançar o nível superior;
- a alegria de visitar uma terra indígena na companhia de um aluno de Medicina, filho daquele povo, que, enquanto caminha entre a pobreza material de sua gente, te enriquece com histórias de seu povo, de seus ancestrais, de seus deuses...”.
Na sequência, Lorenzo, após afirmar que o atual governo usa a máquina para “destruir as universidades federais sob a justificativa de necessidade econômica”, aponta que “o obscurantismo (do governo) é:
- próprio da brutalidade e subserviência dos que se dizem patriotas, mas tramam contra a soberania nacional,
- bater continência à bandeira alheia;
- acabar com as normas de proteção às nossas florestas;
- fechar os olhos ao extermínio de nossas comunidades tradicionais e de nossa juventude negra nas periferias;
- vender barato nossos minérios;
- permitir que envenenem nosso solo;
- fomentar as condições sociais para a exploração de nossa gente;
- estimular o ódio racial, a misoginia, a homofobia;
- deixar a educação de nossa juventude entregue à própria sorte;
- abrigar-se sob o guarda-chuva do cinismo, e dali desdenhar dos direitos humano”.
Por tudo isso, Lorenzo adianta ao “Sr. Ministro da Educação e ao Sr. Capitão, Presidente da República”, que “A resistência contra o fim da educação pública e gratuita será grande, desgastando-os”; e afirma:
"Vocês nos prendem vivos, nós escapamos mortos", pois, “pairam sobre nossas cabeças os espíritos de Darcy Ribeiro, de Nise da Silveira, de Milton Santos, de Sérgio Arouca, de Bertha Lutz, de Anísio Teixeira, de Laudelina Campos de Melo, e, sim, de Paulo Freire”.
Mais: que “Estão conosco todos os ancestrais da multiplicidade de povos que construíram a nação brasileira, os deuses indígenas, santos e orixás, Tupã, Ceuci, Ainhaderu, São Francisco, Santa Rita, Jesus Cristo, Oxalá, Yansã e Ogum”.
A mensagem de Lorenzo foi encerrada com um recado direto:
“Nós vamos à luta, Sr. Ministro e Sr. Capitão. EPA BABÁ! EH PARRÊ! OGUN YÊ!”