Quarta, 03 Abril 2024 13:33

 

Há 60 anos, iniciava-se o período mais violento da história recente brasileira. Entre os dias 31 de março e 1 de abril, militares tomaram o poder, em um golpe empresarial-militar que instalou uma ditadura que durou 21 anos. Embora, a partir de 1985 o país tenha iniciado o processo de redemocratização, até hoje resquícios do autoritarismo, das desigualdades e da violência do Estado contra parcela da população ainda se fazem presentes em nossa sociedade.

Alguns desses legados ficaram mais evidentes durante o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, que por diversas vezes atacou a liberdade de cátedra e a autonomia universitária, perseguiu docentes e atentou contra a imprensa e seus profissionais. O Congresso Nacional atual também representa grande ameaça aos direitos sociais, em especial a educação. De acordo com levantamento do Instituto de Estudos da Religião, divulgado em matéria da Agência Pública, “os parlamentares de direita são autores da maior parte das propostas relacionadas à educação”, e os subtemas mais abordados são segurança nas escolas (por meio de violência), além da oposição completa ao debate sobre gênero e temas relacionados (como educação sexual e o uso da linguagem neutra).

Infelizmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um grande equívoco, optou por não avançar no enfrentamento às forças reacionárias e orientou o veto ministérios do seu governo de realizar ações que rememorassem os 60 anos do golpe empresarial-militar. Além disso, ainda não autorizou a recriação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, desfeita na gestão de Bolsonaro, e engavetou a criação do Museu da Memória e dos Direitos Humanos, anunciada em setembro de 2023, pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino. O anúncio aconteceu no Chile, quando eventos e manifestações marcavam os 50 anos do golpe militar encabeçado por Pinochet contra o governo de Allende.  

Ao longo das semanas, e especialmente nesse domingo (31/3) e segunda-feira (1/4), diversos movimentos sociais e sindicais em todo o país estão realizando manifestações, debates, aulas públicas, exibições de filmes, panfletagens e outras atividades artístico-culturais para marcar os 60 anos do golpe e ressaltar a importância a luta por verdade, memória, justiça e reparação.

Alguns dos impactos da ditadura na Educação
Oficialmente, o regime militar no Brasil assassinou 434 não indígenas e 8.350 indígenas, segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade. No entanto, devido há razões para acreditar que esse número seja bem maior, devido à dificuldade em se avançar em processos de resgate da memória e verdade desse período.

Durante a ditadura, dentro de universidades, foram instalados sistemas de espionagem contra docentes, estudantes e servidores/as técnico-administrativos/as. Essa vigilância resultou em prisões, mortes, desaparecimentos, privação de trabalho, proibição de matrículas e interrupção de pesquisas acadêmicas.

Dos 434 mortos e desaparecidos, 106 eram estudantes universitários, 12 docentes e 1 técnico administrativo, conforme o levantamento do professor de História Política, Milton Pinheiro, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Pinheiro foi um dos coordenadores da Comissão da Verdade do ANDES-SN. 

Acesse aqui o "Caderno ANDES 27 - Luta Por Justiça e Resgate da Memória - Comissão da Verdade do ANDES-SN".

Além da violência contra a comunidade acadêmica, que expressasse qualquer crítica ao regime, o governo militar também se empenhou em transformar os processos educacionais do país. O projeto, resultado de acordos entre o Ministério da Educação com a Agência dos Estados Unidos pelo Desenvolvimento Internacional, conhecidos como MEC-USAID, atacava todos os níveis da educação.

Entre as propostas adotadas, estavam a diminuição de carga horária de matérias de ciências humanas, a obrigatoriedade do ensino de inglês como segundo idioma, o foco na formação técnica para servir às transformações do mercado de trabalho, a priorização das ciências naturais e exatas nas universidades, bem como incentivo à privatização do ensino superior. Medidas muito semelhantes ao que vigora até hoje, algumas reforçadas pela reforma do Ensino Médio, aprovada no governo Temer.

GTHMD realizará atividades para marcar 60 anos do golpe 

Para fortalecer o debate sobre o impacto dos 21 anos de ditadura no Brasil, o Grupo de Trabalho História do Movimento Docente (GTHMD) do ANDES-SN realizará, em junho deste ano, o seminário "60 anos do Golpe de Estado de 1964 - Memória, Verdade, Justiça e Reparação". Em parceria com o Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical, também organizará um módulo do Curso Nacional de Formação Sindical, marcando as seis décadas da ditadura empresarial-militar no país, no primeiro semestre de 2024. 

“Na efeméride dos 60 anos do golpe empresarial-militar de 1964 o ANDES-SN reafirma o seu compromisso de luta por memória, verdade, justiça e reparação a todas as vítimas e a responsabilização de todos os atores que participaram do golpe, da consumação até o desfecho desse  que foi um dos momentos mais duros ao conjunto da classe trabalhadora de nosso país. Seguimos em luta por um efetivo processo que viabilize nas universidades, institutos e cefets a construção de marcos de memória, as desomenagens a partícipes da ditadura e um processo que é de formação política continuada, para que tenhamos força para a dar embate a todos os intentos golpistas do hoje e do amanhã”, afirma Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN.

No segundo episódio do programa Memórias e Lutas do Movimento Docente, o Sindicato Nacional traz o depoimento da professora aposentada da Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante do grupo Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra. Ela própria uma vítima das atrocidades praticadas pelos agentes da repressão. Assista aqui.

 

Fonte: Andes-SN

Quarta, 03 Abril 2024 10:32

Atualizada às 16h30 do dia 05/04 para disponibilização dos dados finais oficiais* 

 

A comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) escolheu, nesta terça-feira, 02/04, os professores Marluce Souza e Silva e Silvano Galvão para administrar a instituição pelos próximos quatro anos. Considerando a proporção de 1/3 das categorias (estudantes, professores e técnicos), a chapa 1 recebeu 50,7% do total de votos, e a chapa 2, do atual reitor, Evandro Soares, e a candidata a vice, Márcia Hueb, recebeu 47,5%.

 

O resultado do pleito foi conhecido já na noite de terça-feira. No entanto, a ata final da apuração foi lida às 18h do dia 03/04, após a contagem de todos os votos, incluindo os em separado, que embora sejam menores em números, acabam sendo os mais demorados, porque são avaliados um a um.   

 

Foram computados 7.033 votos, sendo 3.821 para a chapa vitoriosa e 3.109 para a segunda colocada, uma diferença de 712 votos. A votação mais expressiva foi entre os estudantes, onde a chapa vencedora recebeu 59,18% do total de votos; entre os servidores técnico-administrativos, a chapa conquistou 51,2% dos votos e, entre os docentes, 41,8% (confira todos os números aqui).

 

Conforme acordado entre todos os envolvidos antes mesmo do início do processo, a chapa indicada pela comunidade no final da votação desta terça-feira ocupará o primeiro lugar na lista tríplice enviada ao Governo Federal e, seguindo a tradição democrática, deve ser a indicada ao posto.

 

De acordo com o Artigo 9º do Decreto 1.916/96, que regulamenta o processo de escolha dos dirigentes das instituições federais de ensino superior nos termos da Lei 9192/95, as listas para escolha e nomeação, acompanhadas do regulamento do processo de consulta, devem ser encaminhadas ao Ministério da Educação e do Desporto até sessenta dias antes de findo e mandato do dirigente que estiver sendo substituído. Assim, as listas elaboradas pelos três conselhos da UFMT (Universitário/ Consuni, Ensino Pesquisa e Extensão/ Consepe, e Conselho Diretor) deverão ser enviadas até 08/08 e as nomeações deverão ocorrer no início de outubro, já que a atual gestão terá fim no dia 08/10.

 

A chapa vencedora foi a única que se comprometeu com as demandas apresentadas pela Adufmat-Ssind, a partir da assinatura de uma Carta Pública de reivindicações em cerimônia realizada no dia 26/03. A chapa derrotada foi igualmente convidada, mas não compareceu nem justificou a ausência (leia mais aqui).  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Terça, 02 Abril 2024 14:56

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto Boaventura da Silva Sá

Dr. em Ciências da Comunicação/USP

Professor de Literatura; aposentado da UFMT

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Embora possa parecer algo novo para muita gente, as tais “disputas de narrativas” sempre fizeram parte de qualquer contexto social. Mikhail Bakhtin, com outras terminologias e reflexões teóricas do real concreto, antes de qualquer acadêmico da pós-modernidade, já tratara isso em seus trabalhos, muitos focados no período medieval.

Portanto, no plano coletivo, como seres sociais que somos, estamos sempre disputando a hegemonia – à lá proposição de Gramsci –para fazer valer a força de nossas construções discursivas. Logo, tudo normal e legítimo em sociedades democráticas. O anormal é abrir mão dessa disputa, ainda mais se se tratar de sujeito político que dispõe de indiscutível projeção social acima de tantos “meros mortais”.

A quem ainda não captou a noção indireta deste meu discurso até aqui, agora, serei direto: o presidente Lula, que gosta de “falar até pelos cotovelos”, a menos que venha a mudar de ideia, preferiu se calar a falar qualquer coisa que fosse sobre o 31 de março de 1964, que é um dos momentos mais trágicos de nossa história recente, pois nos impunha, há 60 anos, um golpe militar, com todo tipo de crueldade (de censuras a torturas) que esse dispositivo militar tão bem sabe fazer alhures contra civis que não lhes lambam as botas.

Conforme foi noticiado pela Folha de São Paulo, setores do governo chegaram a ensaiar pedidos de desculpas por essa tragédia. Todavia, Lula teria vetado (logo, censurado) qualquer tipo de manifestação por parte de quem quer que fosse de seu governo. Em outras palavras, sem palavras. Só o silêncio, onde impera a mordaça, como bem apreciam todos os antidemocratas, dos mais explícitos aos enrustidos, de direita e/ou de esquerda.

De minha parte, que circunstancialmente votei em Lula nas últimas eleições, mas apenas para ajudar a interromper um tipo de aberração política então em curso, afirmo que nenhum motivo do veto desse camaleônico mito de nossa política poderia ser maior do que a necessidade do forte embate discursivo. Infelizmente, o seu silêncio pode dar espaço para que a perigosíssima extrema direita revigore suas forças políticas para, mais uma vez, tratar cinicamente o golpe como ato revolucionário, e mais adiante tentar um retorno à presidência.

Mas por que a fala de Lula e, por extensão, a fala de todos os cidadãos verdadeiramente democráticos seriam tão importantes?

Porque, mesmo o país estando sob a égide de um momento democrático, censuras ainda se encontram bem presentes. Para dificultar o trânsito social das pessoas realmente críticas, a censura em nosso país tem se manifestado de formas diferentes, e por sujeitos sociais, em tese, também diferentes.

E, aqui, talvez, resida um dos maiores nós sociais que temos para desatar, qual seja, o abraço, ou o encontro mesmo, por meio de práticas antidemocráticas, de supostos esquerdistas com genuínos e assumidos extremistas da direita.

Para ser mais objetivo, tomarei o espaço escolar (em todos os níveis do ensino formal) como exemplo desse dificílimo caminhar social no fio da navalha. Sob a ótica do atual ambiente escolar brasileiro, como um microcosmo social, à lá O Ateneu, de Raul Pompéia, podemos ver como se tornou difícil escapar das censuras que se nos apresentam.

De um lado, extremistas da direita, que sempre vislumbram a ditadura, além de nos censurar com o que equivocadamente chamam de “ideologia de gênero” e seus congêneres, censuram-nos também com um tipo de “queima” de livros, como, por exemplo, o que estão a fazer com o romance O Avesso da Pele de Jeferson Tenório.

Do lado que se pensa ser oposto a isso, as censuras não são menos agressivas. Defensores de determinadas pautas de grupos sociais (principalmente, os afros, os feministas e os LGBTQIAmais...) nos impõem censuras que vão do uso – ou do impedimento do uso – de determinados termos linguísticos, do constrangimento público – que é um tipo de assédio moral –,a ameaças de agressões físicas, como uma pela qual passei em um evento do ANDES-SN (Sindicado Nacional do Docentes), ocorrido há alguns anos em Curitiba. Portanto, do “meu lugar de fala social”, do qual me faço valer neste momento, não estou a falar de coisas abstratas.

Por tudo isso, que realmente não é pouca coisa, o dia 31 de março deste ano, como os subsequentes também, jamais poderia(m) passar (ou ter passado) em branco, sem um discurso contundente do atual presidente da República, que se vende politicamente de mais democrático do que o antecessor, este, explicitamente um golpista, por ora, fracassado.

As memórias dessa fatídica data deveriam nos servir de embasamento para profundas reflexões e autoavaliações necessárias. Este momento, deveria ser (ou ter sido) um momento didático, de muito aprendizado, principalmente para as novas gerações.

Em tempo: assim que dei por concluído o artigo acima, com muita satisfação, li, no Correio Brasiliense, de 29 pp., que o “PT ignora Lula, condena golpe e cobra volta da Comissão de Desaparecidos”. Era o mínimo.

Terça, 02 Abril 2024 14:37

 

Nesta terça-feira, 02/04, docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) escolhem a Reitoria que administrará a instituição pelos próximos quatro anos. Conforme acordado entre todos os envolvidos antes mesmo do início do processo, a chapa indicada pela comunidade no final da votação de hoje, que já se dá em segundo turno, ocupará o primeiro lugar na lista tríplice enviada ao Governo Federal e, seguindo a tradição democrática, deve ser a indicada ao posto.     

 

Na segunda-feira, 01/04, a comunidade ouviu o último debate entre os candidatos Marluce Souza e Silva e Silvano Galvão (Chapa 1) e Evandro Soares e Márcia Hueb (Chapa 2). O auditório do teatro universitário estava praticamente lotado, mas, muito embora as duas candidaturas representem grandes diferenças de concepção de universidade e formas de financiamento, o debate acabou perdendo algum espaço para acusações sem provas e o atual reitor, Evandro Soares, que ignorou o convite da Associação dos Docentes (Adufmat-Ssind) para assinar carta de compromisso no dia 26/02 afirmou, em resposta à pergunta da própria entidade, que considera justo cobrar pela sua permanência nos campi.    

 

O debate começou com as falas das entidades que organizam e realizam o pleito. A representante dos servidores técnico-administrativos, Merilin Castro (Sindicato dos Técnicos – Sintuf/MT), lembrou que a categoria está em greve e que os trabalhadores esperam diálogo da próxima administração. O representante estudantil (Diretório Central dos Estudantes - DCE), Wesley Da Mata, ressaltou a dedicação da comunidade acadêmica na construção da Consulta. Pela Adufmat-Ssind, o diretor geral, Maelison Neves, lembrou que na mesma data o golpe empresarial-civil-militar sofrido no Brasil em 1964 completou 60 anos, e a realização da consulta significa mais uma forma de reafirmar a ojeriza a este modelo nefasto de política.     

 

Em seguida as chapas se apresentaram e a Comissão deu início ao primeiro bloco de perguntas, feitas pelas categorias. O Sintuf-MT perguntou sobre as propostas de incentivo à qualificação da categoria, que é um direito, mas muitas vezes esbarram nas chefias, até mesmo pela falta de técnicos. A Adufmat-Ssind perguntou qual será a postura da gestão em relação às sedes da entidade dentro dos campi, e, por fim, o DCE questionou sobre as políticas voltadas para as mães, especialmente do período noturno.

 

A Chapa 1 respondeu que é solidária à greve dos servidores técnico-administrativos e que tem propostas de valorização e qualificação para todos os servidores e de melhoria de condições para os estudantes. Além disso, afirmou que o dimensionamento da falta de técnicos será construído junto com as entidades. Sobre as sedes da Adufmat-Ssind e de todas as outras entidades, afirmou que estarão garantidas. “As entidades sempre estiveram dentro, perto, não é possível que sejamos expulsos da nossa casa. As entidades inclusive, estão realizando este processo tão importante para todos nós. Em Sinop os centros acadêmicos não têm nem sala. Nós estaremos atentos a garantia dos direitos dos trabalhadores”, afirmou a candidata pela Chapa 1, professora Marluce Souza e Silva.

 

A Chapa 2 respondeu que a capacitação dos servidores técnico-administrativos não é só uma promessa, mas uma realidade. “Implantamos um mestrado exclusivamente para os técnicos – isso representa um aumento de cerca de 50% de salário. Para o próximo ano, temos a proposta de mais três mestrados ou um doutorado, dependendo da demanda”, disse o candidato da Chapa 2, Evandro Soares. Sobre as sedes da Adufmat-Ssind, o atual reitor afirmou que não existe cobrança de aluguel, nem de luz ou internet, que tudo é pago com recursos públicos e, se a Adufmat-Ssind recebe contribuição sindical, precisa pagar as próprias contas. Reafirmou, assim, a ideia de cobrar aluguel das entidades apesar dos contratos de comodato em plena vigência, como já tentou fazer em 2021. “Temos que fazer o que é legal e certo”, concluiu, sem tocar no fato de que ignorou a convocação da Adufmat-Ssind para assinatura da carta de compromissos – que continha, inclusive, a cláusula de respeito ao contrato de comodato.

 

Sobre as políticas para as discentes que são mães, Soares afirmou que a Andifes conseguiu aumentar o recurso destinado ao Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil) e isso permitirá o pagamento de bolsa às mães; o candidato se colocou contrário à proposta de creche defendida pela Chapa 1, dizendo que isso fere os princípios de universalidade e equidade do serviço público. Voltando a citar sua preferência pela “legalidade”, defendeu a atuação em favor da aprovação do PL 2189/19 (Gustinho Ribeiro - SOLIDARI/SE), que visa a criação de “espaços kids” dentro das instituições de ensino.

 

Foi justamente durante o segundo bloco, quando as perguntas deveriam ser feitas pelas próprias chapas, que as acusações tiveram maior expressividade. O candidato da Chapa 2, Evandro Soares, atacou sua oponente, dizendo que, como diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) há oito anos, ela também era responsável pelo caos que denuncia, mas preferiu ser o tipo de diretor “inerte, que transfere sua responsabilidade aos outros”. “Se é assim agora, imaginem depois?”, provocou, como fez em praticamente todos os debates. Por fim, questionou quais foram as principais mudanças no ICHS durante sua gestão e como conseguiu recursos. Neste mesmo bloco o atual reitor disse, sem nenhuma prova, que a candidata da Chapa 1 faltou a metade das atividades do Conselho Universitário quando era conselheira, e também atacou apoiadores da chapa adversária.

 

A candidata da Chapa 1, Marluce Souza e Silva, rebateu. “Quando a pessoa enxerga só a si mesmo, tem dificuldade de reconhecer as contribuições dos outros. Eu não sou gestora de gabinete, eu ando nos corredores, converso com os estudantes, técnicos e docentes”, pontuou, respondendo, em seguida, que durante as suas duas gestões no ICHS nunca deixou de realizar pesquisas, seminários regionais e nacionais, além do maior projeto de extensão da universidade - que totalizou 900 horas - com palestrantes de reconhecimento nacional e internacional. Também disse que nunca deixou de dialogar com as entidades representativas, lançar livros, e deu um prazo de 48h para que Evandro apresente provas sobre suas ausências no Consuni e que sustentem os ataques aos seus apoiadores. “Nós poderíamos ter realizado muito mais se não estivéssemos aqui, enfrentando as dificuldades. Eu fui do Consuni, sim, ajudei a construir muitas coisas, inclusive um plano de segurança para a universidade que foi aprovado em abril de 2023 e até agora não foi implementado. Então eu devolvo a pergunta, o que foi que você fez, Evandro?”, finalizou a candidata.

 

Em resposta, o candidato da Chapa 2 disse que conseguiu recursos diversos para a instituição, com parlamentares de todas as inspirações ideológicas, sendo R$ 12 milhões para a saúde indígena, cerca de R$ 500 mil para a Equoterapia, os quais fez questão de dizer que vieram do deputado federal Abílio Brunini (PL/MT), entre outros. “Eu trabalho não para mim, mas para que os outros realizem seus projetos”, afirmou Soares.

 

Souza e Silva voltou a reclamar das perdas orçamentárias que a universidade não conseguiu recuperar, e Soares respondeu que sua gestão mudou a UFMT quando inseriu um plano estratégico de discussão do orçamento dentro dos conselhos.

 

A preocupação com orçamento é uma das principais dentro da instituição. Estima-se que, nos últimos 10 anos, as universidades federais perderam cerca de R$ 120 bilhões do recurso destinado ao ensino superior. Isso ficou ainda mais claro na abertura do terceiro bloco do debate, com a pergunta da professora Meire Rose, sobre como administrar a instituição com recursos insuficientes.

 

A pergunta dos técnico-administrativos foi sobre como melhorar a gestão de contratos, fiscalizados pelos servidores, que acabam sofrendo críticas injustamente e, em alguns casos, até assédio. O segmento estudantil perguntou sobre as propostas de extensão para levar a universidade para além dos muros da UFMT.

 

A candidata da Chapa 1 iniciou as respostas, reafirmando que não será fácil administrar com orçamento tão reduzido, e que justamente por isso a comunidade, como um todo, precisa debater como melhor utilizá-lo. O candidato à vice-reitor, Silvano Galvão, respondeu sobre a fiscalização, alegando que as críticas ouvidas dizem respeito à indicação aleatória de pessoas para este ofício. “A discussão tem de ser a qualificação e diálogo humanizado com os técnicos, porque as vezes nem ele mesmo quer ficar naquela função. Então, temos de buscar as experiencias exitosas para que possamos melhorar dia após dia esse setor”, disse. Sobre a extensão, a Chapa 1 respondeu que é um dos pilares da universidade que mais arrecada recursos e que estes não estão sendo utilizados em seu benefício atualmente, o que é um equívoco.  

 

O candidato da Chapa 2, Evandro Soares, afirmou que continuará buscando emendas parlamentares e estabelecendo relacionamentos com os setores público e privado para arrecadação de recursos. Sobre a análise de contratos, lamentou que a universidade já teve 25 engenheiros no setor e hoje não tem nem 10, devido a perda de servidores técnico-administrativos. Sua proposta, no entanto, é fazer um termo administrativo que permita a contratação de empresa terceirizadas para fiscalizar os contratos com outras empresas terceirizadas. Com relação à extensão, exaltou políticas voltadas às populações indígena e quilombola, o programa Bid-Pantanal, ampliação das bolsas e a realização da Jornada Universitária pela Reforma Agrária (Jura).

 

Novo bloco de perguntas trouxe questões relacionadas às políticas para a pós-graduação e as péssimas condições do Restaurante Universitário (RU), além do corte de bolsas no orçamento da UFMT.

 

De acordo com a candidata Marluce Souza e Silva, a pós-graduação da UFMT é bem autônoma, inclusive para a captação de recursos, o que facilita a sua gestão, diferentemente da graduação. No entanto, há problemas gerados pela falta de técnicos, e isso precisa ser resolvido. Com relação ao Restaurante Universitário, reafirmou as péssimas condições denunciadas há anos pelos estudantes, além dos problemas nas contas, como o quilo de açúcar a R$ 53, que não foram resolvidos até hoje. A candidata também falou sobre os problemas que atingiram recentemente as aulas de campo os estudantes, incluindo a contaminação de alguns deles.

 

O candidato Evandro Soares afirmou que a melhoria da pós-graduação está ligada à internacionalização, e que a atual gestão investiu nisso trazendo convidados internacionais e recursos para publicações. Seminários para que a sociedade decida quais são suas demandas, além da disponibilização de “cartão pesquisador” também foram citadas como políticas que podem ajudar. Com relação ao RU, pareceu nervoso ao reclamar que as denúncias devem ser lavadas à ouvidoria da instituição, que alegou ser uma das melhores do país. “Quem não faz denúncia é conivente. Quem não faz a denúncia à ouvidoria e fala aqui no púlpito está prevaricando”, disse. A candidata à vice-reitora, Márcia Hueb, se colocou à disposição para atuar pessoalmente no caso dos estudantes intoxicados durante aula de campo, e destacou que não se pode falar de hospitalização sem saber das causas.

 

O último bloco, das Considerações finais, foi basicamente marcado por agradecimentos e pedidos de votos por parte das duas chapas. A Chapa 1 destinou parte do seu tempo à leitura do depoimento dos estudantes de Geologia que foram intoxicados durante aula de campo. Eles denunciaram falta de condições de hospedagem e alimentação, além do transporte, como no caso em que houve a explosão de um dos pneus do ônibus que transportava estudantes do curso de Geografia (saiba mais aqui).  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Segunda, 01 Abril 2024 13:33

 

No dia 1º de abril de 1964, generais fascistas, apoiados por uma esquadra de navios de guerra estadunidenses, destituíram o presidente João Goulart e tomaram o poder. Após isso, impuseram ao país 21 anos de torturas, assassinatos, genocídio e ataque aos direitos dos trabalhadores.

O povo brasileiro foi submetido a 21 anos de tirania e o atual governo do PT, mesmo após um ano e três meses de ter tomado posse, ainda não reorganizou a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, criada em 1995 e extinta por Bolsonaro.

O relatório da COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE reconheceu oficialmente 434 morto(a)s e desaparecido(a)s durante o período.

Para jamais esquecer daqueles que tombaram na luta e da impunidades dos torturadores da ditadura militar, venha participar da mesa de debate: Ditadura Nunca Mais, a Importância da Luta Por Memória Verdade e Justiça.

 

Data e horário: Quinta-feira (04/04), às 9h
Local: Adufmat-Ssind

 

Lembrar para nunca esquecer, ditadura militar nunca mais!

Segunda, 01 Abril 2024 13:03

 

 

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Publicamos a pedido do professor Breno Santos 


É com alegria e esperança de mudança que nós, docentes do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso que subscrevem esta carta, nos colocamos publicamente em apoio à CHAPA 1 - UFMT QUE QUEREMOS!

A CHAPA 1 representa para nós uma candidatura construída coletivamente, plural na sua composição e firme nos seus compromissos em defesa da UFMT, da universidade pública brasileira e das humanidades, tão duramente atacadas e desvalorizadas, tanto externamente quanto (e isso é mais revoltante) internamente à nossa comunidade.

A professora Marluce e o professor Silvano carregam uma longa história de luta contra os desmontes das Universidade Públicas, e em defesa do serviço público e dos direitos sociais. Se localizam no campo que combate firmemente o negacionismo, a precarização e o privatismo desenfreado, e que defende sem hesitação uma universidade democrática, melhores condições de trabalho para docentes, TAEs e estudantes, além do direito fundamental ao acesso e permanência do nosso corpo discente.

UFMT QUE QUEREMOS é uma universidade que, diferentemente do que temos enfrentado nos últimos anos, cumpra sua função social com a prioridade do público sobre o privado, com orçamento coletivamente construído e coerente com as necessidades locais, com integração real e qualitativa entre os campi universitários, com uma graduação e uma pós-graduação de qualidade em todas as áreas do conhecimento.

À frente do nosso Instituto, o ICHS, a professora Marluce tem sido incansável na defesa da ciência, das humanidades, da gestão transparente e da democracia dentro e fora da universidade. Para muitos e muitas de nossas discentes, a professora Marluce sempre foi um referência na disputa por condições dignas de trabalho e estudo, e a grande adesão do estudantado à CHAPA 1 no primeiro turno demonstra isso. E não tem sido diferente sua relação com os e as servidoras técnicas e docentes da UFMT.

Por essas e outras razões, apostando em um futuro melhor para nossa universidade, no dia 02 de abril vamos de CHAPA 1, para construir coletivamente a UFMT QUE QUEREMOS!

Assinam este manifesto os/as docentes:

Breno R. G. Santos
Sara Juliana Pozzer da Silveira
Beatriz Sorrentino Marques
Maria Cristina Theobaldo
Angelo Zanoni Ramos
Rodrigo Marcos de Jesus
Mario Spezzapria
Roberto de Barros Freire
Alécio Donizete

Quarta, 27 Março 2024 17:29

 

 

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José Domingues de Godoi Filho*


O ANDES-SN , via Circular nº 067/2024, convocou  reunião do setor das federais, para o dia 22 de março de 2024 e indicou a realização prévia de rodada de assembleias gerais das seções sindicais, no período entre 11 e 21 de março. Solicitou, ainda,  que as seções sindicais pautassem  em suas assembleias:

a) A construção de uma greve do ANDES SN e do setor da educação, no primeiro semestre de 2024, tendo como horizonte a construção de uma greve unificada no funcionalismo público federal em 2024.

b) Constituição dos comitês locais de mobilização como passo fundamental para ampliar a mobilização da categoria e construir as pautas locais com agendas e ações de mobilização, buscando a articulação com os demais trabalhadores e estudantes das universidades, institutos federais e CEFETs.

A ADUFMAT realizou sua assembleia no dia 14 de março e aprovou o indicativo de construção de uma greve no primeiro semestre de 2014, tal como decidido no 42º Congresso, em Fortaleza, de 26 de fevereiro até 01 de março.

A reunião do setor das federais teve como pauta e proposta de programação:

22/03/2024 (sexta-feira)

9h – Abertura;

9h15 – Informes Nacionais;

9h30 – Informes das Seções;

11h – Conjuntura e Construção da Greve: Discussão sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a construção da greve e constituição dos comitês locais de mobilização;

13h30 – Almoço;

15h – Encaminhamentos;

18h – Encerramento.

Participaram, presencialmente, da reunião 37 seções sindicais e outras enviaram informações sobre o indicativo de greve. A partir das informações e discussões ocorridas na reunião foram definidos os próximos passos(Circular 106/2024) e convocada a reunião do setor das federais para o dia 10/04/2024.(Circular 107/2024).

A proposta aprovada, na reunião do setor das federais, foi a seguinte:

Rodada de assembleias - 26 de março a 09 de abril 

Reunião do Setor - 10 de abril

Tempo de 72h para informar governo e reitorias

Indicativo para deflagração - 15 de abril

A pauta das assembleias gerais deve abordar os seguintes temas:

1. Deflagração de greve para o dia 15 de abril.

2. Criação e estratégias de organização de comitês locais de mobilização.

3. Construção de pautas locais .

PROPOSTAS GERAIS DE ENCAMINHAMENTOS.

Após amplo debate, foram apreciadas e encaminhadas as seguintes questões:

• Intensificar a produção de material do ANDES-SN e material unificado com as entidades da Educação sobre a greve e suas pautas;

• Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Mobilização e Paralisação com foco em ações nos estados e locais de trabalho em articulação com os demais servidores públicos federais e que sejam realizadas ações de mobilização como universidade na rua, panfletagem, passagem nos departamentos, etc. Reforçar a orientação para paralisação onde for possível.

• Construir a jornada de lutas do FONASEFE de 16 a 18 de abril com atividades em Brasília: 16/04 - Audiência Pública na Câmara Federal; 17/04 - Caravana e Marcha em Brasília dos servidores; 18/04 - Atividades setoriais - Perspectiva de construção de Ato no MEC com entidades da Educação.

• Incorporar em nossa agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da FASUBRA e SINASEFE.

• Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes, criando comitês onde ainda não existe.
As discussões durante a reunião do setor das federais reforçaram: “o acerto da decisão do congresso de construção da greve e a mobilização que isso provocou em nossas bases, visto que as assembleias foram mais expressivas do que no último período; necessidade de avançarmos na luta em defesa da universidade pública, pelas nossas condições de trabalho, pelo orçamento e salário, com isso a necessidade de construção de um bom calendário de luta para a construção da greve. Várias manifestações colocaram a diferença de estágios de mobilização de cada uma das seções, devido aos calendários, a capacidade de mobilizações das universidades, a articulação com a greve dos técnicos.

Também foi ressaltada “a diferença de calendário com as demais entidades e avaliado algo mais adequado à realidade do ANDES e das nossas seções sindicais; a importância de não abandonar a mobilização, às ruas e nosso instrumento da greve em virtude do avanço fascismo, mas mobilizar para disputar a consciência. Nossas conquistas são resultado de lutas e de greves e não temos que ter medo de dizer que o fundo público está sendo destinado ao grande capital e aos grupos privados, independente de partidos ou lideranças políticas.

A ADUFMAT marcou assembleia geral para o dia 04 de abril, às 13:30 horas, para deliberar sobre a deflagração da greve. A participação dos sindicalizados será fundamental para a tomada de decisões, tendo em vista o histórico de luta da entidade. Vamos todos para a luta.

*Professor da UFMT/Faculdade de Geociências, foi o representante da assembleia geral da ADUFMAT na reunião do setor das federais.

 

Quarta, 27 Março 2024 17:27

 

 

 

Circular n.º 114/2024

Brasília (DF), 27 de março de 2024.

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN.

 

Assunto: Convoca Reunião do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCeT).

 

Companheira(o)s,

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCeT), conforme o que se segue:

 

Data: 4 de maio de 2024 (sábado);

Horário: das 9 às 18h30;

Local: Sede do ANDES-SN.

 

Ressaltamos a necessidade de confirmação da participação de até 2 (duas/dois) representantes, por meio do preenchimento do formulário disponível no link: https://forms.gle/QAaETSnASVrhEMw27 até o dia 26 de abril de 2024 (sexta-feira).

 

PROGRAMAÇÃO DA REUNIÃO DO GTCeT (4/5/2024):

  • 9h às 9h30 – Abertura;
  • 9h30 - Painel 1: Os impactos do produtivismo acadêmico na parentalidade;
  • 12h – Almoço;
  • 13h30 - Painel 2: Os Impactos da Inteligência Artificial na produção do conhecimento;
  • 16h - Intervalo para lanche;
  • 16h30 - Retomada das deliberações do 42° Congresso do ANDES-SN;
  • 17h30 às 18h30 - Encaminhamentos.

As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviá-los até, às 18h, dia 26 de abril (sexta-feira), exclusivamente por formulário disponível no linkhttps://forms.gle/jHwSv3RbwP4J4btp6, para serem publicados junto ao relatório da reunião.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof.ª Annie Schmaltz Hsiou

3ª Secretária

Quarta, 27 Março 2024 17:22

 

Seguindo o calendário do Andes Sindicato Nacional e da UFMT, a Adufmat-Ssind informa que não haverá expediente na sede, em Cuiabá, nem nas subsedes de Sinop e Araguaia, nos dias 28 e 29/03. 

Retomaremos as atividades na segunda-feira, 01/04. 

 

Adufmat-Seção Sindical do Andes Sindicato Nacional

Quarta, 27 Março 2024 11:09

 


 
A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 04 de abril de 2024 (quinta-feira)

Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

 
Pauta:
 
1) Informes;

2) Deflagração de Greve.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.



 
 
Cuiabá, 27 de março de 2024

Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais