Terça, 27 Outubro 2015 11:59

 

Enquanto o governo só pensa em criar e recriar novos impostos para cobrir a gastança escandalosa da estrutura do poder, o deputado federal por Rondonópolis, (MT) Adilson Sachetti (PSB), critica veementemente os gastos exagerados dos Poderes e posiciona-se contrário à criação de qualquer novo imposto no país – é o que nos informa a mídia. 
Há necessidade urgente de que sejam criados redutores de estruturas administrativas, os famosos cabides de emprego, antes de, mais uma vez, penalizar o cidadão trabalhador. 
Também é importante estudar a redistribuição de recursos ao Judiciário, ao Tribunal de Contas e ao Legislativo. 
O site que vinculou o protesto do deputado afirma que o judiciário brasileiro é o mais caro do mundo, gastando por ano cerca de cento e vinte bilhões de reais, segundo matéria publicada no Jornal Valor Econômico. 
Aprendi que o exemplo vem de cima, e é o que fez a Presidente da República cortando parte dos seus salários, do Vice e Ministros. 
O mesmo é esperado pelo povo brasileiro com relação aos outros poderes da República. 
A população não suporta mais tanto arrocho sem retorno de serviços, especialmente os essenciais como saúde, educação, segurança, transporte e emprego. 
Aqui, na terra do boi, dezoito frigoríficos foram fechados por falta de matéria prima. Acreditem se quiser. 
O número de empresas de grande porte que estão pedindo recuperação judicial tem se tornado alarmante. 
O reflexo dessa quebradeira é a diminuição da arrecadação, e menos benefícios fiscais para investimentos. 
A denúncia da gastança feita pelo nosso representante no Congresso Nacional é grave, pois o país passa por um momento de grandes dificuldades econômicas e falta de credibilidade – com seus efeitos cascata nos cofres públicos dos poderes estaduais e municipais. 
O toma lá, dá cá parece estar acima dos interesses nacionais. 
Triste terra de Pedro Álvares Cabral!

Gabriel Novis Neves
07-10-2015

Sexta, 23 Outubro 2015 19:56

 

Se já não bastasse todo o descaso das autoridades que transformou o Rio de Janeiro numa das cidades mais violentas do mundo, agora essa pecha internacional de rebaixamento como bom pagador, era justo o que nos faltava!  
A tradução ao pé da letra é bastante pesada - somos o “lixo para o investimento de capital estrangeiro”. 
Essas firmas para avaliação de risco surgiram como um tipo de pressão na economia de mercado, bem mais sutil e menos apavorante se comparada a dos anos 60.  
Naqueles anos, “marines” eram colocados nas costas brasileiras caso não andássemos como mandava o figurino das grandes potências internacionais. 
Sinal dos tempos! Ficamos todos como crianças de escola à mercê dos castigos que nos serão impostos em virtude do nosso boletim deficitário. 
Enquanto isso, os nossos dirigentes, umbigados nos seus próprios privilégios, só fazem deteriorar cada vez mais rapidamente a grande crise político-econômica em que nos meteram. 
Nessa minha última estada no Rio fiquei impressionado com o grande número de lojas comerciais fechadas, inclusive, nos bairros mais nobres como Copacabana, Ipanema e Leblon. 
A falta de movimento nas casas noturnas e bares elegantes, aptos para atender aos gostos mais requintados, é absolutamente assustador. 
Num deles, um dos mais em voga, apenas três pessoas compunham o cenário da casa: eu e mais dois amigos. Coisa de dar pânico numa quinta-feira, considerada, recentemente, a noite mais borbulhante de Ipanema. 
Mas, parece que, além-muros, nada disso afeta o governo, que continua dando aumentos exorbitantes para as castas privilegiadas, mantendo suas viagens megalomaníacas recheadas de convidados em hotéis do mais alto nível, seus trinta e um ministérios, seus cento e vinte mil cargos comissionados, enfim, tudo indica que a orgia com os cofres públicos continua a todo vapor. 
Afinal, o que será que se passa na cabeça dessas senhoras e senhores que pertencem a esse verdadeiro reinado? Será que não conseguem se tocar com essa imensa insônia que tomou conta de todos os habitantes dessa nação, do mais humilde, já à míngua, até aos poderosos, assustados com a possível perda repentina de suas benesses? 
A falta de pudor social é patente, e os desvios estratosféricos do erário público são temas proibidos em qualquer avaliação dos desmandos sucessivos. 
Como conseguir assistir pacificamente a derrocada de um país rico como o nosso? A sétima economia do mundo? 
A exaurida sociedade civil já pouco se manifesta. 
Nada nos interessa e, tal como o menininho sírio encontrado emborcado numa praia da Turquia, aguardamos inertes a ruína final. 
Os imigrantes dos países devastados pela guerra e pela fome, mesmo diante da possibilidade da morte, lutam desesperadamente por um mundo melhor. 
E nós, náufragos em potencial, tornamo-nos todos apáticos e deprimidos, incapazes de uma ação rápida que nos tire desse pesadelo de um país sem rumo. 
Onde estão os jovens, os estudantes, os artistas, todos com grande capacidade de mobilização e que em movimentos de protestos passados de nossa história se mostraram tão atuantes? 
O que me passa é que estamos todos comatosos, incapazes de qualquer reação, apenas aguardando que a mãe natureza nos indique a redenção.

