Segunda, 24 Abril 2023 09:31

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Vicente Machado de Avila

Professor aposentado da UFMT
 

 

I – DÉCIMO JÚNIO JUVENAL (DECIMUS LUNIUS JUVENALIS – nascimento 55 (século I) e morte 60 (século II), Cidadania Roma Antiga, Ocupação poeta, escritor e historiador, Obras destacadas Sátiras). Este e o autor da famosa frase “MENS SANA IN CORPORE SANO”. Infelizmente a brilhante sabedoria não foi posta em prática até hoje.

II – EDUCAÇÃO: Para por em prática a sabedoria de Juvenal, faz-se necessária uma revolução educacional/cultural.

III - PROPOSTA REVOLUCIONÁRIA: Este é o objetivo deste artigo. Pretende-se fazer uma “fusão” entre a educação pedagógica e a educação física

IV – PARCERIAS NECESSÁRIAS: Secretaria de Educação e Secretaria de Segurança Pública. Parte-se do pressuposto que os jovens estudantes participando também da educação física não ficarão expostos à tentação para o crime. As parcerias são necessárias, tendo em vista que a tese aqui exposta pressupõe uma expressiva redução da delinqüência juvenil (a ser confirmada pelas estatísticas policiais).

V – PROVAVEL REFLEXO NA SEGURANÇA DA SOCIEDADE: As estatísticas policiais informam que um elevado percentual dos atos de violências é praticado nas famílias.

VI – O AFETIVO: A afetividade nunca pode ser esquecida. Para não tornar esta proposta muito extensa, deixaremos a questão da afetividade para outra ocasião. Ressaltando porém, que a Educação Artística também tem um papel importante na formação de pessoas Humanas e Civilizadas.  

VII – ESPERANÇA DO FUTURO: Manifestamos a nossa fé nesta revolução, a qual posta em prática trará, com certeza, uma sociedade de paz e alegria de viver!
 


Cuiabá-MT.,  20 de abril de 2023.


Professor Vicente Machado Ávila

Segunda, 03 Abril 2023 10:14

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor aposentado da UFMT
 

 

 

I – O CAPITALISMO: Surgiu no século XV, a partir da passagem da Idade Média para a Idade Moderna, com a decadência do sistema feudal para uma nova classe social, a Burguesia.

II – A ESQUERDA: No Reino Unido o parlamento era dividido em duas classes: A classe dos comuns (esquerda) que ficava do lado esquerdo à frente da mesa diretora e a classe nobre (direta) que assentava do lado direito.

III – O QUE ESPERAR DO CAPITALISMO?  O capitalismo já tem mais de meio milênio e até agora não resolveu o problema central da humanidade.

IV – A FOME NO BRASIL E NO MUNDO: Dos 8.000.000.000 bilhões de pessoas existentes no mundo, em julho de 2022, o Relatório da ONU aponta que agravamento da fome mundial atinge 29,3% da população mundial. No Brasil a busca da solução para a fome ocorreu inicialmente em 1989, quando o Lula disse que todo brasileiro deve ter um prato de comida no almoço e no jantar. Criou o bolsa família e tirou 36.000.000 milhões de pessoas da miséria. O noticiário está informando 02 números diferentes para a fome: 1º 133.000.000 milhões e 2º 125.000.000 milhões. Trabalhando com a população de 210.000.000 milhões de habitantes, o primeiro número indica que mais da metade da população brasileira passa fome. Ressalva-se que o Brasil é o 4º maior produtor de alimento do mundo.

V- SE VOCÊ LEITOR (A): Quiser continuar acreditando no CAPITALISMO, desejo-lhe boa sorte.

VI – EM 1989 O SURGIMENTO DO NOVO: Da poeira da queda do muro de Berlim surgiu o GOVERNO POPULAR INCLUSIVO. A república popular da China tirou 800.000.000 milhões de pessoas da miséria; criou uma robusta classe média e é o 2º maior PIB do mundo.

 

Cuiabá-MT.,  30 de março de 2023.

Professor Vicente Machado Ávila

Quarta, 29 Março 2023 17:16

 

Representantes do ANDES-SN se reuniram na tarde desta segunda-feira (27) com a Secretária de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), Denise Carvalho. O encontro, solicitado pelo Sindicato Nacional, tratou dos onze pontos programáticos para a Educação Pública definidos pelo ANDES-SN, e já protocolados junto ao MEC no início de janeiro.

 

Entre as questões tratadas estão a revogação da Emenda Constitucional 95, a reestruturação da carreira docente e a necessidade urgente de instalação das mesas setoriais de negociação com o governo. Também foram reforçadas, com a Secretária da Sesu, a importância da recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino (IFE) e a ampliação e consolidação da política de Cotas, tanto para estudantes quanto para docentes, como da política de acesso e permanência e assistência estudantil.

Outro tema abordado foi o Reuni Digital. Segundo Francieli Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN presente na reunião, a secretária Denise Carvalho sinalizou que o programa não se consolidou e que não há intenção do governo em levar adiante o projeto implementado durante o governo Bolsonaro. “Também tratamos da questão da previdência e nossa crítica ao Funpresp e a defesa da revogação tanto do Fundo quanto da Reforma da Previdência. Colocamos ainda a necessidade de revogação também da Reforma do Ensino Médio. Sobre esse ponto, a secretária da Sesu informou que essa semana o MEC irá instituir um GT [grupo de trabalho] específico sobre a BNC Formação”, comentou Francieli.

Os entraves nas progressões docentes, que vêm sendo tratadas de formas distintas pelas universidades, também foram discutidos. A representante da Sesu comentou que a Equipe de Educação da Procuradoria-Geral Federal (PGF) está se debruçando sobre a questão para apresentar uma orientação geral às instituições. Denise indicou que o ANDES-SN se reúna com a PGF para tratar da questão. “Iremos solicitar uma agenda com a PGF para aprofundar o diálogo sobre essa questão e buscar solucionar o problema que afeta muitos professoras e muitos professores, impactando inclusive financeiramente”, disse a diretora do Sindicato Nacional.

Intervenções nas IFE

De acordo com a diretora do Sindicato Nacional, a maior parte da reunião foi dedicada ao debate sobre as intervenções nas IFE durante a gestão de Jair Bolsonaro, com a indicação, em mais de 20 instituições, de reitores e reitoras que não estavam em primeiro na lista tríplice encaminhada pelas universidades ao MEC. Na avaliação do ANDES-SN, as nomeações configuram em grave desrespeito à autonomia universitária e devem ser revogadas.

Foram apresentadas como exemplo as situações da Universidade Federal da Fronteira Sul e do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, onde as comunidades têm sido alvo de perseguições e processos administrativos por parte de gestores bolsonaristas autoritários. O presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Adufpb Seção Sindical do ANDES-SN), Cristiano Bonneau, também participou da audiência e relatou a situação na sua universidade.

No entanto, a posição do MEC, colocada na reunião, é que, embora não seja legítima, a indicação de nome que consta na lista tríplice, mas não foi o mais votado pela comunidade acadêmica não é ilegal. Nesse sentido, o MEC atuará para uma mudança na legislação e pelo fim da lista tríplice. Apenas os gestores e as gestoras empossados que não participaram do processo de escolha nas instituições serão exonerados e exoneradas dos cargos.

 

“A representante da Sesu nos indicou reunir com o deputado Ivan Valente [PSol/SP], que é relator na Comissão de Educação de um projeto de lei que trata da escolha de dirigentes, sobre a possibilidade de avançar numa proposta pelo fim da lista tríplice e também buscar diálogo com a Andifes para fortalecer a luta e articulação por essa pauta junto ao Congresso Nacional”, comentou a 2ª secretária do Sindicato Nacional.

Para Francieli, que também é da coordenação do Setor das Ifes do ANDES-SN, depois de tanto tempo sem mesa de diálogo com governo, foi muito importante a oportunidade de reafirmar as pautas imediata e histórica da categoria docente. Entretanto, ela reafirma que a resposta do MEC em relação à manutenção dos interventores é inaceitável para as mais de 20 comunidades acadêmicas, que têm lutado diariamente contra a destruição da democracia nas universidades. O ANDES SN não irá recuar dessa pauta e dará continuidade a luta contra as intervenções, já apontando uma agenda de luta no dia 4 de abril.

“O governo assumiu o compromisso de avançar numa mudança no processo da lista tríplice, reconheceu a importância dos pontos colocados pelo ANDES-SN, em especial a necessidade do debate sobre a reestruturação carreira docente e sobre a recomposição dos orçamentos para manutenção das universidades e ampliação da política de acesso e permanência”, contou.

Porém, a diretora do Sindicato Nacional ressalta que é fundamental manter a mobilização e pressão constantes nas IFE e também em Brasília para garantir avanços concretos nas pautas da categoria. “Sabemos das contradições colocadas no interior desse governo, em especial no MEC. E, somente a nossa luta organizada pela base será capaz de garantir as mudanças necessárias. Por isso, temos construído uma agenda de lutas que reforça nossas pautas em especial em relação às intervenções, com jornada de lutas nas universidades e em Brasília, na semana que vem. Precisamos manter também a mobilização constante nas universidades, por meio das seções sindicais, para pressionar os reitores e as reitoras”, convoca.

Também participaram da reunião representando o ANDES-SN, Zuleide Queiroz, 2ª vice-presidenta do Sindicato, Neila de Souza, 1ª vice-presidenta da Regional Planalto, e Claudio Mendonça, 2º vice-presidente da Regional Nordeste 1.

 

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 23 Março 2023 15:42

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor Aposentado da UFMT
 

 

I – UMA RELAÇÃO FORA DOS TRILHOS/EIXOS/CAIXINHA
Quem acompanha o noticiário cotidiano já percebeu que as relações homem-mulher estão (em grande parte) fora do normal/caixinha.

II – MANDAMENTO INVERTIDO: “Amai-vos uns aos outros”
O mandamento acima está sendo substituído por “odiai-vos uns aos outros”. Em Mato Grosso o FEMINICIDIO é saliente. Se um pai mata a mãe, a facada, nas presenças dos filhos, o que sobra de civilização?

III – O QUE FAZER?
É preciso agir com urgência/competência/abrangência. Com que ferramentas?

1.  Família: educação dirigida para a vida (ver Triálogo 25); amparo às famílias vitima de violência;

2.  Igrejas – além da espiritualidade as igrejas devem também formular e praticar uma “teologia da vida terrena”;

3.  Organizações: convocar todas as organizações públicas e particulares. Todas as organizações devem ser convocadas para construir uma sociedade civilizada que abandone o ódio e adote o AMOR.  

IV – O RANKING DA FELICIDADE: O Brasil é o 49º no ranking da felicidade. Uma comitiva deve visitar a Finlândia e instituir um programa, com metas quantitativas, de ascensão no ranking da felicidade.
V – ORAÇÃO PROPOSTA “Não matei, não roubei, não agredi e não menti”. Estou em paz com a minha consciência e com a sociedade. Estou de  bem com a vida e com DEUS.
 



Cuiabá-MT.,  21 de março de 2023.



Professor Vicente Machado Ávila

Quinta, 09 Março 2023 16:22

  

Pela primeira vez na história de Mato Grosso, mulheres realizaram um acampamento pedagógico como atividade relacionada ao Dia Internacional de Luta das Mulheres – Oito de Março. A ideia foi debater questões de interesse comum e, a partir disso, elaborar um documento com uma série de reivindicações que serão entregues a autoridades, instituições e representantes públicos do estado. A atividade começou na noite do dia 06/03 e terminou após um ato público no dia 08/03, que teve início na Praça Ulisses Guimarães e terminou em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).  

 

“Em 2022, uma companheira tombou por dia, vítima do feminicídio; foram notificadas 38 violências contra a mulher por hora na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e 93 estupros por dia. Nesta máquina de moer mulheres, as negras e trans são as mais violadas: 67% dos feminicídio foi contra mulheres negras; 26% contra mulheres brancas e 1% indígenas; e 38% das violências contra pessoas trans no mundo aconteceram no Brasil”, apontaram as acampadas em documento elaborado já no primeiro dia, demonstrando a realidade que pretendem mudar.

