Quarta, 16 Maio 2018 17:03

 

Conforme divulgado pela Comissão Eleitoral nessa terça (15) , a “Chapa 1 – ANDES Autônomo e de Luta” conquistou 51,71% do total de votos

 

O professor Antônio Gonçalves Filho, da Apruma Seção Sindical (Maranhão) será o próximo presidente do ANDES-Sindicato Nacional a partir de julho. A Comissão Eleitoral Central (CEC) divulgou na manhã dessa terça-feira, 15/05, o resultado final da computação dos votos da eleição para a nova diretoria da entidade, que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2018-2020. A Chapa 1 “ANDES Autônomo e de Luta” foi eleita com 51,71% dos votos dos eleitores que compareceram às urnas de todo o país, nos dias 9 e 10 de maio.

 

A votação ocorreu, através de voto direto e secreto, nas secretarias regionais e em 99 seções sindicais do Sindicato Nacional em todo o país. Do total docentes aptos a votar (69.152), 24,42% compareceram às urnas, ou seja, foram 16.887 votantes. Desses, 8.732 (51,71%) votaram na chapa 1; 7.215 (42,73%) na chapa 2; 481 (2,85%) em branco; e 459 foram votos nulos (2,72%). Confira o mapa da apuração na planilha da Circular nº  31/CEC/18.

 

Segundo Alexandre Galvão Carvalho, presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC), a participação de duas chapas e o envolvimento dos docentes no pleito eleitoral mostram que o ANDES-SN é um espaço democrático e o representante legítimo da categoria docente. “Depois de muitos anos tivemos duas chapas concorrendo às eleições do ANDES-SN e uma grande participação das seções sindicais. O Sindicato Nacional sai fortalecido depois desse processo eleitoral para as lutas vindouras, na medida em que a eleição envolveu toda a categoria, que se envolveu no processo, com a campanha, apresentou o seu projeto, e o maior saldo da eleição é que o ANDES-SN sai fortalecido e municiado para enfrentar essa conjuntura de profundos ataques”, disse.

 

Cronograma


Após a divulgação do resultado final da computação final dos votos nesta terça (15), é dado um prazo de 24 horas para que os representantes das chapas ou candidatos apresentem recursos, conforme Art. 49 do Regimento. Caso não sejam apresentados recursos, a promulgação do resultado sairá no dia 16 de maio.

 

A posse da nova diretoria eleita ocorrerá em Fortaleza (CE), durante o 63º Conad, que inicia no dia 28 de junho.

  

Eleição na Adufmat-Seção Sindical do ANDES

 

A apuração dos votos na Adufmat-Ssind foi realizada na manhã do dia 11/05, com a presença de representantes e fiscais das duas chapas inscritas no pleito. Ao final, foram contabilizados 234 votos para a Chapa 1, 94 para a chapa 2, 02 votos em branco e 09 votos nulos. 

 

Foram 339 votantes, num universo de 1715 sindicalizados, sendo 29 votos em trânsito. O número de abstenções, isto é, professores que não compareceram, foi de 1376.

 

Fonte: ANDES-SN (com edição da Adufmat-Ssind)

 

 

Terça, 04 Abril 2017 16:43

 

Não conseguiu ir aos debates entre os candidatos à diretoria da Adufmat-Ssind?

 

Acompanhe na página do sindicato no Youtube!

 

Os três debates realizados em Cuiabá nos dias 29/03 (Conjuntura e Contrarreformas) e 03/04 (manhã e noite) estão disponíveis na íntegra.

 

A eleição será nessa quarta-feira, 05/04/17, das 8h às 21h.

 

CLIQUE AQUI

Quarta, 08 Março 2017 12:14

 

A Comissão Eleitoral Adufmat - Seção Sindical do ANDES 2017, em consenso com as duas chapas que disputam a diretoria do sindicato para o biênio 2017-2019, já definiu o calendário de debates nos campi representados pela entidade.

 

Na ocasião, as chapas poderão falar sobre suas propostas para os desafios atuais da categoria, e também responder perguntas entre si e da plateia.

 

Serão quatro debates no total: um no campus do Araguaia no dia 27/03; um no campus de Sinop, no dia 31/03, e dois em Cuiabá, no dia 03/04. Os horários ainda não estão fechados, mas a ideia inicial é realizar as atividades no período da manhã em todos os campi, e ao menos um no período noturno ou vespertino em Cuiabá.

 

Os nomes dos integrantes e programas das chapas já foram publicados. Clique aqui para conhecer os membros das chapas 1 e 2/ e clique aqui para ler seus programas.

 

Nos próximos dias, a Adufmat-Ssind fará entrevistas com as chapas concorrentes para publicar nos canais oficiais de comunicação da entidade.

 

A Comissão Eleitoral disponibiliza ainda, logo abaixo, a lista de sindicalizados da Seção Sindical do ANDES, para conhecimento prévio do colégio eleitoral, que será publicado em versão final após a conferência da regularidade dos sindicalizados.

 

LISTA DE FILIADOS DA ADUFMAT-SSIND (CLIQUE AQUI PARA ACESSAR)

  

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Segunda, 06 Março 2017 10:37

 

 

A Comissão Eleitoral da Adufmat-Ssind 2017 informa a todos que não houve recurso das inscrições das chapas homologadas para disputar a diretoria da Seção Sindical do ANDES, transcorrendo normalmente as atividades previstas no calendário.

 

Portanto, as duas chapas concorrentes, homologadas e deferidas, puderam iniciar suas campanhas desde o último sábado, 04/03.

 

Para amplo conhecimento da base da Adufmat-Ssind, a Comissão Eleitoral divulga, abaixo, os programas das duas chapas (clique nos nomes das chapas para ter acesso aos documentos):

 

PROGRAMA CHAPA 1: ADUFMAT DE LUTA, AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA

 

PROGRAMA CHAPA 2: INOVAÇÃO E INCLUSÃO EM FOCO

 

 Acompanhe o calendário das Eleições Adufmat-Ssind 2017:

 

14/02 a 24/02

Período de Inscrição de Chapas

02/03

Publicação das Chapas homologadas

02/03 e 03/03

Período para interposição de recursos e análise destes pela Comissão Eleitoral

03/03

Resultado da análise dos recursos

04/03

Publicação final das chapas deferidas

04/03 a 04/04

Período de Campanha Eleitoral

05/04

Eleição

Apuração e divulgação do resultado da eleição

06/04

Período para interposição de recursos

07/04

Resultado de interposição de recursos

Posse da nova diretoria

 

 

 

 

Sexta, 03 Março 2017 19:39

 

A Comissão Eleitoral Adufmat-Ssind 2017 informa a impossibilidade de divulgação do colégio eleitoral na data prevista, e salienta que tomará todas as providências necessárias, conforme o Regulamento.

 

Comissão Eleitoral Adufmat-Ssind 2017   

Quinta, 02 Março 2017 18:13

Chapas no ato da inscrição: Reginaldo Araújo e Alair Silveira (chapa 1); Célia Borges e Alexandre Machado (chapa 2)

 

A Comissão Eleitoral Adufmat-Ssind 2017, no uso das suas atribuições regimentais, vem a público declarar a homologação das seguintes chapas inscritas para concorrer a diretoria da Seção Sindical do ANDES, biênio 2017-2019, garantindo a aptidão de todos os membros ao pleito:

 

Chapa de número 1

Inscrição realizada no dia 24/02/17 às 13h54

Nome: Adufmat de Luta, Autônoma e Democrática

Candidatos

Reginaldo Silva de Araújo – Presidente

Maelison Silva Neves – Vice-presidente

Onice Teresinha Dall’Oglio – Diretora Secretária

Alair Suzeti da Silveira – Diretora Tesoureira

José Ricardo de Souza – Diretor de Assuntos Socioculturais

Maria Adenir Peraro – Diretora para Assuntos de Aposentados

Adriana Queiroz do Nascimento Pinhorati – Diretora de Imprensa

 

 

Chapa de número 2

Inscrição realizada no dia 24/02/17 às 16h50

Nome: Inovação e Inclusão em Foco

Candidatos

Alexandre Paulo Machado – Presidente

Maria de Jesus das Dores Patatas – Vice-presidente

Sania Lúcia Camargos – Diretora Secretária

Mauro Miguel Costa – Diretor Tesoureiro

Célia Alves Borges – Diretora de Assuntos Socioculturais

José Airton de Paula – Diretor para Assuntos de Aposentados

José Roberto Tavares – Diretor de Imprensa

 

 _________________________________________

 

*Interessados em recorrer da homologação, conforme o Regulamento Eleitoral, têm os dias 02 e 03/03/17 para fazê-lo.

 

**No dia 04/03/17, a partir da confirmação da homologação e deferimento das chapas, terá início a campanha eleitoral oficial.

 

Clique aqui para saber mais.  

Sexta, 24 Fevereiro 2017 18:50

 

Duas chapas devem disputar a diretoria da Adufmat-Seção Sindical do ANDES, biênio 2017-2019. O prazo de inscrição foi encerrado nessa sexta-feira, 24/02, às 17h. Os dois grupos que demonstraram disposição para a tarefa protocolaram a documentação nas últimas horas do período estabelecido para o registro.  

 

Os componentes das chapas, no entanto, só serão conhecidos após a divulgação oficial das inscrições homologadas pela Comissão Eleitoral, na próxima quinta-feira, 02/03. A data, anteriormente marcada para 01/03, foi alterada pela Comissão Eleitoral nessa sexta-feira (24/02). Acompanhe aqui o Regulamento e suas retificações.   

 

A partir do dia 04/03, após prazo de recurso para eventual indeferimento de candidatura, e com a publicação final das chapas deferidas, terá início a campanha eleitoral. Durante um mês os candidatos deverão participar de debates em todos os campi da UFMT representados pela Adufmat-Ssind - Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Araguaia -, até a data da eleição, no dia 05/04.    

 

A diretoria da Seção Sindical do ANDES em Mato Grosso é composta por sete membros: presidente, vice-presidente, secretário geral, tesoureiro, diretor de assuntos de aposentadoria, diretor de imprensa/divulgação e diretor sociocultural.

 

Consulte o Regulamento da Eleição aqui.

 

ACOMPANHE O CALENDÁRIO ELEITORAL (RETIFICADO NESSA SEXTA-FEIRA, 24/02/2017):

14/02 a 24/02

Período de Inscrição de Chapas

02/03

Publicação das Chapas homologadas

02/03 e 03/03

Período para interposição de recursos e análise destes pela Comissão Eleitoral

03/03

Resultado da análise dos recursos

04/03

Publicação final das chapas deferidas

04/03 a 04/04

Período de Campanha Eleitoral

05/04

Eleição

Apuração e divulgação do resultado da eleição

06/04

Período para interposição de recursos

07/04

Resultado de interposição de recursos

Posse da nova diretoria

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 31 Agosto 2016 18:18

 

 

Pela primeira vez na história da UFMT, a comunidade acadêmica do Araguaia vai escolher, por meio de consulta, um pró-reitor para administrar o campus. Nessa quarta-feira, 31/08, às 19h, os dois candidatos que disputam o cargo apresentam suas propostas no debate e, na próxima segunda-feira, 05/09, docentes, estudantes e técnicos expressam sua vontade nas urnas.

 

Também pela primeira vez na história da UFMT o sistema utilizado para contagem dos votos será o da maioria, e não proporcional. “Escolher o representante local é uma demanda antiga do nosso campus. A reitora que deve assumir a UFMT em outubro, Myrian Serra, nos deu autonomia total para realizar esse processo. A comissão é formada por nove pessoas, representantes do DCE, Sintuf e Adufmat, e nós chegamos ao consenso de que o voto universal, isso é, a eleição pela maioria dos votos, seria o mais adequado para nós”, disse o presidente da Comissão, Robson Lopes.

 

A discussão sobre a contagem dos votos para escolha dos administradores da universidade é bastante divergente, pois estudantes, docentes e técnicos querem garantir a força de sua representatividade no processo. Historicamente, a UFMT utilizou dói modelos proporcionais: 70% para docentes, 15% para estudantes e 15% para técnicos; ou a paridade, com peso de 1/3 para cada um dos segmentos.

 

Para o presidente da Adufmat – Seção Sindical do ANDES, Reginaldo Araújo, a opção da Comissão de Consulta do Araguaia pelo voto universal pode ser uma experiência interessante. “O voto proporcional contempla os três segmentos que fazem o enfrentamento e se mantém mobilizados em defesa da universidade. Mas eu acredito que também é importante reconhecer o protagonismo dos estudantes nesse processo, já que eles expressam o que, de fato, uma grande parte da sociedade espera da instituição, mesmo com todas as suas contradições. A experiência do Araguaia pode contribuir com a nossa discussão nesse sentido”, afirmou o docente.         

 

Não há orientações para a realização da consulta nos campi do interior, porque até a última gestão da Reitoria, os representantes regionais eram diretores escolhidos pela reitora da universidade.  

 

Os docentes Ana Maria Mancini e Paulo Jorge da Silva são os candidatos ao cargo no campus do Araguaia, ambos com experiências administrativas. Mancini é, atualmente, responsável pela gerência de Ensino e Extensão do campus, e Silva é diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Terra.

 

A eleição será realizada no dia 05/09, das 8h às 21h, horário de Brasília, com urnas nas unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Para votar, será necessário apresentar documento oficial com foto.  

 

Mais informações sobre o processo de consulta para pró-reitor na UFMT Araguaia, clique aqui.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

   

Segunda, 22 Agosto 2016 13:40


Benedito Pedro Dorileo 

Desde a antiguidade temos a pessoa humana como ser social em organização a partir da família. Para segurança da coexistência são elaboradas regras de convivência ou normas naturais em processo de socialização. É a ordem jurídica. O Estado torna-se fonte das decisões do ser humano em sociedade ao estabelecer a organização e a manutenção da ordem jurídica. Incumbe-lhe a tutoria do direito a conceituar regras basilares para o relacionamento operoso e fraterno, em busca da tranquilidade geral.

O sistema político brasileiro, instituído de maneira descentralizada, faculta aos entes federativos a capacidade de editar as próprias leis para a União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios – sob a égide suprema da Constituição Federal. Nessa escala cabe ao Município zelar legal e administrativamente pelos interesses locais mais imediatos e íntimos da população.

A vida desenvolve-se na cidade, sede do Município, onde o aparato humano está concentrado. Nesse espaço está a morada e a vizinhança, a praça e o pronto-atendimento, o caminho e a escola – o recanto sentimental. É a cidade o ente que imediatamente sentimos quando abrimos a janela ao amanhecer e suspiramos. Alexandre Dumas, em sua História de Portugal, assinala ser o Município ‘a mais bela das instituições que o mundo antigo legou ao mundo moderno’.

No Brasil colonial, o poder do Município era exercido pela Câmara Municipal, o Conselho com funções administrativas, legislativas e jurídicas. Havia na época a figura do pelourinho levantado sobre pedestal com degraus de pedras. Representava o marco, o emblema da administração, utilizado ainda como local de castigo dos criminosos e dos escravos. Ao lado, podia estar o tronco entregue aos senhores do poder privado. O pelourinho de hoje pode simbolizar a crítica popular, o olhar observador das gestões do prefeito e dos vereadores, julgando-os pelo voto livre, desvencilhado do suborno –, a maldita corrupção.

Na atualidade, o vereador é legislador e agente político para fiscalizar e atuar em defesa dos concidadãos, investido de mandato de 4 anos, eleito através do sistema partidário e de representação proporcional.

Quisera, hoje, na reforma da legislação eleitoral, haver o voto distrital ou comunitário, a fim de vincular estreitamente o vereador ao eleitor, ao distrito, ao bairro –, e o vínculo seria direto. O eleitor vigilante cobrar-lhe-ia a prestação de contas do seu trabalho. Persistir na conquista do voto distrital é a meta.

Circula no WhatsApp um estranho bicho hibernado que deixa a toca em busca do voto. Exagero ou criativa representação popular de pura realidade sobre quem obtém o mandato e desaparece. Cumpre ao vereador observar a Constituição Federal, a Estadual e a Lei Orgânica do Município. Atender à diretriz partidária, todavia visar ao interesse maior da coletividade.

Já tivemos época em que a edilidade prestava serviço cívico sem remuneração. O autor deste texto, quando jovem vereador, percebia apenas jetom de presença, não havia salário. A Constituição Federal de 1988 transfere para a Lei Orgânica a competência privativa para fixar subsídios em cada legislatura para a subsequente. O limite único previsto é de não ultrapassar o montante de 5% da receita municipal. Verba de gabinete na vereança sofre crítica do povo como recurso espúrio diante das condições nacionais.

A Câmara Municipal não é confraria ou conventículo –, é parlamento da cidade. Ao vereador, coadjuvando o prefeito ou por sua iniciativa, incumbe o zelo dos serviços públicos e do sistema único de saúde, da guarda municipal e do ordenamento do solo, da escola e do patrimônio histórico-cultural, da defesa civil e do transporte coletivo, do turismo e do desporto, do trânsito e do meio ambiente.

Vivemos atribulados diante de fracassos, como o da Copa do Mundo, ânimo abatido por julgamento de impeachment, pelas corrupções nunca vistas, olimpíadas em um mundo aterrorizado, depressão econômica, insegurança pública. Entretanto, o viver onde rumoreja a cidade obriga-nos a participar da sua administração. Nossos representantes prefeito e vereadores, particularmente, nestes tempos, são os modeladores da capital cuiabana para o seu jubileu tricentenário, em 2019. 

          

                                                                               Benedito Pedro Dorileo

                                                                               é advogado. Foi reitor da UFMT.

Sexta, 19 Agosto 2016 12:56

 

JUACY DA SILVA* 

Há muito tempo o Brasil não realizava eleições municipais em um contexto tão grave como deverá acontecer neste ano. Apesar disso parece que os candidatos tanto a vereadores quanto, e principalmente, a prefeitos vivem em um mundo de fantasia. Prometem resolver a maioria dos problemas que afetam o povo brasileiro, principalmente das camadas mais pobres excluídas política, econômica e socialmente e residentes nas periferias urbanas ou no meio rural  que tem nos serviços públicos como saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança pública as únicas maneiras de minorar seu sofrimento.

Estamos em meio ao processo que deverá afastar definitivamente a Presidente Dilma Rousseff, acusada de alguns crimes contra na execução orçamentária, em meio a uma recessão que  já dura quase três anos, a operação LAVA JATO que continua aterrorizando políticos, gestores públicos e empresários acusados de práticas de corrupção e, em diversos estados, alguns juízes , talvez inspirando-se  no  exemplo de Sérgio Moro, também tem condenado `a prisão  muitas figuras importantes do cenário politico, administrativo e empresarial estadual.

A recessão econômica que se abate sobre o Brasil não deve ser superada com discurso tipo “pensamento positivo” utilizado pelo governo tampão de Temer e sua equipe econômica, o mundo todo e o empresariado brasileiro ainda continuam com um pé atrás e não tem coragem suficiente para realizarem grandes investimentos, cuja maturação é de longo prazo, além de cinco ou dez anos.

Em 2015  o PIB brasileiro encolheu em R$210 bilhões de reais, em 2016 deve encolher mais R$ 195 bilhões, ou seja, em dois anos o Brasil cresceu como rabo de cavalo, para baixo e para traz, tendo o PIB sido reduzido em R$ 405 bilhões de reais. Esta recessão e o “crescimento”  em menos de 0,5%  em 2014, tem provocado sérios reflexos econômicos e sociais, com destaque para mais de 11 milhões de desempregados e mais de 15 milhões  de subempregados e, de uma forma cruel, afetado as contas públicas do Governo Federal, que detém próximo de 65%  dos impostos arrecadados no país e também nos Estados e municípios que ficam com a menor parte da arrecadação de impostos e necessitam das transferências constitucionais  FPM  e FPE, além de convênios e investimentos diretos do   governo federal para a manutenção dos serviços básicos como saúde pública, educação, saneamento básico, transporte e mais de uma centena de programas, projetos e ações que o governo federal assume através de suas  políticas públicas, as quais  estão tendo dificuldades para serem implementadas. O  caos e sucateamento dos serviços públicos é patente e causa indignação na população  com frequência.

Há mais de dois anos a arrecadação  dos Governos Federal, estaduais e municipais tem caído a olhos vistos. O déficit público do Governo Federal  em 2015  foi de R$114 bilhões, este ano deverá ser de R$170 bilhões  e em 2017 deverá ser de R$142 bilhões, ou seja, em três anos o déficit público deverá atingir o total de R$426,5 bilhões. Os Estados e municípios também estão experimentando pesados déficits e não tem a quem se socorrer, já que o Governo Federal está também falido e mal administrado. A grande maioria dos estados e municípios não estão conseguindo sequer pagar salários em dia e nem  repor as perdas inflacionárias que corroem a  renda dos trabalhadores do setor públicos, causando greves e outras manifestações que acabam refletindo na baixa qualidade desses serviços e prejudicando ainda mais a população mais pobre e sofrida e, em menor grau a classe média.

O descontrole das contas públicas também estão sendo afetadas por outros  “buracos”,  como a renúncia fiscal, que deixam de arrecadar para o Governo Federal mais de R$ 100 bilhões por ano e nos Estados mais de R$45 bilhões e nos municípios mais de R$15 bilhões,  um total de R$160 bilhões  deixam de entrar nos cofres públicos, a título de “inventivos” para, na verdade, ajudarem a acumulação de capital e o lucro dos grandes grupos econômicos, além de alimentar a corrupção como aconteceu em MT e outros Estados.

Existe  também a questão da dívida pública  que é a maior sangria de recursos públicos  de que se tem notícia na história recente do Brasil. O país  está praticamente nas mãos de agiotas nacionais e internacionais. Quando teve início o Governo Lula em janeiro de 2003 a dívida pública líquida do Brasil, interna e externa, atingia R$633,3 bilhões de reais e a previsão do Banco Central é que em dezembro de 2016 deve chegar a R$3,2 trilhões de reais, apesar de que neste período só de juros e encargos o Brasil pagou pouco mais de R$3,5  trilhões de reais.

O peso da dívida pública bruta representa mais de 70% do PIB e quase 50% do OGU – Orçamento Geral da União. Só no mês  de maio ultimo esta dívida aumentou 2,77% ou seja, mesmo pagando juros e outros encargos, em um mês a dívida pública aumentou em R$80 bilhões. 

Segundo o Banco Central, a dívida bruta do Brasil, incluindo os Governos Federal, Estaduais, municipais, estatais e a previdência, atingiu em maio de 2016 nada menos do que R$4.113,9 trilhões de reais, ou seja, 68,6% do PIB e deverá ultrapassar mais de R$4,7 trilhões de reais em dezembro deste ano.

Em outro artigo tentarei falar/escrever sobre a sonegação e as obras inacabadas/paralisadas que causam prejuízos bilionários a cada ano ao país e aos poderes públicos. No Brasil são sonegados por ano mais de R$500  bilhões de reais e só a DAU  dívida ativa da União em 2014 somavam 1,162 trilhões de reais e a previsão é que possa chegar a R$1,8 trilhões de reais.

A ONG “Tax Justice Network” especialista em investigações sobre sonegação e uso de paraíso fiscais e outros países como forma de lavagem de dinheiro e sonegação, principalmente de países subdesenvolvidos ou emergentes, calcula que grandes sonegadores e corruptos brasileiros possuem mais de R$1,0 trilhão de reais  for a do país.

É neste contexto de crise econômica, financeira, fiscal, orçamentária e moral que os candidatos devem discutir suas propostas. Ao mentir para a população nas eleições de 2014  os candidatos Dilma e Temer, enganaram o povo, não falaram a verdade sobre a gravidade da crise e estão colhendo os resultados.  Mas quem paga o pato pela corrupção, demagogia, incompetência e mentiras dos candidatos e depois de eleitos, os governantes, na verdade é o povo.  A hora da verdade é agora, precisamos de discussão séria e verdadeira e jamais um monte de fuxicos e propostas irrealizáveis e enganosas!

*JUACY DA SILVA,  professor  universitário, aposentado titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação. EmailO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com