Quarta, 08 Fevereiro 2017 11:25

 

Após os casos de denúncias de assédio sexual durante o 36° Congresso do ANDES-SN, que ocorreu entre 23 a 28 de janeiro de 2017 na cidade de Cuiabá (MT), o Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do ANDES-SN realizará durante sua próxima reunião, que acontecerá nos dias 17 e 18 de março, na sede do Sindicato Nacional em Brasília (DF), uma mesa redonda com o tema “Assédio e opressões de gênero na Universidade: como combater, como denunciar”.
 
Segundo Caroline de Araújo Lima, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste III e da coordenação do GTPCEGDS, a ideia de realizar uma mesa redonda temática sobre assédio e opressões veio após o recente caso ocorrido no 36° Congresso em Cuiabá (MT), e também devido ao número crescente de denúncia dentro dos espaços acadêmico e sindical.
 
“A ideia é que façamos um debate, por meio de uma mesa redonda, sobre assédio sexual dentro das instituições de ensino superior (IES) e dos espaços do Sindicato Nacional. O que é o assédio, como identificá-lo e combatê-lo serão algumas das discussões que levaremos para a mesa e, ainda, vamos discutir as relações de poder. Através dessa mesa, vamos construir uma Campanha contra o assédio - que terá a participação de membros da coordenação do GTPCEGDS e do Grupo de Trabalho de Comunicação e Arte (GTCA) -, com a confecção de panfletos, cartazes, artes digitais para a circulação nas redes sociais que serão divulgados nas seções sindicais e eventos do ANDES-SN, e no dia 8 de março - Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras”, explica.  
 
A mesa redonda será realiza na sexta-feira (17) e contará com palestrantes que falarão sobre assédio nas IES, nos espaços sindicais, e o caso do feminicídio de Louise Ribeiro, 20 anos, estudante da Universidade de Brasília (UnB), assassinada pelo ex-namorado Vinícius Neres. 
 
Caroline explica que o brutal assassinato da estudante da UnB e as rodas de conversas sobre assédio e violência sexual nas instituições de ensino superior do Distrito Federal, realizadas pela Coordenação dos Núcleos de Direitos Humanos (CNDH) do MPDFT e o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (Nepem/UnB), tem direcionado o GTPCEGDS para a realização da mesa redonda, assim como todos as lutas lideradas pelas mulheres nos últimos tempos contra o assédio, violência e machismo. 
 
“Esse movimento que ocorreu em Cuiabá, com as docentes e monitoras se manifestando no 36° Congresso é fruto da Primavera Feminista, que contou com diversos atos em defesa dos direitos das mulheres e contra o retrocesso do PL 5069/13, que restringe o direito ao atendimento médico e ao aborto de vítimas de estupro; é fruto também de diversas mobilizações contra os estupros coletivos que ocorreram no Rio de Janeiro http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8164 e Piauí; e das diversas manifestações das mulheres mundo afora”, disse. 
 
No sábado (18), o GT se reúne, entre outras atividades, para atualizar a cartilha “Em defesa dos direitos das mulheres, dos indígenas, das(os) negras(os) e das(os) LGBT”, incorporando elementos relacionados ao assédio. 
 
Confira a programação na Circular n° 19/2017

 

Fonte: ANDES-SN

 

 

 

Segunda, 06 Fevereiro 2017 10:56

 

Circular nº 019/17                               

 

                                         Brasília, 6 de fevereiro de 2017

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

Companheiros (as),

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS, conforme o que se segue:

 

Data: 17 e 18 de março (sexta e sábado)

 

Horário:

Dia 17 Início: 18h/Término às 21h30m.

Pauta: Mesa redonda “Assédio e opressões de gênero na Universidade: como combater, como denunciar”

 

Dia 18 – Início às 9h/Término às 17h.

Pauta:

  1. Resoluções do 36º Congresso do ANDES-SN;
  2. Atualização da Cartilha contra as opressões (combate ao assédio);
  3. Nome do GT;
  4. Logística do evento do GT: Seminário.

 

Local: Sede do ANDES-SN (SCS, Edifício Cedro II, 3º andar-Brasília-DF)

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. João Francisco Ricardo Kastner Negrão 

2º Tesoureiro

 

Terça, 08 Novembro 2016 13:32

 

 

Circular nº 378/16

Brasília, 7 de novembro de 2016

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

 

Companheiros(as),

 

 

Encaminhamos o Relatório da reunião do Grupo de Trabalho Política de Classe para as Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS, realizada em Salvador/BA, nos dias 24 e 25 de setembro/16.

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. Francisco Jacob Paiva da Silva

1º Secretário

 

 

 


 

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DE POLÍTICA DE CLASSE PARA AS QUESTÕES ETNICORRACIAIS, DE GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL - GTPCEGDS

Salvador, 24 e 25 de setembro de 2016

Presentes:

Diretoria do ANDES-SN: Jailton de Jesus Costa, João Negrão, Caroline Lima, Jacqueline Lima, Adriana Dalagassa, Caiuá Al-Alam e Francisco Jacob

Seções Sindicais: ADUFPA (Joselene F. Mota); ADUFEPE (Fábia Pottes e Luciana Cramer); ADUFPB (Eduardo Guimarães); ADUFCG (João de Souza Lima Neto); APUB (Lana Bleicher, Sandra Marinho); ADUNEB (Ediane Lopes de Santana e Luciana Teixeira); ADUFS-BA (Gean Cláudio de Souza Santana); ADUFF (Bianca Novais e Elza Dely); ADUFPEL (Francisco Vitória e Júlio Spanó); ADUFLA (Catarina Dallapicula); SINDUNIVASF (Nilton de Almeida Araújo); SEDUFSM (Getúlio Lemos);

 

Entre os dias 24 e 25 de setembro de 2016, ocorreu a reunião nacional do GTPCEGDS, na cidade de Salvador-Ba, na sede da Regional Nordeste III.

Após roda de apresentação e acolhimento a coordenação iniciou os trabalhos. Na mesa “Por uma Escola crítica e diversa: combater a lei da mordaça e a intolerância nos espaços formativos” realizada na manhã do dia 24 de setembro, o companheiro Jacob Paiva (GTPE/ANDES) fez um breve histórico das políticas em educação no Brasil desde o período colonial, ressaltando as dificultosas conquistas da população brasileira e os movimentos sociais no tocante ao direito a um ensino público e de qualidade. Ainda, a partir de um levantamento no acervo documental do sindicato, apontou o crescimento nos últimos anos das inserções dos debates ligados às questões de gênero e étnico-raciais nos Congressos do ANDES e nos CONADs. Após, a companheira Lana Bleicher (Apub-base) abordou e problematizou os projetos do Escola sem Partido, agregando em sua intervenção algumas reflexões de práticas de enfrentamento a estes projetos nocivos em diferentes regiões do Brasil, mas principalmente em Salvador, como o Escola Sem Mordaça. Lana a partir de uma leitura de conjuntura, relacionou estes projetos a outros que estão atacando as escolas e universidades brasileiras, impondo cortes orçamentários e também outras políticas opressivas de silenciamento do movimento docente e movimentos sociais. 

No turno da tarde foi realizada a mesa “A necessidade de um debate étnico-racial e sobre o feminismo negro”. A abertura do debate foi feita pelo companheiro Caiuá Cardoso Al-Alam (SESUNIPAMPA), que abordou, a partir da proposição no último CONAD feita pela base de uma Comissão da Verdade da Escravidão, a necessidade de sua viabilização no ANDES-SN. O companheiro fez uma análise histórica do período da escravidão e do pós-abolição, enfatizando o protagonismo de africanos e afrodescendentes no Brasil. Ainda mostrou o quanto o pensamento intelectual brasileiro segregou e estigmatizou negros e negras brasileiras. Por último, após demonstrar o quanto o estado nacional brasileiro deve reparações ao povo negro, propôs uma série de ações que pudessem viabilizar uma Comissão da Verdade, mas que abarcasse também o período do chamado Pós-abolição. Ações que inclusive poderiam visibilizar as trajetórias de militantes negras e negros dentro do ANDES-SN. Logo depois, a companheira Ediane Lopes (ADUNEB) abordou a trajetória do pensamento feminista negro em âmbito nacional e internacional, acusando as formas interseccionais que os movimentos sociais e o mundo acadêmico, após intensos enfrentamentos, foram provocados a pensar. A companheira chamou a atenção para a necessidade de um debate dentro da esquerda que viabilize recortes étnico-racial e de gênero dentro das análises de classe. Para Ediane isto não inviabiliza a perspectiva classista e sim a reforça pois reconhece as diferenças e intensifica a luta contra as diferentes opressões.

As/Os militantes vindos de todo o Brasil e que participaram das mesas neste dia elogiaram o formato da reunião do GT, pois proporcionou assim um acúmulo de um debate político e um amadurecimento em relação às diferentes políticas a serem adotadas pelo ANDES-SN. Foram realizados portanto, a partir das provocações feitas pelas mesas, intensos debates, que acabaram enfatizando no final da reunião a importância fundamental da luta de classes na política do sindicato, mas sem perder a dimensão dos recortes interseccionais, como de gênero e étnico-racial.

No dia 25 de setembro foi realizada a mesa de encerramento e organizativa, composta por João Negrão e Caroline Lima. Após os informes foi feita a apresentação da Cartilha contra as Opressões com seu histórico e importância, realizada pelos membros do GT que trabalharam durante um ano neste material. No segundo momento houve a apresentação das resoluções congressuais do ANDES em 2016 referentes ao GT e a sistematização dos encaminhamentos da reunião. Deliberou-se: Sobre o III Encontro de Mulheres do ANDES, após leitura das resoluções congressuais observou-se que não havia nenhuma TR entre 2013 e 2016 indicando a organização do III Seminário ou um Encontro, da mesma forma o II Seminário de Diversidade Sexual e o III Seminário de Ações Afirmativas. Diante disso, a plenária deliberou em propor a produção de TR com estes pontos para o próximo congresso do ANDES indicando a necessidade dessa agenda. Também uma TR específica para a criação da Comissão da Verdade da Escravidão e do Pós-Abolição que atue junto com a Comissão da verdade já existente no ANDES. Que a Coordenação do GT contribuísse no debate de conjuntura, pois a ofensiva conservadora está direcionada a criminalizar os movimentos feministas, negro, indígena e LGBTI. Pesquisar por PLs que interessem ao GT, como estão as tramitações e escrever TR sobre.  A plenária deliberou que a Coordenação via Circular provocará as seções sindicais para a distribuição da Cartilha Contra as Opressões. Plenária também propôs ações conjuntas com os GTPE e GTFPS. A próxima reunião será em Brasília-DF, e neste espaço haverá o debate sobre rodízios dos locais dos encontros do GT. Finalizamos com a aprovação das seguintes moções:

 

MOÇÃO DE APOIO

O ANDES-SN em reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe, questões étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual, entre os dias 24 e 25 de setembro de 2016, aprovou moção de apoio ao professor Nilton de Almeida Araújo, do Colegiado de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), que foi brutalmente abordado e covardemente agredido por policiais militares, que faziam ronda nas proximidades da sua casa, em Juazeiro, na manhã do dia 28 de novembro de 2015. O docente foi violentamente agredido numa abordagem policial, na qual, foi revistado, tratado com rispidez na frente dos vizinhos, agredido fisicamente com tapa no rosto, algemado, colocado no camburão e levado à delegacia. Nilton Araújo foi mais uma vítima do racismo institucional e da política do extermínio as populações negras no Brasil e na Bahia. Não permitiremos o racismo institucional e a violência policial. Todo apoio a Nilton de Almeida Araújo! 

 

Nota de Solidariedade

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN, em defesa da liberdade de cátedra, dos direitos sexuais e do Estado democrático de direito, manifesta seu apoio à professora universitária Tatiana Lionço.

No exercício da docência, a professora, doutora em psicologia, tem defendido o direito das crianças à descoberta dos próprios corpos, a liberdade de crença (que inclui o direito ao ateísmo e a não submissão a preceitos e dogmas de qualquer religião) e a democracia plena. Por sua atuação, desde 2012 tem sua vida pessoal e profissional exposta e atacada por políticos e fundamentalistas religiosos.

O uso de imagens da professora, a expondo de forma pejorativa e difamatória em redes sociais, além da deturpação de seus argumentos em acusações de campanhas financiadas por políticos ligados a grupos fundamentalistas e conservadores é um ataque a toda a classe docente. Essa violência não pode ser validada socialmente no compartilhamento dessas imagens e ameaças a sua integridade física e emocional, ação que esse sindicato repudia de forma veemente.

Enquanto professores/as nos indignamos que uma de nós seja repetidamente alvo de ataques políticos ao exercer sua função social de defesa de direitos e promoção de reflexões importantes para as mulheres, a população LGBT e todos/as nós que desejamos viver em um país justo para os grupos socialmente marginalizados por sua identidade de gênero e/ou orientação sexual.

Segunda, 29 Agosto 2016 15:05

 

 

Circular nº 265/16

Brasília, 25 de agosto de 2016

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN

 

Companheiros (as)

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Quest}F5es Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS conforme o que se segue:

 

Data: 24 e 25 de setembro (sábado e domingo)

Horário: Início: 9h do dia 24 (sábado)

                Término: 15h do dia 25 (domingo)

Local: Sede da Secretaria Regional Nordeste III do ANDES-SN (Av. Presidente Vargas, 60, Sobreloja 01/Barra Center - Salvador – BA; fones (71) 3264-2955 e 3264-3063)

Tendo em vista as resoluções congressuais a coordenação do GT construiu a seguinte proposta de pauta e cronograma:

 

Dia 24

1 - Apresentação da Coordenação do GT e da proposta de trabalho para 2016-2018

2 - Por uma Escola crítica e diversa: combater a lei da mordaça e a intolerância nos espaços formativos

3 - Comissão da Verdade da Escravidão no Brasil: Um debate étnico-racial

4 - Por uma outra história das Mulheres: racismo, classe e feminismo negro

 

Dia 25

5 - Organização do Encontro das Mulheres do ANDES-SN: eixos centrais; local do evento; período do evento; Programação

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof. Giovanni Frizzo

2º Secretário

 

Quarta, 22 Junho 2016 18:15

 

 

Circular Nº 185/16

 

 

Brasília (DF), 21 de junho de 2016

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e aos Diretores do ANDES-SN

 

 

 

Prezados (as) Companheiros (as),

 

Encaminhamos cartilha elaborada pelo Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual – GTPCEGDS, com o título: “Em defesa dos direitos das mulheres, dos indígenas, das(os) negras(os) e das(os) LGBT”. A cartilha segue nas versões para gráfica, impressão rápida e internet.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

Prof. Walcyr de Oliveira Barros

3º Tesoureiro

 

 

**** A CARTILHA ESTÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NO ARQUIVO ANEXO ABAIXO