 

A lista de demandas construída nesses dias de imersão contou com a contribuição de mulheres que vivem nas cidades e no campo, indígenas, quilombolas, trans, fartas de tanta insegurança e privação. Entre as ações reivindicadas estão: o assentamento imediato de 680 famílias já acampadas há quase 20 anos - direito garantido pela constituição; políticas públicas para as famílias já assentadas, que garantam produção e comercialização de alimentos saudáveis, acesso a direitos básicos relacionados a saúde e assistência social; implementação das delegacias especializadas das mulheres nas cidades do interior onde não tem e efetivação daquelas que já existem, mas estão precarizadas; melhor preparo da Polícia para tratar casos de violência contra as mulheres; atuação política para revogação das contrarreformas Trabalhista, da Previdência, e da Lei de Tetos de Gastos; políticas de equiparação salarial, entre outras.

 

Para a diretora estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Devanir Araújo de Oliveira, esta primeira experiência de acampamento possibilitou a observação de que, apesar das diferenças, há muitos pontos de reivindicações em comum entres todas as mulheres. “É muito interessante essa construção coletiva que reúne mulheres do campo e da cidade. Uma experiência muito bonita, porque são diferentes realidades com muitas pautas em comum. Nós temos representação de mulheres camponesas e urbanas de várias regiões do estado, e isso é muito importante porque é uma construção que ultrapassa esse oito de março. A gente quer continuar construindo essa aliança e cumplicidade. Nós precisamos unificar a nossa pauta, porque temos muitos pontos em comum. Nós, que somos do campo, temos uma pauta, que é a terra, a infraestrutura para os nossos assentamentos, assim como temos, na cidade, as mulheres urbanas com as pautas de infraestrutura. Esse é o sentido da luta. E essa aliança do campo e da cidade que a gente faz para construir uma sociedade de fato para a classe trabalhadora, que constrói a riqueza desse país”, afirmou.

 

 

Segundo a dirigente, o grupo protocolou ofícios em várias secretarias (Agricultura, Saúde, Segurança Pública, Educação) e no próprio Governo do Estado, propondo uma audiência pública para o dia 08/03. Mesmo com a inviabilidade da abertura de agenda, as mulheres vão continuar tentando.

 

“A gente volta para nossas regionais muito animadas por esse processo, por essa construção coletiva. Cada oito de março é um aprendizado e nós estamos levando esse aprendizado. Esse ano vai ser um ano de muita luta. Em abril nós temos luta novamente, o abril vermelho, também é uma construção coletiva dos movimentos sociais do campo de pequenos produtores”, disse Oliveira.

 

Apesar de alguns dos pontos da pauta serem conhecidos, o documento ainda está em construção e será avaliado novamente por todas, antes dos protocolos.

 

A professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Mírian Sewo, participou do evento como militante feminista, ciente da importância da organização como ferramenta de transformação social. “Estou acompanhando o acampamento desde o  planejamento, conciliando trabalho e luta, que é a nossa condição de sempre. O oito de março marca o início das lutas que vão prosseguir durante todo o ano. É uma data muito importante para nós, porque, em geral, a nossa condição enquanto mulher nessa sociedade tem se modificado muito pouco. A gente vê alguns avanços, mas o Brasil ainda é o quinto país que mais mata mulheres; Mato Grosso é um dos estados com maior taxa de feminicídio – foram cerca de 48 no ano passado e, este ano, a gente já está com quatro. Além disso nós temos um alto índice de violência sexual com meninas de 13, 14 anos, que estão sendo estupradas diariamente. A cada 20 minutos a gente tem um estupro no Brasil, fora todas as outras violências, de todos os tipos, que a gente sofre no dia a dia, físicas, psicológicas, patrimoniais. A gente é cerceada o tempo inteiro, vigiada o tempo inteiro, criticada o tempo inteiro, em todos os espaços. Então nós temos uma pauta gigantesca para a gente continuar existindo enquanto mulher, viver nesse mundo, ter espaço, ser respeitada e conseguir ter a vida digna”.

 

Sewo participa de um coletivo de mulheres que realizam o curso “Feminismo e Resistência” todos os anos, no Dia Internacional das Mulheres, às 16h, na Praça 08 de Março (Rachid Jaudy), localizada na região central de Cuiabá. O espaço foi ocupado e rebatizado pelas mulheres em 2022, após uma denúncia de estupro no local.

 

“É um ato de resistência naquela praça. Ela está desde o dia nove de março do ano passado trancada com tapumes, porque nós fizemos o ato do Dia Internacional das Mulheres lá, mas até agora nada foi feito. A gente tem plena certeza de que aqueles tapumes estão lá para impedir a nossa formação naquela praça, porque já está decidido, entre nós, que a praça vai ser ocupada com as nossas atividades e com as nossas pautas”, concluiu a docente.

 

 

Também professora da UFMT, a assistente social Lélica Lacerda destacou que as mulheres organizadas têm pautado questões que envolvem toda a sociedade. “Esse acampamento foi uma experiência bastante inédita no estado. Nós passamos por quatro anos muito difíceis. Nós, mulheres, avisamos à sociedade de que a eleição de um governo fascista seria um estrago imenso para as vidas das populações periféricas. Às mulheres, negros, indígenas, quilombolas e toda a classe trabalhadora. Fomos ignoradas e acabamos passando por esse período horrível. Agora é um momento de reconstrução. Derrotamos o fascismo nas urnas, mas mais difícil é derrotar nas ruas. Nos habituamos na cultura do ódio que foi disseminada no armamento da população. Então a gente entende que se a burguesia está se organizando para radicalizar, nós, mulheres, também precisamos nos organizar e radicalizar a nossa indignação”.

 

Nesse sentido, a avaliação das mulheres vai ao encontro dos dados divulgados recentemente pelo Fórum Nacional de Segurança Pública com relação às agressões físicas, ameaças, perseguição e estrangulamento. Em 2022, eles representam um aumento de 10% comparado a 2019 – passou de 25,6% para 35,6% o percentual de entrevistadas que afirmaram ter sofrido alguma dessas violências neste período. O Fórum atribui este aumento ao bolsonarismo. “Este processo parece ter se intensificado na sociedade brasileira com a eleição do político de extrema-direita Jair Bolsonaro”, aponta o relatório. E a conta é simples: se a ideologia prega a submissão da mulher ao homem, como o pensamento conservador, representado pelo ex-presidente, este se sentirá no direito de violentá-la.

 

Lacerda disse, ainda, que o acampamento possibilitou ampliar a noção de como o patriarcado sistêmico e atinge a todas as mulheres, e criticou o Agronegócio. “Todas as mulheres tiveram experiências de violência para contar. Todas as mulheres também tiveram experiências de resistência. Se estamos aqui é porque temos resistido e saímos desse acampamento com um compromisso, uma aliança muito maior entre as mulheres e o compromisso de seguirmos em luta até que todas sejamos livres. Mato Grosso tem se mostrado um lugar particularmente importante no Brasil e os atos antidemocráticos dão conta de que a elite mais atrasada do país é a elite do Agro. Ela mantém praticamente um fosso social com essa história de latifúndio, produzir monocultura, trabalho análogo à escravidão. Ela é a estrutura colonial, ela é o passado. O agro se vende como futuro, mas ele é a reposição constante do passado. No Brasil colonial não cabe o direito de indígenas e quilombolas. Nesse tipo de economia, não cabe igualdade de gênero. Então, nós, mulheres de Mato Grosso, vamos trabalhar para chamar a atenção do governo que está assumindo, que se ele quer superar o fascismo nas ruas, ele vai precisar dar uma atenção especial em políticas públicas específicas para o Norte, para a região da Amazônia Legal, porque é ali uma zona de conflito intenso, em que nós precisamos modernizar essas relações, superar o latifúndio. A Reforma Agrária é necessária não só pelo acesso à terra, não só pelo acesso à produção de alimentos, mas pela construção de uma outra estrutura social, capaz de realizar os sonhos que nós estamos construindo e preservando há tantos séculos de luta”, declarou.

 

A professora Márcia Montanari, diretora da Adufmat-Ssind, esteve no acampamento e contou um pouco sobre essa primeira experiência das mulheres e da emoção deste momento. “No dia seis, a noite, foi o período de chegada dos ônibus das caravanas que vieram de diferentes lugares do interior, várias regionais do MST e da CPT que estavam participando. E foi muito bonito, porque foi um momento de recepção das mulheres e foi organizada uma atividade cultural com música. A mística do MST, sempre muito forte e muito bonita, significativa, com as imagens das mulheres que já fizeram parte do movimento e de diferentes movimentos camponeses no Brasil e no exterior, mas sobretudo no Brasil. E mulheres que morreram também por conta das suas lutas. Muitas vítimas de feminicídio, muitas vítimas de crimes políticos. Então, foi um momento muito forte, sim, de muita emoção, mas também de muita inspiração e resistência dessas das histórias, de conhecer a história dessas mulheres tão fortes e tão resilientes e existentes nas lutas pelo bem comum, pelo bem viver. Nesse momento a gente fez uma fala de boas-vindas, várias representantes de várias instituições, sindicatos, associações, conselhos e representações de mulheres. Em seguida fizemos uma ciranda também muito linda, com as mulheres camponesas e com as mulheres urbanas. Então foi um momento muito forte e muito emocionante. Foi para mim especial, como mulher e como diretora da Adufmat-Ssind. Foi um momento de inspiração mesmo, de aprendizagem e de fortalecimento das nossas lutas. As mulheres que estavam lá realmente estavam muito, muito unidas e com muita vontade de discutir políticas públicas, temas relacionados ao nosso cotidiano, às nossas necessidades, ao cumprimento dos nossos direitos”.

 

 

A diretora da Secretaria Regional Pantanal do Andes-Sindicato Nacional, Raquel de Brito, elencou uma série de ações do sindicato visando o fortalecimento da luta das mulheres. “O Andes-SN tem dado passos largos nas ações contra o machismo, contra o patriarcado, contra o racismo, contra a LGBTQIAPN+fobia. Nós aprovamos a paridade de gênero para a diretoria nacional do Andes-SN, temos resoluções, dos nossos congressos, em defesa da legalização do aborto, a gente tem construído o oito de março em diversas cidades pelo país. O Andes-SN é um sindicato classista que está ao lado das mulheres nessa pauta histórica, que é a luta por seus direitos, por sua emancipação plena. Nesse sentido, estamos marcando audiências agora, reuniões com ministérios e em relação às cotas para os concursos públicos, que têm sido fraudadas nacionalmente, de garantia das cotas para os concursos públicos de docentes, assim como a garantia de que esses docentes sejam integrados à universidade, tomem posse, porque isso tem sido também um desafio daqueles e daquelas que passam pelas cotas, tomem posse e possam estar na docência. A gente também tem a criação de um documentário que é “Narrativas docentes, luta das mulheres”, no qual a gente buscou, nos 40 anos do Andes-SN, retratar a importância das mulheres dentro desse sindicato, suas construções, o que a gente avança. Então, é assim que o Andes-SN se coloca, como esse sindicato classista, que está nas pautas que significam avanços para a sociedade, porque entendemos que esse é o papel de um sindicato classista: um sindicato que está enraizado pela base, mas é um sindicato que fundamentalmente está ao lado da classe trabalhadora dentro das suas pautas emergenciais e de longo prazo”, finalizou.

 

Participaram do acampamento mulheres que vivem em Cuiabá e também em outros municípios do estado, como Novo Mundo, Nova Guarita, Jaciara, Nova Olímpia, Cáceres, Mirassol d'Oeste, entre outros.

 

Durante o mês de março, a Adufmat-Ssind participa, ainda, junto a Adunemat-Ssind, de uma campanha nas redes sociais de incentivo às mulheres para que denunciem assédio sexual por meio do número 180. A iniciativa é da subsede do sindicato em Sinop.  

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quinta, 09 Março 2023 15:13

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor Aposentado da UFMT

 

 


I – A maior parte dos poetas – escritores sempre olham as mulheres com bons olhos. Das dezenas de livros que já li, só encontrei um que rebaixa as mulheres: “Dores do Mundo” – Arthur Schopenhauer* (filósofo alemão do século XIX). Ele via as mulheres como um ser de cabelos compridos e idéias curtas. Acredito que se trata também de um problema histórico. De lá para cá a evolução feminina foi exuberante.

II – MUITA HISTÓRIA E POUCO PROTAGONISMO – O caso brasileiro.
Quem vasculhar o passado vai encontrar a figura feminina construindo a história. Porém, com quase nada de protagonismo. O único fato em que a mulher aparece como protagonista foi na conquista e proclamação da independência. As heroínas são raras. Os heróis são quase todos masculinos.

III – AS RELAÇÕES HOMEM X MULHER – Devem ser reconstruídas. A evolução do homem está ocorrendo na velocidade das bicicletas e a evolução das mulheres ocorre a jato. Grande parte dos homens quer conviver com a mulher que ficou no passado; os conflitos estão no noticiário de cada dia.  

IV – COMO RESOLVER? Acredito que a convivência saudável pode ser conseguida com esforço conjunto, simultâneo e orientado dos (as) educadores; das igrejas; dos partidos; dos sindicatos; das associações de moradores, etc.... As mulheres de antigamente, além de cama e mesa, ofereciam companhia para a vida inteira. As mulheres modernas estão muito mais arteiras/faceiras, além de tapas e beijos oferecem também arrasador chute na traseira.    
______________________________________________________________________
* morreu solitário e curtindo a sua feiúra e condição de maior pessimista/negacionista do mundo.
    Convidamos Milionário e José Rico para fechar o Dia Internacional da Mulher:

 

..... “Boneca cobiçada
Das noites de sereno
Teu corpo não tem dono
Teus lábios tem veneno .....”


Cuiabá-MT.,  08 de março de 2023.

Professor Vicente Machado Ávila

Quinta, 09 Março 2023 09:24

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor aposentado da UFMT

 

 

 

                     I.            A VIDA ABAIXO DA FUTILIDADE

A sociedade brasileira não está referenciada em valores favoráveis à vida. Em SINOP – MT, bandidos perderam um jogo de sinuca e tiraram a vida de 7 pessoas, inclusive de uma menina de 12 anos. Sem incluir o DATENA, o noticiário policial dá mais de 6 horas diárias.

                    II.            A HORA É AGORA

O Brasil tem que aproveitar o governo humanizado e construir um caminho de paz.

                   III.            O QUE FAZER? EDUCAÇÃO PARA A VIDA

O Governo Federal, através do MEC, deve organizar uma comissão de notáveispara formular um programa revolucionário de educação para a vida, a comissão deve começar por um levantamento de experiências internacionais. Todos os GURUS devem ser mobilizados e as obras dos já falecidos devem ser revisitadas.

                 IV.            DOIS BONS COMEÇOS:

1.      A coisa mais importante é inventar o Brasil que nós queremos” (DARCY RIBEIRO)

2.      Em CAÇU-GO a dedicada professora IONE BETÂNIA está lecionando uma disciplina denominada “projeto de vida”. A elaboração do conteúdo da disciplina educação para a vida deve envolver a participação e todos os conselhos de educação (municipais, estaduais e federais) segundo um calendário determinado pelo MEC.

                    V.            MEXA-SE!

Não há mais tempo a perder, a água está batendo na bunda. “Não dá mais para deixar como está para ver como é que fica.

                 VI.            ARMADOS E DESALMADOS

No governo Bolsonaro a população portadora de arma de fogo foi multiplicada por 7(sete), nos EUA o acesso as armas e bastante facilitado. Lá os bandidos, com freqüência, fazem chacinas nas escolas, nas igrejas e etc..., infelizmente os bandidos brasileiros estão seguindo o mal exemplo.

 

                                 Cuiabá-MT.,  05 de março de 2023.      


Professor Vicente Machado Ávila

 

Terça, 07 Março 2023 14:06

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

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Os 10 mandamentos das leis dos humanos (proposta de código de ética).

                       I.            Cumprir os mandamentos da lei de Deus.

                    II.            Enxergar, pensar, ouvir e sentir a HUMANIDADE.

                 III.            Exercer plenamente a CIDADANIA, não permitindo que outras pessoas façam as escolhas que você possa fazer (por exemplo: nunca vender/comprar votos).

                 IV.            Ter autocontrole, e nuca deixar que a emoção substitua a razão.

                    V.            Não praticar vícios prejudiciais à sua saúde e reputação.

                 VI.            Adotar a verdade, a ciência e a ética como fios-condutores da sua caminhada.

              VII.            Acolher para bem conviver.

           VIII.            Tratar seus opositores como adversários e não como inimigos.

                 IX.            Respeitar as pessoas e também o meio-ambiente.

                    X.            Tratar a sociedade como valor elevado.


Cuiabá, 26/02/2023
PROFESSOR VICENTE MACHADO ÁVILA

 

Sexta, 03 Março 2023 08:45

 

 

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Por Vicente Machado de Avila

Professor aposentado da UFMT
 

 

 

I – CACHORRADA
JANJALINDA: As relações homem-cachorro estão civilizadas?
BRASILINO: Só em alguns casos, vamos para os diálogos: 1. De cachorro para cachorro: O vira-lata pergunta: seu dono passeia com você? Pit Bull: às vezes passeia, mais tem donos-cachorros que tratam os animais como seres inanimados (pedaço de lata ou de madeira) usam o cachorro como “escravo” só para cuidar da casa. Muitos cachorros, além de presos são amarrados e espancados.

II – GUAIPECA ESPERTO
Alguns homens já descobriram que cachorro é dotado de inteligência e sentimentos, de afeto e de raiva. Também sentem fome, dor física e emocional.

III – DE HOMEM PARA HOMEM
BRASILINO: Você passeia com o seu cachorro? JANJALINDA: Passeio sim! E ele gosta muito. LULAHUMANO: Seria interessante criar nas praças (em algumas já existem) espaço destinado para os cachorros. O melhor amigo do homem merece (E PODE) ser bem tratado.

IV – CASTRAÇÃO
BRASILINO: Castrar sem anestesia é tirania. Leve seu cão para uma clinica veterinária.

V – SEM TEMPO PARA PASSEAR
BRASILINO: Se você não consegue alguns minutos para passear com o cachorro (ou não quer) o melhor é entregá-lo para algum órgão ou entidade de proteção aos animais.
AU-AU TCHAU

Cuiabá, 24/02/2023.

BRASILINO SAKATUDO
LULAHUMANO DA SILVA
JANJALINDA BRASUCA
Guaipeca
Pit Bull
Vira-lata

 

Sexta, 10 Fevereiro 2023 15:23

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Vicente Machado de Avila

Professora Aposentado da UFMT



I – COLECIONADOR DE DERROTAS
JANJALINDA: Em 02(dois) meses Bolsonaro sofreu pelo menos 07(sete) derrotas acachapantes. Ele ainda sobreviverá politicamente?
BRASILINO SACATUDO: Realmente, perdeu as eleições; sofreu o “decretaço”; perdeu o golpe que queria impedir a posse do Lula; perdeu o vergonhoso golpe do dia 08/01 contra a democracia e levou centenas de seguidores para a papuda; o Trump não o acolheu; perdeu a disputa das eleições dos presidentes da câmara e do senado.

II – “FORA BOLSONARO/BOLSONARO NUNCA MAIS”
A palavra de ordem “Fora Bolsonaro” foi substituída por “Bolsonaro nunca mais”

III – PROFESSORES XINGADORES
BRASILINO: Alguns professores universitários, sem chão para pisar, estão apelando para o xingamento ao Lula. Infelizmente, tanto o Bolsonaro como a sua ideologia odienta e ultrapassada – neoliberalismo - não merecem os votos e apoio das pessoas esclarecidas. Apoiar um desqualificado como Bolsonaro é desrespeitar a Academia. Ele e o neoliberalismo estão abaixo do nível mais elementar de conhecimento.

IV – “DEIXEM O HOMEM TRABALHAR”   
Bolsonaro e seus fanáticos seguidores estão fazendo de tudo para atrapalhar o Lula.

V – UM POUCO DE FUTEBOL
JANJALINDA: Existem algumas profissões acopladas; por exemplos: jogadores e meteorologistas. Muitos jogadores chegam na “cara do gol” e chutam para as nuvens. 


 
Cuiabá, 06/ 02 / 2023.


BRASILINO SACATUDO
JANJALINDA BRASUCA
LULAFHUMANO DA SILVA