Terça, 12 Março 2024 11:03

 

 

Os estudantes do curso de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, na noite desta segunda-feira, 11/03, paralisação do curso contra um fator que poderia ter gerado um grave acidente e colocado em risco a vida dos alunos que se deslocavam para a disciplina de “Planejamento Ambiental” e demais transeuntes da BR 364: um pneu do veículo que transportava a turma, cedido pela universidade, explodiu enquanto o mesmo ainda estava em trânsito.

 

Além do perigo, em si, o protesto foi motivado porque, muito embora a universidade esteja em condições visivelmente ruins, como denuncia a Adufmat-Ssind há anos, a instituição divulgou nota na imprensa local atribuindo a explosão às condições da estrada, não assumindo a precariedade do veículo e “se isentando de fornecer transporte de qualidade” - diz a nota do Centro Acadêmico de Geografia. Os estudantes consideram a declaração da administração como uma tentativa de negação da luta estudantil e reivindicam retratação pública da Reitoria.

 

Os discentes reivindicam, ainda, que o atual reitor e candidato à reeleição, Evandro Soares, bem como a candidata de oposição, professora Marluce Souza e Silva, assinem um termo de compromisso, garantindo o investimento na infraestrutura do Departamento de Geografia, no laboratório da Cartografia e na qualidade da água e ares condicionados do prédio. Marluce e Evandro disputam a Reitoria já em segundo turno no dia 02/04.

 

Além da paralisação, os estudantes fizeram uma passeata pelo campus de Cuiabá e protesto no prédio da Reitoria. Não há previsão de retorno das aulas no curso de Geografia. Clique aqui e leia a íntegra da Nota do Centro Acadêmico de Geografia Valdinei da Silva/ UFMT.

 

Imagem publicada pelos estudantes no dia do acidente (08/03/2024) na página do Instagram do Centro Acadêmico de Geografia. 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind       

Quinta, 07 Março 2024 17:16

 

Após mais de 16 horas de apuração, a Comissão de Consulta Informal para a Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) anunciou, nesta quinta-feira, 07/03, os resultados do primeiro turno, realizado na quarta-feira, 06/03. As chapas 1 e 2, encabeçadas, respectivamente, pelos docentes Marluce Souza e Silva e Evandro Soares vão disputar o segundo turno, cuja votação está prevista para o dia 02/04.

Foram 1887 votos para a chapa 1, 1880 votos para a chapa 2, 1717 votos para a chapa 3 e 1378 votos para a chapa 4. Em percentuais, considerando a proporção de 1/3 de peso para cada categoria (docentes, discentes e técnicos), a chapa 1 obteve 26, 3%, a chapa 2 obteve 31,5%, a chapa 3 obteve 23,4% e a chapa 4 alcançou 16,7% (confira aqui todos os resultados).

Concluindo os trabalhos, o professor Maelison Neves, diretor geral da Adufmat-Ssind e membro da Comissão de Consulta, agradeceu a todos pelo envolvimento na realização deste evento democrático. A coordenadora geral do Sintuf/MT, Luzia Melo, destacou que é preciso mobilizar ainda mais a comunidade acadêmica para garantir uma participação ainda maior no segundo turno. O representante discente, Wesley Da Mata, também agradeceu a todos antes de anunciar o resultado final desta primeira etapa.

Mais informações sobre a Consulta para a Reitoria da UFMT 2024 podem ser obtidas na página oficial do pleito: https://consultaufmt.net/

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagem: Comissão de Consulta

 

Terça, 05 Março 2024 17:11

 

A Comissão de Consulta Informal à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para o ano de 2024 realizou um importante comunicado à comunidade acadêmica. Com o objetivo de garantir que todos os membros participem ativamente do processo de consulta para a escolha da nova gestão da Reitoria, a comissão enfatiza a necessidade de conferir os locais de votação antecipadamente.

Os interessados em verificar seu local de votação devem acessar o site https://consultaufmt.net/votar/. Essa medida assegura que docentes, técnicos-administrativos e estudantes estejam devidamente informados sobre onde e como exercer seu direito de voto, contribuindo para a escolha da liderança que representará a UFMT nos próximos anos.

A consulta, um processo democrático e fundamental para o futuro da universidade, conta com a participação de representantes das principais entidades acadêmicas, incluindo a Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFMT (SINTUF-MT) e os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE’s). Essas entidades têm papel crucial na organização e transparência do processo, garantindo que a voz de cada segmento da comunidade universitária seja ouvida.

