Quinta, 10 Agosto 2023 11:08

 

Clique no arquivo anexo abaixo para ler o documento. 

Segunda, 24 Julho 2023 09:07

 

A secretaria do ANDES-SN divulgou, na quarta-feira (19), a Carta de Campina Grande, documento que sintetiza os debates e as resoluções do 66º Conad. Realizado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) entre 14 e 16 de julho, o evento deliberativo reuniu mais de 300 docentes, que atualizaram os planos de lutas da categoria e aprovaram as contas do Sindicato Nacional.

 

 

Francieli Rebelatto, secretária-geral do ANDES-SN, fez a leitura da Carta de Campina Grande durante a plenária de Encerramento, na noite de domingo (16). “Nesta terra, a mulher camponesa e sindicalista Margarida Maria Alves, brutalmente assassinada pelos latifundiários paraibanos, em um dos seus discursos para trabalhadores (as) do campo, nos lembrou com firmeza: ‘É melhor morrer na luta do que morrer de fome’”, resgatou a diretora, acrescentando que as deliberações do 66º Conad foram orientadas por esta memória e sentido de luta. 

“Sejamos todas, todes e todos conscientes da nossa tarefa histórica de lapidar e seguir construindo nosso instrumento de luta para que ele esteja afinado com nossos anseios imediatos e históricos da nossa classe e que com isso tocar a melhor música no dia da nossa vitória”, concluiu Francieli, na leitura da Carta.

Confira aqui a Carta de Campina Grande

Leia também:

Com chamado à luta e à unidade, termina o 66º Conad em Campina Grande (PB)

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 20 Julho 2023 09:29

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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        Prof. Dra. Alair Silveira
Professora e Pesquisadora do SOCIP) e do PPGPS. Membro do MERQO e do GTPFS

 

            Entre os dias 14 e 16 de julho/2023 ocorreu, em Campina Grande/PB, o 66º CONAD, intitulado Na reorganização da classe com inspiração nas lutas e culturas populares.

            Dividido em três grandes temas: I) Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente; II) Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas; e, III) Questões Organizativas e Financeiras, o 66º CONAD registrou fatos atípicos que, infelizmente, não prenunciam avanços, mas seu contrário.

            Inicialmente é preciso registrar que a Mesa de Abertura contou como convidados presentes somente dois representantes estudantis e nenhuma representação sindical. Na Mesa, portanto, apenas membros da Diretoria que se retirou e da Diretoria recentemente eleita. Além desse fato carregado de significados, as análises de conjuntura pouco discorreram sobre correlação de forças, concentrando-se mais em balanços sobre a última eleição para direção do ANDES-SN, assim como em contornar enfrentamentos diretos ao Governo Lula.

            O estreitamento das análises de conjuntura aos problemas internos do Sindicato (no primeiro CONAD pós-desfiliação da CSP-Conlutas), assim como a composição da Mesa de Abertura, parece revelar mais do que cadeiras vazias.

            Se o Tema I convergiu para análises pouco densas, o Tema II transcorreu dentro da mais absoluta tranquilidade, considerando que as divergências entre as forças políticas dentro do ANDES-SN não residem no conteúdo do Plano de Lutas, mas, sim, em como implementá-lo. O que representa definir: com quais instrumentos, com quais aliados, contra quais políticas e contra quais adversários.

            É precisamente nestas definições que o ANDES-SN tem perdido seu eixo classista, democrático e independente. Assim, mais uma vez, o Sindicato canaliza suas energias para promover punições sobre seus militantes, sob uma espécie de cruzada contra os sentenciados “assediadores”.

            Nesta Cruzada, cabem todos aqueles (homens) que, de alguma forma, sejam considerados “machistas” e “assediadores”. Essa decretação, entretanto, é bastante elástica. Sempre depende de para quem a espada é apontada. A consequência desta Cruzada de intolerância (que é persecutória e não educativa) é, de um lado, o desencantamento e o afastamento de muitos lutadores do Sindicato; de outro, as comemorações após a aprovação das proposições “justiceiras” que, ao final, pressupõem uma espécie de limpeza moral da Entidade.

            Ironicamente, no discurso de despedida da agora ex-presidente Rivânia Moura de Assis, o ANDES-SN que transbordou da sua bela explanação não é mais o mesmo faz alguns anos. Mais precisamente, 2016. Consequentemente, é como se a ex-presidente se reportasse ao ANDES-SN das origens, mas não ao Sindicato que ela dirigiu.

            Assim, embora seja muito importante que, na nova Direção, a diversidade esteja garantida, é preciso que essa diversidade não seja exercida reproduzindo sobre outros companheiros de caminhada opressões similares àquelas contra as quais se insurgiram mulheres, mas, também, homens; homossexuais, mas, também, heterossexuais... Enfim, a conquista dos espaços de reconhecimento e poder não foram conquistados por categorias e/ou comunidades específicas, mas pela unidade da classe trabalhadora. Não como retórica, mas como lutas solidárias e diretas.

            É essa ausência de perspectiva histórica e de classe que parece, cada vez mais, ecoar dentro do ANDES-SN. Consequentemente, embora o discurso seja classista, a prática tem encetado para uma centralidade sujeita às percepções de gênero. Somente assim é possível compreender a sanha punitiva e o congraçamento coletivo com o afastamento/desfiliação de companheiros de longa trajetória dentro do Sindicato.

            Tragicamente, do ANDES-SN das lutas e das ruas, dos embates duros, mas fraternos, cada vez resta mais distância (e saudades!). Esse novo ANDES-SN tem se regozijado com o medo de muitos companheiros de serem acusados (e sentenciados) como assediadores. Porém, para uma parcela nada desprezível desse novo ANDES-SN, o medo que esses companheiros sentem “é bom” para que “eles sintam o que nós sentimos a vida inteira”. Dessa maneira, na contramão do tão citado Paulo Freire, companheiros consideram que o sofrimento é educativo e que a exclusão é alternativa.

            Enfim, o Tema III foi, lamentavelmente,mais do mesmo dos últimos tempos. Como resultado, a sanção ao colega de MG seguiu o mesmo trâmite que tem sido rotina nos últimos eventos do ANDES-SN: punição em rito sumário. Ou seja, sequer a observância da regra aprovada que estabelecediscussão em Plenário em caso de modificações de Texto-Resolução (TR) em Grupo de Trabalho Misto (GT) foi respeitada.

            Não por acaso, sem discussões de fundo e de forma absolutamente incomum, o 66º CONAD foi encerrado em torno de 20h30 de domingo.

Sexta, 14 Julho 2023 18:06

 

 

“Paraíba hoje é a sede, Campina Grande, o local. Vai ser na universidade, que é a nível federal, o novo encontro do Andes Sindicato Nacional”. Ao som do repente, começou, nesta sexta-feira, 14/07, o segundo maior evento dos docentes do ensino superior de todo o país. Com o tema “Na reorganização da Classe com Inspiração nas Lutas e Culturas Populares”, o 66º Conselho do Andes (Conad) tem como objetivo fortalecer a organização das lutas aprovadas pela categoria no Congresso realizado no início do ano, além de dar posse à diretoria eleita para o biênio 2023-2025.  

 

Durante a Plenária de Abertura, entidades parceiras deram as boas vindas aos presentes.

 

Compuseram a mesa a presidente do Andes-SN, Rivânia Lucia Moura de Assis, a secretária-geral do Andes-SN, Maria Regina de Avila Moreira, o primeiro tesoureiro do Andes-SN, Amauri Fragoso de Medeiros, o presidente eleito para a biênio 2023-2025, Gustavo Seferian Scheffer Machado, também primeiro secretário Regional Leste durante na Gestão 2020-2023, a secretária-geral eleita para o biênio 2023-2025, Francieli Rebelatto, também segunda secretária da Gestão 2020-2023, a primeira tesoureira eleita para o biênio 2023-2025, Jennifer Susan Webb, também terceira tesoureira do Andes-SN 2020-2023, a primeira Vice-presidente da Regional Nordeste II do Andes-SN, Cristine Hirsch, o presidente da AdufCG, Antônio Lisboa, a representante da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet) Nicole Viana, e o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFCG, Guilherme Queiroz.

 

Em seu discurso, a ainda presidente, Rivânia Moura, afirmou, emocionada, que a luta exige intensidade. “Fomos atravessados por perdas, dores, ausências dos que tombaram na pandemia, por um governo de extrema direita, negacionista, que promovei o maior genocídio Não é possível seguir sem olhar para trás e entender que o que ficou lá atrás também segue conosco. Nesse cenário o Andes se manteve na firme defesa da vida. Nesse cenário nós construímos a mais ampla unidade para derrotar o fascismo nas ruas e nas urnas”

 

Moura falou ainda do desmantelamento da educação pública durante o governo Bolsonaro, cujos herdeiros tentam manter ainda hoje, e lembrou das campanhas que o Andes-SN construiu nos últimos anos para resistir a esses ataques.

 

Ainda na Plenária de abertura, os responsáveis pela Revista Universidade & Sociedade apresentaram a edição deste semestre, que tem o tema “A crise ecológica e ambiental: territórios, política e meio ambiente” (leia aqui). Os responsáveis pela pesquisa nacional sobre saúde docente também falaram sobre o estudo e revelaram alguns resultados preocupantes: 75% dos entrevistados se sentem sobrecarregados sempre ou frequentemente; 79% se sentem pressionados sempre ou frequentemente; 58% possuem dívidas; 88% trabalham por demanda sempre ou frequentemente; dois terços já sofreram assédio moral.

 

Em seguida, os presentes procederam o empossamento da nova diretoria, eleita maio deste ano com 43,17% dos votos. Os representantes da Regional Pantanal são Breno dos Santos, da UFMT (primeiro vice-presidente), Ana Paula Salvador Werri, da UFMS (segunda vice-presidente), Paula Pereira Gonçalves Alves, da UFMT (primeira secretária), Luciana Henrique da Silva, da UEMS (segunda secretária), João Carlos Machado Sanches, da UNEMAT (primeiro tesoureiro) e Bruno Passos Pizzi, da UFGD (segundo tesoureiro).

 

 

 

Gustavo Seferian, presidente eleito, disse que inicia a gestão animado, e que o próximo período exigirá sabedoria por parte da categoria, que necessitará, em suas palavras, “de muita abertura, diálogo, compreensão, respeito, capacidade de acolhida das nossas diferenças para poder seguir colocando nosso sindicato nacional no lugar tão necessário, de ferramenta do enfrentamento aos ataques que recaem sobre nós e da promoção ofensiva do que são os nossos mais profundos interesses. Que a gente possa construir, no próximo biênio, uma gestão marcada por esses valores”, concluiu, abrindo oficialmente o evento.     

 

A tarde começou com a Plenária de instalação. Neste momento, foram anunciados os números preliminares do 66º Conad, tendo a presença de 69 seções sindicais, representadas por 64 delegados, 226 observadores, 12 convidados, 33 diretores, num total de 335 participantes.

 

Também na Plenária de Instalação foi formada a Comissão de Enfrentamento ao Assédio - exigência estabelecida no 36º Congresso, realizado em Cuiabá, em 2017, e toda a metodologia do trabalho que será realizado no Conad nestes três dias de intenso trabalho.

 

Para encerrar as atividades da tarde, os presentes apresentaram as teses de atualização do debate de conjuntura, isto é, a leitura de diferentes grupos sobre as questões atuais, bem como as propostas para enfrentar os desafios. Essas teses estão disponíveis no Caderno de Textos do 66º Conad (leia aqui).

 

No período noturno as delegações debaterão as propostas do tema II - Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas - nos grupos mistos. As atividades seguem até domingo.   

 

Confira aqui algumas fotos do evento. 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 22 Maio 2023 16:21

 

A diretoria do ANDES-SN prorrogou o prazo para envio de contribuições ao Caderno de Textos do 66º Conad. O evento, que ocorre de 14 a 16 de julho, na cidade de Campina Grande (PB), tem como tema "66º Conad do ANDES-SN: Na reorganização da classe com inspiração nas lutas e culturas populares".

De acordo com a Circular nº 136/2023, os textos das seções sindicais, das sindicalizadas e dos sindicalizados deverão ser enviados ao ANDES-SN até às 23h59 do dia 29 de maio para o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. Os textos que chegarem entre 30 de maio e 23 de junho irão compor o anexo ao Caderno.

 

Em circular encaminhada anteriormente às seções sindicais, a diretoria ressaltou que “Para a apresentação de contribuições deve-se considerar que o 41º Congresso aprovou remeter o consolidado dos TRs do Tema III que não foram apreciados em plenária para a deliberação do 66º Conad, portanto só serão aceitos textos de atualização”.  

O 66º Conad do ANDES-SN é organizado pela Associação de Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (Adufcg - Seção Sindical do ANDES-SN).

Credenciamento
O credenciamento é prévio e digital. Para o 66º Conad, fica estabelecido até 20 de junho o prazo para o envio da documentação regimental das delegadas, delegados, observadoras, observadores e suplentes de delegadas e delegados.

Saiba mais
66º Conad do ANDES-SN acontecerá de 14 a 16 de julho em Campina Grande (PB)

 

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 16 Setembro 2022 10:48

 

Nota Explicativa:    O GTPFS (Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical) da ADUFMAT-S. Sindical ANDES-SN dará continuidade à discussão sobre Organização e Filiação Sindical, com a presente publicação. Esse é o segundo de 10 textos e/ou entrevistas. Nosso objetivo é proporcionar elementos históricos/analíticos que permitam subsidiar professores e professoras quanto à discussão central que ocupará o 14º CONAD, nos dias 12 e 13 de novembro de 2022, em Brasília/DF. Como parte desse esforço, o GTPFS juntamente com a Diretoria da ADUFMAT, promoverá o Debate sobre Organização e Filiação Sindical no dia 10/10/2022, com a presença de representantes das quatro forças políticas que atuam dentro do ANDES-SN.

 

ORGANIZAÇÃO E FILIAÇÃO SINDICAL (II)

A concepção de sindicato do ANDES-SN

Filiação à Central Sindical – Por que?

 

Final dos anos de 1970. O Brasil encontrava-se imerso no que ficou conhecido na cinematografia como O dia que durou 21 anos, um longo período de ditadura empresarial-militar que começou nos idos de 1960 e durou até meados dos 80.  Uma época marcada por brutal supressão de direitos civis, fechamento do Congresso Nacional e de partidos políticos, repressão, censura, tortura e morte a quem se opunha ao Regime. Mas, como nos ensinam os manuais básicos, e fundamentalmente a própria luta de classes, foi nesse cenário adverso que os trabalhadores brasileiros ocuparam as ruas, cruzaram os braços, fizeram greves que entraram para a história e criaram novos instrumentos de luta que foram decisivos para sepultar o regime opressor em curso e para ajudar na caminhada da classe trabalhadora do país.

De dentro das universidades, de norte a sul do Brasil, com a participação de  professores, estudantes e técnicos administrativos, brotou a resistência não só ao regime vigente, mas também à lei autoritária, lá dos anos de 1930, que negava aos servidores públicos o direito à sindicalização.  Foi nesse cenário que em 26 de fevereiro de 1981, num congresso realizado em Campinas-SP, nasceu a ANDES, Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior.

Mas havia muito a ser construído. Porque o problema não era apenas a negação do direito à sindicalização. A própria estrutura sindical vigente, verticalizada, associada aos interesses do Estado e do meio empresarial (e com o rótulo inseparável de pelega), não atendia às demandas daquela classe em movimento e em luta. Foi preciso construir, na luta, uma concepção de sindicato.

E foi isso que a ANDES fez, forjando uma nova concepção sindical ao longo do caminho. Integrada no tecido social e nas principais lutas da classe trabalhadora brasileira, a ANDES participou ativamente da luta pela redemocratização do país, por eleições diretas, a favor da anistia dos presos políticos e foi decisiva no processo de gestação da Constituição de 1988 que, dentre vários outros avanços, garantiu o direito de sindicalização aos servidores públicos. A partir de então a ANDES passou a ser sindicato e se tornou o ANDES-SN, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

O ANDES é um sindicato nacional, com seções sindicais espalhadas por todos os estados da federação. E ser um sindicato nacional (e não uma federação) tem sua razão de ser: além de diferenciar-se da velha estrutura sindical, ele se organizou a partir de uma estrutura unitária e democrática, assegurando unidade política a partir da organização e deliberação da base. 

A partir desse princípio organizativo, O ANDES se consolidou pela organização de base nos locais de trabalho e hoje é uma entidade que conta com mais de 100 seções sindicais e cerca de 70 mil sindicalizados. Sua estrutura é formada por uma diretoria nacional, diretorias regionais e seções sindicais que possuem autonomia financeira, política, patrimonial, administrativa, com regimento e diretoria própria, porém com um único estatuto. Todas as decisões são deliberadas pela base, que elege democraticamente todos seus dirigentes. O sindicato é mantido pela contribuição voluntária de seu quadro de sindicalizados e sem taxa sindical compulsória.

São compromissos do ANDES-SN: lutar pela educação pública de qualidade; pela valorização do trabalho docente; pela autonomia das instituições públicas de ensino superior; lutar pela universalização do acesso à educação superior pública e gratuita, com garantia de permanência; lutar contra toda forma de cerceamento à liberdade de organização sindical e de expressão; lutar contra as reformas neoliberais que retiram direitos dos trabalhadores; combater todas as formas de mercantilização da educação. O ANDES é autor - e lutou ativamente - para que os docentes das instituições públicas de ensino superior e carreiras EBTTs tivessem assegurados na Constituição um plano de cargo, carreira e salários.

Há ainda dois aspectos absolutamente fundamentais na estrutura organizativa do ANDES: ser um sindicato classista e autônomo.  Esses dois elementos, por um lado, conferem ao sindicato uma existência para muito além da categoria que representa, a de professores de universidades e de carreiras EBTTs. Consequente com a forma como foi forjado, ele encontra-se inserido no tecido da classe trabalhadora e dela participa e tira o impulso para suas lutas. Isso permitiu que o ANDES-SN propusesse, como está assinalado no seu famoso Caderno 2, uma proposta de educação para o Brasil. É isso que faz o sindicato estar presente nas mais diversas lutas, por exemplo, como fez recentemente contra a contrarreforma trabalhista, a contrarreforma da Previdência, a Emenda Constitucional 95. Por outro lado, mas de maneira inseparável, a autonomia em relação aos partidos políticos e  aos governos é justamente o ingrediente que lhe confere a confiança da categoria e de classe.

Para um sindicato com a concepção, compromissos e princípios como o do ANDES-SN, filiar-se a uma Central Sindical é imprescindível. Afinal, para que serve uma Central?  Para além do papel de coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas, independente de suas categorias, de participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo, permite articular a unidade política da classe trabalhadora, também em nível nacional.

Consequentemente, filiar-se a uma Central Sindical é estar conectado permanentemente com o movimento da classe, com suas pautas e reivindicações, o que converge para trajetória de lutas que originou e mantém o ANDES-SN. Foi assim que o sindicato, quando ainda era a ANDES, lá nos anos de 1980,  participou da construção e logo filiou-se à CUT.

Porém, coerente com seus princípios, particularmente o da autonomia sindical, quando os caminhos da CUT, durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), se chocaram com os do ANDES-SN, especialmente a partir  do episódio da reforma da Previdência de 2003, da criação do PROIFES (2004), assim como a progressiva política de adesão aos governos petistas, o ANDES-SN optou pela desfiliação da CUT em 2005, no 24º Congresso Nacional, entendendo que a permanência comprometeria toda a história de luta e combatividade.

E foi assim, mais uma vez guiado pela práxis das lutas e das contradições, que o ANDES-SN aproximou-se da CONLUTAS. A partir de 2004, inicialmente organizada como uma Coordenação Nacional de Lutas, o ANDES-SN aprovou a filiação à CONLUTAS em 2007, no 26º Congresso Nacional. Em 2010, a Conlutas passou a chamar-se CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular.

É oportuno e por demais importante acentuar o que é a CSP-Conlutas. Se o ANDES-SN rompeu com a ditadura militar e forjou um novo sindicalismo, orientado pela base, a CSP ampliou essa base, integrando  movimentos sociais, populares, estudantis etc. e trabalhadores dos mais diversos matizes, inclusive desempregados.  A criação da CSP com essa concepção de filiação, que foi inédita, mas forjada pelo que se desenhava naqueles anos de 2005, sinalizou já naquele momento o que estamos vivendo agora, um cenário de desemprego nas alturas, precarização do trabalho, uberização, criminalização dos movimentos sociais.

A filiação à CSP-Conlutas, contudo, tem sido alvo de diversos questionamentos que vão além da exigência de balanço e avaliação, recorrentemente aprovados nos relatórios dos congressos do Sindicato. Para alguns coletivos organizados dentro do ANDES-SN, a CSP não tem sido capaz de aglutinar com outras entidades, promovendo divisionismo e radicalidades inadequadas; para outros, a CSP tem sido um instrumento fundamental para garantir os interesses e as lutas dos trabalhadores, mantendo-se independente da política eleitoral e dos governos.


 

Quinta, 04 Agosto 2022 10:38

 

 
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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Texto enviado pelo professor aposentado Nicanor Palhares Sá



Fui da diretoria da ANDES quando da criação do sindicato: o ANDES. Compartilhava e compartilho da tese leninista que os sindicatos não podiam ter partido, mas ele defendia que os partidos difundiriam suas teses no sindicado. No caso do último Conad, a neutralidade afirmada foi absurda, pois na sociedade os partidários da democracia estão se unindo nestas eleições (até os antipetistas) contra o Bozo.

O Andes está sob a direção de gente imatura, talvez não tão ingênuas mas sem caráter, só perseguir e expulsar militantes do sindicato não os caracteriza como liderança. A tese, portanto, aprovada é vergonhosa, indigna de um sindicato democrático. Que sindicato querem criar, vão expulsar todos que discordam? Estou com vergonha de ter sido um dos fundadores desse sindicato.

Quinta, 28 Julho 2022 19:42

 

 

Na assembleia geral realizada nessa quinta-feira, 28/07, pelos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso associados à Adufmat-Seção Sindical do Andes Sindicato Nacional, a categoria aprovou a elaboração de recurso ao Congresso do Andes-Sindicato Nacional, questionando, em forma de Texto Resolução, o método que levou à exclusão de professor da Adufmat-Ssind do quadro de sindicalizados do Andes-SN. Entre os pontos de pauta, além dos informes do Conad, estavam ainda informes, análise de conjuntura, reajuste dos planos da Unimed, atividades do sindicato nos campi e democracia interna, e cortes de orçamentos na UFMT.

 

Durante os informes, a diretoria da Adufmat-Ssind falou que o Baile dos professores deste ano já está sendo organizado, e será no dia 15/10. Será o primeiro depois do início da pandemia, em 2020. A diretoria afirmou, ainda,  que está confirmada a presença do professor Ricardo Antunes para debater o Mundo do Trabalho e o Movimento Docente, como atividade de retorno das aulas do próximo semestre letivo. Houve ainda o informe de que o sindicato garantiu a participação do professor Waldir Bertúlio na Jornada de Lutas realizada em Brasília este mês, e que o docente representará a entidade na Comissão Nacional de Mobilização do ANDES no próximo período, para ajudar a construir mais uma mobilização em Brasília nos próximos dias.

 

A professora Marlene Menezes fez informes sobre o processo dos 3,17% (URV). Na próxima terça-feira (02/08), haverá uma reunião entre os professores interessados e a Assessoria Jurídica responsável pela ação para explicar todas as dívidas. O sindicato fará convocação oficial divulgando local e horário.

 

O professor Aldi Nestor informou que não participou de evento voltado para a Educação promovido pelo setor empresarial porque testou positivo para covid-19. No entanto, destacou outra questão grave no mesmo sentido: pela primeira vez, empresas patrocinam, financiam o seminário pedagógico estadual, ao mesmo tempo em que as entidades que constroem a educação pública ficaram ausentes. “Isso reflete, de certa forma, o contexto de esvaziamento de significados que vivenciamos dentro da universidade. É uma conjuntura bastante complicada”, afirmou.

 

O professor aposentado Vicente Ávila utilizou o espaço dos informes para dizer que a professora Maria Adenir Peraro está cotidianamente trabalhando com a documentação do sindicato, que isso é uma conquista e deve ser preservada. Assim, sugeriu que o sindicato insira um artigo no Regimento, quando possível, determinando que os arquivos da Adufmat-Ssind sejam revisados anualmente.

 

A mesa agradeceu a contribuição histórica e a militância da professora Peraro que, coincidentemente, estava aniversariando nesta quinta-feira.

 

Conjuntura

 

O professor Aldi Nestor de Souza abriu o ponto de pauta sobre a conjuntura, destacando a alta da inflação, isto é, o aumento de preço dos produtos, especialmente os alimentícios. Citando alguns dados, criticou a concentração da produção de grãos nas mãos de poucos grupos financeiros, que regulam os preços conforme seus interesses.

 

Para o professor Maelison Neves, no modo de produção atual, a concentração se eleva em escala, e a mercantilização sobre o que antes não era mercadoria se impõe sobre os trabalhadores. Dessa forma, a crise reconhecida popularmente não é passageira, como tenta fazer parecer a grande mídia, mas tende a ser a normalidade da vida da classe trabalhadora até que esse modelo de sociedade seja superado.

 

Já o professor aposentado José Airton de Pauta defendeu que um dos principais problemas do Brasil é a gestão da Dívida Pública, que consome mais de 50% de todo o valor arrecadado pela União anualmente e destina a banqueiros (saiba mais aqui). Para o docente, o combate a essa gestão deve estar na centralidade da luta da categoria.   

 

Para a professora Alair Silveira, a correlação de forças da luta de classes só pode ser analisada se observados os movimentos do capital e também da classe trabalhadora. Um dos problemas identificados pela docente é a concentração de esforços no processo eleitoral. “Isso é uma falácia, é da própria dinâmica do capital. Esse movimento por parte deles é esperado, mas o que nós, enquanto professores, estamos fazendo para enfrentar isso?”, provocou.  

 

O diretor de Comunicação da Adufmat-Ssind, Leonardo Santos, problematizou como o que era exceção tem virado regra, não só na América Latina, mas em todo o mundo. “O avanço do capital é notável, entra em outra fase nos últimos anos, destruindo o pouco que restava, e encontra uma população ‘desarmada’, porque apostou num projeto de conciliação de classe e, inclusive, se mantém apostando”, afirmou. O docente concluiu sua intervenção dizendo que há questões internas e externas que precisam ser pensadas, com a intenção de reconstruir um movimento unitário de trabalhadores que não seja pautado pela questão eleitoral.   

 

A professor Adriana Pinhorati afirmou que as discussões sociais, que devem começar na escola, estão sendo minadas também dentro da universidade. Lembrou das investidas para retirar disciplinas como Geografia e História da grade curricular, e criticou o processo de “curricularização”, que impõe à universidade a adoção, por exemplo, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Caso a instituição não o faça, seus cursos podem não ser recomendados pelo MEC. “Essas intervenções têm dificultado, por exemplo, a realização de debates sobre a fome nas escolas, porque o material didático não aborda”, apontou.  

 

Os presentes aprovaram, ao final do debate, a continuidade das mobilizações, com participação nas atividades previstas para 11/08 (em defesa da Democracia), 19/08 (Parada LGBTQIAPN+) e 10/09 (Grito dos Excluídos), além da realização de um debate sobre os 200 anos de independência do país e a formação brasileira, proposta durante na assembleia pela professora aposentada da UFMT, Enelinda Scalla.

 

Reajuste dos planos da Unimed

 

A Unimed encaminhou documento relativo ao reajuste anual dos planos intermediados pela Adufmat-Ssind, previsto para 01/08. O percentual assumido no último Termo Aditivo assinado entre o sindicato e a empresa é de 18%, mas a Unimed apresentou uma nova proposta, de elevar o percentual para 21,45%, o que causou preocupação entre os docentes.

 

A Assessoria Jurídica do sindicato emitiu parecer no sentido de que o que deve ser cumprido são os 18% acordados no Termo Aditivo.

 

Após o debate, que abordou a importância de observar a saúde como um direito e os interesses mercadológicos (e, por vezes, antiéticos) das empresas que lucram em cima da venda do acesso à saúde, os presentes decidiram: formar uma comissão para negociar com a Unimed; contratar assessoria especializada para estudar o caso; fazer um levantamento entre os usuários dos problemas que estão ocorrendo com a Unimed; estudar o interesse da categoria de procurar outros planos de saúde; e defender o reajuste de, no máximo, 18%, conforme previsto do aditivo. Os professores Marlene Menezes, Sirlei Silveira e José Airton de Paula foram indicados para compor a comissão que fará a negociação com a Unimed representando a Adufmat-Ssind.    

 

Repasses do 65º Conad

 

A diretora de Assuntos de Aposentadoria da Adufmat-Ssind, Marlene Menezes, começou a fazer o relato do que ocorreu no 65º Conad. Ela lembrou que a entidade aprovou demonstrar seu repúdio e indignação com relação a como o Andes-SN procedeu com relação ao processo que resultou na exclusão do professor Reginaldo Araújo da base de sindicalizados do Andes-SN.

 

O professor Maelison Neves relatou que o Conad teve a missão de discutir temas que não foram vencidos no Congresso em Porto Alegre. Na sua perspectiva, um dos debates mais evidenciados pelo Conad foi a luta contra o Reuni Digital. As questões etnicorraciais e de gênero também foram atualizadas, assim como os debates de conjuntura, que permearam a questão eleitoral e o caráter classista do sindicato, e que, de certa forma, a TR5, que trazia a proposta de exclusão de Araújo, representou todo esse debate. Neves afirmou que o plenário aprovou a entrega do material escrito para todos, mas houve reclamações de que algumas partes do material estavam faltando, e que talvez isso tenha ocorrido pela defesa de que uma das partes envolvidas não estava presente e, portanto, não deveria ser exposta. Sobre esse tema, o professor relatou que os debates foram acalorados, demonstrando divergências sobre método e mérito.

 

A professora Alair Silveira falou sobre o debate em torno da carta, apresentada por um dos Textos Resolução, propondo que um manifesto assinado pelo Andes-SN fosse enviado ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta à essa proposta, os grupos mistos encaminharam duas sugestões: enviar o documento a todos os candidatos, exceto o atual presidente e, uma terceira proposta, de apresentar a carta apenas às candidaturas identificadas como no campo da esquerda. Venceu a segunda proposta, que tem sido criticada em âmbito nacional por algumas Seções Sindicais. “O clima presente em todos os ambientes do Conad envolvia a questão dos Textos Resolução números 5 e 19 e a questão do Lula, e não as lutas do Andes-SN”, frisou Silveira.         

 

Para a diretora da Adufmat-Ssind, Maria Luzinete Vanzeler, também membro da delegação enviada ao Conad, o evento ficou com os “restos do Congresso” realizado no início do ano em Porto Alegre e, por isso, as questões não foram bem discutidas. Vanzeler também destacou a polarização do apoio ao Lula e a TR5. “As pessoas estavam preparadas para votar, não para debater as questões. Nós estamos nos perdendo no debate classista e priorizando a questão identitária, que, sim, estão dentro da formação da classe, mas a gente se desmancha em vez de unir o todo. Foi isso que eu vi no Conad”, afirmou.

 

O professor Vicente Ávila pediu a leitura de sua carta de apoio ao professor Reginaldo Araújo, que será disponibilizado em breve, a seu pedido, no Espaço Aberto da Adufmat-Ssind.     

 

Com relação ao caso específico da exclusão do professor Reginaldo Araújo do quadro de sindicalizados, Alair Silveira destacou que o problema central continua sendo o que a assembleia de 23/06 da Adufmat-Ssind abordou: não houve, de maneira consistente, uma averiguação das denúncias.

 

A professora, que ajudou na elaboração da defesa de Araújo, relatou três pontos centrais de fragilidades constatadas no relatório de acusação, que seriam, primeiro, a presunção de que a denúncia é procedente pelo simples fato de ser de uma mulher contra um homem; segundo, de estabelecer a relação hierárquica entre patrão e empregado como condição definitiva para constatação de assédio, sem atentar de fato à definição do que seja assédio; e, por fim, ausência da devida análise documental da denúncia de apropriação indevida de parte do salário da funcionária.   

 

Depois de citar outras contradições do relatório e o ambiente hostil do 65º do Conad, Silveira afirmou que “não desejaria essa experiência nem para um inimigo, e que o fato serviu para mostrar que a classe não é mais central no Andes-SN, mas o sexismo e as questões identitárias”.

 

A professora Clarianna Silva, de Sinop, discordou de Silveira, afirmando que a situação dentro do Andes-SN demonstra a realidade das mulheres brasileiras, que sofrem cotidianamente o machismo, e que a geração atual não aceita mais isso. No entanto, com relação ao mérito, a professora disse ainda não se sentir segura para avaliar.  

 

O professor Aldi Nestor de Souza criticou o sindicato nacional, no sentido de que deveria ter tratado a questão em âmbito administrativo, como uma questão menor, pois enquanto a expulsão de um dos sindicalizados está tomando a energia do movimento, “o mundo está desabando, e as pessoas estão passando fome”.

 

A professora Sirlei Silveira se disse preocupada com os rumos do sindicato. “Em que pese todos os erros, nós não podemos desqualificar o nosso sindicato, porque ainda é uma das nossas ancoras em defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.

 

A docente relatou que a proposta de desligamento de Araújo foi a terceira na história do Andes-SN, com apenas uma efetivada de fato, e que a sansão de exclusão só deve ocorrer por infração gravíssima, e não a nível de punição que qualquer um dos sindicalizados esteja sujeito a cometer. “Quando li o relatório fiquei mais preocupada ainda, porque foi difícil identificar o objeto do desligamento. São muitos erros de condução processual por parte da comissão formada pelo Andes-SN. Dirigentes desconhecem as questões organizativas e sindicais, estatutos e outros regimentos que determinam nossas ações. A direção nacional conduz mal a investigação das denúncias, o processo de contratação na VPR. São muitos erros, e erro em cima de erro é acúmulo de problemas. Por outro lado, a defesa escrita do professor Reginaldo, em vários momentos confessa atitudes que o incriminam, como instalar uma câmera e, a partir de sua observação, decidir sobre a vida de uma funcionária com mais de 15 anos de Casa”, disse.

 

Após uma longa intervenção, a professora disse, ainda, que a categoria também deve assumir sua parcela de culpa. “A culpa é nossa, dos sindicalizados, que se afastam, que não se atentam às questões organizativas, que não fazem o enfrentamento político, que passam a mão na cabeça. Nós não podemos continuar errando, fechando os olhos para os nossos estatutos, nossas deliberações e, fundamentalmente, para os nossos princípios”. Por fim, concluiu dizendo que a Adufmat-Ssind não poderia desacatar a decisão do Conad, por existir como uma Seção Sindical do Andes-SN, cabendo a ela, se assim compreendesse, recorrer ao Congresso do Andes-SN.

 

O professor Maelison Neves disse compreender que o direito de defesa não foi desrespeitado, mas que seria possível, sim, problematizar o direito à “ampla defesa”. Num exercício de “dosimetria”, identificaria a defesa numa posição intermediária. “O que me incomoda realmente nisso tudo é ter que acreditar ou na versão dela ou não versão dele. Se eu acredito na versão dela, se havia um envolvimento anterior, eu coloco em xeque o processo seletivo. Se eu acredito na versão dele, de envolvimento depois do processo seletivo, está configurado o assédio. Eu ouvi o áudio e li a transcrição, aqueles elementos são gravíssimos. A Adufmat-Ssind não deverá se insurgir contra a deliberação do Conad”, defendeu.      

 

Novamente a professora Alair Silveira se inscreveu para pontuar algumas questões da defesa, como a questão da acusação de apropriação indevida, desmontada pela lógica matemática; como a contratação das câmeras, que não foi uma decisão individual, mas coletiva, conforme consta em ata. “A questão é, por que a direção nacional não viu os vídeos? Por que homologou uma demissão e uma contratação, se desconfiava delas? As denúncias da funcionária também dizem respeito à atual diretoria, por que não se fala nada sobre isso? Eu não estou dizendo que o Reginaldo não tem culpa, mas que é injusta a forma como esse processo tem se dado. O que aconteceu no Conad foi um linchamento político, e este Andes eu não reconheço”, concluiu.

 

Ao final do debate, os presentes aprovaram que a Adufmat-Ssind deve informar ao Andes-SN que apresentará um recurso da decisão do Conad ao Congresso, em forma de TR, questionando o método do processo.    

 

Atividades do sindicato nos campi e democracia interna

 

Com relação a este ponto de pauta, a professora Clarianna Silva fez um pedido: que fosse remetido para uma próxima assembleia geral, porque o campus de Sinop não teria mais ninguém para debate-lo. Além disso, a docente sugeriu, e foi acatado pela diretoria, que este ponto de pauta será o primeiro a ser debatido na próxima assembleia.

 

Ainda sobre Sinop, a professora aceitou compor a comissão para realização de eleição para representação local, junto aos professores Maelison Neves e Alair Silveira, todos indicados pela assembleia dessa quinta-feira.    

 

Cortes de orçamentos na UFMT

 

O ponto de pauta sobre os cortes de orçamentos na UFMT também foi remetido para a próxima assembleia, devido ao horário avançado.

 

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 26 Julho 2022 12:28

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Por José Domingues de Godoi Filho

UFMT/FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS

 

Cerca de 36 docentes sindicalizados do Andes-SN, de diferentes Seções Sindicais (vide ao final do texto), preocupados com o não cumprimento dos procedimentos legais e históricos da entidade, utilizados para a proposição de expulsão de um de seus sindicalizados, submeteram ao 65ª Conad o Texto de Referência 19(TR-19).


O TR-19 questiona os procedimentos adotados, a desconsideração do que é previsto no Estatuto do Andes-SN e a falta de transparência, bem como apresenta propostas, sem entrar no mérito, isto é, se o diretor é culpado ou não; nem se deve ou não ser excluído do quadro de filiados; com o objetivo de que seja realizada uma apuração correta e transparente dos fatos. Segue a transcrição do TR – 19.

TEXTO DE REFERÊNCIA 19.

SOBRE A PROPSTA DE EXPULSÃO DE EX-DIRETOR DO ANDES-SN, REGIONAL PANTANAL*, GESTÃO 2018-2020 TEXTO DE APOIO

 Um processo de expulsão de um filiado, em um Sindicato classista deve ser conduzido com transparência, amplo acesso às informações e aos fatos nele contidos, respeitando nosso Estatuto, o tempo e os ritos necessários para que não ocorram equívocos. Deve ser garantido o direito amplo de defesa e nenhuma sombra de dúvidas sobre todos os procedimentos adotados. Deve ser instruído de maneira impessoal, buscando caracterizar de forma clara as possíveis irregularidades. Considerando as razões acima mencionadas, estas condições não foram totalmente atendidas com o que está descrito no TR 05, da Diretoria.


Não se entra aqui no mérito se o ex-diretor acusado deve ou não ser excluído do quadro de filiados do Andes-SN. O que se questiona são os procedimentos adotados, a desconsideração do que é previsto no Estatuto e a falta de transparência.

SOBRE O QUE DIZ NOSSO ESTATUTO

Torna-se necessário expor aqui o que reza o Estatuto do ANDES Sindicato Nacional para dar seguimento correto ao que foi proposto no TA/TR 05 do Caderno de Textos do 65º CONAD. Os Artigos 10º, 11º, 15º, 21º, 23º, 30º e 42º são os que tratam do assunto. Vejamos a seguir:


Art. 10. São deveres do(a)s sindicalizado(a)s: I - observar o Estatuto e os regimentos da Entidade; ......
Art. 11. O(a)s sindicalizado(a)s estão sujeitos a sanções pelo descumprimento das normas estatutárias e regimentais do ANDES-SINDICATO NACIONAL. 87 Parágrafo único. As sanções são de advertência, suspensão e exclusão, sendo aplicáveis pelas S. SIND e pelo CONAD, cabendo recurso ao CONGRESSO, respeitadas as competências estatutárias, analisar os recursos interpostos dessas decisões, garantido sempre o amplo direito de defesa e contraditório. No caso de sindicalizado(a)s nas secretarias regionais, as sanções serão aplicadas pelo CONAD e pelo CONGRESSO.
Art. 15. São atribuições do CONGRESSO: II - decidir, em última instância, os recursos interpostos às decisões de exclusão de sindicalizado(a)s tomadas pelas S. SINDs ou ADs-S. SINDs.;
Art. 21. .........§ 2o As deliberações referentes aos itens seguintes exigem a aprovação de pelo menos dois terços (2/3) do(a)s delegado(a)s inscritos no CONGRESSO:.............. I - apreciação e deliberação, em grau de recurso, da penalidade de exclusão de sindicalizado(a) decidido(a)s pelas S. SINDs ou ADs-S. SINDs (art. 15, II); II - destituição de membros da DIRETORIA de acordo com o disposto no art. 42;
Art. 23. São atribuições do CONAD:............ VIII – apreciar e deliberar, em grau de recurso, as penalidades de advertência e suspensão aplicadas à(o)s sindicalizado(a)s do ANDES-SINDICATO NACIONAL, conforme o disposto no art. 11;
Art. 30. À DIRETORIA, coletivamente, compete: ...........VII - aplicar sanções, nos termos deste Estatuto;
Art. 42. Qualquer membro da DIRETORIA pode ser destituído em CONGRESSO, convocado especificamente para esse fim, observado o disposto no art. 21, § 2o, II o mesmo se aplicando à DIRETORIA coletivamente.
É preciso apontar que há uma dubiedade no Estatuto, mas que não pode nos levar a dúvidas, porque em direito, deve-se beneficiar o acusado, em caso de dupla interpretação. A dúvida (erro), que precisa ser corrigida em Congresso, reside no fato de que no parágrafo único do Art. 11 é dito que as sanções de advertência, suspensão e exclusão devem ser aplicadas pelo Conad, ao passo que no Art. 30, inciso VII é dito que: À DIRETORIA, coletivamente, compete aplicar sanções, nos termos deste Estatuto.
Esta contradição vai além, quando, no Art. 23 – das atribuições dos Conad, se estabelece em seu Inciso VIII – apreciar e deliberar, em grau de recurso, as penalidades de “advertência e suspensão” aplicadas à(o)s sindicalizado(a)s do ANDES-SINDICATO NACIONAL, conforme o disposto no art. 11. Foram sublinhadas e colocadas entre aspas as palavras “advertência” e “supressão” para dar o destaque que faltou a palavra “exclusão” como consta do Art. 11. Malgrado a necessidade de tornar mais clara a redação, o rito que está estabelecido em nosso Estatuto é o de isenção e impessoalidade, mantendo sempre a transparência e demonstrando todos os fatos relevantes do caso e considerando-se que é a Diretoria responsável pelo pedido de penalidade. O acusado poderá, em recurso apelar para o Conad e em seguida para o Congresso, que terá que aprovar ou não a penalidade com quórum qualificado.


SOBRE O TA/TR 05

De acordo com o TA 05 do Caderno de Textos, em 28/06/2021 a Diretoria recebeu denúncias envolvendo membros da atual Diretoria (Gestão 2021-2023) e da Diretoria da Gestão 2018-2020. Não menciona que denúncias são estas.


Seguindo, afirma que em 21/07/2021 formou-se uma Comissão composta apenas de membros da própria Diretoria atual, para apurar as denúncias envolvendo membros dela mesma, e da Gestão 2018-2020. Segundo o TA, “no bojo dos trabalhos de apuração - que foram concluídos sem maiores percalços quanto à lida dos atuais membros da Diretoria”, a Comissão foi informada de fatos envolvendo o 1º Vice-Presidente Regional Pantanal, gestão 2018-2020.


Neste sentido, a formulação parece indicar (?) que não se constatou nenhuma irregularidade em relação à sua gestão (2021-2023). Não menciona também se as denúncias recebidas em 28/06/2021, referentes à gestão 2018-2020, tinham fundamento. E indica que a “Comissão foi noticiada, no curso de uma oitiva, de fatos envolvendo diretamente o ex-diretor Reginaldo Silva de Araújo”.


A partir daí, a Comissão foi mantida e passou a apurar específica e exclusivamente as denúncias envolvendo o 1º Vice-Presidente da Regional Pantanal, Gestão 2018-2020.


Sobre isto, um primeiro aspecto se refere à falta de clareza (e transparência) com relação ao conjunto de denúncias que foram objeto de apuração pela Comissão designada em 21/07/2021. É importante que todas as denúncias e sua apuração sejam explicitadas, principalmente para que eventuais acusados, caso sejam inocentados, não continuem sendo vítimas de possíveis “julgamentos” de “corredores”, ou fuxicos.


Além disso, a Diretoria do Sindicato se equivoca quanto ao encaminhamento. Para o que propõe no TR 05, ela foge à sua responsabilidade e deixa de cumprir com as suas funções quando não aplica o que dita o Art. 30 do nosso Estatuto – À DIRETORIA, coletivamente, compete: VII – aplicar sanções, nos termos deste Estatuto. Esta omissão de competência é grave, porque impediria o acusado de recorrer em todas as instâncias do Sindicato para exercer seu amplo direito de defesa. Ele tem direito de defesa no processo de apuração dos fatos pela comissão da Diretoria; em segunda instância no Conad subsequente à decisão da Diretoria e, em última instância, no Congresso.


Ainda com relação à Comissão nomeada pela Diretoria, não se releva a importância de se ter nela professores da Regional Pantanal, bem como da Adufmat, para maior transparência e isenção no processo de apuração, pois estes professores também tiveram maiores contatos com o ex-diretor durante suas funções. Além disso, a Comissão que fez o relatório disponibilizado só tinha componentes da Diretoria e, uma delas era membro da mesma gestão do acusado, o que poderia comprometer ainda mais a capacidade de apreciação e dar munição para invalidação de todo o processo.


Finalmente, entendemos que, no sentido de dar encaminhamento correto às acusações, estas deveriam ser apuradas por uma nova Comissão, escolhida e eleita pelo Conad, especificamente para este caso. Esta Comissão deverá contar com cinco pessoas e, se possível, com alguém da Seção Sindical do acusado, tendo ainda a possibilidade de acompanhamento por um representante do acusado. Seguindo o nosso Estatuto, este deve ser o rito exigido num processo com esta gravidade, sem abrir precedentes de julgamentos “agilizados” e sem o devido procedimento, dentro do Sindicato.

TR – 19

O 65o CONAD do ANDES-SN delibera:
1. Indicar uma Comissão para aprofundar toda a apuração, averiguar e realizar o levantamento sobre a acusações de irregularidades, que teriam sido cometidas pelo 1º Vice-Presidente da Regional Pantanal, na Gestão 2018-2020;
- Esta Comissão será composta por cinco membros, aprovados pela Plenária do Tema III do 65º Conad, e deverá ter em sua constituição um membro indicado pela Diretoria do Andes-SN e outro indicado pela Seção Sindical Adufmat.
- O representante do acusado poderá participar como ouvinte das reuniões da Comissão;
- Os documentos que constam dos trabalhos da Comissão deverão estar disponibilizados em sala do Evento, sob a guarda da Diretoria, para consulta pelos filiados; 
2. Que a Diretoria envie toda a documentação disponível a respeito das acusações de irregularidades por parte do ex-diretor da Regional Pantanal, Gestão 2018-2020 para a Assessoria Jurídica Nacional, com o objetivo de instruir eventuais processos nas áreas cível/criminal, caso existentes;
3. Que ao término dos trabalhos da Comissão aprovada neste Conad, a Diretoria proceda de acordo com o previsto no Estatuto do Andes-SN;
4. Que a Diretoria do Andes-SN encaminhe uma discussão sobre uma necessária correção estatutária de inclusão da palavra “exclusão” após as palavras advertência e suspensão no Inciso 8 do Art. 23.

TR 19 –

Contribuição dos(as) sindicalizados(as) Adriano Vitti (ADUFRA); Albany Mendonça (APUR); Aloízio Soares (ASPUV); Ana Lucia B. Faria (SINDCEFET-MG.); Angela M.S. Ferreira (ASPUV); Angelica Lovatto (ADUNESP); Angelo Antonio Abrantes (ADUNESP); Antônio Cláudio M. Costa (ADUFU); Antônio de Pádua Bosi (ADUNIOESTE); Antônio Luis de Andrade – Tato (ADUNESP); Antônio Mahye (ADUR-RJ); Aparecida D’Arc de Souza (ADUNIOESTE); Benedito G. dos Santos Filho (ADUFRA); Bráulio Silva Chaves (SINDCEFET-MG); Célia Otranto (ADUR-RJ); Cícera Vanessa Maia (SINDCEFET-MG); Claudete S. Sampaio (ADUFS-SE.); Dayse dos Santos (ADUNESP.); Dileno Dustan (APES-JF); Fábia Heluy Caram (SINDCEFET-MG); Fábio Ocada (ADUNESP); Fernando Martins (ADUNESP); Gabriel Muñoz (ADUFU); Gilberto Marques Pereira (SINDCEFET-MG); Igor Morici (SINDCEFET-MG); Janete Luzia Leite (ADUFRJ); João da Costa Chaves Jr. (ADUNESP); José Domingues G. Filho (ADUFMAT); Juliana de Segadas Vianna (ADUR-RJ); Luís Mauro Magalhães (ADUR-RJ); Milney Chasin (SINDCEFET-MG); Milton V. do Prado Júnior (ADUNESP); Monica Pirozi (ASPUV); Oneize Amoras (ADUFS-SE.); Samuel F. Alves (SINDCEFET-MG); Sueli Guadelupe (ADUNESP); Virgílio Coelho Oliveira Jr. (SINDCEFET-MG); Zenilde Moreira (ADUFERPE), Rosimê Meguins (ADUFPA).

 

 

*Por um equívoco, o TR publicado no Caderno Anexo citou a Regional Planalto, quando o correto seria Regional Pantanal. Fazemos, neste texto, a devida correção.   

Segunda, 25 Julho 2022 13:50

 

 

65º. CONAD DO ANDES-SN: Retorno presencial com condições de trabalho e políticas de permanência para fortalecer a luta por Educação Pública e liberdades democráticas

 

Entre os dias 15 e 17 de julho 2022 aconteceu o 65º CONAD do ANDES-SN, o primeiro presencial em tempos de pandemia, realizado numa conjuntura de aprofundamento do projeto do capital, em que as políticas ultraneoliberais assolam a classe trabalhadora. Este cenário é marcado por uma realidade de fome, desemprego, destruição socioambiental e de violência política, com o avanço do fascismo. Os ataques aos direitos sociais, às políticas públicas e à democracia perpetuam a violência, sobretudo contra mulheres, população e juventude negra, povos originários e tradicionais, população LGBTQIAP+, direitos da classe trabalhadora em geral e seu direito de lutar.

O(A)s delegado(a)s, o(a)s observadore(a)s e convidado(a)s tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da história de luta e resistência e da musicalidade que emana de Vitória da Conquista.

O território que hoje abriga a cidade de Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado da Bahia, foi habitado pelos povos indígenas Mongoyó, Ymboré e Pataxó. Os aldeamentos se espalhavam por um longo território, das margens do Rio Pardo até o Rio de Contas, conhecido como "Sertão da Ressaca". Além das populações indígenas, populações negras, ainda presentes nos territórios quilombolas rurais e urbanos, construíram a ocupação dos sertões mais profundos da Bahia desde o período colonial.

A ADUSB, seção sindical do ANDES-SN que neste ano completará seu 40º aniversário, sediou o 65º CONAD, recebendo-nos com aconchego e afeto, o que nos aqueceu no frio e garoa inusitados para o imaginário acerca da Bahia. A comissão local organizou os debates das plenárias no auditório Glauber Rocha, natural de Vitória da Conquista e referência do Cinema Novo, e nas salas de aula do módulo IV tivemos as discussões dos grupos mistos.

A organização do evento proporcionou-nos condições para termos um CONAD de qualidade. Tivemos batuques, pífanos, samba e MPB brindando-nos entre os intervalos para os lanches e almoço - maravilhosos, pois a arte e a cultura popular nos animam na nossa luta cotidiana. Sempre contamos com a presença da equipe de coordenação do evento, composta pela diretoria da ADUSB e o apoio logístico dos funcionários e funcionárias da seção sindical e da equipe de monitores e monitoras.

De pronto na plenária de abertura o ANDES-SN reafirmou o compromisso com a defesa da categoria num ato de apoio e solidariedade à professora e lutadora Elizabeth Lewis, ex-presidenta da ADUNIRIO, que está sob ameaça de cancelamento de sua efetivação.

Foram três dias de intensos debates em plenárias e grupos mistos, como preza nosso histórico método de deliberar as ações do sindicato pela base. Atualizamos a análise de conjuntura e o Plano Geral de Lutas, reafirmando o compromisso do ANDES-SN em defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica e Socialmente referenciada. Na análise de conjuntura, em âmbito nacional, destacou-se a violência política, os ataques à Educação e aos direitos sociais e trabalhistas. Reafirmamos a necessidade de construção da unidade na luta para enfrentar o bolsonarismo nas ruas e nas urnas. No Plano Geral de Lutas apontamos os imensos desafios em organizar a reação contra a privatização da Educação, os cortes orçamentários, o reuni digital, o retorno presencial sem as condições sanitárias e de ensino e aprendizado adequadas, e a defesa da liberdade de cátedra.

Aprovamos a prestação de contas e o orçamento para o próximo ano, tarefa precípua do CONAD, que possibilitará continuarmos fortalecendo nossas lutas, o enfrentamento ao projeto do Capital e seu representante na versão ultraneoliberal, o governo Bolsonaro, que tem promovido um retrocesso civilizatório e, em particular, atacado a educação pública e as universidades, institutos e Cefets.

Como o momento exige, foi um CONAD pleno de discussões, tanto pelos desafios que a conjuntura nos impõe, como pela necessidade de fortalecer nossa posição contra o assédio em todas as dimensões dessa sociedade exploradora e opressora da vida e do planeta, que os interesses do Capital tenta nos impor.

Os tempos sombrios de retrocessos e conservadorismo, “página infeliz da nossa História”, que ameaçam retornar, contrapondo-se àquilo que historicamente construímos em nosso Sindicato, não podem incidir sobre nossa luta e sobre o significado do que é preciso fazer rumo à emancipação humana.

Temos o desafio de derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, que representam o retrocesso político e civilizatório que o país atravessa. Com unidade e firmeza em nossos princípios, venceremos essa etapa e continuaremos a realizar o projeto histórico de educação emancipadora que há 41 anos nosso sindicato tem construído.

Nem um passo atrás, nossa luta é por uma sociedade anticapitalista, antimachista, antiLGBTQIAP+ fóbica e anticapacitista.

Fora Bolsonaro e Mourão!

Em defesa das liberdades democráticas!

Contra os desmontes da educação pública!

Viva o ANDES-SN!

 

 

Vitória da Conquista (BA), 17 de julho de 2022.