Quarta, 18 Agosto 2021 15:21

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Saudamos a iniciativa de debate a partir de Audiência Pública, na Câmara Municipal de SINOP-MT, sobre a PEC 32/2020, explicitando seus malefícios para a garantia de direitos, de cidadania e de políticas sociais universalizantes! A atividade foi realizada em 13 de agosto de 2021, proposta e mediada pela Vereadora Profª Graciele. Nesse mesmo sentido, repudiamos veementemente os ataques desferidos contra a vereadora e a professora do nosso departamento, Lélica Elis Lacerda, nas redes sociais, em programas de televisão local e presencialmente na Câmara de Vereadores de SINOP-MT, em Sessão do dia 16 de agosto.

Destacamos: 1) O papel da audiência pública como forma de diálogo e de ampliação do debate público sobre questões que atingem toda a sociedade; 2) A importância de liberdade acadêmica, teórica e política da nossa professora e que deve ser prezada e defendida por todos nós, um ataque a esse princípio é um ataque a toda a Universidade e ao debate democrático na sociedade; tal intervenção cumpre ainda o papel social da universidade de contribuir com o conhecimento produzido por esta nos debates e temas públicos; 3) O Direito de assistentes sociais de apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizações populares vinculados à luta pela consolidação e ampliação da democracia e dos direitos de cidadania; 4) A importância de fazer um debate profundo e crítico sobre o nosso processo de formação social e as expressões de exploração e opressões que lhe foram e são característicos.

Por tais razões e pela longa e rica experiência que este departamento e suas professoras possuem em ensino, pesquisa, extensão e atuação política, posicionando-se de forma crítica frente aos dilemas da profissão, da universidade e da sociedade mato grossense e brasileira, reforçamos nossa solidariedade e apoio à profª Graciele; à profª Lélica e a todos os envolvidos na importante audiência pública realizada em SINOP.

Cuiabá-MT, 17 de agosto de 2021

Colegiado de Departamento de Serviço Social da UFMT

Segunda, 22 Outubro 2018 16:25

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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     O Brasil vive atualmente o acirramento da luta de classes, fruto do esgotamento das políticas de conciliação de classes, tempos de financeirização, de reestruturação produtiva e do neoliberalismo que são fenômenos de uma problemática determinante: a crise estrutural do capital. Dada esta conjuntura, não é surpresa que vivemos períodos de grandes retrocessos e conflitos políticos. Exemplos como golpe em Honduras em junho de 2009, a destituição de Fernando Lugo no Paraguai, a eleição do empresário Donald Trump nos Estados Unidos, o golpe de 2016 contra a Presidenta Dilma Rousseff, as consequências das privatizações no Chile, implementadas desde a ditadura militar há 45 anos e o esgotamento da democracia representativa são expressões das contradições oriundas do capitalismo.

       Diante da barbárie em curso, produzida pela crise do capital, do ajuste neoliberal que, no caso brasileiro, assume contornos mais graves com a ascensão do fascismo a ser legitimado nas urnas, o Serviço Social da UFMT, em assembleia realizada no dia 18 de outubro de 2018, às 10h nas dependências do ICHS, com a participação de professores, estudantes (graduação e pós-graduação em Política Social e Residência Multiprofissional) e profissionais vem a público expressar sua posição em favor da democracia, da defesa intransigente dos direitos humanos e sociais, o que diante do cenário atual não há como hesitar.

     A candidatura de Jair Bolsonaro e General Mourão representa tudo de mais retrógrado e conservador. Em 2012, Bolsonaro foi o único parlamentar que votou contra a Lei que estendia os direitos trabalhistas às empregadas domésticas; votou a favor do Impeachment fazendo reverência ao torturador Ustra; votou a favor da reforma trabalhista; declarou publicamente que os trabalhadores brasileiros terão que decidir entre “mais empregos ou mais direitos”; tem defendido a eliminação do 13° salário; afirma que os indígenas e quilombolas não terão “um centímetro de terra”; fez declarações abertamente racistas, lgbtfóbicas e machistas; defende a terceirização irrestrita e privatização de espaços e serviços públicos; bem como defende o desmonte do ensino superior público.

     O Projeto Ético Político do Serviço Social  que assenta-se na liberdade como seu valor central exige compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais, vinculando-se a um projeto societário de construção de uma nova ordem social, sem exploração/dominação de classe, etnia e gênero. Nesse sentido, assume a defesa da candidatura Haddad -13 por se apresentar como alternativa ao enfrentamento da barbárie em curso. Nos encontramos atualmente em um cenário muito semelhante ao de 1964, em que precisamos marcar posição e transformar o medo em ousadia tomando as ruas em defesa da democracia.


Em defesa das liberdades democráticas e contra a barbárie, Haddad  sim!!!

 
Esse é tempo de partido
Tempo de homens partidos.
Carlos Drummond de Andrade
 
 

Terça, 03 Outubro 2017 10:00

 

A pressão dos trabalhadores do INSS e de diversas entidades do movimento sindical e social, fez o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) recuar da intenção de extinguir o Serviço Social no âmbito da estrutura organizacional do INSS. A proposta de excluir o Serviço Social da autarquia foi expressa na última semana em uma minuta que tratava do novo regimento interno órgão. A decisão foi divulgada por meio da Portaria n° 414, divulgada na última quinta (28).

 

Em nota, o ANDES-SN repudiou a ação do governo Temer, o que “mais um ataque aos direitos sociais da população, tendo em vista que o Serviço Social no INSS atende, anualmente, acerca de um milhão de pessoas submetidas a relações de trabalho mais precarizadas. Tem por objetivo intensificar o processo de privatização das políticas de proteção social feita em parceria com grupos econômicos financeiros, visando aumentar o lucro dos banqueiros e garantir o pagamento da dívida pública às custas dos direitos sociais”.

 

Para o Sindicato Nacional, o que o governo pretendia com a exclusão do Serviço Social do INSS, era “extinguir todos os direitos que protegem os (as) trabalhadores(as) em situação de vulnerabilidade. Como parte da seguridade social (saúde, previdência e assistência), ao extinguir o Serviço Social, como um serviço e direito dos usuários, ficará reduzido também o acesso à política de previdência social e às demais políticas da Seguridade Social.”

 

“O ANDES-SN tem como uma das suas bandeiras, lutar pela garantia e ampliação dos direitos dos trabalhadores, tão duramente conquistados. Nos juntamos aos movimentos que defendem interesses democráticos e populares no Brasil, repudiando não somente a ofensiva contra os direitos previdenciários, mas também contra o desmonte de toda a Seguridade Social, compreendida aqui numa perspectiva mais ampla, de acesso aos direitos sociais previstos na Constituição Federal de 1988”, finaliza a nota.

 

Confira aqui a íntegra da Portaria 414 do MDSA que contém o novo Regimento Interno do INSS.

 

 Fonte: ANDES-SN