Gabriel Novis Neves
05-10-2015

Segunda, 19 Outubro 2015 16:45

 

Aumentar contingentes policiais nas ruas em nada contribuirá para que milhares de jovens, absolutamente sem perspectivas, parem de fazer os famosos arrastões pelas praias do Rio de Janeiro durante os finais de semana ensolarados. 
As autoridades detentoras do poder público precisam vivenciar as ruas, e não, se encastelarem em suas mansões, seus helicópteros, seus jatinhos. 
Moradores da orla da zona sul há muito advertem sobre o aumento da violência, visível a cada verão. 
As periferias que abraçam a cidade dão sinais de que não mais aceitam o estado de abandono e descriminação com que são tratadas há décadas. 
Belos fins de semana são convites ao deleite nas mais belas praias do mundo, até porque, é o único espaço democrático que sobreviveu à fúria da comercialização brutal da cidade. 
As periferias, totalmente abandonadas, suas praias poluídas, piscinas, as poucas existentes, contaminadas, ausência de saneamento básico, enfim, a injustiça social avassaladora. 
Continuamos confiando naquele bom humor carioca, na sua índole pacífica, mas, a realidade mostra que isso está desaparecendo com o agravamento da crise socioeconômica. 
São quinhentos e seis comunidades em busca de entretenimento e diversão a preço baixo. 
A luta de classes, antes despercebida no país, vem visivelmente se acirrando, inclusive através das redes sociais. 
É preciso que o sistema educacional leia imediatamente todos os sinais que a sociedade está mostrando a passos muito rápidos. 
A hora é de ações educativas imediatas, ou mergulharemos todos num grande conflito social de proporções incalculáveis. 

Gabriel Novis Neves
25-09-2015

Segunda, 05 Outubro 2015 15:48

 

Cruel imaginar que, enquanto a União Europeia discute se são “imigrantes” ou “refugiados” os milhares de indivíduos que tentam abandonar seus países devido às guerras, a pobreza, repressão religiosa ou política, entre outros motivos, morram sem que ninguém se comova.

Os últimos acordos datam de 1970, quando a Europa fechou as suas portas para os expatriados, salvo em condições especiais – se eles fossem importantes para os países que os recebessem.
De lá para cá, o mundo se tornou mais violento e mais pobre.  Alguns países da África e do Oriente Médio foram se tornando inviáveis para as suas populações.
O que nos apavora é que o resto do mundo, mergulhado nas suas perspectivas capitalistas desumanas, não se sensibiliza, aparentemente, com esse verdadeiro genocídio.
As perdas de vidas são diárias nessa fuga desesperada. Famílias inteiras desafiam a morte através de caminhos marítimos ou terrestres.
A rota preferida por essas pessoas é: chegar à Itália ou à Grécia por meio de embarcações precárias, atingir, por via terrestre a Macedônia, daí para a fronteira com a Sérvia e, finalmente, para a Hungria, país que seria a porta de entrada final para a Alemanha e para os outros países ricos da Europa.
A Macedônia já se declarou em estado de emergência. A Hungria vem construindo uma imensa cerca de arame farpado para impedir a entrada desses imigrantes.
Acontece que as fronteiras de todos esses países já se transformaram em imensos campos de refugiados, com todos os problemas que isso acarreta para as suas devidas organizações.
A Organização Internacional para Migração (OIMpublicou um relatório mostrando que mais de 4.000 pessoas morreram em 2014 tentando migrar para outros países.
Em 2015 quase 1.000 pessoas já morreram em busca de uma vida melhor – segundo dados do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados)
A mais recente e chocante foi a morte de uma família síria em sua tentativa de fuga desesperada para o Canadá.
A imagem do corpo do menino sírio, de apenas três anos de idade, encontrado em uma praia da Turquia parece que, finalmente, acordou o mundo para este sério problema. Ele morreu juntamente com seu irmão de cinco anos e sua mãe. O pai foi o único sobrevivente dessa desgraça.
O Jornal britânico The Independent estampou em sua página: “Se essa imagem extraordinariamente poderosa de uma criança síria morta em uma praia não mudar a atitude da Europa com os refugiados, o que irá?”.
O jornal português também publicou a imagem chocante e justificou: “Vamos de forma paternalista proteger o leitor de quê? De ver uma criança morta à borda da água, com a cara na areia? Não sabemos se esta fotografia vai mudar mentalidades e ajudar a encontrar soluções. Mas hoje, no momento de decidir, acreditamos que sim”.
Eu também quero acreditar que sim. Quero crer que aquela imagem brutal e bestial do resgate do menino sírio Aylan Kurdi seja o início de tentativas sérias para se resolver esse grande problema.
Aquela imagem que chocou o mundo, já se tonou o símbolo da terrível crise migratória que hoje presenciamos.

Gabriel Novis Neves
20/09/2015

Segunda, 31 Agosto 2015 12:34

 

Nessa terceira monstruosa mobilização do povo na rua, não houve um foco de reivindicação para tamanha indignação e, muito menos, um líder. 

O que fazer com essa massa de descontentes com a situação atual de crise econômico-financeira, moral e ética que atinge todo o território nacional? 
O staff político do Planalto está de plantão permanente com a sua elite (?) de entendidos sociais para decifrar o que fazer para desarmar esta bomba de efeito retardado que poderá destruir ou retardar o crescimento da nossa nação. 
Preocupações da desvalida classe média são totalmente sem importância para o jogo do poder. 
Os manifestantes sem líder querem apenas mais ética na política, com os ladrões dos cofres públicos na cadeia, o fortalecimento do trabalho do Juiz Sérgio Moro e colaboradores do Ministério Público e Polícia Federal e um país mais digno e justo para se viver. 
Estamos falando desses representantes que aparecem nas manifestações de rua. 
Enquanto o povão não se fizer representar por livre e espontânea vontade, nada acontecerá. Somente as massas têm algum poder de mudança. 
Tudo parece um grande sonho, pois os órgãos superiores responsáveis por esta nação dão sinais de um gigantesco acordo para que tudo continue como dantes. 
Inflação fora do controle, ajuste fiscal remendado, aumento do desemprego e subemprego, greves nos setores básicos ao nosso desenvolvimento, queda da arrecadação, aumento de impostos e maior número de brasileiros sem condições de se manterem em suas mínimas necessidades – tudo continuará assim. 
Enquanto isso, a economia americana nem se recorda mais da bolha imobiliária de 2008, e os preços estão caindo, como no caso da gasolina e dos impostos. 
Até a Grécia apresenta sinais de recuperação na sua economia! A Europa ressuscitou da sua má fase. Não vejo a hora em que seremos ultrapassados por Cuba.  
Ficaremos em companhia da Venezuela, Haiti, Nicarágua e Bolívia. 
E a nossa gente, mais esclarecida, indignada, permanece em casa, pois não temos líderes. 
Assim como importamos médicos para resolver o problema da nossa saúde pública, chegou o momento de importamos líderes. 
É o que enxergamos no horizonte conturbado do nosso futuro.

