Segunda, 15 Abril 2019 11:22

 

As atividades da tarde deste sábado (13), segundo dia do III Encontro Nacional de Educação, foram abertas com o painel “Movimentos sociais e as experiências de educação popular no Brasil”. Participam da mesa Tatiane Ribeiro, pela Rede Emancipa, Erivan Hilário, do MST, Maria Carolina, pelo MUP, Irene Maestro do Luta Popular, Camila Marques, do NEP 13 de Maio, e Cléber Vieira, do Neabi.


Os representantes dos movimentos relataram as histórias de construção de diferentes projetos educação popular, no campo e na cidade. Destacaram o papel da educação como instrumento de transformação social.

As falas ressaltaram a importância dos projetos para elevar o nível de conhecimento e de consciência da classe trabalhadora. Com isso, populações historicamente excluídas tem a possibilidade de participar ativamente na construção de outro projeto de sociedade e também de educação.

O painel estava previsto para a noite de ontem (12), mas foi suspenso devido à forte chuva que atingiu a capital federal.O III ENE acontece desde sexta-feira (12), no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília (UnB). As atividades ocorrem até domingo (14). Mais de 900 pessoas estão inscritas no evento.

 

Fonte: Blog oficial do Encontro Nacional de Educação

Sábado, 13 Abril 2019 14:44

 

Começou nessa sexta-feira, 12/04, o III Encontro Nacional de Educação, onde a classe trabalhadora organizada discute as questões centrais para elaboração de um Plano Nacional de Educação que atenda, de fato, aos interesses dos trabalhadores, e não do mercado econômico e financeiro. Os palestrantes convidados, nacionais e internacionais, contribuíram para o debate relatando como o mercado atua na disputa pela Educação como ferramenta de controle hegemônico.

 

O encontro reunirá, também, o material encaminhado a partir dos debates realizados nas etapas regionais do ENE nos estados. Em Mato Grosso, o Pré-ENE ocorreu nos dias 28 e 29/03 e, para contribuir com as discussões nacionais, a Adufmat – Seção Sindical do ANDES-SN enviou os professores Aldi Nestor de Souza, Armando Tafner, José Domingues de Godoi e Waldir Bertúlio  

 

Ainda na sexta-feira pela manhã, estudantes, professores do ensino superior e básico, servidores técnicos da área e integrantes de movimentos sociais que compartilham com a defesa de uma educação classista e democrática, participaram da mesa de abertura. As entidades que compõem a Coordenação Nacional das Entidades em Defesa da Educação Pública e Gratuita (Conedep) – organizadora do evento - destacaram os ataques aos direitos - em especial à educação - ao longo dos anos, e as crescentes perseguições aos sindicatos e militantes em nível mundial.

 

Fizeram parte da mesa representantes do ANDES - Sindicato Nacional, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss), Associação Brasileira de Educadores Marxistas (Abem), Conselho Federal de Serviço Social (Cfess), Fasubra, Oposição de Esquerda da União Nacional dos Estudantes (UNE), Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), CSP-Conlutas, Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Federação Nacional dos Docentes e Pesquisadores Universitários da Argentina (Conadu Histórica) e Sindicato Unificado dos Trabalhadores da Educação de Buenos Aires.

 

No período da tarde, as professoras Virgínia Fontes (Brasil), Maria de La Luz Arriaga (México) e Nara Clareda (França) foram as convidadas para falar acerca do tema “Capitalismo e Educação – Lutas internacionais e nacionais pela educação pública”.

 

Maria de La Luz Arriaga, integrante da Coalisão Trinacional em Defesa da Educação Pública – seção Canadá, Estados Unidos e México, iniciou sua palestra afirmando que a crise global é expressão do fracasso evidente do neoliberalismo e, para que o projeto não seja enterrado, seus defensores querem extrair riqueza de tudo o que ainda resiste, desde os direitos sociais e trabalhistas até os recursos naturais como a água, a terra e o meio ambiente.

 

Para conseguir isso, segundo a professora, a reestruturação da direita na América Latina está sendo um processo fundamental, especialmente para ocultar, de forma impositiva, que a miséria, a falta de emprego e todo o caos social instalado é produto da ganância capitalista.

 

“Nesse sentido, a educação se encontra, mais do que nunca, em perigo. Primeiro, porque pode ser um grande negócio. Imaginem milhões de escolas, professores, estudantes, milhões de pessoas pagando para ter acesso à educação; segundo, porque a educação é estratégica para o exercício do poder. É uma disputa hegemônica”, afirmou a palestrante.

 

A disputa, portanto, envolve o jogo de interesses relativos a diferentes projetos de sociedade. Assim, interessado em beneficiar ao máximo o mercado, o sistema capitalista articula, internacionalmente, as formas de intervir, também, nas decisões políticas em nível nacional e local, principalmente pela via institucional.

