Terça, 30 Janeiro 2024 17:28

 

Diante das informações sobre o aumento dos casos de Covid-19 em Mato Grosso, junto a identificação de nova subvariante da doença, a Adufmat-Ssind manifesta sua preocupação e orienta a todos e todas que voltem a adotar cuidados como a utilização de máscaras, higienização regular das mãos, distanciamento, entre outros.

 

Sabemos que a ciência teve o papel fundamental para o desenvolvimento das vacinas, que hoje nos garantem um pouco mais de tranquilidade e, por isso, reafirmamos a importância de que estejamos sempre com as doses em dia.

 

Lembramos que por negligência de governos e disseminação de ideias negacionistas, mais de 700 mil brasileiros perderam a vida por causa da Covid-19. Este número poderia ser bem menor, se a Saúde e Educação públicas fossem encaradas com o devido respeito e prioridade.  Em defesa da vida, a Adufmat-Ssind se levanta, novamente, alertando para os cuidados necessários e, mais do que isso, reivindicando políticas públicas que garantam a segurança e a qualidade de vida da população trabalhadora.     

Terça, 17 Março 2020 11:51

 

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) organizados no sindicato da categoria (Adufmat-Ssind) vão aos terminais de ônibus de Cuiabá nessa quarta-feira, 18/03, conversar com a população sobre como vencer o coronavírus: lavar as mãos com regularidade, defender o Sistema de Saúde Público (SUS), a Educação e a Ciência, e exigir a revogação da Emenda Constitucional 95/16.

 

O raciocínio é lógico e bastante simples. A saúde pública de qualidade e gratuita é a única que garante acesso de todos a consultas, exames e tratamentos; a Educação Pública, por meio da Universidade Pública, realiza pesquisas, produz e socializa conhecimentos. Foi ela quem permitiu o mapeamento do genoma do coronavírus e, com isso, o início dos testes de remédios e vacinas; a Emenda Constitucional 95/16 atrapalha esse trabalho, pois retira recursos da saúde, da educação e da assistência social por 20 anos.

 

“Mais importante que as ações individuais são as ações das instituições públicas para lidar com uma ameaça contra a saúde da coletividade. A imprensa tem tratado o coronavírus de forma individualista, dizendo que a doença será contida se as pessoas seguirem, com disciplina, as recomendações de quarentena e higiene pessoal, como se contrair o vírus fosse mera negligência com as boas práticas de autocuidado. É verdade que, neste momento, cada um de nós precisa assumir uma postura responsável com a coletividade e tomar alguns cuidados, mas só isso não é suficiente. Além do nosso compromisso individual, existe a necessidade do comprometimento das instituições públicas”, explica a professora Lélica Lacerda, diretora da Adufmat-Ssind.

 

Nessa quarta-feira, os docentes irão até os terminais de ônibus conversar com aqueles que não vão poder parar de trabalhar. O local não foi escolhido à toa. “A maior parte dos trabalhadores brasileiros tem uma relação de trabalho precarizada. Domésticas, autônomos, terceirizados, uber, etc. São pessoas que não têm condições de parar de trabalhar sequer uma semana, porque, o que foi chamado de ‘modernização das relações trabalhistas’, durante a Reforma Trabalhista, foi na verdade a legalização do trabalho precarizado, na qual o trabalhador recebe por hora trabalhada e, por isso, não pode nem ficar doente. Pela força do mercado, precisa trabalhar todos os dias se quiser comer todos os dias”, destacou Lacerda.

 

Além de conversar e distribuir panfletos, os professores também distribuirão sabonetes e realizarão oficinas de máscaras na Praça Ipiranga, nos terminais do CPA I e III, às 7h e às 14h.

 

Diante dessas questões, os professores pretendem questionar fortemente representantes públicos e cobrar suas responsabilidades com a população: se a quarentena é questão de vida e morte neste contexto de pandemia, quais são as políticas de transferência de renda que estão sendo formuladas para viabilizar que os mais pobres também fiquem de quarentena e tenham suas vidas preservadas? Se o contágio do coronavírus é muito fácil e levará a um aumento da demanda de internações acima da capacidade atual, onde está o plano emergencial de construção e aquisição de novos hospitais públicos e gratuitos, com mais leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s), aquisição de novos equipamentos e contratação de mais profissionais? Se precisamos de novos tratamentos e medicamentos, onde estão os investimentos em pesquisas nas universidades públicas?

 

O congelamento por 20 anos dos investimentos sociais pela Emenda Constitucional 95/16 impede a ampliação dos investimentos justamente nessas áreas essenciais: saúde, educação e assistência social. Por isso, os docentes defendem que a EC 95/16 seja urgentemente revogada. E nesse momento de vulnerabilidade real e concreta, os professores, pesquisadores, servidores públicos federais entendem que a população precisa dessas respostas.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 16 Março 2020 16:50

 

O ANDES-SN suspendeu todos os eventos públicos previstos na agenda do Sindicato Nacional até dia 18 de abril. A decisão segue o encaminhamento aprovado nesse final de semana (14 e 15), na reunião conjunta do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes), frente à situação imposta ao país pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

Com isso, foram suspensos o VI Seminário Estado e Educação, convocado originalmente para ocorrer nos dias 27, 28 e 29 de março, na UFGD (Dourados-MS); a Reunião do Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD), convocada originalmente para ocorrer no dia 07 de abril, na sede do ANDES-SN (Brasília-DF); e Encontros das Secretarias Regionais, convocados originalmente para o período em questão.

A avaliação da prorrogação da suspensão para além de 18 de abril será feita na próxima Reunião Conjunta dos Setores das Ifes e das Iees/Imes, agendada para 17 e 18 de abril.



Confira a nota do ANDES-SN sobre o novo Coronavírus

 

Fonte: ANDES-SN

Segunda, 16 Março 2020 08:54

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Roberto de Barros Freire*

 

O novo coronavírus - Covid-19 – é uma prova concreta que essas coisas de fronteiras e barreiras nacionais são ideias e artefatos arcaicos no mundo atual. O mundo está definitivamente globalizado, não há volta, não há como impedir o trânsito e o tráfego de ideias, bens, pessoas e doenças. O muro que Trump quer construir nada impede ou impedirá, nem pessoas, nem drogas, muito menos doenças de adentrar nos Estados Unidos. Dificulta apenas a vida dos pobres, pois que ricos entram de primeira classe em qualquer país.


Como ninguém vive isolado e o contato humano é inevitável, tudo que se pode fazer é aprender a conviver com as intempéries da vida, algo que se inicia sem culpados e que se tem que agir para não virar ou causar vítimas. O contato humano potencializou a todos, desfrutando as conquistas humanas, luz, máquinas, medicina e muitas outras coisas, mas trouxe e traz também algumas doenças que podem causar muitas perdas humanas.


No final o vírus causará poucas perdas, mas a degustação daqueles que lucram com a desgraça, promoverá perdas bem maiores. No mercado, sempre covarde, fugindo rapidamente de ter que arcar com os custos do convívio, e ainda querendo lucrar com eles, liquefaz o patrimônio de muitos, para se salvar da doença. Todos querendo ter dinheiro na mão, ao fim, ele pouco valerá, pois de que adianta o dinheiro num carro no meio da enchente? Quanto vale o ouro no meio de um deserto seco e sem água? E de que vale ter estudado em colégios caros e saber a fórmula da água sendo arrastado pelas águas turbulentas de um rio?


O fato é que temos de nos adequar mutuamente, aceitar nossas diferenças, aprender a extrair o melhor da convivência e a evitar o pior do contato, ofensas e violência, e algumas doenças. Também o ódio deve ser evitado e combatido. Nosso destino é coletivo e não há salvamento individual, ainda que possa haver prejuízo para todos, coletivos, globais.


Naturalmente, ainda que haja problemas e dificuldades, devemos continuar a traçar nosso destino e buscar o melhor para si, sem prejudicar os demais. Não ter nem manter inimigos. A vida comum é algo que nos envolve e potencializa a todos, e o seu futuro próspero depende de nossas ações atuais. Plantamos e colhemos o semeado. Escolher a semente certa, preparar adequadamente o solo onde se enraizará a planta, e depois desfrutar com os demais sua sombra e sua fruta, é algo que fomos conquistando desde a pré-história. Ao invés de combater supostos inimigos, conviver com o diferente, aceitando a multiplicidade e sem querer eliminá-la.


O que permite nos dedicarmos a nós mesmos é haver pessoas que estão trabalhando para desfrutarmos o lazer. Depois trabalharemos para que os demais possam também desfrutar um ócio merecido, pois todos precisamos de um tempo para nos dedicarmos ao nosso aperfeiçoamento e um tempo para nos dedicarmos ao bem de todos. É algo que advém de nosso esforço para o benefício mútuo.


Das crises pode-se retirar lições ou ressentimentos. Ressentidos são aqueles que não percebem que não há culpados para além de nossas escolhas para a nossa situação. E só se tira lições quando se adquire a sabedoria de perceber que os erros ao menos ensinam o que evitar.


Doenças novas assustam a todos. De uma forma geral, as pessoas temem novidades. Quase tudo que se lança no mundo, num primeiro momento assusta, depois se entende e logo depois já não se pode viver sem. Essa nova doença em breve terá uma vacina, novos remédios, novos protocolos de atendimento médico e sanitário. É com essas pragas que aprendemos higiene; é com esse vírus que descobrimos novos medicamentos.


Não é bom que essas coisas aconteçam, mas uma vez que é inevitável e sempre estaremos suscetíveis a novas patologias, devemos tentar entender e estudar formas de evitar e mitigar os males. A história mostra que não devemos nos desesperar, pois sempre se acha a cura. O importante é ficar atento e tentar evitar a desinformação, daqueles que gostam de lançar a cizânia e mentiras para confundir o público. Nosso maior problema hoje não são as notícias falsas, mas sim as mentirosas. A falsa vem da ignorância, mas a mentira vem da má fé.


 
*Roberto de Barros Freire
Professor do Departamento de Filosofia/UFMT
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Sexta, 13 Março 2020 10:43

 

São Paulo, 12 de março de 2020

 

As Centrais Sindicais reunidas nesta quinta-feira, 12/03/2020, em São Paulo para discutir a declaração de pandemia global pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em decorrência do novo coronavírus, se colocam na defesa de ações coletivas de prevenção à propagação do vírus e seus impactos sociais e econômico.

 

As entidades entendem que esse momento demanda do Estado brasileiro, em seus três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), a compreensão de sua excepcionalidade e a importância da ampla concentração das ações em medidas emergências para o enfrentamento da crise.

 

Ao mesmo tempo, as Centrais reivindicam a suspensão das discussões de medidas que atacam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras no Congresso Nacional, como por exemplo, a MP 905/2019, a Carteira Verde e amarela. Nesse sentido, propomos um amplo diálogo com a sociedade e com o Congresso Nacional para definir as medidas necessárias para conter a crise do coronavírus e a crise econômica.

 

As Centrais Sindicais também reafirmam que é fundamental a abertura do debate para elaborar medidas emergenciais para a proteção de todos os trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais, e de seus empregos e renda, no período que a pandemia estiver decretada, além de medidas específicas para os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, educação e transporte público que estão mais expostos ao contágio.

 

As entidades reforçam a relevância do fortalecimento da saúde pública, dos serviços públicos e de seus trabalhadores e trabalhadoras, considerando que nessa crise é fundamental para a mitigação dos riscos e o controle da doença, que ameaça se ampliar em nosso país. Esse fortalecimento é fundamental para a proteção individual e coletiva e para a efetivação da tarefa social dos serviços públicos.

 

As Centrais Sindicais se mantêm em avaliação permanente, com uma reunião agendada na próxima segunda, as 10h, na sede do DIEESE, para discutir a crise sanitária e econômica em curso no país e para tomar as decisões que se fizerem necessárias nesse momento. As Centrais reforçam a importância das mobilizações da classe trabalhadora.

 

 

CUT – Central Única dos Trabalhadores

FS – Força Sindical

CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores

UGT – União Geral dos Trabalhadores

CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

CSP – Conlutas – Central Sindical e Popular – Conlutas

Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

 

Fonte: CSP-Conlutas