Gabriel Novis Neves
18-08-2015

Quinta, 20 Agosto 2015 18:17

 

Renúncia - uma palavra enaltecida pelos poetas e escritores como um ato de grandeza e de amor. 

Na vida real, nem sempre o discurso e a prática caminham na mesma direção. 
Cresce no país as correntes que sinalizam que o grave momento de crise econômico-financeira que vivemos seria resolvido apenas com a renúncia da nossa presidente da República. 
A figura em questão foi uma militante de movimentos revolucionários lá dos idos anos 60, 64, mas nunca foi um ser político. 
Naquela época ela ocupava o cargo de guarda livros do movimento, ou seja, meramente burocrático. 
Nunca foi questionado o seu aspecto de liderança.
Líder, o movimento sempre teve na figura do sindicalista de maior visibilidade do país. 
Sabemos que mandar é totalmente diferente de liderar. 
Temos na presidência alguém que manda pesado, mas sem habilidade política para liderar. 
Aí reside o grande sangramento do partido do poder que, desmascarado nas figuras de seus maiores líderes pela operação “Lava Jato”, vinculados a suspeições de irregularidades financeiras, já não consegue fazer as alianças necessárias para um mínimo de governabilidade.  
Alguns mais intelectualizados do poder, leitores contumazes da teoria marxista, acreditaram que organizando um plano através da distribuição de cargos de chefia por todo o Estado, teriam a tranquilidade necessária para fazer as mudanças sociais apregoadas como salvadoras. 
Eles esqueceram que o ser humano, na sua sede de poder, enlouquece diante das mordomias e dos prazeres mundanos. 
O enriquecimento pessoal vira a meta prioritária, e logo fica estabelecido o “salve-se quem puder”. 
A história nos mostra que isso já aconteceu em outros países, em outras épocas. 
O perfil psicológico da nossa gestora não combina com a possibilidade de uma renúncia ao cargo para o qual foi democraticamente eleita, ainda que isso se apresentasse como uma saída honrosa para o país. 
Não vemos em nenhuma das correntes de poder alguém que, no momento, possa, realmente, representar os anseios populares.  
O quadro geral é de pessoas totalmente desvinculadas das funções para as quais foram eleitas, numa busca insana de benesses pessoais como absoluta prioridade. 
O mais grave, a meu ver, é que o partido mais forte que apoia a presidente, e que detém a vice-presidência, vem se encantando muito rapidamente com o rumo caótico dos acontecimentos e, quem sabe, vislumbrando possibilidades próximas de uma nova liderança. 
Todos os grandes cientistas políticos aventam para a gravidade extrema da situação. 
Nessa oportunidade, seria configurada uma renúncia, não como ato de grandeza, mas simplesmente por absoluta falta de governabilidade. 
Num regime democrático impõe-se absoluta harmonia entre os três poderes, e isto não vem acontecendo. 
Essa é a grande gravidade da situação política brasileira! A população, atônita, assiste inerte ao desmoronamento de um dos países mais ricos do mundo. 
Resta-nos torcer para que os que detêm o poder abdiquem das suas vaidades e passem a agir com um pouco mais de patriotismo, evitando uma ainda mais grave crise institucional.

Gabriel Novis Neves
10-08-2015

Segunda, 17 Agosto 2015 11:31

 

Quem fez essa declaração foi o ministro da Fazenda Joaquim Levy. 

Disse que o Brasil vive uma fase de desconforto, com crescimento do desemprego e da inflação. 
Nenhuma novidade para qualquer um de nós que sentimos no bolso os efeitos de tanto imbróglio. 
Para nosso alívio, o ministro afirmou que a situação é transitória e que a inflação está começando a convergir para a meta nos próximos anos. 
Para quem está com a corda no pescoço, esperar por dois anos de possíveis melhoras, só em prognósticos otimistas de médicos em doenças terminais. 
Nossa gente não suporta mais tanto arrocho, especialmente os assalariados do poder executivo e aposentados do INPS.  
Para aquela gente bacana que compõem a tropa de funcionários especiais do Legislativo, Judiciário e Tribunais de Contas, esse “fenômeno”, tão bem descrito pelo competente Ministro da Fazenda, não existe. 
É bom saber que os sobreviventes terão melhores condições que os brasileiros de hoje, vítimas de políticas públicas equivocadas e de uma corrupção desenfreada. 
No Brasil os resultados têm que ser imediatos, pois a espera de dois anos para a possibilidade de o quadro político econômico melhorar é insuportável. 
Nossos equipamentos sociais estão sucateados, assim como as necessárias obras de infraestrutura, na sua quase totalidade, paralisadas. 
A grande locomotiva do desenvolvimento, que é a educação de qualidade, de sonho foi transformada em pesadelo. 
Não temos mais estoque de tempo de espera como pede o nosso Ministro da Fazenda. Até lá teremos um país fragilizado, propício ao grande capital estrangeiro de implantar por aqui um neocolonialismo. 
Desconfio que estejamos voltando à época do Brasil colônia. 
E o dinheiro acabou! Apesar da Lei da Responsabilidade Fiscal - que não foi cumprida.

Gabriel Novis Neves
27-07-2015

Quarta, 12 Agosto 2015 12:18

 

Se o objetivo do Ministro da Fazenda era acalmar o trepidante mercado financeiro e, principalmente, a população brasileira, o tiro saiu pela culatra. 

Após longa aula de erudição em macroeconomia pública, o nosso competente ministro finalizou seu discurso dizendo que tivemos alguns anos de progresso, agora este ciclo chegou ao seu final. 
Precisamos hoje reinventar uma nova economia - cuja fórmula ainda não foi encontrada - para fazer o Brasil voltar a crescer. 
As medidas emergenciais tomadas no primeiro semestre do ano, como o ajuste fiscal, arrocho salarial, cortes nas despesas, no orçamento e seu contingenciamento, não surtiram o resultado esperado. 
As receitas diminuíram e, em curto prazo, poderemos ter mais desempregos, diminuição da carga horária para os trabalhadores com diminuição dos salários e investimentos mínimos. 
Tudo isso para não deixar a situação piorar. 
Calcula o competente ministro que a retomada do crescimento com todas essas medidas de austeridade e a diminuição da corrupção, só será possível após quatro ou cinco anos de muito sacrifício para todos. 
As castas estão esperneando, negociando mais benefícios para os seus. 
Segundo recentes estatísticas nacionais, os que mais padecem com essa criminosa desarrumação das nossas contas públicas, inclusive atropelando a moralizadora Lei da Responsabilidade Fiscal, são os pobres e miseráveis. 
A classe média está com os seus gastos emagrecidos para sobreviver à crise econômica e, para complicar, também política. 
Pelo menos o Ministro da Fazenda foi transparente e claro na demonstração da real situação do país. 
Nada de maquiagem como em outros tempos. 
A população revoltada e impaciente com a falta de criatividade dos nossos políticos em apresentar propostas viáveis para minorar nosso sofrimento de falta de expectativa para um futuro promissor, já alertou que vai sair às ruas em protesto contra esse estado de coisas. 
As greves estão pipocando em todos os segmentos sociais e as investigações sobre a corrupção produzindo resultados cada vez mais alarmantes. 
O quadro é sombrio.

Gabriel Novis Neves
26-07-2015

Segunda, 10 Agosto 2015 19:19

 

Em sua peregrinação pelo Equador, Bolívia e Paraguai o Papa Francisco mais uma vez surpreendeu o mundo ao discursar no “Encontro dos Movimentos Sociais”. 

Com a sua franqueza habitual, sabedoria e muita diplomacia, deixou o seu recado em uma importante reunião de líderes e dirigentes sociais latino-americanos.  
A impressionante ressonância mundial foi imediata. Vozes discordantes apareceram advertindo que suas palavras não deviam ser levadas a sério. 
Tudo isso porque o Papa disse que “o capitalismo é um sistema esgotado, que já não se sustenta, que os ajustes sempre são feitos à custa dos pobres, que não existe tal coisa como o derrame da riqueza das taças dos ricos, que destrói a casa do comum e condena a Mãe Terra”. 
O Papa revolucionário também condenou os monopólios como uma grande desgraça, disse que o capital é o “estrume do dinheiro”, que se deve cuidar do futuro da Pátria Grande e estar em guarda frente às novas formas de colonialismo. 
Com suas palavras, Francisco abriu um espaço enorme para avançar no sentido de neutralizar a ideologia dominante, que difunde que o capitalismo é a única forma sensata – e possível – de organização econômica e social. 
O histórico discurso do Papa na Bolívia instalou no imaginário público a ideia de que “o capitalismo é um sistema desumano, injusto, predatório, que deve ser superado mediante uma mudança estrutural”. 
Graças às suas palavras estamos em melhores condições para vencer a batalha de ideias de forma a convencer todas as classes oprimidas, as principais vítimas do sistema, de que é preciso acabar com o capitalismo, antes que esse infame sistema acabe com a humanidade e com o planeta, no dizer do sociólogo argentino Atílio Boron. 
O Papa Francisco tem como prioridade a defesa dos três T: Terra, Teto e Trabalho. 
Com relação ao problema grego, ele alerta ao mundo para as novas formas de neocolonialismo que recrudescem no mundo. 
Mais do que o representante máximo da religião católica, Francisco vem se tornando um dos maiores símbolos, não de religião, mas de algo muito mais difícil de ser praticada, a religiosidade.

Gabriel Novis Neves
17-07-2015

Sexta, 26 Junho 2015 13:07

 

Tem toda razão, e o nosso apoio, o senador Cristovam Buarque quando chama a União para cuidar do ensino fundamental das crianças brasileiras. 

“Assegurar educação de qualidade é estratégia fundamental para aproveitar o potencial econômico de talentos e quebrar a desigualdade social” - afirma o senador. 
A maioria das prefeituras brasileiras é constitucionalmente responsável por esse ensino, porém, sem incentivos federais suficientes, não apresenta condições materiais e pedagógicas para ofertar, pelo menos, uma educação aceitável. 
A população pobre, por sua vez, está impedida de acesso às escolas particulares, onde o ensino é de melhor qualidade, pois as suas mensalidades não são compatíveis com suas rendas familiares. 
Se os prefeitos brasileiros conseguirem sensibilizar o governo federal a assumir essa faixa importantíssima da formação dos nossos jovens, com certeza teremos uma nação mais justa, com possibilidades de pobres competirem com os ricos. 
Estamos contemplando um país onde existe uma luta de classes e a violência extrapolou o controle das nossas autoridades. 
O medo é absoluto, tanto nas grandes, como nas pequenas cidades brasileiras. 
Crianças pobres crescem sem perspectivas de uma ascensão social, já que lhes são negadas a ferramenta básica, a educação.
A vida para elas nada representa, a não ser a ilusão do dia vivido, muitas das vezes no mundo do crime. 
“É imoral termos educação com diferença de qualidade em função de renda ou endereço”. 
O Poder Executivo Federal assumir a educação das nossas crianças é política de governo, medida preventiva para evitarmos um conflito de dimensões incalculáveis e resultados desastrosos. 
Não adianta termos uma economia forte com uma educação de péssima qualidade. 
Lutemos com os prefeitos pela adoção federal das escolas municipais! 
Só assim haverá desenvolvimento sustentável e paz nesta nação.

Gabriel Novis Neves
12-06-2015