Para facilitar o acesso às informações necessárias, a comissão disponibilizou um portal online onde os votantes podem consultar os locais de votação específicos para cada campus da UFMT. A iniciativa visa aprimorar a logística do dia da votação, evitando contratempos e garantindo que o processo ocorra de forma suave e organizada.

 

Fonte: Sintuf/MT

Segunda, 04 Março 2024 11:29

 

Na próxima quarta-feira, 06/03, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vai às urnas escolher a Reitoria que administrará a instituição pelos próximos quatro anos. Uma decisão de extrema importância não apenas para as cerca de 31 mil pessoas diretamente envolvidas na decisão, mas para toda a população mato-grossense, que se beneficia de uma forma ou outra do que a universidade pública tem o dever de oferecer.

Por isso, a Comissão formada por representantes discentes, docentes e técnicos-administrativos, que organiza o processo de consulta, fará a apresentação formal dos candidatos à sociedade por meio de Coletiva de Imprensa nesta segunda-feira, 04/02, às 14h, no auditório da Adufmat-Ssind (localizada dentro do campus da UFMT em Cuiabá). A Comissão também falará sobre todos os trâmites do processo, que passa por votação em urnas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e termina com a indicação do presidente da República.

Este ano, quatro candidaturas estão na disputa. Por ordem de inscrição, as chapas formadas por reitor(a) e vice-reitor(a) são compostas, respectivamente, pelos professores Marluce Souza e Silva (Serviço Social) e Silvano Galvão (Direito); Evandro Soares (Engenharia Elétrica) e Márcia Hueb (Medicina); Marcos Cruz (História) e Lisiane de Jesus (Medicina Veterinária); e Iramaia de Paulo (Física) e Alex Neves Jr. (Engenharia). Todos os candidatos são doutores, conforme determina a legislação.

O primeiro turno da consulta ocorrerá no dia 06/02 e, caso nenhuma das chapas conquiste a maioria simples dos votos (50%+1), o segundo turno será realizado no dia 02/04.

A UFMT tem, hoje, um quadro de aproximadamente 2.700 docentes, 29.000 discentes de graduação, 2.000 discentes de pós-graduação e 2.400 servidores técnicos-administrativos, envolvidos em atividades de ensino, pesquisa e extensão presenciais nos campi localizados em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Araguaia, além de 2.500 estudantes no Ensino à Distância (EaD) em 24 polos distribuídos em diferentes municípios.

Atualmente, a instituição oferece 101 cursos de graduação e 56 de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização) de qualidade reconhecida, que formam profissionais de diversas áreas para atenderem a população do estado e do país.

Na coletiva, além da Comissão, representantes de todas as chapas estarão à disposição para responder às perguntas dos jornalistas. Também haverá transmissão pelos canais oficiais da Associação dos Docentes da Adufmat-Ssind. (clique aqui para acesso direito).

Mais informações sobre a consulta no site oficial: https://consultaufmt.net/

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 20 Fevereiro 2024 14:18

 

A Comissão que organiza a Consulta Informal para a Reitoria da UFMT 2024 reforça que já estão abertas as inscrições para mesários do pleito. Serão mais de 50 urnas nos campi de Cuiabá e Várzea Grande, Sinop, Araguaia, além do Hospital Júlio Müller. 

 

Os mesários passarão por treinamento prévio e, nos horários de contribuição, receberão alimentação. Os participantes também receberão certificação de 20h.

 

A inscrição pode ser feita diretamente por meio de preenchimento de formulário. Clique aqui para se inscrever.

Segunda, 19 Fevereiro 2024 10:22

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Danilo de Souza*

 

Em conversa informal virtual escrita (2023) com o ex-Magnífco Fundador, Professor Gabriel Novi Neves, ele foi preciso e direto: “O fazejamento surgiu, numa época que era possível fazer.”

 

Em método semelhante, pudemos ler do, também, ex-Magnífico, Professor Eduardo De lamonica Freire (2023): o "fazejamento"- citado por você- que construiu os primeiros passos da UFMT, foi seguro e rigorosamente, correto em direção à extraordinária missão de ser um inquestionável divisor de águas deste Estado e desta região "unisélvica" que, a partir de então, com este riquíssimo adubo, assumiu o papel de catalizador de um dos estados solução deste país.

 

Porque este "fazejamento" deu certo?  Porque, conduzido por Gabriel e Dorileo, líderes e gestores do bom senso (embora, na época, neófitos), qualificados pela Ética, pelo fundamental espírito de coletividade e respeito ao bem comum, dedicando a vida pessoal a esta desafiadora e honrosa missão. Importantíssima, para uma Nação. O Grupo (inclusive nós que chegamos um pouco depois, mas pertencente à mesma Escola de vida) que ambos conduziram, gozava dos mesmos predicados públicos descritos acima. Com esta fórmula de composição inquestionável, tinha que dar certo, não? Se pensarmos bem, o "fazejamento" só dá certo quando entregue à sábios qualificados com estes dotes.

 

Em reforço a estes argumentos experientes e convincentes, segundo Kelly Gianezini (2018), o contexto no qual foi assinado a Lei de criação da UFMT denota o caráter de urgência e a necessidade de oferta permanente da educação superior em Cuiabá, e revela a carência de um prévio e consistente planejamento.

 

Na citada ponderação, a autora se apoia em B. P. Dorileo (1977) que afirma: a ordem em 1972 era implantar a Universidade. Planejar? Quando e como? Fazer, foi a decisão. O desígnio histórico não permitiria o luxo do planejamento empapelado, encadernado, pintado, lubrificado.

 

As circunstâncias históricas revelam que a trajetória para a implantação da UFMT foi árdua e, conforme afirma o primeiro reitor, Dr. Gabriel Novis Neves, “há páginas inequívocas de tenacidade, de determinação da gente mato-grossense e principalmente da comunidade cuiabana que tanto lutou pela ideia de sua criação. Seu começo foi difícil como qualquer começo.” (DORILEO, 2005, apud, GIANEZINI, 2018).

 

Como em epígrafe, o futuro sempre esteve presente na UFMT, e não é demais lembrar do Projeto Aripuanã ou Projeto Humboldt, sob a iniciativa do Professor Paulo Lomba na década de 70, sintonizou esse projeto com as iniciativas da reunião de Estocolmo, em 1972, sobre a consonância Homem e Meio Ambiente.

 

Buscava-se naquela iniciativa a ocupação da Amazônia pelo Norte de Mato Grosso a partir da infraestrutura cultural e técnica formada pela UFMT, além de buscar sempre o balanceio entre ensino-pesquisa e pesquisa-ensino. 

 

Estamos aqui diante de um saudosismo produtivo e lá se foram 53 anos de nossa Universidade, e, muito foi feito e pensado nesses anos.

 

O pensar para fazer de hoje – Planejamento de Desenvolvimento Institucional - não há de perder a trieira delineada nesses poucos anos de existência para uma instituição de ensino superior complexa  e de magnitudes físicas, equipamentos e recursos humanos imensas, que requererá, sem dúvida, participação e gestão norteada pelo objetivo maior de melhorar e continuar desenvolvendo esta instituição em sintonia com os anseios da coletividade universitária voltadas às necessidades e desejos da sociedade mato-grossense, ofertando-a ensino, pesquisa, extensão e inovação.

 

Portanto, a expansão acompanhou o crescimento e desenvolvimento do estado, cuja fortaleza socioeconômica aponta para o interior, que se utiliza da tecnologia do século XXI para reduzir as distâncias dos “tempos de Humboldt”, produzir e concorrer no mercado nacional e internacional, em um mundo cada vez mais globalizado. (GIANEZINI, 2018).

 

Nossa UFMT precisa continuar aparecendo no cenário local, estadual, nacional e internacional, e às vezes, é preciso ser Aparecido nesta vida.

 

Texto Elaborado pelos apoiadores da Chapa 2.

 

*Danilo de Souza é professor da FAET/UFMT, pesquisador no NIEPE/FE/UFMT e no Instituto de Energia e Ambiente IEE/USP e apoiador da chapa 2 à Reitoria da UFMT.

 
 

 

Segunda, 19 Fevereiro 2024 10:16

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Marluce Souza e Silva*


Caros(as) Servidores (as) e estudantes da UFMT

Recentemente, o atual reitor – e candidato à reeleição – da UFMT, em entrevista ao PnbOnline, para se defender de críticas que vem recebendo de todos os candidatos à Reitoria da UFMT, depois de elencar alguns caminhos utilizados por sua administração para captar recursos complementares ao orçamento da Instituição, perguntou o que, nós, demais candidatos à reitoria, já fizemos até agora nesse mesmo sentido.

Antes de uma resposta que será adiante visualizada em tópicos possíveis, é preciso fazer lembrar ao senhor reitor que sua pergunta inicial para os demais candidatos, para manter a honestidade e o nível do debate, deveria ser no sentido de identificar a quais áreas do conhecimento pertencem os candidatos.

Por que essa pergunta precede em um debate franco, portanto, honesto?

Porque a minha área de atuação acadêmica na Universidade, bem como as áreas dos cursos que compõem o ICHS (Serviço Social, Ciências Sociais, Filosofia e Antropologia), do qual sou sua atual diretora, não são áreas de interesse do capital; logo, não é possível encontrar praticamente em canto algum quem queira financiar tais cursos, cheios de excelentes e fundamentais ideias e realizações para a dinâmica social e não, necessariamente, para a manutenção da lógica e dos interesses do capital.

Aliás, por conta exatamente desse lugar de ser e estar na vida acadêmica é que conseguimos compreender a importância de continuarmos, antes de tudo, na defesa intransigente de uma universidade realmente pública, gratuita, laica e socialmente referenciada.

E por nos apresentamos dessa forma é que nos colocamos como opção eleitoral para nossa comunidade. Em outras palavras, desejamos somar com os demais reitores das federais que venham a se identificar com esse mesmo projeto institucional.

Diante dessa concepção de universidade, sem descartar ou interromper eventuais projetos e programas já em andamento na UFMT, nossa luta diária será para garantir do governo federal a plena manutenção das universidades, pois elas são bens públicos, e assim devem ser mantidas.

Isso posto, mesmo que para dizer o óbvio, portanto, facilmente comprovável, acrescentamos ainda que durante essas décadas de trabalho na UFMT, primeiramente, como docente na graduação (Serviço Social) e na pós-graduação (Programa de Pós-Graduação em Política Social) do ICHS, e depois já na condição de diretora do mesmo Instituto, fizemos, da melhor forma possível, até mais do que nos cabia com as condições que nos eram dadas por sucessivas reitorias, como:

- orientar mais estudantes do que o PIA nos permite;

- realizar pesquisas que denunciam serviços terceirizados altamente onerosos que transferem à iniciativa privada mais de 20% do orçamento de custeio;

- defender intransigentemente a universidade do FUTURE-SE;

- defender a garantia dos 28% dos docentes;

- defender a segurança alimentar dos estudantes;

- defender a estrutura física dos blocos do ICHS, que são os mais antigos da UFMT.

Portanto, dentro de nossa competência e limitações institucionais, de forma absolutamente honesta, fizemos tudo o que foi possível fazer. A partir de agora, se formos eleitas, poderemos fazer muito mais.

 

*Profa. Dra. Marluce Souza e Silva, Departamento de Serviço Social da UFMT e candidata à Reitoria da UFMT pela Chapa 1. 

Sexta, 01 Dezembro 2023 14:43

 

A Adufmat-Ssind iniciou, esta semana, um Quadro de entrevistas com todas as chapas candidatas à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) 2024. A ideia é pautar as questões de interesse da categoria docente e da comunidade acadêmica como um todo, até o momento da votação, que será realizada, em primeiro turno, em março de 2024.
 
Conforme explicado aos candidatos no e-mail enviado na tarde de segunda-feira, 27/11, no endereço de e-mail dos candidatos à reitor(a) e aos representantes docentes na Comissão Eleitoral, o Quadro “Candidatos Respondem” terá sua primeira publicação nesta sexta-feira 01/12/23. A dinâmica será sempre a submissão de uma pergunta por vez, igual para todas as chapas inscritas, sem limitação de espaço para a resposta.
 
Para a primeira pergunta, solicitamos aos candidatos que encaminhassem a resposta impreterivelmente até a noite do dia 30/11. Responderam, conforme o solicitado, as chapas 1 e 3 - UFMT que Queremos e UFMT Novos Rumos, respectivamente. As respostas serão divulgadas após a pergunta, na ordem numérica das chapas. Confira.  

Pergunta: A Adufmat-Ssind entende a Progressão Funcional como um direito do servidor público, em que, para o/a docente ter acesso, basta a comprovação do cumprimento jornada de trabalho contratual. Não há qualquer previsão legal de métrica produtivista para o alcance da progressão funcional e não é este o caminho que o sindicato defende. Defendemos a superação do produtivismo para uma Universidade, cujas decisões devem ser pautadas em necessidades humanas (não em cifras e metas) e é neste sentido que defendemos debater a Progressão Funcional. No entanto, a UFMT não tem operado desta forma. Qual é a proposta da sua chapa para esta matéria?
 
 
Resposta da Chapa 1 - UFMT que Queremos
 

A progressão na carreira é uma conquista fundamental dos docentes das universidades federais, reconhecida a partir de 1987. Não por acaso, desde então, muitos têm sido os movimentos (sutis ou não) para subtração do alcance pleno deste direito. 

Na UFMT, duas dimensões do trabalho docente têm enfrentado problemas de grandes proporções. O primeiro diz respeito à Resolução n. 158/2010, que trata da regulamentação das atividades docentes. O segundo está relacionado às exigências para progressão funcional. Ambas dimensões, sob a forma de Resoluções do CONSEPE, têm sido encaminhadas sem o enfrentamento quanto à especificidade do trabalho docente. Isto é: se tem limitado a discussão à carga horária e à pontuação para progressão a partir do controle do tempo (hora) e do alcance das metas produtivistas, sempre ampliadas.  

Assim, ao não enfrentar a questão central que é reconhecer a especificidade do trabalho docente (que transcende a sala de aula e orientação discente), as proposições da UFMT que envolvem o assunto não apenas criaram instrumentos de registro que não correspondem à realidade do trabalho semanal docente (PIA), senão que tais instrumentos ocultam a quantidade total de horas dedicadas àquelas atividades registráveis.

Tem-se, assim, perdas de variadas dimensões: a) o instrumento não permite o registro de atividades típicas/comuns aos docentes, tais como participação em bancas de avaliação discente; elaboração de artigos; emissão de pareceres; participação nas mais diversas comissões de trabalho; participação em conselhos editorais; organização de eventos; organização de coletâneas; etc.; e, b) o instrumento omite a totalização das horas registradas que excedam 40h semanais, inclusive limitando o número de registros naquelas atividades disponíveis.

Se quanto à Resolução n. 158/2010, o processo de discussão não tem avançado desde 2017 (sem considerar aqui a tentativa frustrada da Reitoria de tentar repassar para o CONSUNI o que é de competência do CONSEPE), quanto à Progressão Funcional, desde 2019, a discussão foi retomada, provocada pela CPPD.

Apresentadas sem articulação entre elas, as Minutas seguem sem diálogo entre si, como se não tivessem em comum o trabalho docente. A consequência é que a Minuta sobre Progressão Funcional que ora tramita no CONSEPE, além de não enfrentar o problema da especificidade do trabalho docente e, portanto, manter a referência no controle do tempo, das metas e da métrica, e, tampouco dialogar com a Resolução n. 158, as proposições constantes na Minuta não são de amplo conhecimento da categoria docente.

Desta maneira, enfrentar as dimensões e especificidades do trabalho docente, assim como os instrumentos utilizados para seu registro, são fundamentais para a construção de uma Resolução comprometida com o reconhecimento e valorização do trabalho docente, contribuindo, inclusive, para o enfrentamento dos altos índices de adoecimento físico e mental de muitos professores, soterrados pelo excesso de trabalho.

Profa. Dra. Marluce Souza

Prof. Dr. Silvano Macedo Galvão 

Chapa 01


Resposta da Chapa 3 - UFMT Novos Rumos
 

A Chapa 3 entende que a temática da Progressão Funcional  merece uma discussão profunda e profícua, que envolva todo o segmento docente, e que, necessariamente seja articulada com o debate sobre o trabalho diário da professora e do professor na universidade.

É evidente que a atual normatização não atende aos anseios e necessidades da categoria. Logo, é urgente e necessária a sua revisão.

Uma revisão que produza uma resolução que incorpore os princípios fundamentais de respeito e valorização do trabalho docente. É preciso que os sistemas da universidade estejam integrados facilitando o processo de progressão funcional.

A complexidade e magnitude de pautas como a Progressão Funcional e o Trabalho Docente impõem que uma gestão superior preocupada com as pessoas realize uma discussão continua com a comunidade acadêmica para o aperfeiçoamento e a eficiência de nossas normativas. . Infelizmente a atual gestão interditou esse e outros importantes debates para a UFMT.

Defendemos, portanto, uma Progressão Funcional que garanta integralmente os direitos dos docentes e permita o fortalecimento da nossa universidade.

​Prof. Dr. Marcus Cruz

Profa. Dra. Lisiane Pereira 

Chapa 03

Quinta, 30 Novembro 2023 16:21

 

DECISÃO Nº 007 CCIUFMT - INFORMA SOBRE SITE E E-MAIL PARA CONTATO

 

 

(Documento também disponível para download no arquivo anexo abaixo)

Quinta, 30 Novembro 2023 16:18

 

DECISÃO Nº 006 CCIUFMT - ALTERA DATAS DOS DEBATES

 

 

(Documento também disponível para download no arquivo anexo abaixo)