Terça, 30 Abril 2024 09:18

 

Segundo a ONU, mais de 35 mil palestinos já foram mortos por Israel desde outubro de 2023, sendo a maioria crianças e mulheres

Mais de 800 estudantes e docentes já foram detidos e detidas nos Estados Unidos, em protestos em solidariedade ao povo palestino. Os atos, protagonizados principalmente por estudantes, repudiam o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza e cobram o fim das relações das universidades com empresas e institutos que apoiam o apartheid contra palestinos e palestinas, o genocídio e a ocupação militar da Palestina. 

Os protestos têm sido reprimidos pelas forças policiais, com a prisão de várias pessoas, o que também contribuiu para ampliar a adesão aos atos. As manifestações tiveram início na Universidade de Columbia, na cidade de Nova Iorque, onde estudantes organizaram um acampamento no gramado em um dos campi da instituição. A polícia foi chamada pela reitoria e deteve mais de 100 estudantes. Essa foi a primeira vez em mais de 50 anos que detenções em massa ocorreram na universidade. 

A indignação se espalhou, resultando em um movimento nacional nem diversas universidades do país. A violenta resposta policial às manifestações fez aumentar o apoio das comunidades universitárias ao protesto. “Divulgar! Desinvestir! Não vamos parar, não vamos descansar!”, lia-se em um dos cartazes de manifestantes na Universidade de Harvard.

“Saudamos esta crescente mobilização estudantil e universitária nos EUA, que denuncia a política colonialista do Estado de Israel e a prática de genocídio que, como aprovado no nosso último congresso, luta por fazer dos campi universitários ‘territórios livres do apartheid, não estabelecendo relações acadêmicas com instituições vinculadas ao Estado de Israel e rompendo com as já existentes’”, afirma em nota a diretoria do Sindicato Nacional. 

Para a entidade, o caminho da luta pelo cessar-fogo e pela autodeterminação do povo palestino precisa ser reforçado e ampliado. As ações dos e das estudantes nas universidades dos EUA são um exemplo a ser seguido para denunciar a prática de genocídio e o apartheid cometidos pelo Estado de Israel, sob o governo reacionário de Benjamin Netanyahu. 

“Redobramos a exigência do imediato cessar-fogo e o ingresso de ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza. Reafirmamos a defesa do povo palestino, da luta pela sua autodeterminação e reconhecimento internacional, e reiteramos NÃO É GUERRA, É GENOCÍDIO!”, conclui a nota.

Acesse o documento aqui.

 

Fonte: Andes-SN (com informação do Mídia Ninja e BBC)

Sexta, 29 Maio 2020 14:38

 

A vida dos negros continua não importando para os governos, as polícias, o Estado. E na noite de segunda-feira (25), em Minnesota, a história racista norte-americana se repetiu. Mais um negro foi morto asfixiado pela polícia. Assim como Eric Garner, em 2014, quando disse por onze vezes que não conseguia respirar, George Floyd também foi filmado, enquanto dizia, com dificuldade, “eu não consigo respirar”.

 

George Floyd trabalhava como segurança de um restaurante. Tinha 46 anos e deixou filhos.

 

George, um homem negro de Minneapolis, de 46 anos, chegou a chamar pela mãe enquanto era asfixiado. Foram quase cinco minutos de angústia e sofrimento até perder a consciência. Assim como Eric Garner, ele não portava armas, já estava imobilizado, algemado e de bruços no chão, dominado por quatro policiais. Um deles, identificado como Derek Chauvin, pressionando o pescoço de George com o joelho.

 

Manifestações foram duramente reprimidas, o que causou forte reação popular contra a truculência policial

 

 

Philonise Floyd, irmão da vítima, disse em entrevista para o canal CNN que os policiais “o trataram pior do que se tratam os animais”.  Ao periódico The Guardian, ele caiu aos prantos após relatar a dor da família: “Nunca mais o veremos de novo, as crianças dele nunca mais o verão novamente”.

 

Protestos em Minneapolis continuam a acontecer desde o dia 25/5

 

 

Reação popular – A pressão geral resultou na prisão dos policiais envolvidos na operação e foi anunciada pelo prefeito de Minneapolis, Jacob Frey. Mas os movimentos exigem abertura de processo criminal com acusação formal de homicídio aos policiais.

 

 

Prefeito da cidade do Estado de Minnesota reconheceu que a ira do povo negro é reflexo de centenas de anos de desigualdade

 

 

Em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (28), Jacob disse que o nível de violência dos protestos reflete a ira da comunidade negra de mais de 400 anos de desigualdades.

 

Protestos –  O permanente genocídio do povo negro tem gerado a ira da população. Desde a morte de George, manifestantes permanecem nas ruas de Minneapolis, exigindo justiça, reafirmando o valor das vidas negras.

 

Na noite desta quarta-feira (27), em segundo dia consecutivo de protestos na região, manifestantes cercaram a delegacia policial onde os agentes responsáveis pela morte de George trabalhavam. Uma loja de autopeças foi incendiada e diversos estabelecimentos comerciais tiveram vitrines quebradas.

 

Manifestantes cercaram a delegacia onde trabalhavam os policiais envolvidos no assassinato de George

 

Foram registrados atos não somente em Minnesota, como também em outras cidades norte-americanas, como Los Angeles, onde manifestantes chegaram a atacar um uma viatura policial rodoviária da Califórnia.

 

Imagens de prédios incendiados:

 

 

 

Basta de racismo e genocídio – O advogado da família de Georgem Benjamin Crump, protestou à NBC, dizendo que não é possível mais termos “dois sistemas legais, um para negros e outro para brancos”.

 

Um exemplo do racismo institucional, de como a vida dos brancos é preservada e a dos negros é descartada é que, cerca de duas semanas antes do crime contra George, um grupo de extremistas de direita realizaram um protesto em Michigan. Os manifestantes, em maioria absoluta de homens brancos e bastante agressivos, estiveram em público fortemente armados, exigindo o fim da quarentena e do isolamento social de enfrentamento ao Coronavírus. Não houve nenhum enfrentamento policial, nem mesmo alguma ação de impedimento do ato.

 

A diferença foi ilustrada pelas redes sociais da imprensa alternativa RedFish, comparando o tratamento diferenciado aos manifestantes.

 

De acordo com pequisa realizada pelo jornal Washington Post, 1014 pessoas foram mortas a tiros por policiais no país em 2019, sendo as principais vítimas pessoas negras. A ONG Mapping Police Violence aponta que, nos EUA, os negros têm quase três vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que brancos.

 

Resistência – A resposta popular à morte de George Floyd acontece em contexto de pandemia do Covid-19, que nos EUA tem matado majoritariamente o povo negro, conforme divulgamos anteriormente – CLIQUE AQUI  – em abril, um estudo publicado pelo jornal Washington Post apontou que os bairros de população predominantemente formada por negros enfrentavam taxa de infecção por coronavírus três vezes mais alta e com taxa de mortalidade seis vezes maior que os condados majoritariamente brancos.

 

Mesmo sob riscos da pandemia, a população da região não abandona protestos de rua

 

A CSP-Conlutas reafirma a revolta contra mais este assassinato, além de total apoio ao levante de Minnesota e demais cidades americanas em mobilização por George Floyd.

 

É preciso que a ira popular seja considerada e respeitada, pelo fim do genocídio do povo negro, da exploração e opressão. Contra o racismo institucional e agressivo, parte do capitalismo que mata e pune a classe trabalhadora, sobretudo a negra.

 

Justiça, já, para George Floyd! Não seremos sufocados!

#BlackLivesMatter

#JusticeForFloyd

 

Fonte: CSP-Conlutas (com informações da imprensa e redes sociais) 

Imagens Via Página @Primeira Linha, no Facebook

 

 

Segunda, 28 Maio 2018 10:54

 

No Brasil, em pelo menos cinco estados e municípios, educadores da rede pública de ensino estão em luta contra propostas que retiram direitos. Nesta quarta-feira (23), professores da rede particular de ensino de São Paulo iniciaram uma paralisação em protesto contra a tentativa de empresas do setor da Educação Privada em retirar direitos.

 

Os trabalhadores em educação estão em luta realizando paralisações, greves e atos e se enfrentando com governos intransigentes às suas pautas, sendo muitas dessas manifestações reprimidas pela polícia.

 

Em São Paulo, em fins de março, professores da escola pública municipal de São Paulo deram uma lição quando derrubaram o projeto que visava confiscar até 19% dos salários como parte de uma reforma previdenciária imposta pelo prefeito João Doria. Após 20 dias de greves e muita pressão, o projeto ficou congelado por 120 dias e os trabalhadores ameaçaram iniciar uma nova greve se a proposta fosse discutida novamente na Câmara.

 

Um exemplo internacional inspirador para a CSP-Conlutas é a luta dos professores da Virgínia Ocidental, que realizaram uma greve de nove dias do final de fevereiro ao início de março. Eles ficaram anos sem aumento salarial, enquanto os custos crescentes de assistência médica reduziam sua renda. A luta da categoria se espalhou e professores de Oklahoma, Arizona e Kentucky também se mobilizaram.

 

O membro do Setorial Internacional da Central e da Secretaria Executiva Nacional, Herbert Claros, esteve na Conferência da Labor Notes, realizada de 6 a 8 de abril nos Estados Unidos, e falou com professoras da Virgínia Ocidental sobre o processo de luta da categoria. Clique aqui, confira e compartilhe!

 

Fonte: CSP Conlutas

 

 

 

 

 

Quarta, 11 Abril 2018 09:19

 

Mais de 30 mil professores de Oklahoma, nos Estados Unidos, realizaram mais uma grande marcha nessa segunda-feira (9), contra o desmonte do ensino público e por mais recursos para a educação. Os professores desse estado e também de Kentucky estão em greve desde a última semana. Os professores de Oklahoma recebem um dos salários mais baixos do país.

 

A paralisação é uma das muitas que vêm ocorrendo em todo o país, desde o mês passado, contra a privatização da educação, por melhores salários, condições de trabalho e também mais investimentos no setor da educação. A mobilização dos trabalhadores da educação que teve início na Virgínia do Oeste, em março, e já se espalha por outros estados como Pensilvânia, Wisconsin e Nova Jersey, está sendo chamada de “a rebelião dos mestres” e expõe o abandono da educação pública no país. Nos Estados Unidos, a educação pública é financiada e regulada pelo governo do estado.

 


Segundo informações de agências de notícias, os cortes em Oklahoma deixou as escolas sem livros didáticos e materiais pedagógicos suficientes, com instalações precárias e  falta de calefação nas salas de aula. Inúmeros distritos escolares têm sido obrigados a diminuir a jornada para apenas quatro dias por carência de recursos, resultado de uma redução de quase 30% no orçamento do setor nos últimos 10 anos.

 

"Nós todos ouvimos relatos de estudantes, pais e professores afetados pelos 11 anos de cortes nos investimentos em nossas salas de aula. Eles vêm cadeiras quebradas, livros obsoletos colados com fita adesiva, salas de aulas superlotadas”, disse Alicia Priest, presidente da Associação de Educação de Oklahoma, em mensagem divulgada em sua rede social no primeiro dia de greve. “Os professores são tão drasticamente mal pagos que são forçados a doar sangue, trabalhar em diversos empregos e pedir auxílio à bancos de alimentos para poder sustentar suas famílias. Oklahoma é melhor que isso”, completou.

 

Fonte: ANDES-SN