Terça, 22 Agosto 2023 14:17

 

Na próxima semana, a Adufmat-Ssind realizará atividades em Cuiabá, Sinop e Araguaia em referência ao mês da Visibilidade Lésbica. A ideia é iniciar o evento na sede e subsedes às 19h (horário local), com a leitura de um dos textos da ativista americana Audre Lorde e, em seguida, promover um sarau cultural com artistas locais. Em Cuiabá e no Araguaia a atividade será na terça-feira, 29/08 e, em Sinop, na quinta-feira, 31/08, ambas com o tema “Vivas, visíveis e sem medo”.  

 

O sindicato já havia realizado atividades como essas em 2019, com a intenção de aproximar a entidade das lutas de interesse popular. “Nossa gestão, Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais, busca atuar, inclusive, desfazendo uma falsa polêmica sobre se um sindicato classista precisa passar pelas questões de gênero, raça e sexualidade. Na nossa compreensão, a exploração de classe precisa se viabilizar através da hierarquização de discriminação de pessoas, e estão construídos marcadores sociais de raça, gênero e sexualidade que desempenham esse papel de hierarquização. Então, para nós, a luta classista precisa ser uma luta que enfrente todas as formas de opressão, discriminação e exploração que recaem sobre a humanidade”, explicou a diretora geral adjunta do sindicato, Lélica Lacerda.

 

A docente destacou que, nesse sentido, a pauta da Visibilidade Lésbica é muito importante para a construção de um outro projeto de sociedade, no qual ninguém seja deixado para trás. “Sobretudo num sindicato vinculado à Educação, que tem por papel formar as novas gerações para que elas sejam capazes de responder aos conflitos do seu tempo, a pauta das mulheres lésbicas é de suma relevância. Nós vivemos num país onde - só pela moral e os bons costumes, sem existir qualquer lei que determine a pena de morte a mulheres ou LGTBS -, mais se mata pessoas trans e LGBTs. Segundo as estatísticas, um LGBT morre a cada 27 horas no Brasil. Além disso, é o quinto país que mais mata mulheres. Essas questões dizem respeito a nós mulheres lésbicas, e a Educação precisa estar sensível, no sentido de desconstruir essa cultura patriarcal que atenta contra as nossas vidas, nossos sonhos e os nossos corpos. Por isso, a primeira atividade sociocultural da nossa gestão é a do mês da Visibilidade Lésbica, demarcando que essa é uma pauta tão importante quanto todas as outras que cabem à luta sindical e classista”, concluiu.  

 

 

Para a diretora de assuntos socioculturais da Adufmat-Ssind, Ana Luisa Cordeiro, demarcar essas características da formação política e social do Brasil é fundamental para analisar a realidade nacional. “Nós vivemos numa sociedade capitalista de supremacia branca, masculina, cis-heteropatriarcal, na qual, pensando em Brasil, é importantíssimo que a gente compreenda que o que constitui a nação brasileira estruturalmente são questões de classe, sim, mas também de raça e de gênero. Pensar isso é fundamental quando a gente pensa nas lésbicas, nas lésbicas docentes, na nossa existência. Nós existimos e resistimos cotidianamente neste país, que figura mundialmente como o que mais mata pessoas LGBTs, que cotidianamente extermina a vida de mulheres, e o feminicídio atinge mais as mulheres negras na sociedade brasileira. Então, não há como desconsiderar essas questões estruturais quando a gente pensa a realidade social, as lutas que a gente precisa empreender para que possamos, de fato, existir”, afirmou.

 

Com o aumento da intolerância em todos os sentidos, também incentivada pelo Governo Bolsonaro, os índices de assassinato de mulheres e das populações preta e LGBTQIAPN+ dispararam. Por isso, desde 2021, a Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e a Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, realizam o LesboCenso Nacional, com o objetivo de identificar quais são as condições e necessidades desta população e, assim, sugerir políticas públicas.    

 

O primeiro Dossiê do Lesbocídio demonstrou que, entre 2014 e 2017, ocorreram 126 assassinatos de lésbicas no Brasil, motivados por lesbofobia. Vale destacar que, justamente pelo preconceito, esses casos geralmente são subnotificados.  

 

A data 29 de agosto foi estabelecida como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica para marcar a organização das mulheres que realizaram o 1º Seminário Nacional de Lésbicas, coordenado pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (COLERJ), em 1996. Sob o tema “Visibilidade, Saúde e Organização” as mulheres debateram sexualidade, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS, além de trabalho e cidadania. Desde então, o 29 de agosto é, nacionalmente, um dia de atividades voltadas para temas de interesse de todas as mulheres, independente da sexualidade.

 

Mas a diretora Ana Luisa Cordeiro observou que, em agosto, são duas datas importantes para demarcar: 19/08 - Dia do Orgulho Lésbico e 29/08 - o Dia da Visibilidade Lésbica. “Essas datas trazem para a centralidade a discussão dos corpos de lésbicas que cotidianamente se vêm ameaçadas cotidianamente - pelo fato da orientação sexual e da sua identidade de gênero, junto a outras intersecções que, como diria Heleieth Saffioti, tornam as nossas realidades muito mais complexas, como as dimensões de classe e de raça. Então pensar, demarcar, refletir, fazermos essa tarefa histórica de pensar nossa realidade social de modo mais amplo é fundamental para pensar a sociedade que a gente quer, logo a Educação que a gente quer, voltada para a emancipação humana, na qual a gente não pode deixar para trás ninguém”, concluiu.

 

 Também estão na organização dos sarais as entidades parceiras: Celetiva Tesouras do Cerrado, Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso (APOLGBTQIA+MT) e Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL).

 

    

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 22 Agosto 2023 13:49

 

Circular nº 277/2023

Brasília (DF), 21 de agosto de 2023.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN

 

Companheiro(a)s,

 

Temos o prazer de convocar a Reunião do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Étnico-racial, Gênero, Diversidade Sexual (GTPCEGDS) conforme o que segue:

 

Data: 22 e 23 de setembro de 2023 (sexta e sábado)

Horário: Início: sexta 16h.  Término: sábado, 17h.

Local: Sede do ANDES-SN (auditório, 3º andar)

 

Pauta:

1. Painel: "Luta por Justiça Reprodutiva e a defesa da legalização do aborto no Brasil”;

2. Informes;

3. Organização do III Seminário Integrado do GTPCEGDS;

4. I Seminário Nacional sobre abolicionismos penais;

5. Nossa base é diversa, mas não dispersa: construção de metodologia para pesquisa da constituição da base do ANDES-SN;

6. Atualização da Cartilha de Combate ao Racismo;

7. Outros assuntos.

 

Ressaltamos a necessidade da confirmação da participação de até dois(duas) representantes, por meio do preenchimento do formulário disponível no link [acesso do sindicato] até o dia 20 de setembro de 2023 (quarta-feira).

As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviar, até às 18h do dia 21 de setembro de 2023 (quinta-feira), exclusivamente por formulário disponível no link [de acesso do sindicato], para ser publicado junto ao relatório da reunião.

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Profª. Francieli Rebelatto

Secretária-Geral

Sexta, 23 Junho 2023 11:24

 

Esta semana, o município de Sinop (distante 479,5 Km de Cuiabá) viu movimentos sociais organizados criarem a Comissão de Direitos Humanos do Nortão, durante reunião itinerante do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Mato Grosso. A ideia é que a Comissão seja vinculada ao Conselho, o que facilitará o diálogo e ações de combate a violações dos Direitos Humanos na região.

 

As organizações envolvidas, entre elas a Adufmat-Ssind, por meio do Grupo de Trabalho Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), consideram o fato uma vitória histórica.

 

“A criação da Comissão aqui no norte de Mato Grosso representa um grande avanço para a sociedade civil da nossa região, uma vez que ela vai aproximar ainda mais a sociedade do Conselho e possibilitar um canal direto para denúncias das violações dos direitos que ocorrem na nossa região. É um grande marco, um grande passo para que consigamos ter avanços nessa área. Enquanto componente do GTPCEGDS posso dizer que temos esta ação como uma grande conquista, porque o nosso GT milita exatamente nas questões voltadas aos direitos humanos. Então, para nós, representa uma grande conquista, que vai nos ajudar ainda mais na militância, na realização de denúncias e também na prevenção de violações de direitos humanos”, afirmou a professora Patrícia Marisco, membro do GTPCEGDS.

 

Segundo os participantes, foi a primeira vez que o Conselho Estadual de Direitos Humanos de Mato Grosso se reuniu de forma itinerante fora de Cuiabá. Assim, a sede da Adufmat-Ssind em Sinop foi a primeira entidade a receber a reunião, justamente por conta de todas as demandas de violação dos direitos humanos na região.

 

A mediação entre o Conselho e as entidades envolvidas se deu por meio do defensor público Roberto Vaz Curvo.      

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

    

Quinta, 13 Abril 2023 10:39

 

Olá!

Se você tem afinidade com a discussão sobre questões etnicorraciais, de gênero e diversidade sexual, temos um convite para lá de especial para você: venha participar do nosso grupo de trabalho, o Grupo de Trabalho Políticas de Classe para as Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do Andes-Sindicato Nacional.

Este ano temos o desafio de construir ações para combater o racismo, o machismo, o capacitismo e a LGBTQIAPN+fobia nas universidades e na sociedade. A exemplo do sindicato nacional, as seções sindicais contam com o GTPCEGDS local, que também realiza atividades e ações que visam subsidiar as iniciativas do Andes-SN.

Aqui no Mato Grosso temos representantes na Adufmat (Cuiabá e Sinop) e Adunemat (Sinop e Tangará da Serra).

Como faço para participar?
É bem simples! Basta entrar em contato com a Secretaria da sua Seção Sindical.

Quando são as reuniões?
As reuniões ordinárias ocorrem na última segunda-feira de cada mês, às 14h, pela plataforma do meet

Quarta, 05 Abril 2023 10:09

 

 

Os professores Clarianna Silva, Irenilda Santos e José Domingues de Godoi Filho, membros de Grupos de Trabalho da Adufmat-Ssind, participaram do III Seminário Intercultural do Andes-Sindicato Nacional entre os dias 31/03 e 01/04, em Belém, no Pará.

 

Com o tema ““Direito à vida, democracia e desenvolvimento socioambiental”, o objetivo do encontro foi discutir conflitos socioambientais na população amazônica, decorrentes dos impactos da mineração industrial e do garimpo ilegal, da construção predatória de hidrelétricas e das novas energias em territórios originários. Também foram pontos de debate as matrizes energéticas, a lógica de capitalismo predatório sobre terras latino-americanas e africanas, o neocolonialismo e o racismo ambiental. 

 

Os debates são de interesse dos Grupos de Trabalho da Adufmat-Ssind do qual fazem parte Clarianna (Política de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS), Irenilda (Política Agrária, Urbana e Ambiental - GTPAUA) e José Domingues (GTPAUA e também Ciência e Tecnologia – GTC&T), que inclusive compôs, como convidado, a mesa ““Transição socialista das matrizes energéticas e tecnologia”, no primeiro dia do evento.  

 

Durante sua exposição, José Domingues, que é geólogo, contou que houve uma mudança na política do setor energético brasileiro na época da ditadura empresarial-militar, especificamente sob o Governo de Ernesto Geisel, que assinou um acordo nuclear junto a Alemanha, deixando de lado uma proposta brasileira de biomassa que levaria o país a produzir 3 milhões de barris por dia, que teria rendido, ainda hoje, uma sobra de 1,5 milhão de barris. “Nós deixamos de lado uma proposta que era nossa, para comprarmos uma maquete, porque se comprovou, após o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, que esse tipo de energia não se sustentaria, pois o Governo alemão anunciou a eliminação progressiva da energia nuclear no país. Ou seja, sempre uma subserviência”, disse.

 

 

Sua análise destacou que os grandes países da Europa não produzem petróleo e a reserva que possuem não seria suficiente para um ano, caso houvesse desabastecimento e, por isso, existe uma pressão sobre os países do Oriente e da América Latina. Segundo o docente, no Pará, por exemplo, as usinas de Tucuruí e Belo Monte não foram construídas para atender os interesses da população, mas para acatar o interesse de outros países, que necessitam do alumínio e do cobre e uma hidrelétrica próxima reduz o custo da produção desses metais.

 

O docente falou, ainda, sobre a pretensa mudança da matriz energética no Brasil com a expectativa é zerar a emissão de carbono na atmosfera até 2050, com metas provisórias a serem alcançadas até 2030, incluindo a eliminação gradual de apoio financeiro a combustíveis fósseis. “O que tem se observado é de que maneira o outro lado do Capital está se organizando para fazer isso. A Associação Brasileira do Agronegócio está se organizando para justificar a geração de óleos combustíveis para produzirem para eles mesmos. Então, o processo continua, não há nada que mostre que vai ser diferente”, criticou.

 

O evento ocorreu no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ), da Universidade Federal do Pará (Ufpa), e algumas atividades também foram realizadas no Assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Belém (PA).

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind (com informações do Andes-SN)

 

Quarta, 15 Março 2023 15:43

 

 

Em um dos municípios mais conservadores do estado, a professora Clarianna Martins da Silva, membro do Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Adufmat-Ssind, foi uma das homenageadas pela Câmara Municipal no último Dia Internacional das Mulheres como “Mulher de Destaque em Sinop”.

 

Dentro da Casa de Leis que proibiu por lei, em 2022, qualquer manifestação, divulgação, publicação ou discussão em ambientes públicos e privados sobre gênero, sexualidade e direitos reprodutivos, a professora, que também é membro do Coletivo Sinop Para Elas (que surgiu por meio de ações do GTPCEGDS na UFMT), destacou que a data simboliza, sobretudo, a luta das mulheres e, em vez de parabéns e flores, os parlamentares devem promover ações efetivas que preservem as vidas e os direitos das mulheres. “Nesse dia Internacional das Mulheres, mais do que parabéns, nós precisamos de projetos de Lei, de políticas públicas que nos possibilitem sobreviver em uma cidade mais adequada para as mulheres. Queremos que se coloquem as mulheres como prioridade nos programas de habitação, de reinserção no mercado de trabalho, que sejam criadas políticas públicas de acolhimento à todas as mulheres, que são parte significativa da nossa sociedade, afinal, somos metade da sociedade, a outra metade são nossos filhos”, afirmou.

 

A Lei 3036/22, que proibiu o que chamam de “manifestações de ideologia de gênero” com o argumento de que essas questões promovem a “desconstrução da família e do casamento tradicional”, foi o “presente” da Casa em 2022, publicada em 09 de Março.

 

 

A vereadora Professora Graciele (PT) presidiu a sessão de homenagem às mulheres em Sinop este ano. Única mulher eleita nesta legislatura e parlamentar que indicou a colega de ofício para receber a homenagem, Graciele, que já foi alvo de ataques diversas vezes por parte dos vereadores conservadores, também enfatizou a luta como centralidade da data. “Esta data simboliza a luta por vida digna, por direito humano, pelos direitos das mulheres. É essa luta precisa ser lembrada não só hoje, mas sempre. Enquanto única mulher da Câmara, eu entendo que devemos ampliar muito a participação feminina ainda, a ocupação delas em todos os espaços, aumentar o respeito no trato com as mulheres. Essa sessão é uma forma de dizer da nossa gratidão e do nosso reconhecimento pelo importante trabalho desenvolvido pelas mulheres na nossa cidade e, reforçar o nosso compromisso quanto Legislativo para a promoção de políticas públicas para as mulheres”, concluiu a vereadora.

 

Menos flores, mais respeito

 

Contraditoriamente, os vereadores que homenagearam as mulheres de Sinop em 2023 protagonizaram outros inúmeros episódios nada presenteáveis até os dias atuais.   

 

A Câmara Municipal de Sinop aprovou a Lei 3006/21, que proíbe a flexibilização do gênero neutro; foi palco de ataques à população negra no Dia da Consciência, por meio da não aprovação de projeto de lei que visava tornar mais diversa a publicidade produzida no município, incluindo cotas para pessoas negras, cadeirantes, entre outros – além de exigências protocolares aos integrantes do Movimento Negro não exigidas a outras entidades conservadoras; também reprovou o projeto de Lei 048/21, que criaria o Mapa das Violências contra a Mulher no município de Sinop.   

 

 

Em maio de 2021, o município repercutiu nacionalmente por conta do episódio dos outdoors, derrubados a motosserra, porque faziam críticas ao Governo Bolsonaro, expondo a alta de preços, os altos índices de desemprego e a negligencia do Governo Federal com relação à pandemia. Além disso, em 2019 houve retaliação da Câmara Municipal e da Prefeitura de Sinop à pintura da Greta Thunberg, feita por artista local e vandalizada por bolsonaristas, fato que também ocupou o noticiário nacional. No mesmo ano, a Casa de Leis reprovou o projeto de Lei 87/2019, apresentado pela então vereadora professora Branca (PL), que obrigava bares, restaurantes e casas noturnas a adotarem medidas que auxiliassem mulheres que estivessem se sentindo em situação de risco. 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Sinop/vereadora Profa. Graciele

Quinta, 24 Novembro 2022 12:38

 

*Matéria atualizada às 9h40 do dia 25/11 para inclusão de novas informações.  

 

A Subseção da Adufmat-Ssind realizou, nessa quarta-feira, 23/11, o debate "As diferenças também somam! Vamos falar sobre autismo, TDAH e altas habilidades?". A atividade, proposta pelo Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do sindicato, contou com a presença da professora Dra. Chiara Maria Seidel (Unemat), Douglas Santos Antoniassi (dupla excepcionalidade) e a professora Dra. Gisele Facholi Bomfim (UFMT/ICS).   

 

A professora Chiara Seidel, doutora em Educação, fez uma intervenção direcionada a estudantes no contexto de escolarização. Além de especialista no tema, a professora é mãe de criança com diagnóstico de autismo, e compartilhou, além dos seus estudos, um pouco de sua vivência.

 

Para a professora Clarianna Silva, membro do GTPCEGDS e facilitadora da atividade, a demonstração da importância da participação do Ministério Público nestas ações e a criação de um núcleo de inclusão nas universidades, da mesma forma das comissões de heteroidentificação, para que a legislação seja observada também no Ensino Superior, foi um dos pontos altos do debate. “Se fala muito em Educação Básica, mas é como se não existe autismo e neurodivergência no Ensino Superior”, destacou.    

 

Em seguida, o convidado Douglas Santos Antoniassi falou sobre sua experiência a partir da dupla excepcionalidade, tanto dos filhos quanto de si mesmo, a partir do diagnóstico de autismo leve e superdotação, já depois de adulto. Foi a primeira vez que falou em público sobre o tema, e destacou os conceitos de “pertencimento” e “identidade” como fundamentais neste percurso, inclusive diante das dificuldades enfrentadas no ensino superior.

 

A farmacêutica Gisele Facholi Bomfim também trouxe aspectos pessoais de sua experiência com autismo, ao mesmo tempo em que relatou que poucas universidades têm um conjunto de informações e ações institucionalizadas neste sentido, mas é essencial que as instituições de ensino superior se organizassem com essa finalidade. Isso já está ocorrendo em algumas universidades, como a Federal de Minas Gerais (UFMG), que tem um Programa de Atenção Interdisciplinar ao Autismo. 

  

O debate foi transmito ao vivo na página do Facebook da Subseção da Adufmat-Ssind, em Sinop. Clique aqui para assistir.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 08 Novembro 2022 14:56

 

O Grupo de Trabalho Política de Classe para Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Adufmat-Ssind convida a categoria e demais interessados para o debate "As diferenças também somam! Vamos falar sobre autismo, TDAH e altas habilidades?", que será realizado na subsede do sindicato em Sinop no dia 23/11 (quarta-feira). 

 

A atividade será desenvolvida presencialmente, no auditório da Adufmat-Ssind em Sinop, em dois períodos: a primeira turma com início às 14h e a segunda com início às 19h. 

 

Os convidados para discorrer sobre o tema são a neuropsicóloga Dra. Adriana Peres, a professora Dra. Chiara Maria Seidel (Unemat), Douglas Santos Antoniassi (dupla excepcionalidade) e a professora Dra. Gisele Facholi Bomfim (UFMT/ICS).   

 

O evento é aberto a participação da comunidade em geral, gratuito e emitirá certificado aos participantes.    

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 22 Setembro 2022 14:50

 

 

 

O Grupo de Trabalho Política de Classe, Questões Étnico-Raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN se reuniu em Recife (PE), na Associação de Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco Seção Sindical do ANDES-SN (Aduferpe SSind), nos dias 12 e 13 de setembro. Entre as atividades do GT, foi realizado o painel conjunto com a Associação Brasileira dos (das) Pesquisadores (as) Negros (as) (ABPN), dentro da Programação do XII Congresso de Pesquisadores (as) Negros (as) (Copene).

A atividade “A construção de estratégias de defesa das Instituições de Ensino Superior (IES), das políticas de cotas e de enfrentamento ao racismo” foi mediada pela diretora do ANDES-SN da coordenação do GTPCEGDS, Rosineide Freitas, e contou com a participação de Cleber Vieira (Unifesp/ABPN), Dennis Oliveira (USP) e Marli Araújo (Ufal) e Sales Augusto dos Santos (UFV).

De acordo com Rosineide Freitas, que também é 2ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, a atividade com a ABPN é parte de uma construção feita a muitas mãos e fruto de encaminhamento dos espaços de debate e deliberação do Sindicato Nacional. “Em função do ano que nós estamos vivendo, que é o ano de revisão da política de Cotas no âmbito federal (Lei 12.711), dos ataques deste governo fascista, dos casos de racismo que se aprofundaram nesse governo, foi orientado uma aproximação com a associação, que tem como sul produzir pesquisa de reafirmação das políticas afirmativas, de combate ao racismo, da história e contribuição dos povos africanos e africanos de diáspora”, explicou.

 

Segundo a diretora do ANDES-SN, Sales Augusto Santos, professor visitante da Universidade Federal de Viçosa, fez um apanhado sobre as políticas de ações afirmativas, as políticas de cotas e também um cenário no que se refere à política de cotas para o ensino e a defasagem que existe de atendimento a essa política em função das vagas. Já Dennis Oliveira, da Universidade de São Paulo, trouxe um histórico, especialmente do movimento negro, em prol da construção das ações afirmativas, parte importante de um processo fundamental de luta da sociedade brasileira. 

“E a professora Marli Araújo, da Universidade Federal de Alagoas, nos trouxe elementos para pensar quais são as dimensões necessárias de olhar para as estratégias de enfrentamento do racismo no âmbito das universidades. Ela falou a partir da sua biografia de professora preta, oriunda das classes populares, como que é a entrada nesse ambiente e quais são as nuances do racismo no cotidiano”, contou. 

Cleber Vieira, professor da Universidade Federal de São Paulo e então presidente da ABPN, falou da necessidade da articulação entre as entidades e de avançar em pesquisas e estratégias colaborativas para a manutenção e aperfeiçoamento da política de cotas no âmbito federal, para a efetivação da política de cotas nos concursos público (Lei 12.990) e também da extensão da Lei de Cotas (12.711) para a pós-graduação. 

“Tivemos uma participação muito ativa de todos, todas e todes que estavam lá. Pessoas pretas e não pretas, porque o debate é nosso, e foi um debate riquíssimo. E essa mesa nos animou para pensarmos estratégias tanto de defesa das políticas de cotas quanto também de ações coordenadas para que falemos, caracterizemos, percebamos e enfrentemos o racismo, que se que se expressa no âmbito das nossas instituições”, finalizou Rosineide.

 

Durante a reunião do GTPCEGDS, também foi apresentada a consolidação do calendário permanente de lutas do Sindicato Nacional, aprovado nos Congressos e Conads, cuja arte será encaminhada em breve para todas as seções sindicais.  


Clique aqui para assistir ao 1º Painel ANDES/ABPN: Construção de Estratégias de defesa das IES, das políticas de cotas e de enfrentamento ao racismo  

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 08 Agosto 2022 15:08

 

Circular nº 289/2022

Brasília(DF), 08 de agosto de 2022

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN

 

Companheiro(a)s, 

 

Convocamos reunião do Pleno do Grupo de Trabalho Política de Classe, Questões Étnico-Raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN, a ocorrer nos dias 12 e 13 de setembro de 2022 (segunda-feira e terça-feira), na sede  da ADUFERPE Seção Sindical, conforme a programação:

- Data:  12/9 – Tarde (14h) – Reunião da Coordenação Geral do GTPCEGDS na sede da ADUFERPE/SSind.

 

Pauta:

1.      Informes;

2.      Análise de Conjuntura;

3.      Deliberações do 40º Congresso, remetidas e aprovadas no 65º CONAD.

 

- Data: 13/9 – Manhã (9h) – “1º Painel ANDES-SN/ABPN: Construção de Estratégias de defesa das IES, das políticas de cotas e de enfrentamento ao racismo.”

             13/9 – Tarde (14h) - Reunião da Coordenação Geral do GTPCEGDS na sede da ADUFERPE/SSind.

 

Pauta (continuação):

  1. 4.      Encaminhamentos

 

As seções sindicais devem enviar previamente seus informes ao formulário acessível no link que segue:   https://forms.gle/kYP66q9oF8vwk1XS8 ,  para constar do relatório final da reunião, até às 12h do dia 10 de setembro de 2022.

Cada Seção Sindical poderá indicar até dois (duas) representantes para participar da reunião, preenchendo o formulário eletrônico disponibilizado em https://forms.gle/pBmW4BoV4CKJ6Zn68 , até às 12h, do dia 10 de setembro de 2022.

Como se trata de reunião presencial serão necessários os cuidados sanitários, de modo que só poderão participar representantes das seções sindicais que estiverem devidamente vacinado(a)s e que apresentem teste de COVID-19 (antígeno/RT-PCR), com resultado negativo, realizado até 3 dias antes da reunião. Além disso, será obrigatório o uso de máscaras.  O comprovante de vacinação deverá ser anexado no formulário que confirma presença de representante(s) e o teste deverá ser encaminhado pelo formulário de envio dos informes, indicado mais acima da circular.

Na oportunidade encaminhamos o endereço da sede da ADUFERPE Seção Sindical  e as opções de hospedagem (Anexa).

Endereço da ADUFERPE Seção Sindical: Rua Manuel de Medeiros, s/n°, Campus da UFRPE, Bairro de Dois Irmãos, Recife/PE – CEP: 52171-900.

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

Prof.ª Maria Regina de Avila Moreira

Secretária-Geral