 

Os mecanismos identificados em diversos países para isso incluem, segundo a professora, a destinação de recursos públicos para a educação privada, ataques aos sindicatos, docentes e estudantes, e ataques à autonomia universitária.

 

Na França, segundo a professora Nara Cladera, a história se repete. “A Reforma do Estado está no centro de todos os governos a serviço do capital”, afirmou.

 

Integrante da entidade sindical Solidaires, na França, e uma das organizadoras da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Luta, junto a CSP-Conlutas (Brasil) e a CGT (Espanha), Cladera disse ainda que é preciso entender, antes de tudo, as transformações do capital para readequar suas próprias necessidades para, aí sim, fazer a leitura correta do que ocorre com a Educação.

 

A professora destacou, ainda, como governos chamados “socialistas” ou “de esquerda” também contribuíram, em diversos países - incluindo o Brasil - com o sistema financeiro, introduzindo formas de privatização na Educação. “Não é possível separar a luta antifinanceira da anticapitalista”, alertou.

 

Devido à forte chuva, a professora Virgínia Fontes teve de ministrar sua palestra na manhã de sábado, 13/02. No centro do seu debate, a docente da Universidade Federal Fluminense (UFF) colocou a disputa pela formulação das políticas educacionais, destacando o papel do mercado a partir da atuação de fundações empresariais, como Bradesco, Itaú, Roberto Marinho, Instituto Ayrton Senna, entre outras.

 

A elaboração de um projeto colocado como proposta atualmente, “Todos pela Educação”, foi o principal exemplo. “É preciso observar as contradições intraburguesas, fazer a conexão entre extração de mais valor e política. Não é porque a proposta ainda não foi aceita pelo Ministério da Educação e que, teoricamente, diverge das propostas conservadoras de Bolsonaro, que ela nos contempla. Uma das coordenadoras do projeto declarou que o ‘Todos pela Educação’ é resultado da união de diversos setores em torno da escola pública, estabelecendo consensos e cláusulas pétreas raras. Mas a proposta é inteiramente empresarial”, disse a palestrante.

 

Por esse motivo, Fontes acredita que a educação será privatizada de forma indireta, porque o Estado é o maior consumidor dos bens oferecidos por essas empresas. Portanto, no jogo de interesses acerca da educação no Brasil - observado o cenário político bastante complexo e suas contradições – o Estado burguês, as empresas da educação, e agentes que atuam dentro do Estado a favor da utilização dos recursos públicos em benefício de interesses privados seriam os jogadores identificados inicialmente.

 

Como alternativa à ofensiva, todas as convidadas destacam o papel da classe trabalhadora para enfrentar os ataques e introduzir a pauta que realmente interessa à população. “Unidos e organizados venceremos!”, disse Maria de La Luz ao encerrar sua fala.

 

Na tarde dessa sábado, os participantes do III ENE terão ainda o Painel “Movimentos Sociais e as Experiências de Educação Popular no Brasil”, com a contribuição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Rede Emancipa, Movimento Educação Popular (MUP), Luta Popular, Núcleo de Educação Popular (NEP) 13 de Maio e NEABI. A partir das 15h, os presentes se dividirão em 16 grupos de trabalho que discutirão a base para formulação do Plano Nacional de Educação classista e democrático dos trabalhadores brasileiros.  

 

As atividades seguem no domingo até às 13h, com a realização da Plenária Final pela manhã. As fotos do evento serão disponibilizadas em breve.  

 

Saiba tudo sobre o evento no site oficial do ENE.   

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind          

 

   

        

 

Quarta, 10 Abril 2019 16:59

 

Começa nesta sexta-feira, o III Encontro Nacional de Educação (III ENE). Com o tema central “Por um projeto classista e democrático de educação”, o evento acontecerá entre os dias 12 a 14, na Universidade de Brasília.
 

As inscrições foram encerradas nessa segunda-feira (8). Mais de 900 pessoas, entre estudantes, professores, técnico-administrativos e representantes de movimentos sociais participarão do encontro.

Nos dois primeiros dias, serão realizadas três mesas de debates e discussões nos grupos de trabalho sobre os nove eixos do III ENE. No domingo, acontecerá a plenária de encerramento com os encaminhamentos do encontro. Confira abaixo a programação do III ENE.

O ANDES-SN participa da organização do III ENE, conforme deliberado no 38º Congresso do Sindicato Nacional.

Encontros Preparatórios
Antecedendo o encontro nacional, foram realizados diversos encontros regionais preparatórios para debater os eixos do III ENE. Confira aqui os eixos e suas ementas. 

Escola sem mordaça
No sábado (13), após as atividades oficiais do III ENE, ocorrerá também uma plenária da Frente Escola Sem Mordaça.

Programação

12 – Sexta-feira
Manhã

08h00: Credenciamento /Acolhimento das caravanas
10h – 11h30: Mesa de Abertura
11h30 – 13h30: Almoço

Tarde    
13h30 – 17h: Mesa 1 – Debate: Capitalismo e Educação – Lutas internacionais e nacionais pela educação pública.
Debatedoras: Virgínia Fontes (UFF); Maria de La Luz Arriaga (México); Nara Cladera (França).
17h00 – 18h30: Jantar

Noite
18h30 – 19h00: Ato Cultural.
19h00 – 20h30min: Mesa 2 – Painel: Movimentos sociais e as experiências de educação popular no Brasil. Painelistas: MST, MTST, Rede Emancipa, Movimento Educação Popular – MUP, Luta Popular, Núcleo de Educação Popular – NEP 13 de Maio, NEABI

13 - Sábado
Manhã

08h30 – 11h30: Mesa 3 – Debate: Os ataques à educação pública e a reafirmação do projeto classista. Debatedores: Fernando Penna (UFF); Raquel Dias (UECE).

11h30 – 13h30: Almoço

Tarde
13h30 – 17h30: Grupos de trabalho

17h30 – 18h30: Jantar

14 – Domingo
Manhã
08h30 – 13h00: Plenária final

 

Fonte: ANDES-SN

Sexta, 05 Abril 2019 17:31

 

O III Encontro Nacional de Educação (III ENE) acontecerá na próxima semana, de 12 a 14 de abril, na Universidade de Brasília. O Encontro tem como tema central “Por um projeto classista e democrático de educação”.
 

Manifestação na Esplanada marcou abertura do II ENE, realizado em 2016.

Nos dois primeiros dias, serão realizadas três mesas de debates, discussões nos grupos de trabalho sobre os nove eixos do III ENE. No domingo, acontecerá a plenária de encerramento com os encaminhamentos do encontro. Confira aqui a programação do III ENE.

Duas atividades extras estão previstas. No sábado (13), ocorrerá a plenária da Frente Escola Sem Mordaça, ao final da programação oficial. E, no domingo (14), a reunião de trabalhadores em Educação da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, após o encerramento.

Inscrições
As inscrições para o III ENE foram prorrogadas até o dia 8 de abril e devem ser feitas pela internet, após o pagamento da taxa de inscrição. Acesse aqui a ficha de inscrição. 

Há três faixas de taxa de inscrição. Docentes da Educação Superior e EBTT devem pagar R$ 150. Docentes da Educação Básica e Trabalhadores Técnico-Administrativos da Educação Básica e da Educação Superior, bem como trabalhadores de outras categorias, pagarão R$ 80. Já os estudantes de todos os níveis devem pagar R$ 40.

Movimentos populares estão isentos da taxa de inscrição. Para tal, suas coordenações devem entrar em contato diretamente com a organização do evento por meio do email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

A inscrição inclui a participação no evento, alimentação e espaço para acampamento na UnB.

Orientações para as Caravanas

A comissão organizadora do III Encontro Nacional de Educação divulgou orientações para as caravanas que virão à Brasília. O III ENE acontecerá de 12 a 14 de abril, na Universidade de Brasília (UnB). As inscrições foram prorrogadas até o dia 8 de abril e devem ser feitas no blog do III ENE. Clique aqui.

Em documento a Conedep informa que as caravanas que farão o uso do alojamento deverão chegar somente no dia 12 de abril e se dirigir para a UnB, para efetuar o credenciamento e organizar o alojamento.

“Solicitamos que seja enviada uma mensagem, com antecedência, sobre ônibus que virão para o III ENE, informando a cidade de partida, horário de chegada e contato do responsável pela caravana, para o email:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.”, orienta o documento.

Alojamento

Será disponibilizado espaço para alojamento no estacionamento do Centro Comunitário Athos Bulcão, o qual será cercado e coberto por tendas e protegido por piso modulado. As pessoas que irão utilizar o espaço do alojamento devem indicar o interesse na ficha de inscrição no ato da inscrição. As barracas poderão ser montadas somente a partir do dia 12/04. Não será garantida estrutura de alojamento no dia anterior ao início do evento.

As pessoas que utilizarão o espaço do alojamento deverão ser orientadas a chegar somente no dia 12/04. Será preciso trazer colchonete, roupa de cama e banho, além de barraca. O alojamento será garantido até o dia 14 de abril, portanto, as caravanas deverão retornar neste dia.

Refeições
As refeições (café, almoço e jantar) do III ENE serão feitas no Restaurante Universitário – RU da UnB com o qual a comissão organizadora firmou convenio. Os tickets de café da manhã serão distribuídos apenas para o(a)s participantes que estarão no alojamento. Os tickets de almoço e jantar serão distribuídos também para os mesmos e, ainda, para o(a)s participantes do movimento popular inscrito(a)s no evento, para docentes e técnico-administrativo(a)s da educação básica. As outras categorias inscritas poderão fazer a refeição no RU, pagando o mesmo valor contratado, a saber, R$ 5,80 (café da manhã) e R$ 13,00 (almoço e o jantar cada).

Confira aqui o documento com todas as orientações

 Fonte: ANDES-SN