Sexta, 11 Outubro 2019 10:09

 

 

O Equador é o mais novo país centro de mobilizações na América Latina. Desde 3 de outubro, a população tem tomado as ruas em protesto contra os preços de combustíveis, as altas taxas de desemprego, a miséria, as políticas entreguistas ao Fundo Monetário Internacional.

 

O movimento que iniciou com os protestos contrários ao pacote de medidas neoliberais do governo, desencadeou também paralisações nas principais cidades, bloqueios de estradas, greves no setor produtivo e nos meios de transporte.

 

O governo de Lenin Moreno e as forças policiais têm reprimido duramente as manifestações, mas a população não abandonou a luta e a mobilização se amplia – após a resposta violenta de Estado – em defesa das liberdades democráticas e pela liberdade das centenas de presos políticos.

 

Até a última segunda-feira (7), segundo informações de movimentos populares locais, 477 pessoas haviam sido presas e 3 foram mortas, além de vários feridos graves.

 

O processo no Equador traz com pano de fundo uma crise que acomete a todos os demais países no continente. A atual conjuntura política vivida pelos trabalhadores equatorianos se assemelha a outros países como Argentina, Chile, Peru e até mesmo o Brasil.

 

As medidas anunciadas pelo governo de Lenin Moreno favorecem os grandes empresários do comércio, “que receberão aproximadamente 350 milhões em isenção de impostos, enquanto os funcionários públicos terão redução de aproximadamente 320 milhões com o desconto de 1 dia de salário mensal e dos 15 dias de férias”, conforme destacamos em Moção de Apoio ao povo no Equador – confira o documento AQUI.

 

Ato de apoio – Na manhã dessa quarta-feira (9), a CSP-Conlutas realizou ato em frente ao consulado do Equador em São Paulo. A Central entregou moção de solidariedade e enviou mensagem em vídeo de apoio aos trabalhadores e lutadores, aos indígenas, camponeses, que se levantam contra o governo de Lenin Moreno e o FMI.

 

O povo não aceita a redução de salários dos funcionários públicos e a diminuição das férias. O povo está farto de se ajoelhar aos pés dos países imperialistas e dos grandes empresários.

 

A crise social e econômica dos trabalhadores e dos setores populares da sociedade equatoriana tem recebido resposta a altura, e nós da CSP-Conlutas nos colocamos ao lado deles, nessa mobilização fundamental para que a classe de todos os países se levante com igual força e determinação.

 

Nossa luta é internacional!

 

 

Fonte: CSP-Conlutas

Segunda, 10 Abril 2017 17:29

 

Participantes terão debates, exposições, lançamentos e exibição de filmes entre os dias 17 e 20/04

 

Conhecer a história dos povos originários é, sem dúvidas, conhecer a nossa própria história. Um dia, uma semana, ou até um ano seria pouco tempo para debater os efeitos da tomada do Brasil pelos estrangeiros, em 1500. No entanto, nos dias que cercam o 19/04, Dia do Índio, diversos grupos em todo o país fazem um esforço para ampliar um debate que deveria ser permanente, e que ainda está longe de ser superado.

 

No ano em que o governo federal ameaça as demarcações de Terras Indígenas, o tema “Povos Indígenas e seus Biomas: ameaças, resistências e protagonismos” vem justamente reacender a questão da terra, central na luta daqueles que um dia foram donos de todo o território brasileiro. Na UFMT, a Semana dos Povos Indígenas 2017 será realizada entre os dias 17 e 20/04, com atividades durante todo o dia, divididas entre Museu Rondon, auditório de Adufmat-Ssind, e Centro Cultural, no campus da UFMT em Cuiabá.

 

Debates, exposições e lançamentos de livros estão na programação, que contemplará, dentre outros interessados, estudantes do ensino superior, médio e fundamental, em diferentes momentos.

 

A presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Lia Zanotta, o jornalista Rubens Valente, e diversos representantes indígenas são alguns dos convidados.   

 

Confira a programação completa abaixo e participe. As atividades serão gratuitas e abertas a todos os interessados.  

 

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS – 2017

 

17/04 (segunda-feira)

Local: Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia – MUSEAR/UFMT

 

19h - Composição de Mesa de Abertura

Palestra e lançamento da obra: Os fuzis e as flechas. A história de sangue e resistência indígenas na ditadura. Coleção Arquivos da Repressão no Brasil. Rubens VALENTE.

 

Lançamento de outros livros e publicações com a temática indígena.

 

18/04 (terça-feira)

Local: Museu Rondon e Adufmat-Ssind

 

8h30 às 11h30 (Museu Rondon) - MESA: Os Direitos Indígenas no contexto das hidrelétricas nas bacias dos rios Teles Pires e Juruena.

 

Vídeo: O complexo Teles Pires (Fórum Teles Pires)

 

16h (Museu Rondon) - Abertura da exposição de curta duração.

Título: Oi’o e Uiwede: Ritos de Iniciação Xavante

Responsável: Prof. Paulo Delgado

 

19h (ADUFMAT) - Mesa: Desafios da política indigenista frente às políticas de Estado.

 

19/04 (quarta-feira)

Local: Centro Cultural da UFMT

 

8h às 17h – A História e Cultura do Povo Bororo na Perspectiva das Crianças de Cuiabá

 

19h – CONFERÊNCIA: O Estado Brasileiro e os Povos Indígenas

Dra. Lia Zanotta Machado – UNB – Presidente da ABA

Dr. Ricardo Pael – Procurador da República

Libério Uiagumeareu Bororo

Lançamento do livro com apresentação da obra: Etnomapeamento do Povo Kura. Instituto Yukamaniru de apoio às Mulheres Bakairi.

 

20/04 (quinta-feira)

Local: Museu Rondon

 

18h30 Lançamento do Cineclube Jenipapo

Filme: Terra Vermelha.

Debate com os estudantes indígenas: relatos da realidade territorial em que vivem.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind