Sexta, 26 Outubro 2018 15:02

 

Estudantes, professores, técnicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizaram ato em frente a Faculdade de Direito da instituição, na noite de quarta-feira (24), em Niterói. A manifestação contra a ação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro contou com a participação do ANDES-SN. Representantes da comunidade acadêmica de outras universidades fluminenses, de movimentos sociais e moradores da região do Ingá, onde se localiza o campus, também participaram.

 

Na noite de terça-feira (23), a Faculdade foi alvo da ação de fiscais do TRE-RJ e da Polícia Militar. Eles entraram no local sem mandado de busca e apreensão e retiraram uma bandeira com os dizeres “Direito UFF Antifascista”. Os agentes teriam alegado que combatiam a “propaganda política negativa”. Horas depois, os estudantes hastearam novamente a bandeira.

 

Presente na manifestação de quarta-feira (24), Mariana Trotta, 1ª vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, avalia que a ação do TRE demonstra que a própria justiça eleitoral considera haver uma candidatura fascista. “[O TRE] entende que essas organizações [estudantis] estão se opondo a uma candidatura, estão fazendo debate eleitoral”, avalia.

 

“Estamos vivendo uma situação bem complexa de intervenção do TRE em várias entidades do movimento social, do movimento sindical, com apreensão de materiais”, ressalta, ao destacar que plenárias e assembleias que se propõem a debater o fascismo têm sido proibidas.

 

A diretora do ANDES-SN destaca a importância do ato e da resposta imediata à ação do TRE. “Temos que combater essa expressão do fascismo que é o impedimento manifestação democrática”, afirma e conclui: “Foi um ato contra o fascismo, em defesa da democracia na universidade, pela autonomia universitária”.

 

No ato, o histórico de lutas estudantis na universidade pela democracia foi relembrado, em especial de 1964. Naquele ano, Fernando Santa Cruz, estudante da UFF, foi uma das vítimas da ditadura militar em razão da sua luta pela democracia. O DCE da UFF recebe seu nome em sua homenagem.

 

Manifestação da Aduff SSind.

 

Após a ação do TRE-RJ, em nota, a diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff-Seção Sindical do ANDES-SN) afirmou: “É inaceitável que, desfazendo do seu dever de exercer o poder fiscalizatório na forma da lei, a Justiça promova insegurança, incite o conflito e aja sem qualquer base legal para impedir a manifestação livre do pensamento, de nenhuma forma contrária ao que determina a legislação eleitoral”.

 

Campos dos Goytacazes

 

Não é a primeira vez que o TRE interfere no cotidiano da UFF. Em setembro, o campus universitário de Campos dos Goytacazes foi surpreendido com a presença de representantes da Justiça Eleitoral

 

Um magistrado eleitoral do TRE-RJ foi ao campus, acompanhado de fiscais e policiais militares. O juiz disse que investigava, a partir de uma denúncia anônima, o armazenamento de material de campanha política e ordenou que a sala do Diretório Central dos Estudantes fosse aberta. Houve revista de pertences e apreensão de documentos pessoais. Menos de uma semana depois, os fiscais retornaram à universidade para apurar outra denúncia anônima de uma reunião de estudantes com caráter político-partidário e para intimar o professor Roberto Rosendo, diretor do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF de Campos de Goytacazes.

 

Fonte: ANDES-SN (com informações da Aduff SSind.)

 

Quinta, 25 Outubro 2018 16:40

 

Os professores, estudantes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) têm realizado intensas discussões e se posicionado a respeito da conjuntura política nacional. Templo da racionalidade, do respeito ao contraditório e das liberdades, a universidade é, historicamente, espaço de amplo debate e análise da realidade social na qual está inserida. Assim, não só a comunidade acadêmica da UFMT, mas também de outras instituições de ensino superior têm observado e apontado, há algum tempo, os caminhos estreitos que estão encurralando a prematura democracia brasileira.

 

Como a situação se agravou no período eleitoral, com manifestações explícitas que condenam a própria existência da universidade pública nos moldes atuais, nos últimos dias, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind), o Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos (Sintuf-MT) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) identificaram a necessidade de que a UFMT, como um todo, reforçasse a defesa de suas bandeiras históricas: democracia e ensino superior público, gratuito, laico, socialmente referenciado, autônomo, de qualidade.

 

Nessa quinta-feira, 25/10, por meio de nota, a universidade atendeu à reivindicação das categorias, e reiterou seu “compromisso com:
a defesa da Democracia, dos Direitos Humanos e da Universidade pública; do irrestrito respeito à Constituição Federal, a começar pelos princípios fundamentais (soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e pluralismo político); o respeito integral à autonomia das universidades; ao financiamento constante e permanente da pesquisa e desenvolvimento da ciência no ensino superior; a luta pela revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que instituiu o novo regime fiscal que restringe verbas para a educação e a saúde; uma sociedade livre, justa e solidária, erradicando a pobreza e reduzindo as desigualdades, promovendo o bem de todos e repudiando qualquer forma de preconceito e discriminação” (clique aqui para ler a íntegra, também disponível abaixo).  

 

 

No início da semana, as três entidades representativas da universidade se reuniram no Ato em Defesa das Liberdades Democráticas, dos Direitos e dos Serviços Públicos, atividade da qual participaram também outros sindicatos e coletivos de trabalhadores organizados. No evento, os presentes afirmaram o sentimento de unidade e a consciência da tarefa de barrar os ataques do capital à classe trabalhadora. “A universidade sempre foi protagonista na luta pela democracia e organização autônoma dos trabalhadores. Tenho certeza de que esse é o embrião de uma unidade muito maior em resposta à ofensiva da direita”, disse o representante do Sintuf-MT, Fábio Ramires.

 

Na mesma perspectiva, o presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, afirmou que a grande resposta dos trabalhadores em defesa dos seus direitos e liberdades terá de ser nas ruas. “Eu aprendi desde cedo que para atravessar a correnteza temos que dar as mãos e segurar forte. Consolidar a unidade para responder a esses ataques nas ruas é a tarefa que a Adufmat-Ssind se dispõe a cumprir”, declarou o docente.

 

Na quarta-feira, 24/10, os representantes da comunidade acadêmica voltaram a se reunir, dessa vez com membros do Conselho Universitário da UFMT (Consuni), para dialogar sobre a necessidade de a instituição se posicionar publicamente. A reunião do Consuni não ocorreu por falta de quórum, mas os diretores de Institutos presentes, preocupados inclusive com atos de intolerância já identificados dentro da universidade, realizaram o debate sobre a conjuntura eleitoral e demonstraram à Reitoria a importância da manifestação.

 

Abaixo, a íntegra da Nota publicada pela UFMT nessa quinta-feira, 25/10:

 

A UFMT reafirma defesa da democracia e da universidade pública

 

A Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vem a público reafirmar a defesa da universidade pública como patrimônio do povo brasileiro.


A UFMT, assim como o conjunto das universidades federais, tem contribuído significativamente para a democratização da educação pública, formando cidadãos altamente qualificados por meio de produção científica, tecnológica e inovadora, indispensável para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do país. 


Esta instituição seguirá defendendo firmemente a sua expansão e a garantia da universidade pública, gratuita, autônoma, transparente, laica, pluralista, inclusiva, de qualidade, de gestão democrática e socialmente referenciada. A universidade, alicerçada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, é ambiente de manifestação livre e responsável do pensamento, respeito à pluralidade de ideias, no qual é missão primeira formar academicamente para a edificação de um país justo, inclusivo e democrático.


Nas universidades, há um esforço coletivo de abertura à diversidade social, que vislumbra o acesso ao ensino superior por negros, pobres, indígenas, quilombolas, deficientes e outros segmentos populacionais histórica e economicamente vulneráveis. Neste sentindo, reiteramos o compromisso com:


- A defesa da Democracia, dos Direitos Humanos e da Universidade pública; do irrestrito respeito à Constituição Federal, a começar pelos princípios fundamentais (soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e pluralismo político);
- O respeito integral à autonomia das universidades; ao financiamento constante e permanente da pesquisa e desenvolvimento da ciência no ensino superior;
- A luta pela revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que instituiu o novo regime fiscal que restringe verbas para a educação e a saúde;
- Uma sociedade livre, justa e solidária, erradicando a pobreza e reduzindo as desigualdades, promovendo o bem de todos e repudiando qualquer forma de preconceito e discriminação.

 

A Reitoria da UFMT 

  

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 22 Outubro 2018 11:32

 

Adufmat-Ssind, Sintuf-MT e DCE-UFMT convidam toda a comunidade acadêmica, outras entidades de trabalhadores organizados e a sociedade em geral para participar, nessa terça-feira, 23/10, às 17h, do “Ato em defesa das liberdades democráticas, dos direitos e dos serviços públicos: um chamado à luta”.

 

O evento será no auditório da Adufmat-Ssind (oca), e tem como objetivo marcar a defesa incondicional dos movimentos sociais da democracia, que está seriamente ameaçada, além de fortalecer a luta pelos direitos dos trabalhadores e dos serviços públicos.

 

A participação de todas e todos é de extrema importância!

Terça, 16 Outubro 2018 14:04

 

Novos casos de agressão e de cerceamento do debate político surgiram no Brasil na última semana. As universidades e demais instituições de ensino têm sido palco desses ataques de ódio motivados por questões políticas, em especial após os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais.

 

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde um estudante que usava um boné do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MST) foi agredido, viveu um novo caso sombrio. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição convocava uma reunião aberta para discutir os casos de violência nas eleições e foi proibido de realizá-la pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). A reunião ocorreria na quarta (11) e mais de 200 pessoas haviam confirmado presença nas redes sociais.

 

Na decisão que censurou a realização da reunião, o juiz Douglas Marcel Peres classifica o ato como “suposta irregularidade de propaganda a ser veiculada em imóvel pertencente à administração pública indireta da União”. O DCE da UFPR publicou em sua página, em protesto, uma receita de bolo de cenoura. As receitas foram usadas durante a ditadura civil-militar no Brasil para ocupar o lugar de textos e matérias censuradas nos jornais.

 

Já na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), após um estudante atirar uma mesa em cima de um professor que abordava o fascismo em sala de aula, novos casos de agressão foram denunciados. “Tu é ‘Ele não’?”, perguntou um rapaz, que não foi identificado, antes de agredir uma estudante enquanto ela esperava o transporte público na entrada do campus universitário da Ufam, no dia 5. O caso veio a público após os pais da graduanda publicarem um desabafo nas redes sociais, posteriormente divulgado por blogs e portais locais, em que contaram que o agressor feriu a perna da estudante com graveto e lamentaram os rumos que o país está tomando.

 

No dia 9, um professor do Instituto de Filosofia, Humanas e Ciências Sociais (IFCHS) foi agredido. “Insatisfação, insegurança e medo tornaram-se sentimentos comuns na vida universitária. Nesse ambiente começam a surgir grupos de indivíduos que dão vazão a suas angústias por meio da violência. Assim é que a agressão física e verbal a estudantes, professores e professoras vem crescendo dentro das universidades”, diz trecho da nota publicada pela Associação dos Docentes da Ufam (Adua – Seção Sindical do ANDES-SN).

 

“No caso brasileiro, o fascismo bebe na fonte de uma formação nacional excludente, assentada numa negação das regiões economicamente periféricas e no medo-pânico dos subalternos (indígenas, negros, mulheres, juventude, trabalhadores etc.). Na conjuntura atual, esta condição da materialidade da formação da nação num contexto de crise econômica e política, explode na forma de ódio (xenofobia, misoginia, LGBTfobia, racismo, intolerância política). Para não mergulharmos no poço sem fundo da barbárie, é preciso enfrentar as forças reacionárias-fascistas e, ao mesmo tempo, enfrentar a questão nacional – sem descuidar do seu nexo com o movimento global do capital – nos termos como até aqui ela foi constituída”, afirma o 1º vice-presidente da Adua-SSind, Luiz Fernando Souza.

 

 

Na Universidade Federal da Bahia (Ufba) também houve cerceamento ao debate.  Na quarta-feira (10) um estudante passava nas salas de aula chamando os colegas para participar de uma reunião para discutir as eleições quando outro estudante começou a hostilizá-lo e a ameaçá-lo. Após a discussão, o agressor chamou a Polícia Militar (PM), que levou ambos os estudantes à delegacia para prestar depoimento.

 

Pichações de ódio

 

Outros casos recorrentes de agressão simbólica são as pichações de símbolos nazistas, como a suástica, ou de mensagens de ódio – geralmente direcionadas a negros e à comunidade LGBT. Em um banheiro unissex da Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, foram escritas nas paredes frases como: “vão se f**** seus negros e feministas de merda, gays do demo, burn jews (queime judeus)”, além de uma grande suástica. Em outra cabine estava pichado: “ideologia de gênero é o c******”. No cursinho Anglo Tamandaré, também em São Paulo, as pichações diziam “Morte aos negros, gays e lésbicas. Já está na hora desse povo morrer!”. No Rio de Janeiro (RJ) uma pichação lesbofóbica também foi encontrada. A frase “Sapatas vão morrer kkkk” estava em um prédio anexo do Colégio Franco-Brasileiro, em Laranjeiras, zona sul.

 

Nem as igrejas escaparam das pichações. Em Friburgo (RJ), a Igreja de São Pedro da Serra foi pichada na madrugada de sábado (13) com diversas suásticas. Com 150 anos, a capela é a mais antiga da cidade.

 

Brasil viu ao menos 50 ataques de ódio

 

A agência Pública, em parceria com a Open Knowledge Brasil, divulgou na quarta-feira (10) levantamento em que afirma que houve ao menos 50 ataques de ódio no Brasil nos dez primeiros dias de outubro. A maior parte das agressões ocorreu nas regiões sudeste (33), nordeste (18) e sul (14).

 

Confira o levantamento aqui

 

 

Fonte: ANDES-SN (Com informações de DCE-UFPR, Adua-SSind, Jornal o Tempo, rádio Jovem Pan, Agência Pública e EBC. Imagemde EBC)

 

 

Quinta, 11 Outubro 2018 11:54

Parede pichada no Instituto de Linguagens da UFMT 

 

O saldo pós primeiro turno das eleições 2018 no Brasil não é positivo, e o receio de novas tensões se agrava na expectativa do segundo turno. O discurso desrespeitoso e de ódio do candidato Jair Bolsonaro tem motivado agressões físicas, emocionais e simbólicas por parte do seu eleitorado a quem manifesta qualquer crítica às ideias do político. Na Bahia, o mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado a facadas depois de declarar seu voto em Fernando Haddad a amigos, num bar.   

 

A intolerância às divergências e ao contraditório, essenciais ao exercício da democracia, também estão gerando conflitos em Mato Grosso. Essa semana, a Adunemat - Seção Sindical do ANDES na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) denunciou, por meio de nota (leia abaixo), ameaças a docentes e estudantes que declararam apoio à candidatura de Haddad.

 

Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), duas suásticas acompanhadas do número 17 foram pichadas nas paredes do Instituto de Linguagens (IL), na quarta-feira, 10/10, deixando a comunidade acadêmica perplexa. O símbolo nazista assusta e evidencia o que Bolsonaro e seus eleitores tentam negar: o discurso de que as minorias devem se adequar às demandas da maioria, ou simplesmente desaparecer, se aproxima à ideologia nazista de supremacia.  

 

“De imediato nós que estamos aqui, com o papel de formar os estudantes, nos assustamos, porque sabemos o que esse símbolo representou na história da humanidade, quanta dor ele trouxe. Mas isso não está restrito a universidade, é um movimento espalhado em todos os espaços, expondo uma cultura que tem muito a ver com a nossa democracia ainda muito debilitada. Alguns sujeitos que resolveram apoiar determinada candidatura à presidência estão sentindo-se no direito de trazer um pensamento e um comportamento que se assemelha aos movimentos nazi-fascistas que nós vimos nas décadas de 1930-1940 na Europa”, declarou o professor Reginaldo Araújo, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind).  

 

Para o docente, que é historiador e antropólogo, essas manifestações também podem ser lidas como reações no campo da luta de classes. “Os trabalhadores organizados em sindicatos e em diversos movimentos alcançaram conquistas importantes, fazendo pressão sobre governos. O estado neoliberal tenta, o tempo todo, retirar nossos direitos, mas há resistência a esses ataques, que sempre existiram, mas se aprofundaram nos últimos dois anos. Esse contexto, que apresenta sujeitos com perfil nazi-fascista, agressivos, fechados ao diálogo e sem respeito às opiniões, deve se manter nos próximos anos. Então fica o desafio àqueles que acreditam que a democracia deve ser aperfeiçoada, para tentarmos abrir diálogo e fazer formação política”, concluiu.   

 

Outras universidades também foram pichadas com a suástica. Na Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o símbolo está acompanhado da frase “fora pretos”. Apologia ao nazismo é crime no Brasil, previsto na Lei 7.716/1989 (Parágrafo 1º, Art. 20), com pena de reclusão de dois a cinco anos para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

 

 Pichação na UERJ

 

O diretor do Instituto de Linguagens da UFMT, Roberto Boaventura, já declarou que solicitará investigação sobre o caso.  

 

As denúncias são tantas, em diversos estados, que até um site foi desenvolvido para das visibilidade aos casos. O Mapa da Violência eleitoral já reúne centenas de relatos de agressão em todas as regiões do país.

 

Militantes independentes e coletivos da UFMT e UNEMAT ligados ao Movimento Negro, LGBT e de Mulheres também estão organizando um Observatório para registrar os casos de violência, além de formar uma rede de apoio às vítimas locais.    

 

Respeito deveria ser o mínimo

 

O que uma sociedade democrática espera de um representante político é, no mínimo, respeito. O líder das pesquisas de intenção de voto, no entanto, aparece em diversos vídeos ofendendo grupos que discordam das suas posições políticas.

 

Em um deles, Bolsonaro oferece capim como alimento aos eleitores do candidato adversário, comparando-os a animais irracionais. Por óbvio, seus eleitores reproduziram a ofensa em manifestações realizadas após o segundo turno, direcionadas principalmente aos eleitores do nordeste do país, região em que o candidato do Partido Social Liberal (PSL) obteve menor desempenho.

 

As manifestações preconceituosas e antidemocráticas com relação à população negra, LGBT, mulheres, indígenas, trabalhadores sem-terra e entidades organizadas de trabalhadores em geral também incentivam ações no mesmo sentido por parte dos seus eleitores.

 

O político, eleito consecutivamente em diversos processos eleitorais há mais de 20 anos, também incita a população a desconfiar do sistema eleitoral, preparando o campo de revolta para o caso de derrota nas urnas.  

 

Confira, abaixo, a nota da Adunemat-Ssind sobre as ameaças a docentes e estudantes da Universidade Estadual de Mato Grosso.

 

Atitudes fascistas no espaço acadêmico da UNEMAT

 
Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas. (Friedrich Nietzsche)

 
A Diretoria da ADUNEMAT vem a público manifestar REPÚDIO aos assédios, ameaças e às atitudes de caráter fascista sofridas por professores e alunos nos campi da UNEMAT. Tais atitudes estão sendo praticadas por pessoas que se assumem como apoiadoras do presidenciável do Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro. Diversas situações são identificadas em todo País, e em especial no Mato Grosso, em que alunos, professores, profissionais técnicos e demais frequentadores do espaço acadêmico, por manifestar sua opção política a Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT), sofrem hostilização, repressão e ameaças.

 
É inadmissível que qualquer profissional, especialmente o professor, bem como o aluno e os profissionais técnicos, seja do Ensino Superior ou da Educação Básica, sinta-se ameaçado, desprotegido ou assediado por manifestar suas ideias e posicionamentos políticos, principalmente na Universidade, espaço em que a liberdade de expressão e de pensamento devem ser garantidos e trabalhados de forma crítica.

 
Os prenúncios desses ataques já se manifestavam desde 2016, e, mais recentemente, quando o ministro da educação perseguiu publicamente os cursos que se propuseram discutir criticamente o Golpe. De lá para cá, o pensamento crítico nos espaços da universidade tem tentado se manter vivo e atuante, resistindo e buscando discutir os modos pelos quais essa onda fascista se instaurou de maneira tão forte. Contudo, não é possível tolerar que haja esse tipo de ameaça a todo e qualquer docente que ousar produzir conhecimento autônomo e crítico no Brasil. Também não é possível que haja intimidação e desrespeito às opções políticas dos professores, alunos e profissionais técnicos. Muito menos tolerável, ainda, é a existência de ameaças físicas dessa natureza a qualquer pessoa no espaço acadêmico.

 
Reiteramos nosso total e amplo apoio a todos os professores, alunos e profissionais técnicos da UNEMAT e defendemos o direito de cada um de expressar livremente suas convicções político-ideológicas.

 
Nos colocamos à disposição.


 
Diretoria da ADUNEMAT

10/10/2018

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 24 Setembro 2018 18:37

 

O ANDES–SN manifesta-se a respeito das modificações estatutárias e regimentais a efetuarem-se na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

A PUC-SP tem uma história de resistência aos ataques impostos à democracia em nosso país, tendo sido um importante bastião na organização das lutas contra a ditadura militar no Brasil. Desafiou a ordem imposta contratando docentes que foram aposentado(a)s compulsoriamente de suas instituições públicas, e, pela primeira vez em nosso país, elegeu por voto direto da comunidade universitária uma reitoria.

Tendo em vista uma conjuntura nacional de recrudescimento do conservadorismo, o fortalecimento de perspectivas centralizadoras e autoritárias, a intensificação de uma plataforma antidemocrática que retira direitos do(a)s trabalhadore(a)s do campo e da cidade, da esfera pública ou privada, assistimos com preocupação a recente decisão do Conselho Superior da Fundação São Paulo (FUNDASP), que reforça o caráter antidemocrático que atinge a sociedade brasileira.

O Conselho Superior da Fundação São Paulo (FUNDASP), órgão mantenedor da universidade, propôs à comunidade universitária modificações em seu estatuto e regimentos, propondo dentre outras ações, a eliminação da eleição direta para a reitoria e para os cargos de direção e chefia intermediários, o que é uma afronta à democracia historicamente conquistada na PUC-SP. Outra medida preocupante é a extinção dos departamentos, interferindo assim na gestão direta desses setores sobre a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão e na gestão sobre o(a)s professore(a)s. Propõe ainda a restrição das funções (ensino, pesquisa e extensão) exercidas pelos órgãos acadêmicos, passando essas funções à FUNDASP, que chama para si as atividades fins da universidade, deixando os órgãos acadêmicos esvaziados.

Desta forma, o ANDES-SN se manifesta em defesa dos espaços democráticos nas Instituições de Ensino Superior e se coloca ao lado da PUC-SP na luta contra tais ações antidemocráticas, respeitando assim sua tradição e sua história.

 

Brasília (DF), 21 de setembro de 2018

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Quarta, 08 Agosto 2018 18:18

 

Os movimentos sociais que defendem uma educação democrática e inclusiva foram surpreendidos com a tentativa de parlamentares aprovarem o "Escola sem Partido". Na terça-feira (7), o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), presidente da comissão especial que analisa o Projeto de Lei (PL) 7180/14, convocou uma reunião incluindo o PL na pauta. A reunião foi convocada para esta quarta-feira (8). A intenção era aprovar o parecer do relator Flavinho (PSC-SP), sem a presença das organizações contrárias ao PL. A sessão na Câmara de Deputados começaria às 14h30, mas por volta das 11h foi cancelada por falta de quórum. Tramitando em caráter conclusivo, caso aprovado, o PL será enviado diretamente ao Senado.

Raquel Dias, 1º tesoureira do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE), afirma que marcar a sessão na véspera foi uma tentativa de desorganizar a mobilização das entidades ligadas à Educação e contrárias ao PL.

“Devemos nos manter alertas, porque uma nova sessão poderá ser convocada a qualquer momento ainda no mês de agosto. Nós precisamos acompanhar a movimentação desta comissão especial, junto aos deputados do campo da oposição que participam da Frente Escola sem Mordaça, para que possamos nos organizar, mobilizando a categoria e entidades, como a Fasubra, Sinasefe e CNTE, para estarem presentes em Brasília no dia da votação”, disse.

O ANDES-SN é contrário ao projeto e compõe, junto a outras entidades sindicais e movimentos sociais, a Frente Escola Sem Mordaça. A Frente alerta que por trás dessa neutralidade está o cerceamento da atividade pedagógica e a imposição da mordaça no ato de lecionar.

Escola sem Partido

O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), excluindo disciplinas com o conteúdo de "gênero" ou "orientação sexual". Prevê que cada sala de aula terá um cartaz com “deveres” do professor. As diretrizes estabelecidas no projeto também devem repercutir sobre os livros paradidáticos e didáticos. E, ainda, nas avaliações para o ingresso na carreira docente e nas instituições de ensino superior. Pelo texto de Flavinho, que é presidente da Frente Parlamentar Católica na Câmara, a lei entraria em vigor dois anos após aprovada.

Frente Baiana Escola sem Mordaça

Na quinta-feira (9), pela manhã, ocorrerá uma audiência pública em Salvador (BA) com o tema “Escola Sem Partido: a tentativa de criminalizar o trabalho dos professores e dos movimentos sociais”. Raquel Dias participará da mesa representando o ANDES-SN. O evento será realizado na Câmara Municipal e organizado pela Frente Baiana Escola sem Mordaça (http://portal.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8839) com o apoio de vereadores membros da Comissão de Educação da Casa.

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Fonte: ANDES-SN

Sexta, 27 Julho 2018 09:53

 

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O Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Em assembléias recentes da Adufmat-Ssind, por discordar de encaminhamentos propostos pela direção desta seção sindical, foram nominadas, discutidas e debatidas pautas importantes, considerando tanto o sindicato quanto a instituição/UFMT. Ou seja, reconhecemos, ainda, a seção sindical, e suas assembléias, como espaços de discussões e deliberações.

Acreditamos, que após início da greve estudantil a Adufmat-Ssind confundiu, e muito, o que seria sua atuação e o das representações colegiadas na UFMT. De toda maneira, essa é uma das discussões importantes para futuro próximo.

Pontuamos ainda que propor, democraticamente, discussão de alguns pontos, como feito nas assembléias dos dias 16 e 18/07/2018 causou mal estar à direção da Adufmat- Ssind. Assim professores que não seguem a mesma opinião daquela direção, são nominados como facistas, alienados e, mais recentemente, de portadores de problemas/distúrbios mentais. Quem quiser verificar os ocorridos basta solicitar os vídeos de ambas as assembléias.

De todo modo, há parte dos professores filiados à Adufmat-Ssind que acreditam ser possível o diálogo, mesmo em divergências, como necessário e enriquecedor se for entendido enquanto tal.

Diante dos fatos ocorridos na UFMT, tendo por cenário a greve estudantil, nos solidarizamos com os professores/as, estudantes e técnicos/as que tiveram seus locais de trabalho invadidos, foram desrespeitados/as e tratados com violência, como pode ser verificado em documentos (um deles enviado à Adufmat-Ssind quando de ação ocorrida na PROAD e PROEG) e vídeos divulgados em redes sociais.

Ao que parece aqueles/as que, cotidianamente, tentam construir ambiente acadêmico, solidário e universal como o termo universitas explica, causa incomodo àqueles/as que se sentem ameaçados por tal convicção.

Quiça possamos (re)construir cotidianos e relações após período em que a desconfiança e a divisão sectária pautou nosso dia a dia. Somos, afinal, professores, estudantes e técnicos que, embora não compartilhando os mesmos pensamentos/convicções, acreditamos na solidariedade e na pluralidade de opiniões.

Afonso Lodovico Sinkoc, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária; Alexandre Martins dos Anjos, Professor do Departamento de Teorias e Fundamentos da Educação, Instituto de Educação; Alexandre Paulo Machado, Professor do Departamento de Ciências Básicas em Saúde, Faculdade de Medicina; André Ribeiro Lacerda, Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política; Auberto Siqueira, Professor do Departamento de Engenharia Sanitária Ambiental; Bianca Borsatto Galera, Professora do Departamento de Ciências Básicas em Saúde, Faculdade de Medicina; Carlos Ueslei Rodrigues de Oliveira, Professor do Instituto de Computação; Carmen Lucia B. Branco, Professora do Departamento de Ciências Básicas em Saúde, Faculdade de Medicina; Cecília Moraes, Professora da Faculdade de Administração; Daniel Moura Aguiar, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária; Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, Professora da Faculdade de Agronomia e Zootecnia; Eunice Pereira dos Santos Nunes, Professora do Instituto de Computação; Flavio Tampelini, Professor do Departamento de Ciências Médicas em Saúde, Faculdade de Medicina; Glauce Viana de S. Torres, Professora do Departamento de Ensino e Organização Escolar, Instituto de Educação; Katia Morosov Alonso, Professora do Departamento de Ensino e Organização Escolar, Instituto de Educação; Patricia Cristiane de Souza, Professora do Instituto de Computação; Regina Tadano, Professora aposentada da Faculdade de Educação Física; Romulo Mora, Faculdade de Engenharia Florestal; Sania Lúcia Camargos, Professora da Faculdade de Agronomia e Zootecnia.

 

Quarta, 09 Maio 2018 20:53

 

Nos dias 26 e 27 de abril, docentes de diversas seções sindicais do ANDES-SN participaram do Seminário da Comissão da Verdade do Sindicato Nacional, realizado no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP).

 

Com o tema “Continuidades da ditadura na universidade e na sociedade”, o seminário contou com a presença na mesa de abertura de João Zanetic (USP), Luiz Carlos Prates Mancha (CSP-Conlutas) e Ailton Krenak, uma das maiores lideranças indígenas no país. Logo após a mesa, ocorreu a exibição do documentário “Como a Volkswagen colaborou com a Ditadura”, produzido por uma televisão pública alemã, seguido de debate com o Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas (IEEP) que a partir de 2007, com a elaboração do Projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica, o grande foco de atenção passou a ser a memória política dos trabalhadores e vem investigando o período que se sucedeu a partir de 1964 quando se deu o golpe militar no Brasil.

 

Segundo Ana Maria Estevão, 1ª vice-presidente da Regional São Paulo do Sindicato Nacional e coordenadora da Comissão da Verdade do ANDES-SN, durante o seminário, tanto o depoimento do indígena Krenak quanto o documentário, enriqueceram os debates e apresentaram aos presentes do evento facetas do regime militar até então pouco conhecidas.

 

“O Ailton Krenak falou sobre o conceito de desenvolvimento econômico que está diretamente ligado à destruição dos indígenas, o que é uma continuidade dos processos de repressão da ditadura empresarial-militar e permanece até os dias atuais. A construção da rodovia Transamazônica é um exemplo em que várias etnias foram dizimadas. E agora com a construção de Belo Monte, acontece a mesma coisa. Para se conseguir o desenvolvimento, é usada da violência de Estado contra os grupos indígenas”, conta a docente.

 

“Também fizemos um debate sobre a responsabilização empresarial no período ditatorial no Brasil. A IEEP compartilhou conosco informações de que grandes fábricas colaboraram com a ditadura, abrigando policiais, e torturando líderes sindicais dentro de suas fábricas. 53 fábricas contribuíram para isso para a ditadura empresarial-militar”, ressaltou Ana Maria.

 

Outros temas foram debatidos no seminário como a repressão da ditadura na universidade e na sociedade, os ataques à autonomia e a democracia na universidade e a continuidade estrutural do aparato repressivo nas universidades. “Os mecanismos da ditadura empresarial-militar continuam presentes nas universidades. A comissão tem feito um trabalho de pesquisa com levantamento de todos os mecanismos de repressão a ditadura que permanecem nos estatutos da universidade e isso, tanto na pesquisa quanto nos depoimentos, ficou evidente com a questão do assédio, da falta de democracia, a intervenção nas reitorias, os processos administrativos punitivos contra professores, técnicos e estudantes, estatutos das universidades com vários artigos repressivos”, ressaltou.

 

Para Ana Maria Estevão, a realização do seminário mantem viva a memória dos que foram perseguidos, presos, torturados e assassinados pela ditadura empresarial-militar no país e traz elementos para relacionar com a realidade enfrentada pela sociedade no que tange a sua repressão e retirada de direitos.

 

“Temos que continuar com esse trabalho e expandir os estudos e debates sobre a continuidade dos processos repressores para além das universidades, temos que levar esse debate a periferia, com a população preta e pobre, que continuam sofrendo com os mesmos mecanismos de violência do estado, como a questão da policia militar, que é uma herança da ditatura. Então é importante que a próxima comissão da verdade junto com o GT História do Movimento Docente continue esse trabalho e traga para o presente esse debate para que continue o trabalho de denuncia e luta para construção de políticas relativas à verdade, memória, justiça e reparação”, concluiu a coordenadora da Comissão da Verdade do ANDES-SN.

 

Fonte: ANDES-SN

Terça, 12 Dezembro 2017 09:36

 

Em 2018, a Adufmat-Seção Sindical do ANDES-SN completará 40 anos mais madura nas lutas e com sua base democrática ainda mais sólida. Depois de quatro assembleias de intensos debates, os docentes sindicalizados concluíram, no último sábado, 09/12, a análise e aprovação do novo Regimento da entidade, 30 anos depois da última adequação.   

 

Ao longo dessas três décadas, a Adufmat-Ssind passou por várias mudanças. Uma das mais importantes foi a desfiliação do ANDES Sindicato Nacional da CUT, em 2005, e filiação à Central Sindical Popular – CSP Conlutas. Além disso, o crescimento das universidades a partir da multicampia exigiu adequações para fortalecer a organização dos trabalhadores.

 

A atualização do Regimento não é um mero procedimento burocrático, mas um instrumento político importante para intensificar a mobilização da categoria, ampliando a democracia, para que os debates ocorram de forma ampla. É uma preparação da Adufmat-Ssind, diante do cenário da multicampia, para enfrentar a precarização e os ataques aos servidores públicos, à carreira docente, à universidade a aos direitos dos trabalhadores”, afirmou o atual vice-presidente do sindicato, Maelison Neves, membro da comissão desde o início dos trabalhos.

 

Uma das principais alterações aprovadas foi a composição da Diretoria, que passou de presidencialista à colegiada. A criação das subseções sindicais e reconhecimento dos respectivos representantes fora da região metropolitana de Cuiabá foi outro importante avanço do novo documento. A partir da sua aprovação, os sindicalizados do Araguaia e de Sinop poderão manifestar-se e votar nas assembleias com transmissão simultânea.

 

Os temas debatidos e alterados versam ainda sobre as atribuições das instâncias do sindicato, como as assembleias gerais, diretorias, subseções, comissão de ética, entre outros; direitos e deveres dos sindicalizados; e orientações para o processo eleitoral; além do cuidado com o patrimônio e sedes.  

 

A readequação do Regimento teve início com a comissão responsável, formada em assembleia geral no final de 2015. Apesar de algumas intercorrências pessoais, que acabaram por dissolver a formação inicial, ao longo de 2016 a comissão se reuniu com representantes da UFMT na capital mato-grossense e no interior. Já em 2017, a Diretoria do sindicato contribuiu com o debate, assim como a base, em audiências sindicais realizadas em Sinop, Araguaia e Cuiabá.   

   

Nos dias 23 e 24/11 e 08 e 09/12, com forte participação dos docentes dos campi da UFMT em Sinop e no Araguaia, os sindicalizaram se reuniram em assembleias realizadas em Cuiabá.

 

A versão aprovada está em processo de revisão e será publicada ainda essa semana. Antes de ser registrado, o Regimento será submetido para aprovação do ANDES-SN, durante o 37º Congresso da categoria, em janeiro.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind