Quarta, 27 Março 2024 17:29

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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José Domingues de Godoi Filho*


O ANDES-SN , via Circular nº 067/2024, convocou  reunião do setor das federais, para o dia 22 de março de 2024 e indicou a realização prévia de rodada de assembleias gerais das seções sindicais, no período entre 11 e 21 de março. Solicitou, ainda,  que as seções sindicais pautassem  em suas assembleias:

a) A construção de uma greve do ANDES SN e do setor da educação, no primeiro semestre de 2024, tendo como horizonte a construção de uma greve unificada no funcionalismo público federal em 2024.

b) Constituição dos comitês locais de mobilização como passo fundamental para ampliar a mobilização da categoria e construir as pautas locais com agendas e ações de mobilização, buscando a articulação com os demais trabalhadores e estudantes das universidades, institutos federais e CEFETs.

A ADUFMAT realizou sua assembleia no dia 14 de março e aprovou o indicativo de construção de uma greve no primeiro semestre de 2014, tal como decidido no 42º Congresso, em Fortaleza, de 26 de fevereiro até 01 de março.

A reunião do setor das federais teve como pauta e proposta de programação:

22/03/2024 (sexta-feira)

9h – Abertura;

9h15 – Informes Nacionais;

9h30 – Informes das Seções;

11h – Conjuntura e Construção da Greve: Discussão sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a construção da greve e constituição dos comitês locais de mobilização;

13h30 – Almoço;

15h – Encaminhamentos;

18h – Encerramento.

Participaram, presencialmente, da reunião 37 seções sindicais e outras enviaram informações sobre o indicativo de greve. A partir das informações e discussões ocorridas na reunião foram definidos os próximos passos(Circular 106/2024) e convocada a reunião do setor das federais para o dia 10/04/2024.(Circular 107/2024).

A proposta aprovada, na reunião do setor das federais, foi a seguinte:

Rodada de assembleias - 26 de março a 09 de abril 

Reunião do Setor - 10 de abril

Tempo de 72h para informar governo e reitorias

Indicativo para deflagração - 15 de abril

A pauta das assembleias gerais deve abordar os seguintes temas:

1. Deflagração de greve para o dia 15 de abril.

2. Criação e estratégias de organização de comitês locais de mobilização.

3. Construção de pautas locais .

PROPOSTAS GERAIS DE ENCAMINHAMENTOS.

Após amplo debate, foram apreciadas e encaminhadas as seguintes questões:

• Intensificar a produção de material do ANDES-SN e material unificado com as entidades da Educação sobre a greve e suas pautas;

• Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Mobilização e Paralisação com foco em ações nos estados e locais de trabalho em articulação com os demais servidores públicos federais e que sejam realizadas ações de mobilização como universidade na rua, panfletagem, passagem nos departamentos, etc. Reforçar a orientação para paralisação onde for possível.

• Construir a jornada de lutas do FONASEFE de 16 a 18 de abril com atividades em Brasília: 16/04 - Audiência Pública na Câmara Federal; 17/04 - Caravana e Marcha em Brasília dos servidores; 18/04 - Atividades setoriais - Perspectiva de construção de Ato no MEC com entidades da Educação.

• Incorporar em nossa agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da FASUBRA e SINASEFE.

• Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes, criando comitês onde ainda não existe.
As discussões durante a reunião do setor das federais reforçaram: “o acerto da decisão do congresso de construção da greve e a mobilização que isso provocou em nossas bases, visto que as assembleias foram mais expressivas do que no último período; necessidade de avançarmos na luta em defesa da universidade pública, pelas nossas condições de trabalho, pelo orçamento e salário, com isso a necessidade de construção de um bom calendário de luta para a construção da greve. Várias manifestações colocaram a diferença de estágios de mobilização de cada uma das seções, devido aos calendários, a capacidade de mobilizações das universidades, a articulação com a greve dos técnicos.

Também foi ressaltada “a diferença de calendário com as demais entidades e avaliado algo mais adequado à realidade do ANDES e das nossas seções sindicais; a importância de não abandonar a mobilização, às ruas e nosso instrumento da greve em virtude do avanço fascismo, mas mobilizar para disputar a consciência. Nossas conquistas são resultado de lutas e de greves e não temos que ter medo de dizer que o fundo público está sendo destinado ao grande capital e aos grupos privados, independente de partidos ou lideranças políticas.

A ADUFMAT marcou assembleia geral para o dia 04 de abril, às 13:30 horas, para deliberar sobre a deflagração da greve. A participação dos sindicalizados será fundamental para a tomada de decisões, tendo em vista o histórico de luta da entidade. Vamos todos para a luta.

*Professor da UFMT/Faculdade de Geociências, foi o representante da assembleia geral da ADUFMAT na reunião do setor das federais.

 

Quarta, 27 Março 2024 17:27

 

 

 

Circular n.º 114/2024

Brasília (DF), 27 de março de 2024.

 

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretora(e)s do ANDES-SN.

 

Assunto: Convoca Reunião do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCeT).

 

Companheira(o)s,

 

Convocamos reunião do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTCeT), conforme o que se segue:

 

Data: 4 de maio de 2024 (sábado);

Horário: das 9 às 18h30;

Local: Sede do ANDES-SN.

 

Ressaltamos a necessidade de confirmação da participação de até 2 (duas/dois) representantes, por meio do preenchimento do formulário disponível no link: https://forms.gle/QAaETSnASVrhEMw27 até o dia 26 de abril de 2024 (sexta-feira).

 

PROGRAMAÇÃO DA REUNIÃO DO GTCeT (4/5/2024):

  • 9h às 9h30 – Abertura;
  • 9h30 - Painel 1: Os impactos do produtivismo acadêmico na parentalidade;
  • 12h – Almoço;
  • 13h30 - Painel 2: Os Impactos da Inteligência Artificial na produção do conhecimento;
  • 16h - Intervalo para lanche;
  • 16h30 - Retomada das deliberações do 42° Congresso do ANDES-SN;
  • 17h30 às 18h30 - Encaminhamentos.

As seções sindicais que quiserem socializar os seus informes devem enviá-los até, às 18h, dia 26 de abril (sexta-feira), exclusivamente por formulário disponível no linkhttps://forms.gle/jHwSv3RbwP4J4btp6, para serem publicados junto ao relatório da reunião.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof.ª Annie Schmaltz Hsiou

3ª Secretária

Quarta, 27 Março 2024 17:22

 

Seguindo o calendário do Andes Sindicato Nacional e da UFMT, a Adufmat-Ssind informa que não haverá expediente na sede, em Cuiabá, nem nas subsedes de Sinop e Araguaia, nos dias 28 e 29/03. 

Retomaremos as atividades na segunda-feira, 01/04. 

 

Adufmat-Seção Sindical do Andes Sindicato Nacional

Quarta, 27 Março 2024 11:09

 


 
A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 04 de abril de 2024 (quinta-feira)

Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

 
Pauta:
 
1) Informes;

2) Deflagração de Greve.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.



 
 
Cuiabá, 27 de março de 2024

Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais

Quarta, 27 Março 2024 10:52

 

 

Somente os candidatos à Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) 2024 pela Chapa 1 - UFMT que queremos, Marluce Souza e Silva (reitora) e Silvano Galvão (vice-reitor) compareceram ao chamado da Adufmat-Ssind para comprometimento com as demandas da categoria docente nesta terça-feira, 26/03. A Chapa 2 - Adiante, de Evandro Soares (reitor) e Márcia Hueb (vice-reitora), não enviou representação nem justificou a ausência.

 

Apesar do pequeno atraso por conta da reunião com estudantes da Pós-graduação com as duas chapas candidatas, a cerimônia transcorreu conforme o esperado. As diretoras da Adufmat-Ssind., Adriana Pinhorati e Lélica Lacerda, deram as boas-vindas e leram o documento, pontuando questões fundamentais para a categoria, tal como a defesa da instituição pública, gratuita e de qualidade, zelo pela democracia e autonomia internas, defesa da ciência, melhoria da estrutura e valorização dos servidores, além do apoio aos docentes aposentados.

 

Em seguida, a Chapa 1 fez suas considerações. A professora Marluce Souza e Silva destacou seu respeito à entidade, da qual já fez parte em diretorias anteriores. “Estamos assumindo compromissos com todas as categorias, com as entidades representativas, sempre com o mais profundo respeito à democracia. Não poderia ser diferente com a nossa própria entidade. Esse é um processo de extrema importância, e esta carta também diz muito de nós, de todo o acúmulo que construímos ao longo dos últimos anos”, afirmou.     

 

Para a docente, o Programa da chapa, construído coletivamente, dialoga com as reivindicações da categoria, pois também resulta da experiência de anos e anos de dedicação de todos aqueles que ajudaram a construí-lo. “Nosso Manifesto de Princípios, que se tornou um Programa de mais de cem páginas, construído com diversas contribuições, trata cada questão com o mesmo cuidado e responsabilidade. Nós vamos encontrar dificuldades, sim, não faremos milagres, nem tudo é responsabilidade de uma pessoa só. Foram muitos e muitos anos de precarização. Mas a universidade que temos hoje é resultado, também, de um pensamento equivocado acerca do que seja uma universidade pública, diferente do nosso”, pontuou.  

 

O candidato à vice-reitor, Silvano Galvão, manifestou satisfação por estar no que chamou de “casa da liberdade”. Ele concordou que as reivindicações da Adufmat-Ssind estão contempladas no Programa da chapa. “As propostas do sindicato para a UFMT dialogam com as propostas da Chapa 1, que foram construídas a centenas de mãos. Por essa defesa da democracia e da construção coletiva, nos chamam de utópicos, mas diversos estudos apontam que a democracia participativa é a gestão da eficiência e do futuro”, destacou o docente.  

  

Depois disso, a diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, lamentou a ausência de representantes da Chapa 2 e voltou a dizer que as duas candidaturas foram contactadas por mais de um canal, formalmente convidadas e tiveram conhecimento do conteúdo da Carta há mais de 10 dias. Além de enviado diretamente aos candidatos, o documento também foi publicado nos canais de comunicação do sindicato (leia aqui).

 

Para encerrar, Lacerda enfatizou que as ações do sindicato não estão condicionadas a gestões e períodos, mas a um projeto. “Nós estamos nesses dois anos de gestão, dentro de 45 anos de luta da nossa categoria, para reafirmar princípios históricos de um projeto de universidade, vinculado a um projeto de sociedade. Por isso, é preciso destacar a todos os candidatos que todos aqueles que atacam esses princípios terão nossa mais ferrenha oposição, assim como todos aqueles que defendem esses princípios terão a nossa colaboração”.  

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagem de capa: Thiago Ribeiro

Terça, 26 Março 2024 15:50

 

Após seis anos e dez dias do brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes na cidade do Rio de Janeiro, no domingo (24), foram presos os apontados como mandantes do crime, que ganhou repercussão não só no Brasil, mas também no resto do mundo. Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado e ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa, foram presos sob a acusação de planejar o crime e obstruir as investigações, respectivamente. 

Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. Os três foram presos por envolvimento com o assassinato de Marielle Franco. Foto: Alerj, ABr

As detenções são resultado da Operação Murder Inc, conduzida pela Polícia Federal (PF) em colaboração com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro. Desde 2023, a investigação iniciada pela polícia do Rio de Janeiro estava sob responsabilidade da PF. 

Domingos Brazão atualmente ocupa o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), enquanto Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro. Este último apoiou a eleição de Jair Bolsonaro (PL) e também recebeu um passaporte diplomático durante o governo do ex-presidente.

Por sua vez, Rivaldo, além de delegado, é professor de Direito e foi apontado pela Polícia Federal como mentor dos assassinatos. Ele tomou posse em 13 de março de 2018, um dia antes da execução da vereadora, que foi a quinta mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016. 

Motivação para o crime
A vereadora, nascida e criada na favela da Maré (RJ), tinha uma atuação pautada na defesa dos direitos da população negra e pobre, além de denunciar a violência e exploração contra essa população.

O relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, revela que o estopim para o crime teria sido a votação contrária de Marielle , e da bancada do PSol – partido da vereadora -, a um projeto de regularização fundiária de Chiquinho Brazão, em 2017, quando ele ainda era vereador e colega da vítima na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo a PF, o projeto beneficiaria áreas controladas por milícias.

Também foi constatada a infiltração de Laerte Silva de Lima no PSol/RJ para obter informações internas do partido. Laerte afirmou que, em algumas reuniões comunitárias, Marielle pediu à população que não aderisse a novos loteamentos situados em áreas de milícias.

Ato Amanhecer por Marielle, realizado em 14 de março deste ano, na capital federal. Foto: Eline Luz/ANDES-SN

O relatório da PF destaca que a invasão e “grilagem” de terras são atividades intrínsecas “à atuação das milícias em geral”. O inquérito também aponta que a Família Brazão mantém uma interação com grupos paramilitares, especialmente na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nos bairros de Jacarepaguá, Tanque, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Osvaldo Cruz e arredores.

O crime também ocorreu na época da Intervenção Federal, decretada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), para tentar combater uma suposta escalada de violência no Rio de Janeiro. Antes de ser assassinada, Marielle Franco assumiu a relatoria da comissão que fiscalizaria as atividades da Intervenção. Muito crítica, ela deu uma entrevista, naquele mês, afirmando que o gabinete era pouco transparente e pouco eficiente.

O crime

No dia 14 de março de 2018, Marielle e seu motorista Anderson foram assassinados em uma emboscada no centro do Rio quando voltavam de uma agenda do mandato à noite. Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle Franco, foi a única sobrevivente do atentado. 

Nesses anos, o caso esteve na responsabilidade de cinco delegados da Divisão de Homicídios do Rio, e nenhum deles solucionou o crime. Em 2019, a polícia prendeu o ex-policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. Em julho de 2023, Queiroz que dirigia o carro usado no crime, deu detalhes da execução. Já no final do ano passado foi a vez de Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, delatar o conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, como um dos mandantes. 

Outro suspeito de envolvimento preso é o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, conhecido como Suel. Seria dele a responsabilidade de entregar o Cobalt usado por Lessa para desmanche. Segundo as investigações, todos os citados teriam envolvimento com milícias.

 

Ato nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizado em 14 de março deste ano por justiça para Marielle e Anderson. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

No fim de fevereiro deste ano, a polícia prendeu Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha. Ele é o dono do ferro-velho acusado de fazer o desmanche e o descarte do veículo usado no assassinato. O homem já havia sido denunciado pelo Ministério Público em agosto de 2023 e é acusado de impedir e atrapalhar investigações.

Em nota, o Comitê Justiça por Marielle e Anderson, criado em 2021 por entidades de direitos humanos e familiares das vítimas para cobrar transparência e posicionamento das autoridades responsáveis, afirmou que as prisões são importantes, mas não representam a solução final do caso.  “A delação precisa ainda ser corroborada com outras provas no curso do processo e os envolvidos precisam ser levados a julgamento o quanto antes. Há um caminho longo a ser percorrido”, disse.

“Continuaremos lutando por justiça para que a investigação sobre os mandantes avance, para que haja o devido julgamento de todos os acusados desse crime brutal que nos tirou Marielle Franco e Anderson Gomes e, sobretudo, para que a sociedade brasileira finalmente tenha as respostas às perguntas: quem mandou matar Marielle Franco e por quê? Continuaremos lutando por justiça e reparação: para que nunca mais se repita!”, completou o Comitê.

Nesta segunda-feira (25), por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão dos três suspeitos de planejarem o crime. 

Fonte: Andes-SN (com informações de EBC, STF e The Intercept Brasil)

Terça, 26 Março 2024 15:05

 

 

Encerrando a série sobre os pontos da Carta Pública da Adufmat-Ssind, que estabelece compromissos da próxima administração da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com a categoria docente, outra questão que precisa mudar e poderá fazer toda a diferença: o sindicato espera da um olhar mais humano da Reitoria sobre aqueles que fizeram da instituição o que ela é hoje. Assim, a Carta Pública, que será assinada nesta terça-feira, 26/03, às 20h, no auditório do sindicato, traz uma série de comprometimentos da futura gestão para com os docentes aposentados.

 

A este quesito, a Carta da Adufmat-Ssind dedica o quarto tópico, com os seguintes pontos: criação de equipe multidisciplinar que acompanhe e apoie servidoras e servidores aposentados para evitar situações de violação de direitos; implementação de política de Extensão voltada às necessidades de servidoras e servidores aposentados, acessível de forma gratuita ao segmento; criação de Ouvidoria que receba denúncias de violação de direitos de servidores públicos aposentados para que a universidade se responsabilize por construir soluções; que a universidade pesquise sobre a situação dos professores e professoras que lutaram contra a ditadura militar de 1964 e estabeleça uma política interna de atenção às suas necessidades e reparação histórica, fomentando outras esferas de Governo, tais como Ministério dos Direitos Humanos, Instituto Nacional de Seguro Social, entre outros.

 

Não são raros os depoimentos acerca das dificuldades que ex-professores da UFMT estão enfrentando. Alguns estão doentes e não têm qualquer tipo de assistência ou apoio, outros trabalharam a vida inteira e, quando se aposentam (e perdem boa parte do salário), têm de retornar à instituição para conseguirem ter alguma qualidade de vida, mas as condições já não são mais as mesmas. Por isso, para a diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind, Lélica Lacerda, que é assistente social de formação, a UFMT precisa ter uma política voltada aos servidores aposentados. “A instituição precisa oferecer apoio aos aposentados, precisa ter uma política de relação, porque foram essas pessoas que fizeram da UFMT o que ela é hoje”, afirma.

 

Junto a essas ações, a garantia do cumprimento da determinação judicial de pagamento dos 28,86% a todos - incluindo aos docentes aposentados - fecham as demandas da Carta da Adufmat-Ssind (leia aqui a íntegra), que selará o compromisso da futura Reitoria da UFMT com as demandas docentes. A cerimônia de assinatura será realizada hoje, terça-feira (26/03), às 20h, no auditório do sindicato, e a gestão “Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais” espera que as duas candidaturas compareçam.  

 

 

 

Luana Soutos  

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Imagem ilustrativa: reunião do Grupo de Trabalho Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria da Adufmat-Ssind (GTSSA), realizada em 2023/  Assessoria de Comunicação da Adufmat-Ssind

 

Terça, 26 Março 2024 09:32

 

 

Circular n.º 107/2024

 

Brasília(DF), 25 de março de 2024.

 

 

 

Às Seções Sindicais, Secretarias Regionais e ao(à)s Diretore(a)s do ANDES-SN

 

 

Assunto: Convoca a reunião do Setor das IFES para o dia 10 de abril de 2024 e orienta rodadas de assembleias nas Seções Sindicais.

 

           

Companheiro(a)s,

 

Em complementação à Circular nº 106/2024, convocamos a reunião do setor das IFES para o dia 10 de abril de 2024, precedida de rodada de assembleias das seções sindicais, no período entre 26 de março e 9 de abril.

Solicitamos que as seções sindicais, conforme apontado na Circular 106/2024, pautem em suas assembleias:

1)      Deflagração da greve no dia 15 de abril.

2)      Criação dos comitês locais de mobilização onde ainda não foram criados.

3)      Construção de pautas locais.

Destacamos também a agenda de lutas aprovada para o próximo período, com o objetivo de mobilização e articulação das lutas do setor da educação:

  • ·         Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Mobilização e Paralisação com foco em ações nos estados e locais de trabalho em articulação com os demais servidores públicos federais e que sejam realizadas ações de mobilização como universidade na rua, panfletagem, passagem nos departamentos etc.
  • ·         Construir a jornada de lutas do FONASEFE de 16 a 18 de abril com atividades em Brasília, incluindo o dia 15 de abril para atividade preparatória interna do ANDES-SN em Brasília.

 

 

15/04 - Atividade preparatória do ANDES-SN

16/04 - Audiência Pública na Câmara Federal;

17/04 - Caravana e Marcha em Brasília dos servidores;

18/04 - Atividades setoriais - Perspectiva de construção de Ato no MEC com entidades da Educação. 

A reunião do Setor das Federais terá como pauta e proposta de programação:

 

10/04/2024 (quarta-feira – Auditório Marielle Franco, 2º andar, Sede do ANDES-SN)

 

9h – Abertura;

9h15 – Informes Nacionais;

9h30 – Informes das Seções;

11h – Discussão sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a deflagração da greve em 15 de abril, atividades dos comitês locais de mobilização, agenda de lutas e construção das pautas locais.

13h30 – Almoço;

15h – Encaminhamentos;

18h – Encerramento.

A confirmação de participantes, de até dois (duas) representantes por seção sindical, deve se dar até o dia 8 de abril às 20h por meio do formulário enviado às seções. Os informes das assembleias e das mobilizações, mesmo aquelas impossibilitadas de comparecer à referida Reunião do Setor, devem ser enviados até às 17h do dia 9 de abril, mediante preenchimento de outro formulário enviado às seções.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof.ª Annie Schmaltz Hsiou

3ª Secretária

Segunda, 25 Março 2024 18:43

 

 

A estrutura precária é, talvez, o sintoma mais visível da política de destruição pela qual os serviços públicos passam desde a década de 1990 no Brasil, a partir do advento do neoliberalismo. Assim que as dificuldades de atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de acesso a programas sociais ou mesmo à educação formal não são obras do acaso. Há uma política clara de agressão e fragilização do que é público.

 

A universidade pública também é atingida por essas políticas, e os ataques são ideológicos e também financeiros. Nos últimos anos, os governos federais retiraram cerca de R$ 120 bilhões do orçamento destinado às universidades federais, e a precarização andou a passos largos. O impacto dos cortes na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não ficou bem esclarecido, mas hoje não há para onde se olhe e não se observe abandono na instituição.

 

Nesse sentido, a Adufmat-Ssind valia que o papel da próxima administração da universidade deve ser, além de estabelecer prioridades que, de fato, atendam às necessidades da comunidade para aplicar os recursos existentes, brigar para o restabelecimento imediato do orçamento que sofre cortes desde 2016.     

 

A partir desta leitura, os candidatos à Reitoria da UFMT assumirão, na cerimônia de assinatura da Carta Pública da Adufmat-Ssind, amanhã (terça-feira, 26/03), às 20h, o compromisso imediato de realizar a “construção de orçamento participativo, para que a comunidade acadêmica de todos os campi delineie as prioridades de investimento”.

 

Não foram poucos os materiais produzidos pela Adufmat-Ssind para denunciar os problemas estruturais da universidade. Imagens e depoimentos não faltaram no Instituto de Linguagens, nas Exatas, nas Humanas, no Museu de Arte e Cultura Popular, na Saúde (veja aqui um dos materiais produzidos), nos campi de Cuiabá, Sinop, Várzea Grande e Araguaia. As reclamações vão desde portas que não abrem, elevadores novos que nunca funcionaram, coberturas caindo, laboratórios inadequados, sujeira, pombos e outros animais que oferecem riscos à saúde, falta de materiais, além da falta de segurança. Foram diversos furtos de patrimônio, além de assaltos e até suspeita de sequestros dentro da universidade.     

 

Na Carta Pública da Adufmat-Ssind (disponível aqui), a terceirização aparece como uma questão central deste quesito. No documento, o sindicato convida os candidatos à Reitoria a trabalharem para a reversão deste modelo de contrato, pois compreende que ele tem significado escoamento de recursos públicos para a prestação de serviços com alto custo, baixa qualidade e péssimas condições de trabalho.

 

Outras demandas constantes na carta que também se referem ao comprometimento com a melhoria estrutural da UFMT são: medidas de apoio e valorização de mulheres e mães no exercício do Ensino, Pesquisa e Extensão, na Progressão Funcional, na distribuição de bolsas e demais recursos de apoio à atividade docente e discente; ampliar as vagas da Casa do Estudante, oportunizando o acesso a mães e à população LGBTQIA+, frequentemente expulsa de sua família de origem; suprir financeiramente os professores e professoras para participação em eventos nacionais e internacionais; ampliar o número de Bolsas de Pesquisa e Extensão para a categoria discente; garantia de recursos/materiais para aulas e salas para os professores; e garantia de segurança à comunidade acadêmica em todos os campi deforma alheia à lógica de militarização.

 

O sindicato convida todos a participarem deste evento a partir das 20h, no auditório da sede, em Cuiabá. Também haverá transmissão pelas redes da entidade.  

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

 

Segunda, 25 Março 2024 17:39

 

O Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN aprovou o indicativo de greve das e dos docentes das universidades federais, institutos federais e cefets da base do Sindicato Nacional para 15 de abril. A deliberação teve como base o resultado das assembleias realizadas nas seções sindicais, as quais, por grande maioria, referendaram a decisão congressual pela necessidade de construção de uma greve. 

 

 

O calendário definido pelo Setor das Ifes aponta a realização de uma nova rodada de assembleias nas seções sindicais entre 26 de março e 09 de abril. O Setor orienta como pauta das assembleias: deflagração da greve no dia 15 de abril, criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais. Na sequência, ocorrerá uma outra reunião do Setor das Ifes no dia 10 de abril, com tempo de 72 horas para informar, governo e reitorias, sobre a deflagração de greve no dia 15 de abril. 

“Essa reunião dos Setor nos anima muito porque traz, de maneira muito concreta, uma ânsia e uma construção desde as bases no sentido daquilo que precisamos avançar nas nossas lutas. Os relatos trazidos de 37 seções sindicais é de que nós tivemos assembleias, algumas massivas, com ampla participação de professoras e professores, muito superior às assembleias dos últimos períodos, e que trouxeram um debate político de muita qualidade sobre a conjuntura e sobre a necessidade de nós articularmos a luta no setor da Educação”, avaliou Helga Martins, 1ª vice-presidenta da Regional Planalto do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes.

 

 

A diretora apontou que as greves das demais categorias do setor da Educação, organizadas na Fasubra e no Sinasefe, e a falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo sobre as pautas centrais da categoria - recomposição salarial, reestruturação da carreira, “revogaço” de medidas que atacam docentes e a educação pública como o Novo Ensino Médio, a BNC Formação, a portaria 983/2020, entre outras – além da precarização das condições de trabalho levaram à deliberação pela deflagração do movimento paredista.

“Todo esse caldo, toda essa pauta que nós estamos construindo, e que faz parte dos embates diretos que resvalam nas nossas pautas de locais, veio à tona nas assembleias e a base disse: ‘é greve! É greve do setor da Educação. É greve para lutarmos pelas nossas pautas centrais nacionalmente, e também nos nossos locais de trabalho’. Por isso, é fundamental que esse mês de abril seja um mês de muita luta, de muita mobilização”, ressaltou Helga. 

 

 

A reunião contou com a participação de representantes de 37 seções sindicais, que avaliaram as deliberações da categoria e as indicações feitas na primeira rodada de assembleia, depois de o 42º Congresso do ANDES-SN aprovar a construção da greve nas instituições federais de ensino e do setor da Educação, no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal. Também foram apresentados informes encaminhados por seções sindicais que não estiveram presentes na reunião, e que serão incluídos no relatório da reunião.

“A partir da deliberação do Setor das Federais, agora começa o período de uma nova rodada de assembleias gerais das seções sindicais vinculadas ao ANDES-SN, do dia 26 de março até o dia 9 de abril, culminando em mais uma reunião do Setor das Ifes no dia 10, no sentido da deflagração da greve no dia 15 de abril. Então, agora cabe a todo mundo ir para os corredores, para os locais de trabalho nas universidades, IFs e cefets conversar com os colegas, convocar assembleias e, nesse sentido de convocação das assembleias, encaminhar a deliberação de hoje para construirmos uma greve do setor de Educação”, conclamou Helton de Souza, 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN e também da coordenação do Setor das Ifes.

 

Encaminhamentos

Além de aprovar o indicativo de greve da base do ANDES-SN para 15 de abril e o calendário de rodadas de assembleias, a reunião do Setor das Ifes apontou ainda outros encaminhamentos, para intensificar a mobilização da categoria. Confira:
- Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, com foco em ações nos estados, em articulação com os demais servidores/as;
- Construir a jornada de lutas do Fonasefe de 16 a 18 de abril, com atividades em Brasília. 
          16/04: Audiência pública na Câmara Federal 
          17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras
          18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação
- Intensificar a produção de material do ANDES-SN e unificado com as entidades da Educação sobre a greve e as pautas;
- Incorporar na agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da Fasubra e Sinasefe;
- Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes; e que sejam criados comitês nos locais onde não existem.

 

Análise de conjuntura

No período da manhã, as e os representantes das seções sindicais e da diretoria do ANDES-SN ouviram representantes da Fasubra e do Sinasefe, apresentaram informes locais e debateram a conjuntura. Pela Fasubra, Rosângela Costa e Almiran Rodrigues atualizaram as e os docentes sobre a greve das técnicas e dos técnicos deflagrada no último dia 11. Das 48 entidades filiadas à Fasubra, 44 aderiram ao movimento paredista englobando 63 IFE, dentre estas, 59 Universidades e 4 Institutos Federais. Foi reiterada a importância da unidade entre as entidades ligadas à Educação para fortalecer as negociações com o governo e a importância de todas e todos participarem das atividades do dia 03 de abril.

Artemis Martins, da coordenação-geral do Sinasefe, afirmou que o movimento encampado pela Fasubra encorajou a entidade a deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 03 de abril. Ela afirmou que há uma expectativa de que essas movimentações também cresçam e se fortaleçam dentro das universidades federais.

 

Informes Nacionais

Logo após a fala das e dos representantes das entidades, Jennifer Webb, 1º tesoureira, e Mário Mariano Ruiz, 1º vice-presidente Regional Leste deram os informes nacionais.

Jennifer falou sobre o processo de tentativa de negociação com o governo federal no último período e atualizou as e os docentes sobre as mesas geral, de política educacional e de carreira. Esta última já contou com 3 rodadas de negociação e uma reunião com representantes dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Educação (MEC) para discutir tecnicamente as propostas de reestruturação da carreira docente do Magistério Federal. Ela contou que o ANDES-SN também tem se reunido semanalmente com o Sinasefe para a construção de uma pauta unitária de carreira. Até o momento, 7 pontos já foram consensuados e um pedido de uma nova rodada de negociação foi feito pelas entidades.  

“A greve será fundamental, porque também vai pressionar no sentido da negociação da carreira, tanto do Sinasefe quanto do ANDES-SN, para esse momento de negociação que a gente espera que seja em breve, inclusive a gente vai pedir que seja na próxima semana”, afirmou a 1ª tesoureira do ANDES-SN.

 

Conjuntura e Construção da Greve

O presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, trouxe uma análise sobre a construção da greve, que foi seguida do debate sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a construção da greve e a constituição dos comitês locais de mobilização, que já somam 24. Para Seferian, diante do cenário posto, só a mobilização e articulação conjunta é capaz de garantir respostas do governo, que não respondeu até o momento as pautas da categoria. 

“Ninguém faz greve porque gosta ou por princípio, fazemos greve por necessidade e nas atuais circunstâncias, diante do que é o silêncio do governo federal, ao não nos colocar qualquer espécie de índice de recomposição da nossa remuneração para esse ano e uma fratura violenta com os princípios que erigem a luta histórica desse sindicato, sobretudo no que se refere a necessidade de termos a paridade do que são as conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras ativos e os aposentados e aposentadas”, afirmou. 

Seferian reforçou ainda que a importância da presencialidade nas assembleias.  “A greve não se constrói pelo WhatsApp, de pijama, em casa, mas sim dos nossos locais de trabalho. Quais foram as categorias que tiveram recomposição de seus salários, melhores condições de vida colocadas em um redesenho da sua carreira, para além daquelas que apoiaram os intentos golpistas e que conformam o aparelho de repressão do Estado? Foram aquelas que se mobilizaram e construíram greves”, disse.

 

Fonte: Andes-SN